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Os nossos último artigos

ALJUSTREL: UM ANIVERSÁRIO NAS MINAS

 

Aljustrel: um aniversário nas minas

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

De Aljustrel apenas conhecia a área de serviço da Autoestrada A2 quando viajava pela Rede Expressos entre Lisboa e Albufeira. É uma paragem habitual de 10 a 15 minutos, para o motorista cumprir os tempos de descanso e os passageiros saírem um pouco para esticarem as pernas. Normalmente passo essas viagens a dormir e quando acordo pergunto qual é a área de serviço: ALJUSTREL normalmente alguém informa.

 

O Alentejo tem sido por mim dezenas de vezes atravessado, sobretudo a caminho do Algarve, mas ultimamente tem sido um local, que de passagem ou não, tenho tido curiosidade de conhecer melhor. Depois de tantos aniversários passados a viajar no estrangeiro, a pandemia fez-me abruptamente quebrar esse ciclo. O que é certo é que já foram três aniversários que comemorei a passear pelo Alentejo!

 

A escolha para passar parte do dia do meu 49º aniversário foi Aljustrel. Esta pequena vila, cujo nome deriva da língua árabe, palavra composta por aglutinação de “Al” com “gestrel”, que significa “campo de giestas”, localiza-se sensivelmente a meio caminho entre Lisboa e Albufeira, sendo sede de um município que possui cerca de 8 mil habitantes. É uma pequena vila que rapidamente se percorre caminhando, as suas ruas com o casario onde o branco predomina, possuindo numa das colinas, a norte, a Igreja de Nossa Senhora do Castelo, e na outra, a sul, o Moinho do Maralhas. Colinas de onde se pode desfrutar de vistas panorâmicas sobre a vila e sua envolvente, paisagem tipicamente alentejana. A vila nas suas redondezas possui passadiços e trilhos onde é possível efetuar algumas caminhadas e conhecer melhor as suas redondezas.

 

Contudo, Aljustrel está a atrair cada vez mais visitantes, não pelas ruas da vila em si, longe dos encantos monumentais de Évora, Serpa, ou Sines, mas pelo seu património de indústria extrativa. O Parque Mineiro de Aljustrel é um local de grande afluxo turístico, sendo necessário marcar antecipadamente as visitas.

 

Percurso pela galeria

 

Percurso pela galeria, as cores das paredes

 

Percurso pela galeria, as cores das paredes

 

Percurso pela galeria, a vagonete

 

Percurso pela galeria da mina

 

Percurso pela galeria da mina, imagem de Santa Bárbara protetora dos mineiros

 

Percurso pela galeria da mina, explosivos (reconstrução do que se fazia)

 

Percurso pela galeria da mina, explosivos (reconstrução do que se fazia)

 

Percurso pela galeria da mina, explosivos (reconstrução do que se fazia)

 

Percurso pela galeria da mina, estalactites de Melanterite

 

Percurso pela galeria da mina

 

Imediações da mina

 

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

 

Comboio histórico, antiga locomotiva das minas

 

Aljustrel localiza-se em plena Faixa Piritosa Ibérica, uma zona geográfica do sul da Península Ibérica com cerca de 300 km de comprimento e 30 a 60 km de largura, desenvolvendo-se desde Alcácer do Sal até Sevilha, sendo uma das mais ricas zonas de minérios metálicos a nível mundial. Cobre, zinco, chumbo e mesmo metais preciosos como o ouro e a prata podem ser encontrados no seu subsolo. A atividade de mineração na zona de Aljustrel remonta a finais do terceiro milénio A.C., tendo havido um aumento significativo durante o período de Ocupação Romana. Mais tarde, já em meados do século XIX, a atividade começou a surgir em larga escala. A empresa “Companhia de Mineração Transtagana”, foi criada, sendo mais tarde substituída pela “Société Anonyme Belge des Mines d’Aljustrel” que foi responsável pelo grande desenvolvimento das minas e da própria vila, construído bairros operários, escolas e hospitais. Na primeira metade do século XX, as duas guerras mundiais, as lutas laborais na década de 1920 e a queda nos preços do cobre na década de 1930, tiveram impacto direto na produção. A partir da II Guerra Mundial assistiu-se a um grande crescimento, atingindo o pico de produção na década de 1960, período em que se desenvolveu um complexo industrial para transformação dos produtos das minas. A concessão foi quase totalmente nacionalizada em 1975, o governo pretendia expandir a produção e construir infraestruturas de transformação do minério, o que acabou por ficar aquém das expectativas, sendo apenas construídas uma Lavaria industrial (instalação de lavagem de minério) e o Ramal das Pirites Alentejanas, concluídos em 1991. As minas de Aljustrel entraram em crise devido à queda dos preços dos metais, acabando por encerrar em 1993. A exploração foi retomada em 2008, tendo o grupo internacional “Lunding Mining” adquirido as minas, acabando por vender a concessão à empresa “Almina” atual exploradora.

 

Moinho do Maralhas

 

mapa da Faixa Piritosa Ibérica

 

Malacate Vipasca, junto da entrada de visitantes

 

Malacate Viana, junto do Centro de Receção de visitantes

 

Malacate moderno e atual, que leva os visitantes ao subsolo

 

Malacate moderno e atual, que leva os visitantes ao subsolo, pormenor do poço

 

O ponto alto de uma ida a Aljustrel é percorrer os cerca de 400 metros visitáveis, da galeria da mina, a tal já desativada. A visita é guiada pelo staff afeto ao município, duas técnicas bastante disponíveis e bem informadas. O ponto de encontro é o Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, localizado junto a um dos poços de descida ao fundo da mina, onde pode ser visto um dos malacates, assim se chamam os elevadores que dão acesso ao fundo das minas, portanto ao subsolo, este chamado de Malacate Viana. O outro, o Malacate Vipasca situa-se junto da entrada, para onde os visitantes são encaminhados para iniciar a visita. Malacates desativados, devido à sua força motriz ser gerada máquinas a vapor, agora substituídos por modernos, providos de sistemas acionados por motores elétricos tal como os elevadores que existem nos edifícios. Descendo ao subsolo, o percurso pela galeria é feito em dois sentidos, sendo um deles em direção à saída para o exterior, tal como faziam os vagões que transportavam o minério extraído no interior.

Durante o percurso pela galeria, podemos observar uma exposição de fotografia e diversos elementos multimédia relativos aos tempos em que de centenas de mineiros que ali trabalhavam e a sua jornada laboral. Nestas visitas não podemos esquecer as condições de trabalho ao longo dos tempos, os riscos para a segurança e saúde e os equipamentos de proteção individual utilizados. Durante o percurso pela galeria a figura do “Zé Mineiro” explica-nos isso num vídeo apresentado, bem como o Hino do Mineiros de Aljustrel, um cante alentejano interpretado pelo Grupo Coral do Sindicato Mineiro de Aljustrel que ouviremos várias vezes ao longo da visita. No interior não poderia faltar a imagem de Santa Bárbara, padroeira dos mineiros, a tal que nos lembramos somente quando troveja. A estalactite formada pelo arrastamento de água é impossível não reparar, destacam-se pela forma e pelas cores que lhe são conferidas pela sua composição química. Por exemplo, melanterite, que é de cor azul, é composto químico cuja fórmula é FeSO₄7H₂O, uma forma mineral de sulfato de ferro hidratado, e a calcatina, de cor azul-esverdeada, composto químico cuja fórmula é CuSO₄5H₂O, sendo formado pela oxidação dos depósitos de cobre. A vagonete, os explosivos (apenas uma reconstrução…) também lá estão presentes bem como uma galeria onde acedemos de escadote e poderemos observar quão confinado era o espaço para trabalhar!

No final a visita à Exposição permanente presente no Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro completa da melhor forma a nossa passagem pelo Parque Mineiro.  Aí poderemos aprender mais acerca desta atividade, sua importância histórica e patrimonial de Aljustrel.

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro, exposição

 

Centro de Receção e Acolhimento do Parque Mineiro

 

O dia era de aniversário e não poderia faltar um almoço de um belo cozido de grão e uma encharcada alentejana de sobremesa no Cabecinha e em seguida, no caminho do Algarve uma paragem na Adega Fontes Bárbaras em Entradas, no concelho vizinho, de Castro Verde, onde abasteci o carro com umas belas garrafas, afinal o Alentejo é um paraíso vinícola…

 

Almoço de aniversário com a minha mãe no Restaurante Marisqueira ´O Cabecinha´

 

Encharcada Alentejana, especialidade regional

 

Cozido de grão, especialidade regional

 

Aljustrel vista desde a Colina Sul

 

Aljustrel vista desde a Colina Sul

 

Aljustrel vista desde a Colina Sul

 

Aljustrel vista desde a Colina Sul

 

Aljustrel vista desde a Colina Norte

 

Aljustrel vista desde a Colina Norte

 

Aljustrel vista desde a Colina Norte

 

Aljustrel vista desde a Colina Norte

 

Aljustrel vista desde a Colina Norte

 

Adega Fontes Bárbaras, Entradas, concelho de Castro Verde

 

Resta afirmar que após visitar Aljustrel, postei no grupo do Facebook dos Amantes de viagens as fotos da minha visita, tendo recebido comentários muito interessantes de pessoas cujos familiares escreveram história por esses lados e é a eles que dedico esta crónica de viagem!

 

Visitante aniversariante!

 

Souvenir de Aljustrel, azulejo

 

Saída da galeria da mina, final da visita

 

Saída da galeria da mina, final da visita

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

 

 

A POLÓNIA, ANTICOMUNISTA E ANTISSOVIÉTICA, INDUSTRIAL E DESINDUSTRIALIZADA, E DE COPÉRNICO

 

A Polónia, anticomunista e antissoviética, industrial e desindustrializada, e de Copérnico

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Mas que país encantador é a Polónia! Doze anos após a última estada, reforcei as minhas ideias acerca do mesmo. Regressei há pouco de uma terceira visita ao país, uma curta escapadela e já anseio por voltar novamente, pois ainda tem imenso para oferecer.

A VarsóviaCracóviaAuschwitzWieliczkaGdańskGdynia, Sopot e Poznań, juntei agora WrocławŁódźToruń e Bydgoszcz. A riquíssima história deste país, o sofrimento que lhe foi imposto por guerras e invasões é tão grande, a sua herança científica e cultural tão vasta que posso agrupar em temas o que me proponho a escrever sobre as minhas visitas. A Polónia é “de Chopin, de João Paulo II, de Lech Wałęsa e do Holocausto”  mas também é “anticomunista e antissoviética, industrial e desindustrializada e de Copérnico” e também de muito mais!

 

A Polónia entrou na União Europeia em Maio de 2004, sendo tido como um país pobre, desfavorecido e pouco desenvolvido, alcunhado como sendo do “Leste Europeu” apresenta uma enormíssima evolução, notando-se ao nível das infraestruturas, os transportes, com estas cidades secundárias que visitei recentemente, sendo servidas por modernos autocarros e elétricos rápidos, onde é possível adquirir os títulos de transporte de forma automática e eletrónica, auto estradas, rede ferroviária modernizada com estações amplas e funcionais, auto estradas e modernos aeroportos internacionais. Os números falam por si, e infelizmente para nós que entramos na União Europeia quase duas décadas antes, constatamos impávidos e serenos, às evidências que a Polónia, em muitos aspetos da Economia e da sociedade já nos ultrapassou.

 

Voltei a viajar para a Polónia em finais de janeiro de 2024. Curiosamente desta vez, o Inverno Polaco em nada se comparava ao que vivi 12 anos antes. Agora com temperaturas entre 4º e 10ºc, positivos, outrora chegaram a 18ºc, mas negativos!

 

Aqui fica o percurso feito ao longo destes 5 dias.

 

WROCŁAW (BRESLÁVIA) – 2 dias/2 noites

 

Nome mais difícil de pronunciar do que escrever, pelo que podemos usar Breslávia, que é o nome em português, que deriva de Breslau, nome em Alemão. Como sabemos, Alemães e Polacos cruzaram-se por estes lados e disputaram territórios!

A sua História remonta ao século X, mas foram os tempos da Revolução Industrial que a fizeram crescer. Atualmente é a 4ª maior cidade do país, com uma população de cerca de 600 mil habitantes. Tal como a sua região, a Silésia, da qual é capital, pertenceu ao Reino da Polónia, ao Reino da Boémia (atual Chéquia), à Áustria, à Prússia que deu origem ao Império Alemão, e desde 1945 é território polaco. A Alemanha no final da I Guerra Mundial perdeu este território, Hitler, não se conformou e invadiu a Polónia em 1939, mas já bem antes, os habitantes da cidade eram apoiantes do Partido Nazista. Daí o anticomunista que o título refere…

Esta linda cidade banhada pelo Rio Oder e por vários canais formados pelo mesmo, é por isso alcunhada de “Veneza Polaca”, possuindo mais de 100 pontes e 21 ilhas! Passeando pelas suas ruas, encontramos pequenos bonecos, pequenas estátuas, os Gnomos. Existem centenas dessas simpáticas criaturas, cuja existência tem uma razão bem forte. Pomarańczowa Alternatywa (Alternativa Laranja) foi um movimento anticomunista nascido na cidade na década de 1980, através de um grupo de estudantes de Artes. Em tempos de Repressão do Antigo Regime o grupo começou a pintar gnomos sempre que a polícia apagava das paredes qualquer peça de arte ou slogan com conotação antirregime. Depressa os gnomos se multiplicaram por Wrocław, e por outras cidades, ganhando estatuto de símbolo de resistência. As primeiras esculturas surgiram em 2001, como tributo à história de protesto da Pomarańczowa Alternatywa tornando-se populares pela cidade, sendo inclusivamente um souvenir tradicional. Além dos gnomos também encontramos memoriais espalhados pela cidade, às vítimas da Repressão do Regime Soviético, com ligações à História e cultura polaca, como por exemplo Natalia Gorbaniewska, Natalya Gorbanevskaya em Russo transliterado, poeta, tradutora de literatura polaca e ativista dos direitos civis na Rússia que cumpriu pena de prisão num hospital psiquiátrico em Kazan. Daí o anticomunista que o título refere…

 

O ponto mais alto da visita a Wrocław é sem dúvida o Raclawice Panorama. Trata-se de um edifício que alberga uma pintura de 360º, medindo 15 m de altura e 120 m de comprimento e retrata cenas da Batalha de Racławice, levada a cabo perto da aldeia de Racławice, em 4 de abril de 1794. Um exército de milícias populares, constituído por camponeses e comandado por Tadeusz Kosciuszko derrotou o todo-poderoso Exército Vermelho, tempos em que a Rússia já disputava territórios noutros países e impunha neles o seu domínio. A pintura foi idealizada por Jan Styka, que nasceu em Lviv (atualmente uma cidade da Ucrânia) e pintada em conjunto com Wojciech Kossak ao longo de 9 meses. A obra foi pintada em Lviv, tendo sido permanentemente movida para Wrocław após a II Guerra Mundial. Foi durante o domínio Soviético considerado um objeto sob censura, logo encontrava-se vedado o acesso de público, o que só deixou de acontecer em 1985. Dada a obra se encontrar dentro de uma estrutura circular, permite ser observada do centro e apresenta diferentes cenas que são visíveis de diferentes ângulos, sendo a visita acompanhada por áudio guia em diversas línguas. O edifício possui um centro interpretativo com uma exposição interativa sobre a Batalha de Racławice e sobre a obra de Jan Styka. É provavelmente a pintura mais importante do país e que evidencia o orgulho nacional do povo polaco! O Racławice Panorama entrou diretamente para a lista dos melhores museus que visitei na Europa.

 

Wrocław,Wrocławski Rynek (Praça do Mercado)

 

Wrocław,Wrocławski Rynek (Praça do Mercado), Igreja de Santa Elisabete

 

Wrocław,Wrocławski Rynek (Praça do Mercado), estátua de Aleksander Fredro

 

Wrocław,Wrocławski Rynek (Praça do Mercado)

 

Wrocław, vista desde o alto da Catedral de São João Batista

 

Wrocław, vista desde o alto da Catedral de São João Batista

 

Wrocław, vista desde o alto da Catedral de São João Batista

 

Wrocław, vista desde o alto da Catedral de São João Batista

 

Junto da entrada do edifício da Racławice Panorama, encontramos um memorial a duas personalidades que se dedicaram à conservação da obra de Jan Styka: Janina Natusiewicz-Mirer, historiadora polaca, com ideias anticomunistas, foi deportada para a Sibéria e Alfred Jahn, um geógrafo polaco, que apoiou os estudantes nas manifestações de 1968. Daí o anticomunista e a antissoviética que o título refere…

 

O bilhete de entrada no Racławice Panorama inclui a visita a três museus: ao Museu Nacional de Wrocław (Muzeum Narodowe we Wrocławiu) que é uma das filiais do Museu Nacional da Polónia, um museu de arte, proveniente da região, oriunda de museus alemães e das galerias de arte de Lviv, doadas pelos Soviéticos em 1946. Ao Museu Etnográfico (Muzeum Etnograficzne we Wrocławiu) centrado na vida das aldeias da região, na cultura popular dos antigos habitantes e da população do pós-guerra, sendo as atividades económicas como por exemplo, a apicultura serem referidas. Ao Pavilhão das Quatro Cúpulas (Pawilon Czterech Kopuł) que contém uma exibição de arte moderna e contemporânea. Apesar de se tratar disso mesmo, arte moderna e/ou contemporânea, possui peças bem interessantes!

 

Wrocław, Museu Nacional de Wrocław

 

Wrocław, Museu Nacional de Wrocław

 

Wrocław, Museu Nacional de Wrocław

 

Wrocław, Museu Nacional de Wrocław

 

Wrocław, Pavilhão das Quatro Cúpulas, exposição de arte moderna

 

Wrocław, Pavilhão das Quatro Cúpulas, exposição de arte moderna

 

Wrocław, Museu Etnográfico

 

Wrocław, Museu Etnográfico

 

Wrocław, Museu Etnográfico

 

Este dia passado em Wrocław, iniciou-se na sua belíssima praça, a Wrocławski Rynek, um tipo de praça existente em muitas cidades polacas, internacionalmente chamadas de “Market Square” e ficou concluído com a visita a estes quatro museus. Para aceder a todos foi necessário percorrer várias ruas, pontes, jardins e zonas ribeirinhas da cidade, sobretudo para aceder à zona do Pavilhão das Quatro Cúpulas. Esta parte da cidade é de visita obrigatória. Possui vários pontos de interesse nomeadamente, aquele que inicialmente foi chamado de Hala Ludowa (Pavilhão Popular) e agora é chamado de Hala Stulecia (Pavilhão do Centenário), o monumento mais jovem inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO, construído em 1913, da autoria do arquiteto Alemão Max Berg, é utilizado como centro de congressos e diversos eventos, uma Fonte Multimédia que produz espetáculos de luzes, e a Iglica monumento em forma de pináculo, inicialmente com 106 m, atualmente com 96 m de altura, construído pelos Comunistas Polacos para uma exposição que celebrava a conquista do controlo sobre os territórios recuperados que receberam após a II Guerra Mundial.

 

A Polónia como sabemos é um país profundamente religioso, sendo o Catolicismo a religião predominante. Em qualquer cidade existem várias igrejas que se destacam.  Em Wrocław chamou-me particularmente a atenção estes dois templos que permitem subir ao alto e desfrutar de bonitas vistas sobre a cidade: a Catedral de Santa Maria Madalena, que contém um passadiço entre as duas torres, e a Catedral de São João Batista, pela sua localização junto das ilhas e por ser considerada a igreja mais importante da cidade. Esta última foi a minha escolha para subir.

 

Wrocław, Rio Oder

 

Wrocław, Rio Oder com vista para a Catedral de São João Batista

 

Wrocław, Rio Oder com vista para a Catedral de São João Batista

 

Wrocław, Racławice Panorama, Jan Styka e Wojciech Kossak, autor e executantes da obra

 

Wrocław, Racławice Panorama, edifício que alberga a pintura de Jan Styka

 

Wrocław, Racławice Panorama, edifício que alberga a pintura de Jan Styka

 

Wrocław, Racławice Panorama (parte da pintura de Jan Styka)

 

Wrocław, Racławice Panorama (parte da pintura de Jan Styka)

 

Wrocław, ponte sobre o Rio Oder

 

Wrocław, ponte sobre o Rio Oder

 

Wrocław, interior da Igreja de Santa Elisabete

 

Wrocław, Hala Stulecia

 

Wrocław, Hala Stulecia e Iglica

 

Wrocław, Gnomo

 

Wrocław, Fonte Multimédia

 

Wrocław, Catedral de São João Batista

 

Wrocław, Catedral de São João Batista (museu)

 

Wrocław, Catedral de São João Batista (museu)

 

Wrocław, Catedral de São João Batista (interior)

 

Wrocław, Catedral de Santa Maria Madalena

 

Wrocław Racławice Panorama, memorial a Janina Natusiewicz-Mirer e Alfred Jahn

 

Visitar estádios de futebol pelo mundo é um prazer e esta viagem à Polónia fez-me aumentar a coleção, espero que sem fim à vista! O Estádio Municipal de Wrocław agora chamado de Tarczynski Arena foi o programa da manhã do segundo dia. Este moderno complexo foi palco de 3 jogos do Euro´2012, tendo sido construído para esse evento. Com capacidade para cerca de 45 mil espetadores, distribuídos por um único anel, é onde o Śląsk Wrocław disputa os seus jogos em casa. A visita ao estádio engloba as bancadas, o banco de suplentes, o túnel de acesso, os balneários da equipa da casa, e outras tantas áreas que normalmente se visitam em estádios pelo mundo fora, e ainda as celas, para detenção de para quem prevarica! A visita inclui o museu do Śląsk Wrocław, clube de futebol fundado por militares em 1947, conta como principais troféus dois títulos de campeão nacional, duas taças e duas supertaças nacionais, e uma Taça da Liga. Ao contrário do estádio de Gdańsk, desta vez a visita não teve a companhia inesperada de políticos, mas foi acompanhada por duas guias muito simpáticas que ficaram através de mim, a conhecer os Amantes de Viagens e nomeadamente, as minhas contribuições para o mesmo sobre estádios de futebol e não só!

 

Wrocław, Tarczynski Arena

 

Wrocław, Tarczynski Arena, vestiário da equipa da casa

 

Wrocław, Tarczynski Arena, celas

 

Wrocław, Tarczynski Arena museu do Śląsk Wrocław

 

Wrocław, Tarczynski Arena museu do Śląsk Wrocław

 

Wrocław, Tarczynski Arena museu do Śląsk Wrocław

 

Wrocław, Tarczynski Arena

 

Wrocław, Tarczynski Arena

 

Wrocław, Tarczynski Arena

 

Além dos estádios, os espetáculos que vou assistindo pelo mundo fora tiveram em Wrocław um novo capítulo. A Opera Wrocławska é um majestoso edifício localizado no centro da cidade, e trata-se de uma das maiores e mais importantes salas de ópera do país. Ali tive a oportunidade de assistir ao musical “Um Violino no Telhado”, adquirindo o bilhete online, com cerca de um mês de antecedência, custou cerca de 23€, o que se pode considerar um preço muito interessante.  Este musical fez sucesso na Broadway, tendo dado origem a um filme, o “Fiddler on the Roof” em 1971. Uma comédia de costumes, sobre uma comunidade judaica, cuja ação é passada em Anatevka, na antiga Rússia Czarista. O espetáculo, com cerca de 3 horas, foi em língua polaca, mas legendado em inglês. “Tradition” , “If I were a rich man”, “Matchmaker” ou “Anatevka” são alguns dos momentos musicais que não esquecerei, mesmo cantados em língua polaca!

 

Wrocław, Opera Wrocławska

 

Wrocław, Opera Wrocławska, interiores

 

Wrocław, Opera Wrocławska, interiores, final do musical ´Um violinista no Telhado´

 

Wrocław, Opera Wrocławska, interiores

 

Wrocław, Opera Wrocławska, cartaz do musical ´Um violinista no Telhado´

 

 

ŁODŹ – 1 dia/1 noite

 

Quem visitou cidades como Wrocław, Cracóvia, Gdańsk, Poznań, e mesmo o Centro Histórico de Varsóvia, vai achar Łódź uma cidade feia e desinteressante, tendo em conta as ideias já concebidas das principais cidades polacas, com ruas e praças compostas de edifícios esbeltos e coloridos.

Łódź, é uma cidade com cerca de 750 mil habitantes, o que a coloca no 3º lugar das cidades mais populosas do país, só ultrapassada por Varsóvia e Cracóvia, perdendo por muito pouco para esta última. A cidade expande-se desde a sua rua principal, a Piotrkowska, com 4,2 Km de comprimento, a mais longa rua comercial da Europa, que liga a Plac Niepodległości (Praça da Independência), onde existe um mercado, com a Plac Wolności (Praça da Liberdade), onde encontramos a estátua de Tadeusz Kosciuszko, o herói da batalha de Racławice. A Piotrkowska constitui o centro da cidade! Ao contrário de várias cidades polacas, cujo centro é uma praça, uma “Rynek”(internacionalmente chamada de Market square), em Łódź, é esta enorme rua!

Łódź é considerada a cidade do cinema polaco, a “HollyŁódź” pois por aquelas ruas foram filmados diversos filmes e séries nacionais. Caminhando pela Piotrkowska, encontramos uma Calçada da Fama, onde pessoas ilustres do cinema polaco têm a sua estrela. A cidade possui inclusivamente museus e estúdios de cinema. Além do cinema, a cidade tem uma oferta cultural apelativa, sendo para isso, necessário lá passar mais tempo do que lhe destinei.

 

Łódź, Santuário do Santo Nome de Jesus

 

Łódź, Rua Piotrkowska

 

Łódź, Rua Piotrkowska, passeio da fama

 

Łódź, Rua Piotrkowska, monumento a Julian Tuwim, poeta polaco

 

Łódź, Rua Piotrkowska, estátua de Stefan Jaracz, ator polaco

 

Łódź, Rua Piotrkowska, Cãmara Municipal

 

Łódź, Rua Piotrkowska

 

Łódź, Rua Piotrkowska

 

Łódź, Rua Piotrkowska

 

Łódź, Rua Piotrkowska

 

Łódź, em tempos foi alcunhada de “Manchester da Polónia”, pois era um fortíssimo polo industrial do setor têxtil, um dos maiores da Europa. A queda do Regime Soviético, muitas exportações eram para a URSS, e a Indústria Asiática a operar com mão de obra ainda mais barata que estes países do Centro e Leste Europeu, trouxe o declínio do setor industrial. A partir da década de 1990 as unidades industriais foram fechando. Hoje alguns desses edifícios estão ao abandono, outros transformados em shoppings, como é exemplo o Manufaktura, outras em cafés e bares, restaurantes, como é exemplo a OFF Piotrkowska e em edifícios de escritórios, hotéis e condomínios para habitação. Ao percorrer as ruas da cidade, nomeadamente a Piotrkowska e suas imediações, encontramos muitos edifícios novos que contrastam com outros que fazem lembrar o Antigo Regime e também antigas fábricas desmanteladas.

 

Um dos pontos que considero como principais do centro da cidade é a Catedral de San Stanislaus Kostka. Templo Católico, localizado em plena Piotrkowska, de estilo Gótico, construído entre 1901 e 1912, reconstruído após o incêndio de 1971. Caminhando em direção à Łódź Fabryczna, estação central de comboios e terminal rodoviário, cujo nome, arquitetura e os edifícios nas proximidades nos fazem sentir no imediato numa cidade industrial, encontramos a Catedral Alexander Nevsky, templo religioso Ortodoxo.

 

Afastado do centro da cidade, encontramos o Ghetto de Łódź. Locais relacionados com o Holocausto que terão de permanecer e para que os possamos visitar, sobretudo para que a História não se repita e não seja negada. A Polónia foi um dos países mais massacrados durante esta triste fase da História da Humanidade.O Ghetto de Łódź era o segundo maior do país, só ultrapassado pelo de Varsóvia. Dos ghettos, os judeus eram enviados para campos de concentração e extermínio, como por exemplo Auschwitz-Birkenau, locais que não terei coragem de voltar a visitar. O Ghetto de Łódź tornou-se num grande centro industrial, fornecendo suprimentos essenciais para o esforço de guerra da Alemanha, em especial para a Wehrmacht, as forças armadas nazis, tendo por isso sido o último ghetto do país a ser liquidado. Além de vestígios de casas e da chaminé de uma antiga fábrica, encontramos diversos memoriais e a Estação de comboio de Radegast de onde se deportavam os judeus para os campos de concentração, e alguns desses vagões construídos em madeira, utilizados.  Ali perto, encontramos a Rua Bracka, onde se situa o maior cemitério judaico da Europa, com cerca de 70 mil túmulos.

 

Łódź, já esperava que viesse a fazer parte das cidades menos interessantes que visitei, mas obviamente todos os locais têm a sua importância em serem visitados e não dei o meu tempo por perdido.

 

Łódź, OFF Piotrkowska

 

Łódź, Monumento a João Paulo II, antigo Papa, junto da Catedral de San Stanislaus Kostka

 

Łódź, Manufaktura

 

Łódź, imediações da estação de comboios e terminal rodoviário, Łódź Fabryczna

 

Łódź, imediações da estação de comboios e terminal rodoviário, Łódź Fabryczna

 

Łódź, Ghetto

 

Łódź, Ghetto, estação de comboio de Radegast

 

Łódź, Ghetto, estação de comboio de Radegast

 

Łódź, Ghetto, edifício que permanece

 

Łódź, Ghetto, chaminé de uma antiga fábrica

 

Łódź, Ghetto, ´NÃO MATARÁS´

 

Łódź, estação de comboios e terminal rodoviário, Łódź Fabryczna

 

Łódź, Catedral de San Stanislaus Kostka

 

Łódź, Catedral de San Stanislaus Kostka (interior)

 

Łódź, Catedral Alexander Nevsky

 

 

TORUŃ – 1 dia/2 noites

 

A cidade que em 1473 deu ao mundo Nicolau Copérnico, que nas aulas de Filosofia do 11º ano me foi “apresentado”. Mikołaj Kopernik, é assim o nome na sua língua nativa, foi um astrónomo e matemático que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar, a tal que afirma que a Terra gira à volta do Sol, contrariamente ao que Aristóteles afirmava. Foi também cónego da Igreja Católica, governador, administrador, jurista e médico. Um autêntico génio!

A Igreja Católica instituiu a Santa Inquisição, já depois da sua morte, e contrariou a Teoria Heliocêntrica, defendendo a Teoria Aristotélica que afirmava que a Terra é o centro do universo e o Sol gira à volta da mesma, o Geocentrismo. Quem a defendesse o contrário iria parar a uma fogueira…. Galileu Galilei pegou nessas teorias de Copérnico e desenvolveu outras, que se revelaram importantes para o desenvolvimento das Ciências, e sempre defendeu que a Terra gira à volta do Sol, sofrendo na pele fortes represálias!

A visita à Casa que pertenceu à família de Copérnico e se julga que foi ali que ali nasceu é um dos pontos principais da visita a Toruń. No seu interior existe uma exposição sobre a sua vida e obra e também artefatos relacionados com as casas da época, de estilo gótico, sua conceção, as suas áreas, incluindo a casa de banho, que eram de tudo menos de banho!

Toruń é uma linda cidade, com cerca de 200 mil habitantes, banhada pelo Rio Vístula, tal como Varsóvia e Cracóvia. O seu Centro Histórico, que não sofreu danos durante a II Guerra Mundial, onde qualquer visita se centra, possui características medievais. Toruń fundada em 1231 pela Ordem dos Cavaleiros Teutónicos de Santa Maria de Jerusalém, e por eles foi governada durante mais de dois séculos. Tal como Ordem dos Templários e a Ordem dos Hospitalários, os tais de Malta, foi uma das mais poderosas e influentes da Europa.

A História continua pelas guerras entre Cavaleiros Teutónicos e o Reino da Polónia, a “Guerra dos Treze Anos”, tendo Toruń sido integrada no Reino da Prússia. Isto causou a destruição do Castelo Teotónico, cujas ruínas podemos visitar, tal como uma exposição no seu interior sobre a história da cidade.

 

Toruń, Centro Histórico e Rio Vístula, vista do cimo da Ratusz Staromiejski (Torre da Cidade)

 

Toruń, Centro Histórico, Igreja do espírito Santo (interior)

 

Toruń, Centro Histórico, Igreja do Espírito Santo

 

Toruń, Centro Histórico

 

Toruń, Centro Histórico, vista do cimo da Ratusz Staromiejski (Torre da Cidade)

 

Toruń, Centro Histórico, vista do cimo da Ratusz Staromiejski (Torre da Cidade)

 

Toruń, Centro Histórico

 

Toruń, Dragão, símbolo da cidade

 

Toruń, estátua de Copérnico

 

Toruń, Muzeum Okręgowe w Toruniu (Museu Regional de Toruń)

 

Toruń, Muzeum Okręgowe w Toruniu (Museu Regional de Toruń)

 

Toruń, Muzeum Okręgowe w Toruniu (Museu Regional de Toruń)

 

Toruń, Muzeum Okręgowe w Toruniu (Museu Regional de Toruń), ´Segundo Tratado de Toruń´de Marian Jaroczyński

 

Toruń, Muzeum Okręgowe w Toruniu (Museu Regional de Toruń)

 

Toruń, Panorama

 

Toruń, Ponte Józef Piłsudski

 

Toruń, Ponte Józef Piłsudski

 

No Centro Histórico destaca-se a Torre da Cidade (Ratusz Staromiejski) pertencente ao Edifício da Antiga Câmara Municipal que contém no seu interior um museu, o Museu Regional de Toruń (Muzeum Okręgowe w Toruniu) que contém no seu interior, entre outros artefatos, uma coleção de arte sacra e pintura onde se destaca o quadro de Marian Jaroczyński, o “Segundo Tratado de Toruń” (II Traktat Toruński), que retrata a assinatura de um tratado concluído em Toruń em 19 de outubro de 1466, entre a Polónia e a Ordem Teutónica, encerrando o conflito da Guerra dos Treze Anos.

A subida à Ratusz Staromiejski, de onde contemplei do alto o Centro Histórico que já havia percorrido de dia e de noite, e depois do lado contrário do Rio Vístula, atravessando a Ponte Józef Piłsudski, de onde contemplei o panorama do mesmo, junto de um famoso restaurante, o Panorama Restauracja deu por encerrado o meu passeio por Toruń.

 

Toruń, Casa de Copérnico (interior)

 

Toruń, Casa de Copérnico (interior)

 

Toruń, Casa de Copérnico

 

Toruń, Castelo Teotónico (ruínas)

 

Toruń, Castelo Teotónico (ruínas)

 

Toruń, Castelo Teotónico (ruínas), exposição no interior

 

Toruń, Castelo Teotónico (ruínas), interior

 

Toruń, Castelo Teotónico (ruínas)

 

Toruń, Centro Histórico

 

Toruń, Centro Histórico e Rio Vístula, vista do cimo da Ratusz Staromiejski (Torre da Cidade)

 

Toruń

 

 

BYDGOSZCZ (uma manhã, a caminho de Poznan no regresso a casa)

 

Mais um nome, não sei se mais difícil de escrever, se pronunciar: Bydgoszcz. Localiza-se a cerca de 40 Km de Toruń, sendo estas cidades normalmente visitadas em conjunto. Toruń e Bydgoszcz são de certo modo cidades rivais! Bydgoszcz é maior, possui cerca de 350 mil habitantes, encontrando-se no 8º lugar das maiores cidades polacas, já Toruń ocupa a 16ª posição.

Uma linda cidade, diferente de Toruń, cujo centro histórico possui edifícios de estilo medieval, aqui o seu centro histórico é muito semelhante a Wrocław e de outras cidades acima referidas, sendo centrado na Stary Rynek (a Market Square). Além dos diversos edifícios existentes, onde se destaca a Câmara Municipal e a Catedral, existe um monumento muito importante: o Monumento à Luta e ao Martírio da cidade que homenageia os cidadãos polacos assassinados durante as execuções públicas realizadas em 1939.

 

Bydgoszcz, Rua Długa

 

Bydgoszcz, Rua Długa

 

Bydgoszcz, Stary Rynek (Praça do Mercado), Câmara Municipal

 

Bydgoszcz, Stary Rynek (Praça do Mercado), Catedral

 

Bydgoszcz, Stary Rynek (Praça do Mercado), Monumento à Luta e ao Martírio da cidade

 

Bydgoszcz, Tribunal Distrital (Sąd Okręgowy )

 

Bydgoszcz

 

Por trás da Stary Rynek, destaca-se a Rua Długa, com cerca de 650 m de comprimento, o que a torna a mais longa rua da cidade e a mais importante em termos de história e funcionalidade.

A cidade é banhada pelo Rio Brda, contendo canais e cerca de 50 pontes e várias ilhas, sendo por isso também comparável a Veneza! Por exemplo, Wyspa Młyńska é uma das ilhas e localiza-se muito próximo do centro da cidade. As casas de enxaimel, fazem parte da paisagem, uma influência dos Alemães. Um curto passeio, ao início da manhã, ainda as ruas estavam vazias, onde pude contemplar os bonitos edifícios com destaque para o da Opera.

 

Bydgoszcz ,Avenida Maksymiliana Piotrowskiego

 

Bydgoszcz Igreja de Santo André Bobola

 

Bydgoszcz, casas de enxaimel

 

Bydgoszcz, Edifício da ópera

 

Bydgoszcz, Edifício dos correios

 

Bydgoszcz, ponte sobre o Rio Brda

 

Bydgoszcz, Praça dos Teatros

 

Bydgoszcz, Rio Brda e as típicas casas de enxaimel

 

Bydgoszcz, Rio Brda

 

Viajar de Portugal para a Polónia 

 

Voos

 

A Ryanair voa diretamente de Lisboa para Wrocław e Poznań, assim como Varsóvia (Modlin) e Cracóvia.

Nesta viagem aterrei no Wrocław e regressei por Poznań. O Aeroporto de Poznań possui na zona das partidas, por detrás dos balcões de check-in, uma exposição de fotografia acerca de Portugal, da autoria da fotógrafa polaca, Kat Piwecka, apaixonada pelo nosso país, ao qual já dedicou um livro.  A Kat Piwecka também é seguidora dos Amantes de viagens e da sua página do Facebook! Já tive o prazer de a conhecer pessoalmente, e agora não deixei de posar com algumas das suas fotos antes de embarcar!

 

Aeroporto de Poznan, zona das partidas, exposição de fotografia sobre Portugal de Kat Piwecka

 

Aeroporto de Poznan, zona das partidas, exposição de fotografia sobre Portugal de Kat Piwecka

 

Viajar pela Polónia

 

Comboio

 

O país possui uma rede ferroviária excelente, servindo as principais cidades. A companhia estatal PKP-Polskie Koleje Państwowe, através do web site é possível adquirir bilhetes de longa distância, com alguma antecedência, existindo inclusivamente uma app para smartphone.

Entre Toruń e Bydgoszcz viajei de comboio suburbano.

 

Autocarro

 

FLIXBUS possui carreiras que servem várias cidades polacas, conseguindo com antecedência preços mais em conta que o comboio e com a vantagem de ser possível marcar com maior antecedência as viagens. As viagens que fiz (Wrocław-Łódź, Łódź-Toruń e Toruń-Poznań) foram em grande parte por auto estrada.

 

Alojamento (onde fiquei e recomendo a estada)

 

Wrocław

City Central Hostel ŚWIDNICKA 

 

Boa localização, a pouca distância (menos de 500m) da Wrocławski Rynek. Limpo e confortável. Check-in e check-out, totalmente automáticos. Proprietário disponível via Whatsapp.

Preço em conta: 2 noites, 174 zł (+/-40€) + depósito reembolsável de 150 zł (+/-35€). Quarto individual, com WC e duche no corredor.

 

Łódź 

Hotel Mazowiecki Łódź 

 

Localização com fácil acesso, num raio de 2Km de distância, às principais zonas do centro da cidade: Rua Piotrkowska, Łódź Fabryczna (estação central), Manufaktura.
Preço em conta: 1 noite, 197 zł. Quarto individual com casa de banho e duche, e pequeno-almoço buffet.

 

Toruń

Ibis budget Torun 

 

Localização com fácil acesso, cerca de 1Km de distância, à entrada do Centro Histórico.
Preço em conta: 1 noite, 324 zł. Quarto individual com casa de banho e duche, e pequeno-almoço buffet.

 

Comer e beber

 

Bar mleczny (bar de leite)

 

Impossível não falar da Polónia sem referir o conceito de “bar mleczny, “ou seja, um “bar de leite“.

Se em “Roma sê romano”, visitar a Polónia é tradicional ir a um bar mleczny, e fazer uma refeição rápida, económica e completa! Inclusivamente provando deliciosas especialidades gastronómicas: pierogi e sopas tradicionais por exemplo…
Estas cantinas, durante a era Comunista forneciam comida tradicional, a baixo custo, sendo subsidiadas pelo Governo. O nome “de leite”, deriva de fatias de queijo, que costumavam ser vendidas quando a carne era rara. Após a queda do Antigo Regime, estas cantinas encerraram e foram reabertas a pedido de muita gente por se tratar de um assunto nostálgico e porque são locais onde se come bem e barato, adaptados ao poder de compra dos polacos nesses tempos de transição para uma Economia de mercado. Encontramos nestes estabelecimentos, sobretudo pessoas locais, maioritariamente acima dos 60 anos, reformados também e estudantes. As ementas são escritas em polaco, mas isso não é problema nos dias de hoje…basta procurar no Google translator aqueles nomes esquisitos, e no Google maps “bar mleczny” e encontrarão estes facilmente estabelecimentos!

 

Bar mleczny

 

Às especialidades gastronómicas deste país, já me referi no artigo anterior. Posso acrescentar à lista mais alguns nomes:

Rosół, uma das sopas polacas mais populares, pois existe há séculos, sendo servida tradicionalmente em jantares familiares e em casamentos. Dizem eles que é boa para curar ressacas! É uma sopa de carne com um caldo claro, feito da cozedura lenta de ossos de pato, carne bovina, coelho, aves ou vitela, o porco nunca é utilizado, com cenoura, aipo, raízes de salsa, cebola e especiarias. Devido à cozedura ser longa e lenta, o caldo absorve o sabor da carne e dos legumes. No final acrescenta-se massinhas e ovo.

Gulasz z dzika, o goulash de javali, é um guisado tradicional, assim chamado nesta região da Europa, acompanhado com placki ziemniaczane, panquecas de batata, uma massa frita, feita de batata ralada ou moída, ovo, aromatizado alho e cebola picados e temperos.

 

Doçaria tradicional

 

Golonka (pernil de porco)

 

Gulasz z dzika (goulash de javali) com placki ziemniaczane (panquecas de batata)

 

Pierogi

 

A Polónia é um excelente país para ir a restaurantes!

Sobretudo pela relação qualidade/quantidade/preço!  conselho os seguintes locais, duas cervejarias tradicionais polacas e um restaurante de especialidades do Cáucaso (Arménia e Geórgia)

Jan Olbracht Browar Staromiejski em Torun

SETKA – Restauracja Polska – Wrocław em Wrocław

Restauracja Kaukaz Manufaktura na Manufaktura, em Łódź, pedi Charczo (sopa tradicional georgiana, picante!!!!) e Szisz kebab z baraniny (kebab de carneiro)

 

Rosół (sopa tradicional)

 

Zurek (sopa tradicional)

 

 

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GENEBRA E ANNECY: FIM DE SEMANA COM OS AMANTES DE VIAGENS

 

Genebra e Annecy: fim de semana com os Amantes de Viagens

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Fazer curtas escapadelas já tem sido um hábito, aproveitando os baixos preços que as companhias aéreas low cost nos proporcionam para viajar. Desta vez um pequeno grupo, o João Almeida (JA), o António José Ribeiro (AJR) e o Mário Menezes (MM), três cronistas habituais dos Amantes de viagens, blog onde relatam as suas aventuras pelos quatro cantos do mundo, e também no Fugas, suplemento do jornal Público dos Sábados, uniram esforços e partiram à conquista de mais alguns territórios.

 

Annecy, Lago de Annecy

 

Genebra e Annecy receberam no último fim de semana antes do Natal do ano de 2023 a visita de tão ilustres viajantes. E a coisa não ficou por aí pois mais alguém se iria juntar ao grupo em terras gaulesas nessa noite de Sábado!

 

Genebra

 

Genebra, Ponte do Mont-Blanc

 

Genebra, Museu de Arte e História

 

Genebra, MM junto da Catedral de São Pedro

 

Genebra, foi a primeira paragem, onde aterramos ao final da manhã. Um voo com cerca de 2h30, rápido, para o MM ainda mais, pois ele passa a maior parte do tempo a dormir. Quando viaja de avião, não abdica da pastilha para o enjoo e os efeitos secundários, coadjuvados com a altitude, a sonolência toma conta dele poucos minutos após chegar à altitude de velocidade cruzeiro. Já o JA e AJR passaram o voo a conversar acerca de viagens, política e trabalho!!! Mesmo com a distribuição aleatória de lugares, viajaram todos próximos e nos lugares do corredor!

 

MM, JA e AJR, Amantes de viagens no voo de regresso a casa a bordo da Easyjet

 

Para o MM, voltar a Genebra foi muito interessante ao fim de quase 14 anos. Foi a quarta vez que viajou para a Suíça, e neste país ainda tem muito para conhecer, pois as cidades são pequenas e de certo modo, a ideia que tem, é que são o seu parente pobre. Parente pobre de um país rico, a avaliar pelos automóveis milionários que circulam pelas ruas, lojas de artigos de luxo, tornando a cidade, e até mesmo o seu aeroporto, um paraíso de compras. Não foi o nosso caso, pois viajar de mochila condiciona e muito esta vertente. Mesmo no Aeroporto, resistimos imenso a comprar caviar beluga, mesmo “Made in China”, Rolexes, vinhos e conhaques, ficamos só pelos chocolates! Genebra é um local caro, mas Zurique transcende. Em Genebra, não devemos esquecer que 3.000CHF líquidos é tido como um baixo salário…

 

Genebra, MM deixou o carro mal estacionado

 

Genebra, Lago Léman, vista para o Mont Blanc

 

Genebra, Jardim do Inglês

 

Genebra, Mercado de Natal

 

Genebra, JA no Mercado de Natal

 

Pelas margens do Lago Léman de onde emerge uma famosa fonte, o Jet d’eau, e onde funcionava um mercado de Natal, iniciamos o passeio pela cidade. Genebra fica junto à fronteira com a França, fazendo parte das regiões suíças em que o Francês (o AJR fala bem melhor que nós) é língua oficial, apesar do inglês ser falado em larga escala. É por isso um ponto de partida para visitar as regiões fronteiriças no território gaulês como por exemplo Chamonix-Mont-Blanc, ou cidades maiores como Lyon mas no nosso caso Annecy foi o destino final. Uma bonita cidade localizada a cerca de 50 Km de Genebra. Seguimos à risca o conselho do AJR que conhece bem a Annecy, tendo inclusivamente familiares vivendo lá, já tendo escrito um excelente artigo acerca da mesma.

 

Genebra

 

Genebra

 

Genebra

 

Genebra, há corajosos que nadam no Lago Leman, em Dezembro

 

Genebra, há corajosos que nadam no Lago Leman, em Dezembro

 

Centro Histórico de Genebra, ao qual se acede atravessando a Ponte do Mont-Blanc, é onde se encontram as grandes lojas de artigos de luxo, diversos edifícios governamentais e museus, com destaque para o Museu de Arte e História, que conjuntamente com o Museu das Belas Artes de Basileia e o Museu das Belas Artes de Zurique possui uma das principais coleções suíças de arte da época do Renascimento até aos nossos dias. Sobressai pelo seu edifício tal como a Catedral de São Pedro, construída entre 1150 a 1250, uma igreja da religião Protestante desde 1535, sendo até aí da religião Católica. No seu interior além dos famoso órgão, os vitrais e as pinturas chamaram particularmente a atenção do JA que não se fartou de as fotografar. A fachada principal fica de frente para o Terrasse Agrippa-d’Aubigné, por onde seguimos em seguida passando pelo Jardim Inglês, onde sobressai um relógio construído em flores e o Monumento Nacional em comemoração à integração de Genebra na Confederação Helvética (Suíça), a caminho do terminal rodoviário.

 

Genebra, Catedral de São Pedro

 

Genebra, Catedral de São Pedro, interior

 

Genebra, Catedral de São Pedro, interior, vitrais

 

Genebra, Catedral de São Pedro, interior, pinturas

 

Genebra, Catedral de São Pedro, interior, órgão

 

Genebra, Catedral de São Pedro, interior

 

Genebra, Catedral de São Pedro

 

Para Annecy estava guardada a melhor parte! A LeeLee (LL), grande amante de viagens e seguidora da página do Facebook, vai lendo o que nós escrevemos no blog, conhece bem mais o mundo que o MM, é uma super divertida Americana, de origem Californiana, casada com um Japonês que fala Inglês quase de forma nativa, já viveu em vários países e agora assentou arraiais em Annecy. Foi na Índia em pleno Taj Mahal que o MM a conheceu, em 2018, no ano seguinte voltaram a encontrar-se em Sapporo, no Japão em pleno Snow Fest e desta vez combinamos nos encontrar à chegada, todo o grupo em frente da Pont Perrière! A LeeLee estava acompanhada por uma amiga, francesa, mas que falava fluentemente a língua de Shakespeare, que passou a ser língua oficial nessa noite. Passamos o resto da noite pelos mercados de Natal, jantamos ali pelas bancas de comida, estilo “street food”, diot de Savoie, um género de salsicha regional, com tartiflette, uma especialidade local feita com batata, queijo reblochon, toucinho e cebola, e tiramos várias fotos junto do Palais de I’Île, o tal monumento histórico que é um dos símbolos da cidade, uma casa fortificada construída no século XII numa pequena ilha no Rio Thiou, o rio que banha a cidade e que nasce no Lago de Annecy. No caminho para de e para o hostel acabamos por percorrer grande parte da cidade, pequena por sinal, o que a torna ideal para uma curta escapadela. Obviamente fazia bem mais frio que em Lisboa, pelo que demos por encerrado o dia de passeio que começou ainda de madrugada.

 

Annecy, MM, AJR e JA marcando presença

 

Annecy, Rio Thiou e seus canais

 

Annecy, Rio Thiou e seus canais

 

Annecy, Rio Thiou e seus canais

 

Annecy, Ponte dos Amores

 

Annecy, pastelaria

 

Annecy, Palais de I’Île no Rio Thiou

 

Annecy, Notre Dame de Liesse

 

Annecy, Notre Dame de Liesse (interior)

 

Annecy, Rio Thiou e seus canais

 

Annecy, Palais de I’Île no Rio Thiou

 

Annecy, Um brinde coletivo à amizade e ao amor pelas viagens que nos uniu!

 

Annecy, Tartiflette, produtos regionais à venda nas ruas – queijos

 

Annecy

 

Annecy, Tartiflette, especialidade local em modo street food

 

Annecy, Tartiflette, especialidade local em modo street food

 

Annecy, MM reencontra LL junto do após viajar meio mundo…Palais de I’Île e Rio Thiou como pano de fundo!

 

A cidade de Annecy, localizada na região de Auvérnia-Ródano-Alpes, cuja capital é Lyon, tem uma história bastante rica, como qualquer cidade do Velho Continente. Com reminiscências ao Período Neolítico, sendo oriunda de um povoado criado durante o Império Romano. Com a decadência deste, sofreu posteriormente invasões de vários povos, nomeadamente os germânicos, os Burgúndios e os Francos. Os sobreviventes dessas invasões refugiaram-se naquelas montanhas, tendo no século XI fundado uma nova cidade a partir das margens do Rio Thiou, próxima a uma torre de defesa e protegida por edificações, o que se tornou mais tarde o Castelo de Annecy. Dada a sua localização geográfica, entre Genebra e Chambéry, estas cidades tiveram influências nos acontecimentos, entre os séculos X e XIX. No século XII, uma casa fortificada foi construída numa pequena ilha no meio do Rio Thiou, o tal Palácio de l’Isle. Conflitos com os Bispos de Genebra, fez com que o condado de Genebra se refugiasse em Annecy no fim do século XII, e a cidade se tornasse a capital da região de Genebra. Em 1401, foi integrada na Casa de Saboia. Com o avanço do Calvinismo, um movimento religioso Protestante, em 1535 tornou-se um centro para a Reforma Católica e a sede episcopal de Genebra foi transferida para Annecy. A cidade chegou a ser alcunhada de “Roma da Sabóia” e “Roma dos Alpes”. Durante a Revolução Francesa, a região da Sabóia foi conquistada pela França e Annecy foi anexada ao Departamento de Mont-Blanc, cuja capital era Chambéry.  Após a queda de Napoleão Bonaparte, já em 1815 a cidade retornou à Casa de Saboia e em 1860 foi anexada pela França.

 

Annecy, vista desde as proximidades do Castelo

 

Annecy, vista desde as proximidades

 

Annecy, subida para o Castelo

 

Annecy, subida para o Castelo

 

Annecy, Castelo

 

Annecy, Castelo, JA e AJR

 

Annecy, Castelo

 

Annecy, Castelo

 

Igrejas é coisa que não falta por Annecy, podendo destacar-se por exemplo a Basílica da Visitação, a Igreja de São Francisco de Sales e Igreja da Notre Dame de Liesse que visitamos o seu interior, tendo feito parte do passeio de Domingo. Uma manhã que também começou ainda de madrugada, e foi dedicada exatamente a isso, percorrer aquelas ruas e conhecer melhor, desta vez à luz do dia os seus principais recantos. A cidade é chamada de “Veneza dos Alpes” devido aos canais que possui, que a tornam encantadora, tal como o Lago, um dos lagos mais limpos do Mundo, o Lago de Annecy, o segundo maior lago de França, formado há cerca de 18 mil anos, durante o degelo dos grandes glaciares alpinos, sendo alimentado por vários pequenos rios, nascidos nas montanhas das proximidades e por uma fonte submarina, o Rio Boubioz, que nasce a 82 m de profundidade. Caminhar pelas suas margens também foi parte do passeio, tal como a zona do Castelo que se localiza lá no alto.

 

Annecy, Igreja de São Francisco de Sales

 

Annecy, Igreja de São Francisco de Sales

 

Annecy, Gnômon poliorenomae, um relógio de sol múltiplo

 

Limitados pelo tempo e pelo voo de regresso a casa, após uma refeição rápida ali pelos mercados de Natal, tivemos de dar por terminada a visita a Annecy ao final da manhã. Regressamos então ao Aeroporto de Genebra de autocarro, e daí rumo a Portugal, às nossas casas, às nossas vidinhas e aos nossos trabalhos. Sim, porque é na área da engenharia que efetivamente trabalhamos!

Sem dúvida que estes Amantes de viagens estão de parabéns, foi um fim de semana memorável!

 

Annecy, canal atravessado pela Ponte dos Amores

 

Annecy

 

Annecy

 

Annecy

 

Viajar para Annecy

 

A forma mais fácil de aceder a Annecy, é via Genebra. Desde Lisboa existem voos diretos da Easyjet. Entre Genebra e Annecy, através da plataforma FLIXBUS é possível reservar bilhetes de autocarro. A paragem de autocarro em Annecy é na Gare de Routiere, cerca de 1Km do Centro Histórico

 

Annecy, MM junto do Palais de I’Île no Rio Thiou

 

Annecy, mercados de rua

 

Alojamento económico

 

Apesar de afastado do centro histórico de Annecy, cerca de 2km, mas com preços bastante em conta (dado se tratar de um país caro) e qualidade bastante aceitável, incluindo pequeno-almoço á descrição, recomendamos a estada no Hôtel Première Classe Annecy Cran Gevrier.

Existe uma linha de autocarro que serve o local e o Centro Histórico, mas fizemos tudo a pé. Não foi problema.

 

Annecy

 

Annecy, arte urbana

 

Annecy, arte urbana

 

Annecy

 

Comida e souvenirs

 

A França é o país da Alta cozinha, facto que justifica a sua gastronomia ser mundialmente famosa. Dado os preços elevados dos restaurantes, a maioria dos turistas usa e abusa do fast food.

Annecy em dezembro, à semelhança de muitas cidades da Europa, enche-se de magia com os Mercados de Natal. Aí podemos saborear excelentes especialidades locais e adquirir iguarias regionais.

tartiflette, uma especialidade local feita com batata, queijo reblochon, toucinho e cebola e o diot de Savoie, a tal salsicha, foram especialidades internacionais que entraram no nosso cardápio gastronómico.

Da minha, parte não resisti a trazer na bagagem um queijo Marotte du Larzarc, um pacote com três diot de Savoie, um nougat (género de turrón) e obviamente uma casinha típica de Annecy, um souvenir tradicional, para a coleção.

 

Annecy, Tartiflette, produtos regionais à venda nas ruas – enchidos e fumados

 

Annecy, nougat à venda numa pastelaria

 

Annecy, feira de Domingo

 

Annecy, Diot de Savoie (género de salsicha) e Tartiflette, especialidades locais em modo street food

 

Diot de Savoie

 

António José Ribeiro (AJR), Mário Menezes (MM) e João Almeida (JA), Amantes de viagens

 

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SAN MARINO, MICRO MAS SURPREENDENTE ENCANTADOR!

 

San Marino, micro mas surpreendente encantador!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Confesso que foi com um objetivo caprichoso que me propus visitar San Marino, o de contar com 60 países visitados, incluindo Portugal, até final do ano de 2023.

A lista já contava com Liechtenstein, Mónaco, Luxemburgo, Malta, Andorra e Vaticano, os chamados de microestados da Europa. Todos merecem uma visita.

À semelhança do Vaticano, San Marino é um dos enclaves dentro da Itália. O Vaticano, o outro enclave, embora mais pequeno, é certamente bem mais visitado, sobretudo pelos seus museus e monumentos, mas San Marino, é também um local encantador que superou largamente as minhas expectativas.

O nome de San Marino, na minha geração, é associado aos Jogos Sem Fronteiras, que nos saudosos anos 80, víamos passar na RTP. Eram tempos em que só existiam dois canais e ter uma televisão a cores era um luxo. Muitos de nós pensávamos tratar-se de cidade italiana qualquer…

A República de San Marino localiza-se no Monte Titano, a cerca de 15 km da Costa Adriática, possuindo uma área com cerca de 61 km² e uma população com pouco mais de 30 mil habitantes. Aparece em muitos compêndios de história ou geografia como o país mais antigo da Europa, até mesmo como o país mais antigo do Mundo. O conceito de antiguidade de um país é um pouco ambíguo. A data da fundação desta República, que o Guiness book of records considera como a mais antiga do Mundo, é 3 de setembro de 301. O seu nome é derivado de São Marinho, San Marino em Italiano, como era conhecido antes da sua santificação, tinha origem romana e foi canteiro, quer isso dizer, dedicava-se à construção em blocos de rocha. Num período da sua vida, decidiu abandonar as suas atividades tornando-se eremita, tendo-se isolado no Monte Titano, onde nesse mesmo ano construiu a capela e o mosteiro, expandindo o país ao seu redor. Durante esse período, havia muitos rumores sobre feitos milagrosos realizados por ele, motivo que levou à sua santificação.

 

Vistas do alto do Monte Titano

 

Vistas do alto do Monte Titano, desde Il Cantone

 

Vistas do alto do Monte Titano, desde Il Cantone

 

Vistas do alto do Monte Titano

 

Algumas fontes indicam que a ida de Marino até o Monte Titano foi solitária, enquanto outras descrevem que Marino e outros cristãos foram perseguidos pelos Romanos e se refugiaram naquele local. Os primeiros registos a respeito de San Marino e da sua construção apareceram entre os séculos IX e XIII. Graças à sua localização geográfica, no Monte Titano, formou-se uma comuna relativamente isolada, por isso conseguiu manter a sua independência, apesar das tentativas de domínio de outros povos, e mesmo durante os períodos mais turbulentos da história da Itália e da Europa. A área também contava com a proteção da família Montefeltro, que governava as comunas de Gubbio e Urbino, na vizinha Itália. Foi no século XV que San Marino se tornou uma República e passou a ser governado por um Grande Conselho. A neutralidade durante as Guerras Mundiais não poupou San Marino da ocupação pelos alemães e pelos Aliados, que os derrotaram numa batalha no ano de 1944, ano em que ocorreu um bombardeamento no país pela Força Aérea Real (Britânica), consequência dessa ocupação alemã. Em 1988 San Marino passou a integrar o Conselho da Europa e, quatro anos mais tarde, tornou-se oficialmente parte da Organização das Nações Unidas.

 

Torre Montale

 

Torre Guaita

 

Torre Cesta

 

Torre Cesta

 

Passar um dia em San Marino, da forma que o fiz, ou seja, viajando em transportes públicos, foi sobretudo visitar a sua capital, a Cidade de San Marino, no alto do Monte Titano, onde se acede normalmente desde Rimini, a mais conhecida estância balnear italiana. Lá ao alto, o seu o centro histórico, onde junto a uma das entradas, a Porta de São Francisco, termina a marcha do autocarro que nos transporta desde essa cidade italiana. De teleférico, desde Piazzale Campo della Fiera, localizado junto da estrada de acesso pela montanha, a Via Eugippo, no Funivia di San Marino, subimos até Il Cantoni, junto do Monumento a Bartolomeo Borghesi, um historiador Italiano que muito contribuiu para o avanço da Numismática, tendo vivido em San Marino, onde morreu em 1860 e estando por isso nas moedas de 2€, do ano 2004 do país (se conseguirem encontrar alguma, vale bem mais que isso…)

 

Palazzo Pubblico

 

Palazzo Pubblico, sala do Consiglio Grande e Generale (Parlamento)

 

Palazzo Pubblico, sala do Consiglio Grande e Generale (Parlamento)

 

Palazzo Pubblico, sala de atos oficiais

 

Palazzo Pubblico, interiores

 

Palazzo Pubblico, interiores

 

Palazzo Pubblico, interiores

 

A Cidade de San Marino, uma cidade amuralhada, contém três fortificações localizadas cada uma num cume: a Torre Guaita, a mais antiga, a Torre Cesta, localizada no cume mais alto e a Torre Montale, localizada no cume mais baixo. São os principais símbolos do país estando inclusivamente desenhados na sua bandeira nacional. Caminhando desde o centro histórico, através de passadiços e trilhos acedemos a ambas, de onde desfrutamos de vistas soberbas sobre os territórios destes dois países, Costa Adriática incluída. O centro histórico é composto por diversas ruas íngremes, empedradas onde quase não circulam automóveis, e contêm o principal que este pequeno microestado tem para oferecer. Caminhando por aquelas ruas facilmente encontramos a Cassa di Risparmio que sobressai no nosso passeio. Trata-se da instituição de crédito mais antiga de San Marino, obviamente o setor bancário, ao qual associamos os paraísos fiscais, é impossível não referirmos quando falamos nestes microestados. Em San Marino, além desses capitais, a Religião Católica também tem forte presença, sendo a Basílica de São Marino a principal igreja, e a Igreja de São Pedro que é adjacente à mesma serem locais de visita obrigatória, ali nas proximidades do Jardim Panorâmico.

 

Cassa di Risparmio

 

Adquirindo o “San Marino Musei Pass” podemos durante todo o dia explorar os mais importantes locais, por um preço extremamente acessível para tamanha dose cultural! Além das torres, existindo no interior da Torre Guaita uma exposição de artefatos militares, destaca-se a visita ao “Palazzo Pubblico“, o edifício oficial do Governo. A sua arquitetura é semelhante ao Palazzo Vecchio de Florença. No interior destacam-se, além de diversas salas de atos oficiais, a sala do “Consiglio Grande e Generale”, ou seja, o Parlamento. Na mesma, pode ser observada a pintura de Emilio Retrosi onde São Marinho aparece ao seu povo…afinal aparições não são só em Fátima! O Palazzo Pubblico encontra-se numa praça, a Piazza della Libertà, com a Estátua de São Marinho no seu centro, e na proximidade de diversos edifícios governamentais. Ali encontramos também o Museu Nacional de San Marino que é obrigatório visitar. Inaugurado em 1899, possui um acervo com quase 5 mil peças, muitas delas provenientes de doações de muitas partes do Mundo. Pinturas e objetos relacionados com a história deste microestado, e achados arqueológicos desde o período Neolítico ao início da Idade Média. O Museu de Selos e Moedas é um outro museu que incluímos na visita. Trata-se de um museu dedicado à Filatelia e à Numismática, como vimos é uma área das ciências que teve forte relação com San Marino. Por último, a Igreja de São Francisco com a sua galeria de arte.

 

Museu Nacional de San Marino

 

Museu Nacional de San Marino

 

Museu Nacional de San Marino

 

Museu Nacional de San Marino

 

Museu de Selos e Moedas

 

Museu de Selos e Moedas

 

Igreja de São Francisco

 

Igreja de São Francisco, galeria de arte

 

Igreja de São Francisco, galeria de arte

 

Igreja de São Francisco, galeria de arte

 

Igreja de São Francisco

 

Condicionado pelo horário do autocarro de regresso a Rimini, onde fiquei alojado dei por concluída a minha visita, ainda com tempo para provar uma especialidade local: a piadina romagnola, oriunda também da região fronteiriça Italiana de Emilia-Romagna, um “wrap”, portanto uma massa fina de pão branco, que era tradicionalmente cozida num prato de terracota, chamado “teggia” ou “testo” na língua local, atualmente é utilizado o grelhador elétrico, servido fechado e recheado com queijo, vegetais, presunto, por exemplo. Poderão ir ao Giulietti Km0, junto da Porta de São Francisco.

 

Basílica de São Marino, vista desde o Jardim Panorâmico

 

Basílica de São Marino, adjacente à mesma a Igreja de São Pedro

 

Basílica de São Marino (interior)

 

Piadina romagnola, especialidade local

 

Viajar desde Portugal 

 

Visitei Rimini numa escapadela de 4 dias a Itália, que incluiu também Milão, Peschiera del Garda, Verona e Rimini. Foi desta última que visitei num bate volta San Marino, de autocarro.
San Marino não possui aeroporto internacional, sendo necessário voar para Bolonha, o mais próximo, servido pela Ryanair, Milão Malpensa servido pela Easyjet ou Milão Bergamo servido pela Ryanair, ambos com voos diretos desde Lisboa.

Desde o centro de Milão ou do de Bolonha é possível aceder a Rimini de comboio, através da Trenitalia, existindo o Frecciarossa, um serviço de alta velocidade. Com antecedência é possível adquirir bilhetes com preços muito interessantes. O sistema de bilhética está bastante desenvolvido, instalando a app no smartphone adquirem-se bilhetes para todos os tipos de comboios.

 

Guardas parando o trânsito automóvel junto a uma das entradas do Centro Histórico, a Porta de São Francisco

 

Funivia di San Marino

 

Foto marcando a visita ao país número 60

 

Estátua La Maternità

 

Estátua de São Marinho, no centro da Piazza della Libertà

 

Centro Histórico

 

Transporte entre Rimini e San Marino

 

A empresa Bonelli bus efetua este serviço. O motorista não vende bilhetes, o serviço de venda online não funcionou, pelo que tive de adquirir o bilhete (ida e volta com horário marcado) numa tabacaria próxima da paragem de partida.

 

 

Monumento a Bartolomeo Borghesi, em Il Cantoni

 

Jardim Panorâmico

 

Il Cantone

 

Alojamento

 

Rimini é um dos locais de grande afluxo turístico mais próximos de San Marino. Trata-se de um local de enorme romaria no Verão, pelo que em época baixa (viajei no início de novembro de 2023) o número de visitantes decresce consideravelmente, logo conseguem-se preços de alojamento muito em conta.

Posso recomendar o Hotel Europa. Possui quartos razoáveis, boa localização, pequeno-almoço tipo buffet e staff muito atencioso nomeadamente quem gere esta parte das refeições, sobretudo por facilitarem a vida a quem tem de viajar cedo.

 

Bandeiras nacionais desfraldadas, junto da Porta de São Francisco

 

 

Para alojamento em San Marino, consulte aqui.

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

 

NOVA IORQUE (NY), 7 DIAS LOW-COST

 

Nova Iorque, 7 dias low-cost em NY

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Visitar a cidade de Nova York, é por certo um dos objetivos de muitos apaixonados por viagens, um destino quase obrigatório, para completar a lista de quem como nós, amantes de viagens, ansiamos por conhecer locais novos e culturas diferentes, pois viajar é sempre acrescentar conhecimento e experiências únicas à nossa vida, e que nos irão recordar na memória com nostalgia e alegria cada momento que passamos em cada uma delas.

 

É uma viagem que requer algum planeamento, mas que facilmente nos surpreende, pois vamos descobrindo vários locais de relevo em cada canto, que muitas vezes não são mencionados em muitos roteiros, por exemplo próximo do hostel onde fiquei, fica a Catedral de S. João; a  S. John the divine Cathedral é a quarta maior igreja do mundo, e disputa o primeiro lugar de maior igreja Anglicana com a de Liverpool, descobri no último dia por mero acaso e a visita vale bem a pena, a entrada custa 15$, cerca de 13.5€.

 

vista do Top of the Rock, NYC

 

vista do Top of the Rock, NYC

 

S, John the divine Cathedral, NYC

 

S, John the divine Cathedral, NYC

 

S, John the divine Cathedral, NYC

 

S, John the divine Cathedral, NYC

 

Dado que existe muita informação sobre este destino, vou tentar dar uma breve informação geral, com dicas e notas para uma viagem para NY, bem como formas de economizar dinheiro, pois não deixa de ser um destino caro, à semelhança da minha viagem, podem conhecer a “Big Apple”, de forma mais contida, sem comprometer uma viagem e experiência única.

 

estátua da liberdade, NYC

 

Williamsburg Bridge, NYC

 

Williamsburg Bridge, NYC

 

Washington Square Park, NYC

 

vista para a ponte Brooklyn, desde o cais de onde parte o ferry

 

Nova York é uma metrópole, com muito para ver, eu fiquei 7 dias, embora muitos concordem ser o ideal; caso não visitem muitos museus, acredito que 5 dias cheguem, devemos ter em conta as horas dos voos, pois perde-se muito tempo em transportes e no aeroporto (sobretudo no controlo de emigração à chegada, onde fazem várias perguntas e se demora algum tempo).

Podem acrescentar locais como por exemplo um tour até Washington, a capital americana, existem vários tours de um dia que partem pela manhã de NY; podem ainda por exemplo apanhar um voo barato (ida e volta, que fica em torno dos 100€) e ir a Miami nem que seja dois dias, para conhecer esta cidade turística com belas praias no estado da Flórida.

 

praça do Rockefeller center, NYC

 

outro Museu em NYC

 

Existem 4 zonas (distritos) principais em Nova York (mais uma, caso consideremos a ilha Staten, para onde vai o ferry); a principal é Manhattan, tendo ainda: Queens, Brooklyn e Bronx.

Além de conhecer os bairros de cada uma destas zonas, vou destacar apenas algumas das atrações mais conhecidas e outras que descobri e visitei, algumas podem já estar descritas ao longo do texto nas dicas e notas; deixo os links para muitas delas, os preços em algumas são gerais, sendo que podem combinar com citypass, outros packs turísticos, ou simplesmente pesquisar (como falo mais abaixo nas dicas e notas), por museus que em determinadas condições podem ser “pay as you wish” ou entrada gratuita.

outra igreja em NYC

 

o Touro de Wallstreet

 

NYC

 

as red stairs em Times Square, NYC

 

área comercial, junto do memorial do 11 de setembro, NYC

 

Passear um par de horas pelo Central Park , conhecendo a diversidade deste, bem como relaxar e tomar um café para recarregar baterias; o MET ( museu de arte metropolitana), bilhetes gerais 30$; passear pelo emblemático bairro de Times Square ( aconselho ver de dia e à noite); ver a belíssima Grand Central Terminal, estação central da cidade, a entrada é gratuita e é muito bonita; ver a mítica Estátua da liberdade, os bilhetes começam a cerca de 31.5$; o imponente Empire State Building, existem várias possibilidades de visita com preços variados; o MOMA (museu de arte moderna), os bilhetes gerais custam 28$.

 

Central Park, NYC

 

Central Park, NYC

 

Central Park, NYC

 

Central Park, NYC

 

Central Park, NYC

 

Central Park, NYC

 

Visitar o Chelsea Market; atravessar a imponente e belíssima ponte Brooklyn, que é uma verdadeira obra de arte de engenharia, foi para mim uma das melhores experiências, a ponte é simplesmente fantástica, sendo muito agradável caminhar sob a mesma; ver um espetáculo da Broadway; percorrer a 5th Avenue (quinta avenida), visitar o bairro Little Italy e o bairro Chinatown.

 

Chelsea Market.NYC

 

Chelsea Market.NYC

 

Chelsea Market.NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Brooklyn bridge,NYC

 

Ir ao Vessel, uma estrutura metálica com vidraças, que é um miradouro junto do rio Hudson, podem simplesmente contemplar a sua bela arquitetura, ou subir os seu vários degraus e desfrutar deste moderno miradouro, a entrada custa 10$, sendo que se encontra fechado na época de inverno, mais informações aqui; ver a estátua do touro de Wall Street e tirar a foto da praxe caso queiram.

 

Vessel, NYC

 

uma praça para uma pausa em NYC

 

O Madame Tussauds de Nova York; o memorial do 11 de setembro e museu, há também uma passagem, que alberga algumas lojas que é muito interessante em termos de arquitetura ; a imponente Catedral ST. Patrick’s de Nova York, a entrada é gratuita; ir até a um dos mais recentes parques da cidade, que é a little island é uma estrutura de betão sob a água, tem bonitas vistas e é um parque bem agradável; o emblemático Chrysler Building; passear no parque suspenso de High line, tem pouco mais de 2km de extensão sendo que era um troço de caminho de ferro; visitar a Biblioteca Pública de NY, cuja entrada é gratuita e tem salas muito bonitas; Museum Mile; ver a praça do Rockefeller Center.

 

Catedral ST. Patrick’s de Nova York

 

Biblioteca Nacional, NYC

 

Biblioteca Nacional, NYC

 

Biblioteca Nacional, NYC

 

Biblioteca Nacional, NYC

 

O parque Bryant; o Jardim Botânico de NY, bilhetes gerais 35$; ir até á zona de praias de Coney Island, e percorrer um pouco esta zona, vendo por exemplo a sua catedral; ir até bairros emblemáticos como o DUMBO em Brooklin, SoHo, Greenwich Village e West Village ; passear pelo Wall street, o bairro financeiro de NYC; outro observatório é o One World, os bilhetes gerais custam 44$; Trinity Church; o Theater Apollo; a praça e parque Washington; Museu de História Natural; o museu Frick Collection; a casa de espetáculos, que fica no Rockefeller Center, o Radio City Hall.

 

coney Island,NYC

 

Coney Island, NYC

 

Coney Island, NYC

 

praia em Coney Island, NYC

 

Percorrer as longas avenidas, ver o movimento frenético desta cidade, os arranha céus, lojas míticas como a pastelaria Magnólia, ou, a loja da Lego, a Trump Tower, a sede das Nações Unidas, etc, há sempre algo a descobrir em Nova York.

 

Times square, NYC

 

Times square, NYC

 

Descarreguem mapas offline, como o maps.me e partam à descoberta de mais locais, muitos não me estou a lembrar ou simplesmente são tantos que é difícil selecionar; vi vários edifícios de relevo, que até eram sedes de bancos, farmácias etc, estátuas de arte urbana espalhados pela cidade, igrejas, etc, cara recanto traz um local para fotografar e contemplar, por certos muitos mais locais irão descobrir.

 

little island,NYC

 

little island,NYC

 

little island,NYC

 

little island,NYC

 

Staten Island, NYC

 

Atividades que podem fazer e podem valer bem mais a pena que alguns museus serão por exemplo ver um jogo de NBA, de futebol Americano (NFL), Hóquei no gelo (NHL), ou Basebol; passei junto do Yankee Stadium e ia começar um jogo de basebol, os bilhetes creio que eram na casa dos 30$, como não percebo muito do desporto, acabei por não ir, mas confesso que me arrependo, pois ver um destes desportos que disse anteriormente acredito que ofereçam experiências mais singulares que um museu, ou um tour de bus de teto panorâmico, pois têm uma dimensão considerável e são espetáculos únicos.

Viagens Felizes

 

Trump Tower, NYC

 

Dicas e notas:

Será algo difícil escrever sobre um destino tão complexo como NY, vou tentar em traços gerais, dar algumas dicas e sugestões e também formas para economizar numa viagem à “cidade que nunca dorme”.

Em termos de voos, recomendo que façam várias pesquisas, e vão acompanhando os preços em motores de busca, como skyscanner, momondo, etc; os preços têm grande oscilação, pelo que, devem acompanhar a mesma, bem como tentarem serem flexíveis em datas e escalas, para economizar no valor dos voos, esta que é boa parte do orçamento; eu paguei desde Madrid, direto, 300€ (em fevereiro de 2023), muito bom preço, mas acompanhei durante muito tempo e fui flexível em datas.

 

Ponte Verrazano-Narrows, NYC

 

parque junto à Brooklyn bridge, NYC

 

Eu recomendo seriamente a considerar voar saindo de Madrid, temos bus de várias cidades, como Viseu, Porto, Aveiro, Lisboa, Faro entre outras, em que as companhias de bus como a Flixbus, a Rede Expressos, em que neste caso é uma parceria entre a Rede Expressos e a espanhola Alsa, e agora mais recentemente a Gipsy Bus, oferecem trajetos até ao centro de Madrid ( estacion sur), ou até ao aeroporto, sendo estes preços acessíveis, e algumas das rotas são em horários noturnos, além do preço ser muito barato, evitam por exemplo uma noite extra num hotel próximo do aeroporto em Portugal; eu por exemplo paguei cerca de 25€, por trajeto, desde  Viseu, e pelo que que vi, caso seja com alguma antecedência, conseguem valores similares, ou mesmo um pouco mais baratos de outras cidades; Nota que estes bus vão para o terminal 4, e na maioria o voos para NY, saem do terminal 1,2,3, sendo que simplesmente têm de apanhar o bus gratuito que liga os terminais); no meu caso compensou bastante, pois a diferença entre sair de Madrid ou Porto (mais perto para mim que moro em Viseu), era de menos de 150€  desde a capital Espanhola, sendo que ainda tinha de ir para o Porto de bus e dormir em hotel, ou levar carro, pagando portagens, combustível, hotel e parque do carro; não iria ser vantajoso, e muito mais caro ( o voo com escala, seria depois o mesmo que que apanhei em Madrid).

Obviamente que é algo que varia dependendo de cada um, sobretudo de onde morarem, mas acho que é algo a terem em conta.

 

Grand Central Terminal, NYC

 

Grand Central Terminal, NYC

 

Nova York tem basicamente três aeroportos:

 

 J.F. Kennedy (JFK), para o qual voei, é o maior, existem muitas combinações possíveis para chegar ao centro da cidade, a mais barata e prática é a combinação do air-train mudando depois em Jamaica Station, e depois ir de metro nas linhas para o destino pretendido, nota para que o bilhete no air-train é diferente que o do metro (é pago à saída deste para a Jamaica station, podem aproveitar o cartão para depois carregar para o metro), deixo aqui o link do site do aeroporto com as ligações de transporte público, no site da MTA que é a empresa de metro da região, podem obter mais informações; podem ver também mais informações no site Rome2rio, que tem as possibilidades de trajetos e links das mesmas.

La guardia (LGA), embora geograficamente mais próximo, temos de fazer algumas mudanças, existem também a opção de bus para o centro da cidade, no site do aeroporto (link direto) têm mais  informações, ou no Site do metro MTA.

Newark airport (EWR), este pelo que pesquisei, é para onde temos menos voos desde Portugal/ Madrid, ou escalas a melhores preços; existem também várias combinações/opções, sejam Bus, comboio, ou metro com ligação de airtrain; no site do aeroporto (link direto), podem obter mais informação.

 

memorial 11 de setembro, NYC

 

A locomoção será basicamente usar o metro e andar muito, muito a pé, eu fazia cerca de 20 km a pé diariamente, pois embora tivesse passe de 7 dias para o metro, como a cidade é enorme irão ter de andar muito a pé (para fazer um trajeto linear, sem andar para trás para uma estação de metro).

 

subway NYC

 

subway NYC

 

Recomendo que comprem um passe de 7 dias esta custa 34$, cerca de 31€, podem ainda juntar também o bus, que fica em 64$, uma viagem única, custa 3.25$, cerca de 3.1€, aqui  fica o link com os preços no site da MTA (empresa de Metro), como diz o meu amigo Mário Menezes ( que também escreve aqui para o site), este item da locomoção/metro é talvez a única coisa que não é cara em Nova York.

 

NYC, visto de Staten Island

 

NYC

 

NYC

 

NYC

 

Usar revolut, ou similar, será quase obrigatório, a maioria dos cartões bancários pagam taxa (eu por exemplo paguei mais de 5€ ao pagar o Hostel com o cartão da Caixa Geral Depósitos), recomendo também colocarem a quantia que pensam gastarem numa segunda conta em Dólares (no Revolut dá para fazer, provavelmente em similares como o N26, Wise, Moey, entre outros, será possível fazer o mesmo), assim, pagaram tudo em dólares pois no fim de semana poderão ser cobradas taxas, uma vez que não há agências de câmbio no fim de semana; além de que podem ir vendo a evolução do câmbio e tentar comprara numa altura em que esteja em baixa. Apenas levantei numerário uma vez, para usar numa emergência, ou tipo mercados e bancas de rua, mas praticamente podem usar sempre o cartão para os pagamentos.

 

MET, NYC

 

Em termos de alojamentos, bem, Nova York é caro, o alojamento e os voos são a maior parte do orçamento, mais de metade muito provavelmente (dependendo claro dos museus que visitem e do preço das refeições) eu fiquei no Hi New York City Hostel, um hostel muito bom, com boas condições, próximo do metro e do central park (mais a norte, zona upper west), caso vão em grupo ou casal, podem por exemplo optar por um quarto privado num apartamento em Airbnb,  ou apartamento inteiro; o alojamento ficará em cerca de 60€ num dormitório de 12 camas, ou 66€ num dormitório de 6 camas; falei com casais que ficaram em quartos privados em Airbnb pagaram basicamente o correspondente a estes valores por pessoa; podem ver hosteis que ofereçam tipologias diferentes nos quartos, podendo ficar num quarto ( casal ou grupo), podendo usufruir depois dos espaços comuns como cozinha, lavandaria ou café com comida.

Fui sozinho e recomendo vivamente este hostel, tenham sobretudo em conta a localização do alojamento, de preferência em Manhattan.

 

vista sob Manhattan, desde o ferry

 

Para comer, há várias opções, para economizar, pois ir a um restaurante normal fica algo dispendioso; tentem escolher um alojamento, quer seja hostel, quarto em apartamento, ou apartamento completo em Airbnb, que tenha cozinha, pois podem cozinhar por exemplo o jantar e pequeno almoço, ou comprar refeições prontas em supermercados, que vão encontrar facilmente( perto do hostel onde fiquei, maioria das vezes, ia ao supermercado buscar refeições prontas a um preço acessível); existem restaurantes, tipo street food, com hambúrgueres, pizzas, tacos, etc, que têm preços não muito elevados e boa qualidade; lojas de conveniência, ou supermercados, têm snack, sandes, etc, para comer numa pausa, e beberem algo, para seguir na exploração da cidade.

Comer um Hot-Dog, nas barraquinhas de rua, será quase obrigatório, salvo erro quando fui eram cerca de 4$ um hot-dog simples.

Pessoalmente recomendo não levarem grandes malas, nem muito peso, uma vez que não será fácil para chegar ao alojamento, a menos que vão de táxi; podem levar o básico e por exemplo lavarem roupa caso precisem, facilmente irão encontrar lavandarias self-service, ou mesmo no alojamento (no hostel onde fiquem havia uma lavandaria relativamente grande).

 

rua em NYC

 

Para quem não quer pagar muito para ver a estátua da liberdade, além de evitar multidões, pois é uma das atrações mais visitadas e com mais gente que se amontoa para entrar nos barcos e fazer o tour; em alternativa podem ir no ferry staten Island, o ferry é gratuito, a viagem demora cerca de 25 minutos, partindo a cada 30 minutos, 15 em horas de ponta, fica em Whitehall terminal (basicamente no extremo sul de Manhattan), é próximo do metro, sendo que é também aqui próximo que partem os barcos para a estátua da liberdade; o ferry passa um pouco mais afastado da estátua da Liberdade, contudo conseguem vistas muito boas da mesma, bem como de Manhattan, uma viagem agradável, podendo ainda dar uma volta por esta ilha, que tem alguma história, pois era uma ilha com uma enorme emigração( tendo sido habitada por Índios antes da colonização); a viagem é interessante e gratuita.

Podem visitar alguns museus de forma gratuita, ou “Pay as you wish”, em determinados horários (sobretudo ao fim do dia), eu paguei apenas 2$ museu Guggenheim. Deixo aqui alguns links onde podem ver museus gratuitos e informações: New York CityNYC Arts.

 

Guggenheim Museum, NYC

 

Guggenheim Museum, NYC

 

Guggenheim Museum, NYC

 

Caso visitem algumas das principais atrações podem considerar comprar o New York City Pass, custa 132€ e ja conta com visitas  ao Empire State Building, Museu Americano da história Natural, e mais 3 a escolher de: Top of the Rock (deque de observação, um dos melhores miradouros da cidade), estátua da liberdade e ilha, memorial e museu do 11 de setembro, cruzeiro circle line, Guggenheim e Museu Intrépido.

Existem mais ofertas de combinações de atrações, mas vejam com atenção se são aceites pelos locais oficiais, podem claro jogar com museus que consigam o pay as you wish, por exemplo fazer o ferry para a estátua da liberdade, etc, eu fui ao Top of the Rock, o bilhete geral custa 40$ , e recomendo bastante, outro deck de observação mais recente, que parece muito bom é o EDGE NY, os bilhetes gerais custam 36$.

Podem usar a getyourguide, através do site Amantes de Viagens, pois muitas vezes oferece preços mais baratos e é seguro fazer pela app, eu usei para o top of the rock, o QR code é aceite normalmente na entrada.

 

mercado em Chinatown, NYC

 

loja da lego,NYC

 

little Italy, NYC

 

little Italy, NYC

 

ferry staten Island, NYC

 

O fuso horário dos Estado Unidos é de menos 5 horas que em Portugal; a moeda é o dólar americano (USD), 1€ – 1.1$; embora oficialmente não tenha uma língua oficial, o inglês é a língua “oficial” mais falada, embora haja regiões em que o castelhano, “espanhol”, seja também muito falado; em Nova York, há também muita gente a falar castelhano.

O indicativo é +1 e o domínio de internet é .us

A cidade é bastante segura, não tive problemas, claro que há sempre cuidados básicos a ter, sobretudo comportamento neutro sobretudo em estações de metro, onde por vezes pessoas um pouco mais alteradas (” maluquinhos “) podem fazer algumas figuras, simplesmente ignorar e não ficar a olhar fixamente.

Não andei muito à noite, mas na generalidade não há grandes problemas, talvez evitar o Central Park à noite será também aconselhável. Existem algumas burlas em atrações turísticas (comprem sempre online ou nos locais oficiais) e os figurantes de Times Square para cobrar dinheiro pelas fotos.

Em suma uma cidade enorme que embora segura, requer os cuidados normais, como numa outra cidade grande em Portugal e na Europa.

 

Times Square à noite NYC

 

Times Square à noite NYC

 

Times Square à noite NYC

 

Para entrar no estados unidos (numa estadia em turismo, inferior a 90 dias) , além do passaporte , precisam de um E-visa (ESTA), que basicamente é um registo online para entrada no país, recomendo preencher com algum tempo de antecedência, pois o mesmo irá para análise, e pode ter algum erro e ao ser recusado demora algum tempo até ser novamente possível de fazer; primeiro irão receber uma confirmação do preenchimento e passado poucos dias a confirmação final do registo, embora seja automático pois ficará associado ao número de passaporte, convém depois imprimir o registo; a validade após o registo do formulário é creio que de um ano, sendo que depois do registo de entrada no país tem duração para no máximo de 90 dias, deixo aqui, o site oficial para o ESTA, tenham mais informações no site do portal das comunidades, e recomendo por segurança guardar o número da embaixada, bem como cópia do passaporte (em papel, guardado numa “nuvem”, ou por exemplo num mail), caso percam o passaporte, tenham maior facilidade de lidar com a situação.

 

Para alojamento em Nova Iorque, consulte aqui.

 

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CRISTIANO RONALDO, HOMENAGEADO NAS MINHAS VIAGENS

 

Cristiano Ronaldo, homenageado nas minhas viagens

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

O futebol faz parte integrante das minhas viagens. Nelas visitei estádios, convivi com antigos jogadores de futebol em Londres, assisti a jogos de futebol, visitei museus de futebol no continente Europeu e Americano e homenageei grandes futebolistas. Maradona, ainda era estava no nosso mundo quando visitei a Argentina, partiu meses depois de regressar. Na Bombonera fiz uma vénia à sua estátua!

Recentemente foi a vez do Cristiano Ronaldo entrar nas minhas viagens. Sou Benfiquista e reconheço que o nosso CR7, é o melhor desportista português de todos os tempos. Um enorme atleta e uma pessoa com muito valor, trabalhando afincadamente, tendo uma vida regrada dentro e fora das quatro linhas, dedicado à família, nomeadamente à sua mãe, pois infelizmente o pai partiu prematuramente por motivos de saúde relacionados com a dependência do álcool. É público…

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Cidade do futebol, Oeiras, troféu do Euro 2016, original, levantado por CR7

 

Cidade do futebol, Oeiras, troféu da Liga das Nações 2019 original, levantado por CR7

 

Aprecio Cristiano Ronaldo, Messi como qualquer outro grande artista que me faça amar o futebol, não entro em patriotismos bacocos nem discussões vazias. Ao longo da minha vida de adepto de futebol tive a oportunidade de ver ao vivo alguns dos maiores executantes desta arte, tanto nos estádios como na TV e sou por isso um privilegiado. Como seria o mundo do futebol se por exemplo Romário, Cassano, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo “Fenómeno”, Van Basten, Maradona ou mesmo Dani e Fábio Paim, tivessem metade da cabeça de Cristiano Ronaldo, ou não tivessem sido fustigados por lesões graves ao longo da carreira?

 

Estádio do Nacional da Madeira – clube que representou CR7

 

Estádio dos Barreiros-2009-Marítimo. CR7 jogou ali em 2002

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, o caçula de uma família numerosa, de classe social desfavorecida, nasceu na Ilha da Madeira a 5 de fevereiro de 1985. Viveu no Bairro de Santo António e deu os primeiros passos no Andorinha, onde o seu pai trabalhava como roupeiro. Daí para o Nacional da Madeira foi um pequeno passo. Aos 12 anos deixou a Ilha da Madeira e veio para Lisboa fazer a sua formação no Sporting, pela mão de Aurélio Pereira, um descobridor e de talentos e grande formador de pessoas. Estreou-se aos 17 anos na equipa principal verde e branca, aos 18 rumou a Manchester para representar o Manchester United, sendo treinado por Alex Ferguson. Desde aí tem encantado o mundo, colecionando recordes, ganhando os maiores troféus individuais e coletivos e hoje com quase 40 anos ainda joga, no Al-Nassr FC, clube do campeonato da Arábia Saudita e na Seleção Nacional.

 

CR7, exposição itinerante, sendo entrevistado para a CMTV

 

CR7 no Estádio de Alvalade ao serviço da Seleção Nacional- Último jogo com a camisola do Sporting, no dia da inauguração

 

CR7 no Estádio da Luz ao serviço da Seleção Nacional

 

Visitar o Museu CR7 no Funchal é obrigatório para qualquer adepto do desporto rei. Foi inaugurado em 2013, a exposição composta por objetos, fotografias, vídeos e documentos e várias relíquias relacionadas com a vida do atleta, a maior parte exposto no local, outra que pode ser vista em exposições itinerantes pelo mundo fora. Em 2005 tive oportunidade de visitar uma dessas em Faro e até dei uma entrevista para a Cmtv mas recentemente e finalmente, visitei o seu museu do Funchal. Partilhei com os funcionários lá presentes a minha paixão pelas viagens, pelo futebol e também a minha admiração pelo Cristiano Ronaldo. Ficou prometida esta crónica de viagens, quem sabe se um dia o Cristiano a irá ler e se tornar um seguidor dos Amantes de viagens!

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Museu CR7, Funchal, Madeira

 

Mal aterramos no Aeroporto da Madeira, agora chamado de Aeroporto Cristiano Ronaldo, podemos observar um busto do futebolista junto da zona das chegadas. Junto à entrada do museu, já na zona nobre da cidade encontramos uma estátua de bronze em sua homenagem. No interior há uma estátua de cera e uma estátua de chocolate, esta última julgo que temporária. No museu têm grande destaque os troféus conquistados em juvenil e como profissional ao serviço dos seus clubes e também da Seleção Nacional, onde se destacam os de Melhor jogador do ano da FIFA, The Best FIFA Football Awards, as Bolas de ouro da FIFA, o Prémio Puskás da FIFA  atribuído pelo golo marcado à Juventus de pontapé de bicicleta em 2019, as Ballon d’Or France Football, as Botas de Ouro da UEFA, os de Melhor Jogador da UEFA na Europa, Melhor Jogador de Clubes da UEFA, os Prémios Alfredo Di Stéfano e de Pichichi (melhor marcador) da Liga Espanhola. Relíquias há muitas, como bolas utilizadas em jogos onde Cristiano marcou vários golos! Ainda não marcou ao meu clube…

 

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Aeroporto Cristiano Ronaldo, vista do terminal para a placa e pista

 

Aeroporto Cristiano Ronaldo, terminal

 

Aeroporto Cristiano Ronaldo, busto junto da zona de chegada

 

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VIAJAR TAMBÉM É CONVIVER E HOMENAGEAR OS NOSSOS MELHORES AMIGOS

 

Viajar também é conviver e homenagear os nossos melhores amigos

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Não precisamos de viajar para descobrir que os animais são os nossos melhores amigos e que nos dão tudo em troca de nada, mas nas nossas viagens também devemos guardar tempo para os homenagear, convivendo com eles ou encontrando algo que perpetue a sua existência na Terra e que nos faça refletir. Monumentos, memoriais e fontes, por exemplo.

Mahatma Gandhi disse um dia que “a grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados”. Quando comecei a viajar na Europa de forma intensiva, sobretudo na altura dos meus aniversários, surpreendeu-me o facto de certos países, por exemplo na Alemanha, ser normal vermos pessoas com vários cães viajando nos transportes públicos, assim como dentro dos restaurantes e zonas comerciais, vermos os cães a acompanharem os donos. Nos supermercados, pois há alimentos, logo a entrada de animais não é permitida, mas à porta existe um local onde os donos os podem deixar, um “dog parking” assim dizendo! Impensável há uns anos vermos isto em Portugal, mas com o passar dos tempos, já vem sendo prática comum, cada vez mais vemos pessoas viajando no Metropolitano de Lisboa com os seus cães, presos com trela e açaimados, obviamente. Felizmente aos poucos vamos evoluindo…

 

Varanasi, Índia, macacos junto dos hoteis dos ghats

 

Valeta, Malta, gato maltês

 

Tenerife, Espanha, golfinhos

 

Pet Parking- Munique – Alemanha

 

Munique-Alemanha-Cervejaria Hofbräuhaus

 

Istambul, Turquia, gato

 

Na Argentina, visitando Ushuaia, a cidade mais a sul do planeta, navegando pelas Ilhas do Canal Beagle, poderemos observar no seu habitat natural pássaros, lobos marinhos, cormorões e pinguins, estes última na Ilha Mirtillo, animais muito curiosos que se aproximam das embarcações, interagindo com os humanos que lá desembarcam.

Já em Iguazu, ao visitarmos as cataratas em pleno Parque Nacional, estamos no meio da selva! Os coatis passam junto de nós quando viajamos no comboio ecológico, e selfies com os macacos das árvores, não resisti a tirar.

 

Parque Nacional de Iguazu, Argentina, macaco

 

Parque Nacional de Iguazu, Argentina, coatis

 

Canal Beagle, Proximidades do Farol Les Escaliers

 

Canal Beagle, Ilha Mirtillo, Argentina, pinguins

 

Na Índia a vaca é sagrada! Elas andam por todo o lado, têm um estatuto soberano, e não nos fazem mal! Esta última parte percebi no ano anterior quando visitei o Templo Budista Tian Tan em Hong Kong. A população Indiana tem crescido desmesuradamente, sendo atualmente o país mais populoso do Mundo. Isto afeta o habitat natural de muitos animais, por exemplo dos macacos, com o crescimento desmedido das zonas urbanas. É normal encontrá-los nas ruas das cidades, nas estações de comboio e até mesmo junto do Parlamento em Nova Delhi!

 

Agra, Índia, macaco na plataforma da estação de comboio

 

Hong Kong, Templo Budista Tian Tan, quando percebi que estes bovinos são inofensivos

 

Em Malta, Atenas, Istambul e sobretudo em Kotor, no Montenegro, não deixei de interagir com os gatos da rua. A influência Muçulmana desses locais, transformou-o num ser altamente respeitado. Consta-se que quando o profeta Maomé esteve para ser atacado por uma cobra venenosa, um gato o salvou, atirando-se a ela! Em Kotor, acreditem ou não, os gatos interagem imenso com os turistas, saltando inclusivamente para os seus ombros, e até existe um museu dedicado a eles! Os gatos de Istambul são considerados património da cidade, muito afáveis com os turistas, na Acrópole em Atenas, os gatos têm estatuto de viverem em monumentos como no Odeão de Herodes Ático, o teatro que tinha em cartaz as famosas Tragédias Gregas, já em Malta, os gatos com que me cruzei eram bastante arredios…comportamento de gato, animal tradicionalmente independente com muita personalidade que devemos respeitar!

 

Kotor, Montenegro, Cat Museum

 

Kotor, Montenegro, Cat Museum

 

Kotor, Montenegro, Cat Museum

 

Kotor, Montenegro

 

Atenas, Grécia, Parthenon

 

Atenas, Grécia, Parthenon, Odeão de Herodes Ático, gato com estatuto!

 

Os simpáticos macacos de Gibraltar não podem deixar de ser lembrados. O único ponto da Europa onde existem macacos em estado selvagem. Reza a lenda que enquanto houver corvos na Torre de Londres tudo estará bem no país. De igual modo, diz-se que se algum dia os macacos de Gibraltar desaparecerem, a colónia deixará de ser britânica e passará, por fim, para mãos espanholas.

 

Gibraltar, quando os macacos saltaram para o meu carro

 

O Japão, o país dos “cat café”, onde se paga para conviver de perto com os bichanos, e há filas de espera para isso, foi a mais louca viagem que fiz. A megalópole de Tóquio é uma área metropolitana com mais de 37 milhões de habitantes que anda a mil à hora e é uma verdadeira loucura. Shibuya é um local frenético, onde encontramos o famoso cruzamento mais movimentado do Mundo, Shibuya Crossing. Assim que os semáforos da estrada mudam para vermelho e os dos peões para verde, cerca de 3 mil pessoas atravessam aquelas artérias em todos os sentidos. No Japão não é comum ver peões atravessarem a estrada com o peão vermelho, mesmo que não passe nenhum veículo! Uma zona de enorme movimento, a “Times Square” de Tóquio! “Shibuya” é também o nome de uma famosa estação de comboio. Gigantesca, para não variar. Fica mesmo junto ao famoso cruzamento, sendo possível do seu interior observar o movimento das pessoas a atravessarem as ruas.

Em 1925 ocorreu ali uma história de amor sem igual. “Hachikō” um cão de raça Japonesa Akita, adotado por uma família de um professor universitário que residia por aqueles lados, todos os dias esperava ali junto à estação pelo regresso do dono ao final do dia de trabalho. Um dia o dono, na universidade, faleceu subitamente de AVC, e nunca mais voltou para casa. A família deixou de ter condições para o ter e deu “Hachikō” para adoção. Ele nunca aceitou a sua nova família e fugia sempre para junto da estação de comboio, e esperava ali em vão pelo dono. Alimentado por transeuntes que o conheciam, viveu assim durante dez anos, vindo a falecer muito debilitado, de dirofilariose, um verme que ataca o coração. Junto à estação de “Shibuya” existe uma estátua memorial que homenageia este grande herói e o seu amor imensurável.  Que honra foi para mim posar com esta estátua, a história de “Hachikō” que deu origem a um filme Japonês“Hachiko monogatari” em 1987 e posteriormente a um “remake” Americano, “Hachi” em 2009.

 

Tóquio, Japão, Estátua de Hachikō jun

 

Mais longe da capital, em Quioto, os conhecidos macacos de neve, que vivem no parque Iwatayama, no alto do monte de Arashiyama, também é possível interagirmos com eles e alimentá-los dentro das medidas de segurança previstas.
Nos templos Xintoístas Nipónicos, os cervos não podem faltar. São animais sagrados tidos como os mensageiros dos Deuses dessa religião, exemplo disso são os templos em Nara e na Ilha de Miyajima.

 

Quioto, Japão, um cat café

 

Quioto, Japão, parque Iwatayama, cimo do monte Arashiyama, macaco de neve

 

Nara, Japão, Cervos dos templos Xintoistas

 

 

Ilha de Miyajima, Japão, Cervo

 

Fronteira da Croácia com o Montenegro

 

Edimburgo, capital da Escócia, é um local cujo seu ambiente medieval nos cativa. A cidade é escura e sorumbática, fazendo lembrar um conto fantasmagórico, e nem o clima chuvoso, com céu permanentemente nublado nos impede de nos deixar rendidos a essa beleza estranha e macabra. Greyfriars Bobby foi um famoso habitante da cidade. Um cão de raça Skye Terrier que passou cerca de 14 anos junto do túmulo do seu dono em Greyfriars Kirkyard. Bobby morreu em 1872, mas não pôde ser enterrado dentro do cemitério, pois tratava-se de um lugar consagrado. Foi enterrado dentro dos portões da igreja, num pedaço de solo não consagrado, a 70 metros do túmulo de seu dono. Um ano após a sua morte, foram erguidas uma fonte e uma estátua em sua homenagem, que são motivo de romaria. O bicho inspirou várias obras literárias como “Greyfriars Bobby”, de Eleanor Atkinson, e os filmes “Greyfriars Bobby: The True Story of a Dog” e “The Adventures of Greyfriars Bobby”. O Museu de Edimburgo tem uma parte dedicada ao Bobby, expondo os objetos que ele utilizava: a coleira e a tigela onde comia.
A Dolly foi outro animal nascido na Escócia que se libertou da “lei da morte”, literalmente, pois nem o seu corpo descansa em paz. Uma ovelha, que foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula somática adulta. Ela está embalsamada e pode ser vista no Museu Nacional da Escócia numa plataforma que está sempre a girar. Além da Dolly, o museu mostra a história do país desde as suas origens geológicas até aos dias de hoje, sendo a entrada gratuita.

 

Edimburgo, Escócia, Museu Nacional, a ovelha Dolly

 

Edimburgo, Escócia, Museu Nacional, a ovelha Dolly

 

Edimburgo, Escócia, estátua de Greyfr

 

Edimburgo, Escócia, área dedicado ao

 

Berlim-Alemanha-Zoo

 

Berlim-Alemanha-Zoo

 

Moscovo é uma cidade gigantesca, onde tudo é grande, tudo é longe e nós sentimo-nos assustados e pequeninos quando a visitamos! A contribuição da Rússia para o desenvolvimento da ciência é brutal! Os russos foram os pioneiros das viagens ao Espaço. O Museu Cosmonáutico é centrado na ciência espacial Soviética. Os primeiros satélites feitos pelo Homem. Os primeiros voos espaciais tripulados e o programa de exploração da Lua, até chegar aos projetos de exploração do Sistema Solar e programas internacionais de pesquisa espacial. A luta pela conquista do Espaço fez parte da Guerra Fria. Americanos e Russos em disputa! Neil Armstrong, um americano, foi o primeiro homem a pisar a Lua, mas antes disso, o Russo Yuri Gagarin, considerado um herói nacional, foi o primeiro homem a viajar pelo Espaço. Ele tem um lugar de destaque no Museu. Por lá pode ser vista também uma réplica do Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra. A cadela Laika, oriunda das ruas de Moscovo, foi dos primeiros seres vivos a viajar no Espaço. Não voltou…Belka e Strelka foram outras cadelas que embarcaram na Aventura Espacial. Voltaram e encontram-se ali expostas e embalsamadas.

 

Moscovo, Russia, Museu Cosmonáutico, Belka e a Strelka, cadelas que foram e regressaram do Espaço

 

Em Lisboa, no bairro de Benfica, podemos encontrar a estátua “Fidelidade”, da autoria de Júlio Vaz Júnior. Ela representa uma menina e um cão, evocando uma relação de fidelidade. Consta-se que se que um dia, uma menina estava a brincar na rua, quando se colocou em frente de uma viatura que quase a atropelou. O seu cão, que a acompanhava, saltou para cima dela, empurrando-a e evitando uma catástrofe, ato que custou a vida ao cão, pois morreu atropelado, salvando desta forma a menina.

 

Lisboa, Estátua “Fidelidade”, da autoria de Júlio Vaz Júnior

 

Um safari num país exótico é algo que tenho esperança de fazer, animais em cativeiro, já tive oportunidade de visitar, zoos por exemplo, em Berlim que alberga a maior coleção de espécies do Mundo, onde os famosos ursos polares se destacam, ou o  “Alligator Bay” nas proximidades do Monte St Michel que alberga o maior conjunto de jacarés (alligators) da Europa, entre outros répteis! Estes últimos são encontrados muitas vezes nas ruas em muitas localidades do Estado Americano da Flórida, onde a população destes répteis tem crescido de forma descontrolada, ao que parece devido a muitos americanos adotarem jacarés como animais de estimação, arrependeram-se e devolveram-nos à natureza. Prometo contar a minha experiência quando um dia lá for. Na Tailândia é normal os lagartos invadirem as cidades e entrarem por lojas dentro, de qualquer forma não me livrei de me ter cruzado com um, se era de Komodo ou não, nunca saberei. Golfinhos e baleias em Tenerife também fizeram parte da lista!

 

Monte St Michel, França, Alligator Bay

 

Monte St Michel, França, Alligator Bay

 

Ayuttaya, Tailândia, dragão de Komodo

 

Por fim, o nosso Algarve, pela Ria Formosa, quando viajamos para as ilhas é normal nos cruzarmos com o camaleão, talvez o animal mais emblemático do Algarve, obviamente a seguir aos meus gatos quando estou para os lados da Falésia.

 

Falésia, Algarve, Portugal, os meus gatos nas Açoteias

 

Ilha do Farol, Algarve, Portugal, camaleão

 

E como os animais são nossos amigos, deixo-vos com uma música de Carlos Alberto Moniz, nos anos 90 fazia furor na TV, o programa Arca de Noé, apresentado pelo saudoso Fialho Gouveia!

 

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AVENTURAS EM FAMÍLIA NA REPÚBLICA DOMINICANA: ALÉM DOS RESORTS CONHECIDOS

 

Aventuras em Família na República Dominicana: Além dos Resorts Conhecidos

Texto & Fotos de Ricardo e Slobodanka

 

Quase a chegar ao inverno, nada melhor que uma história quente para nos fazer sonhar com sol e praia. Queremos partilhar convosco as nossas aventuras em família por terras ainda pouco exploradas, no sobejamente conhecido destino turístico, a República Dominicana.

Quando pensamos em viagens com crianças, muitos imaginam destinos repletos de parques temáticos e resorts all-inclusive. No entanto, estamos aqui para mudar essa perceção.

Acompanhem a nossa jornada! Somos Ricardo e Slobodanka, e junto com os nossos filhos Sara e Filip, revelamos as maravilhas ocultas da República Dominicana, muito além dos populares resorts tudo incluído.

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Antes de abraçarmos a vida com filhos, éramos ávidos exploradores do mundo, com experiências em lugares como a Amazônia e Tanzânia. Com a chegada de Sara e Filip, provámos que a paixão por viagens não apenas permanece, mas se intensifica, transformando-se numa aventura educacional para toda a família.

A República Dominicana foi o nosso mais recente destino escolhido. Longe dos habituais resorts de luxo, optámos por explorar as facetas menos conhecidas da ilha. Desde as coloridas ruas de Santo Domingo, imersas em história e cultura, até às praias virgens e paisagens naturais intocadas, mergulhámos numa experiência autêntica e envolvente.

A nossa aventura começou no Hodelpa Nicolas de Ovando, um hotel boutique localizado num palácio do século XVI, que serviu como portal para a riquíssima história de Santo Domingo. Um ponto alto foi a experiência culinária no restaurante do Chef Leandro Díaz, o “Masterchef” da República Dominicana, onde tivemos a oportunidade única de preparar pratos sob a orientação do renomado chef.

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Nas Dunas de Baní, descobrimos um ecossistema único. Encantados pelas paisagens das dunas na Península de Las Calderas, observámos aves migratórias e iguanas-rinocerontes, proporcionando uma experiência educativa para Sara e Filip. Esta paisagem, moldada ao longo de milhares de anos, foi uma janela para a biodiversidade e os processos naturais da ilha.

Em direção a oeste, a nossa próxima paragem foi em Ocoa Bay Vineyards, a primeira produtora de vinhos do país, uma surpresa para o Ricardo, apaixonado por vinhos. Aqui tivemos o prazer de desfrutar de uma degustação de vinhos caribenhos, complementada por paisagens tranquilas e uma atmosfera sossegada.

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Em Barahona, no Eco Lodge Rancho Platón, a aventura ganhou novas alturas. A estadia numa casa na árvore foi apenas o começo de uma série de atividades emocionantes. Tivemos a oportunidade de experimentar a subida de uma cascata, uma atividade que misturava adrenalina e a beleza natural de Barahona. Superando cada degrau com entusiasmo, mostrando que a coragem e a curiosidade não têm idade. Além disso, tivemos a oportunidade de explorar Los Patos, famosa pela sua praia e pelo rio mais curto da ilha. Aqui, a Sara e Filip brincaram nas pedras e exploraram a orla, enquanto apreciávamos a beleza natural e a energia vibrante do local.

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

A cereja no topo do bolo desta viagem foi a visita à Bahia de las Águilas, na província de Pedernales, perto da fronteira com o Haiti. Conhecida como uma das melhores praias virgens do mundo, esta jóia caribenha nos cativou com a sua beleza natural intocada. Acampámos em tendas no Eco del Mar, experimentando a vida selvagem e a beleza intocada de uma praia deserta. A oportunidade de dormir numa tenda à beira-mar, ouvindo o suave murmúrio das ondas, foi uma experiência que nenhum de nós jamais esqueceremos. A combinação do ambiente relaxante, a beleza natural e a sensação de aventuras desta parte da viagem algo verdadeiramente excecional.

A jornada culminou com um emocionante voo de volta para Punta Cana pela companhia ReefJet. A vista aérea das paisagens caribenhas foi um espetáculo inesquecível, marcando o final perfeito para mais esta aventura.

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Esta viagem pela República Dominicana comprovou que as grandes viagens com crianças são não só possíveis, mas extraordinariamente enriquecedoras. Queremos continuar a inspirar outras famílias, demonstrando que explorar o mundo juntos é uma das melhores maneiras de aprender, crescer e criar memórias inesquecíveis.

Para mais inspiração e dicas de viagens em família, sigam as nossas aventuras no Instagram e Facebook (@littletravelers.family).

 

Little Travelers Family- Aventuras em Família na República Dominicana

 

Guia de Viagem

 

Agência de Viagens Total Fun

(pode pedir orçamento para este circuito)

Tel. 239 705340

Email: reservas@totalfun.pt

 

AirPark

Valet Parking Aeroporto de Lisboa

 

Eco Lodge Rancho Platón

Barahona, República Dominicana

 

Hodelpa Nicolas de Ovando 5*

Santo Domingo, República Dominicana

 

Eco del Mar

Pedernales, República Dominicana

 

Reefjet Companhia Aérea

Voos domésticos, República Dominicana

DUBAI: UMA SEMANA INESQUECÍVEL ENTRE O DESERTO E O LUXO

 

Dubai: Uma Semana Inesquecível entre o Deserto e o Luxo

 

Dubai, situada na costa sudeste do Golfo Pérsico, é sinónimo de requinte e vanguardismo. A cidade transformou-se de uma modesta vila de pescadores para erguer-se como um dos destinos mais deslumbrantes e cosmopolitas do mundo. Em cada esquina, a arquitetura arrojada e as inovações notáveis capturam a essência de um futuro que, em Dubai, já é presente.

 

Criámos um itinerário que possibilitará explorar alguns dos lugares mais notáveis do país.

 

Dia 1: Descobrindo o Coração Histórico de Dubai

 

Inicie o dia imerso na rica herança de Dubai no bairro de Al Fahidi, também conhecido como Bastakiya. Este antigo distrito é um testemunho do passado da cidade, com suas vielas estreitas e casas de ventilação tradicionais. Explore o Museu de Dubai, instalado no forte Al Fahidi, que remonta ao século XVIII. Descubra artefatos fascinantes que narram a transformação da cidade, desde uma pequena vila de pescadores até a metrópole global de hoje.

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Explorar os souks e deambular pelo bairro Al Fahidi é embarcar numa jornada encantadora pelos tesouros históricos de Dubai. Os souks, mercados tradicionais árabes, são verdadeiros labirintos repletos de cores, aromas exóticos e uma atmosfera autêntica que nos transporta para os tempos áureos do comércio na região. Ao visitar estes mercados, como o Souk de Especiarias e o Souk do Ouro, os sentidos são despertados por especiarias aromáticas, brilho de ouro reluzente e a animação dos vendedores que tecem histórias sobre os seus produtos. O bairro Al Fahidi, é um contraste encantador, com as suas vielas estreitas e casas de vento tradicionais. Este bairro histórico é um oásis cultural, onde se pode explorar museus fascinantes, galerias de arte e cafés pitorescos. As construções em estilo tradicional refletem a herança arquitetónica da região, oferecendo uma visão cativante do passado de Dubai.

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Dubai: Emirados Arabes Unidos

Dubai -Souk do ouro

 

Percorra o bairro histórico de Al Shindagha que respira as memórias da antiga vila de pescadores, testemunhando a extraordinária transformação da cidade ao longo dos anos. No coração deste encantador distrito encontra-se um museu ao ar livre, onde as ruas de calçada e as casas tradicionais contam a fascinante história de Dubai.

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Ao percorrer as ruelas de Al Shindagha, os visitantes são transportados para uma era passada, onde a arquitetura tradicional árabe se destaca em meio à modernidade circundante. As casas de vento, com os seus característicos torreões, proporcionam uma visão autêntica da herança arquitetónica da região.

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

À tarde, embarque num passeio de barco tradicional ao longo do Creek de Dubai. Este corpo d’água foi o ponto de partida para a expansão da cidade, e o contraste entre os antigos souks (mercados) e os arranha-céus modernos é impressionante.

 

Dubai Creek

 

Passeio de Barco no Dubai Creek

 

Dia 2: O Luxo de Dubai

 

Inicie o segundo dia embarque numa experiência única, proporcionando uma perspetiva deslumbrante da cidade, no Dubai Frame. Uma maravilha arquitetónica que se ergue majestosamente no horizonte da cidade, é mais do que uma estrutura icónica; é um portal que une o passado e o presente de Dubai. Ao visitar este monumento extraordinário, os visitantes têm a oportunidade de testemunhar a história e o futuro desta cidade fascinante. Uma estrutura única que encapsula a evolução de Dubai ao longo dos anos. Atravessar a ponte de vidro a 150 metros de altura proporciona uma perspetiva deslumbrante da cidade moderna de um lado e das reminiscências do Dubai antigo do outro. Ao entrar no Dubai Frame, é como viajar no tempo. Exposições e projeções visuais contam a história do desenvolvimento de Dubai, desde uma modesta vila de pescadores até à metrópole global que é hoje. O design arrojado e contemporâneo do Dubai Frame é uma homenagem à visão audaciosa dos Emirados Árabes Unidos para o futuro.

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Na parte da tarde, visite Burj Khalifa, a jóia da coroa da arquitetura moderna. Suba ao seu miradouro e maravilhe-se com uma vista panorâmica de 360 graus da cidade, destacando a audácia da engenharia urbana de Dubai. Em seguida, explore o Dubai Mall, um paraíso para os compradores ávidos, onde a extravagância encontra a elegância. À noite, presencie o espetáculo das Fontes do Dubai, uma coreografia de água, luz e música que é verdadeiramente espetacular.

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

No coração de Dubai, ao lado do majestoso Burj Khalifa, encontra-se o Dubai Mall, um verdadeiro paraíso para os amantes das compras e da diversão. Este colossal centro comercial deslumbra os visitantes com uma variedade eclética de lojas de alta moda, boutiques exclusivas e opções gastronómicas que deliciam os paladares mais exigentes. Passear pelos corredores do Dubai Mall é como embarcar numa jornada de descoberta através do luxo e da sofisticação, onde cada loja é uma oportunidade de explorar o que há de mais requintado no mundo das compras.

 

Dubai Mall

 

Dubai Mall

 

Dentro do Dubai Mall, o Dubai Aquarium oferece uma experiência subaquática fascinante. Com túneis transparentes, os visitantes mergulham nas profundezas do oceano, desfrutando de vistas espetaculares de tubarões e outras criaturas marinhas. Este mergulho virtual no mundo subaquático é uma atração imperdível para aqueles que desejam uma pausa única durante as compras.

 

Dubai Aquarium

 

E para uma experiência desportiva inusitada, o Dubai Mall também oferece uma pista de gelo, proporcionando a emoção do hóquei no gelo num ambiente singular. Esta pista gelada não só oferece diversão e adrenalina, mas também serve como uma pausa refrescante e animada no meio das compras. Assim, o Dubai Mall não é apenas um centro comercial, mas sim um destino onde o luxo, a diversão e a originalidade se encontram, criando uma experiência verdadeiramente única em pleno coração de Dubai.

 

Ringue de Hóquei- Dubai Mall

 

Dia 3: Aventura no Deserto

 

Este dia é reservado para uma experiência autêntica no deserto. Participe de um safari no deserto emocionante, deslizando pelas dunas douradas em veículos todo-terreno e assista a um espetáculo de falcoaria. Maravilhe-se com o pôr do sol espetacular sobre as vastas extensões do deserto. À noite, jante sob as estrelas num acampamento beduíno, desfrutando de pratos tradicionais, música e muita animação, proporcionando uma imersão cultural completa.

 

Orix- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Explorar o deserto com a Platinum Heritage Dubai é uma jornada que transcende o convencional, proporcionando uma autêntica experiência beduína num oásis de tranquilidade e beleza natural. Utilizando Land Rovers vintage, a viagem pelo deserto torna-se uma aventura nostálgica, proporcionando uma ligação única com a história e a cultura da região. O jantar sob as estrelas, é uma celebração da gastronomia local, oferecendo aos visitantes uma oportunidade de saborear autênticos pratos árabes. Os acampamentos tradicionais são verdadeiros refúgios no deserto, onde os hóspedes podem relaxar e absorver a atmosfera única do ambiente. Em resumo, o Safari no deserto com a Platinum Heritage Dubai é mais do que uma viagem; é uma experiência imersiva que conecta os participantes com a história, a natureza e a autenticidade do deserto, tornando-a uma aventura inesquecível.

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Falcoaria- Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

+ Info: Platinum Heritage Dubai

 

No regresso, conheça o Global Village. Um parque de diversões cultural, onde pavilhões de diferentes países oferecem uma viagem pelo mundo em apenas um lugar. Artesanato, gastronomia e entretenimento internacional aguardam os visitantes.

 

Global Village- Dubai

 

Global Village – Dubai

 

Dia 4: As maravilhas de Abu Dhabi

 

A Mesquita Sheikh Zayed, em Abu Dhabi, é uma obra arquitetónica que atesta a grandiosidade e a rica herança islâmica. Dedicada ao saudoso Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, fundador e primeiro presidente dos Emirados Árabes Unidos, esta mesquita é uma magnífica fusão de tradição e modernidade. Inaugurada em 2007, destaca-se como a maior mesquita dos Emirados Árabes Unidos, podendo acolher milhares de fiéis. O seu design imponente incorpora uma síntese harmoniosa de estilos arquitetónicos islâmicos, evidenciando características de diversas épocas e regiões, simbolizando a diversidade da comunidade muçulmana global. Os minaretes imponentes e as cúpulas ornamentadas conferem uma presença majestosa à mesquita. Contudo, é nos detalhes que a sua magnificência se revela. Mármores meticulosamente esculpidos e adornos em ouro realçam a beleza singular deste santuário. Os mosaicos de mármore, em particular, deslumbram com padrões intricados que contam histórias de tradições ancestrais. No coração da sala de oração principal repousa um tapete gigantesco, uma obra-prima tecida à mão por milhares de artesãos. Este tapete não é apenas uma peça de arte, mas uma expressão de devoção e mestria técnica. Os fios cuidadosamente entrelaçados formam padrões intricados que rivalizam com a beleza dos mais refinados tapetes persas. O uso generoso de mármore de diversos tons e as incrustações de ouro não só conferem luxo à mesquita, mas também refletem a busca pela excelência artística. Ao permitir que a luz natural se filtre pelas janelas intrincadamente trabalhadas, a mesquita assume uma aura celestial, intensificando a experiência espiritual dos que a visitam.

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Após regresso ao Dubai, explore a vanguarda arquitetónica de Dubai ao visitar a deslumbrante Marina de Dubai, cercada por arranha-céus modernos e restaurantes à beira-mar. A Marina de Dubai é um cenário deslumbrante onde a modernidade se encontra com o luxo à beira-mar. Ao explorar esta área única, os visitantes têm a oportunidade de testemunhar a grandiosidade arquitetónica dos arranha-céus que se refletem nas águas cintilantes da marina. Ao longo da promenade, repleta de lojas, cafés e restaurantes elegantes, os visitantes podem desfrutar de uma atmosfera cosmopolita enquanto apreciam a vista panorâmica da Marina. A Praia JBR (Jumeirah Beach Residence) é uma extensão de areias douradas que convida a momentos relaxantes à beira-mar, com uma variedade de atividades à disposição. A não perder também é a Ilha Bluewaters, uma ilha artificial que se destaca com o famoso Dubai Eye, a roda-gigante que oferece vistas espetaculares sobre a cidade. Com opções de entretenimento, lojas exclusivas e restaurantes de classe mundial, a Ilha Bluewaters é um destino cativante por direito próprio.

 

Dubai Marina

 

Dia 5: Relaxamento e Cultura

 

Explorar o City Walk e visitar o Green Planet em Dubai é mergulhar numa fusão vibrante de urbanidade e natureza, proporcionando uma experiência única na cidade do futuro. O City Walk transcende a sua função como área comercial elegante; é um espaço contemporâneo que combina moda, arte e entretenimento. Com a sua arquitetura moderna, ruas pedonais e uma diversidade de lojas de renome internacional, cafés e restaurantes, o City Walk é um convite ao lazer e à descoberta.

 

City Walk- Dubai

 

No coração desta área urbana, encontra-se o Green Planet, uma verdadeira maravilha ecológica. Este ecossistema fechado abriga uma floresta tropical exuberante, repleta de flora e fauna exóticas. Ao explorar o Green Planet, os visitantes têm a oportunidade única de interagir com animais tropicais, aprender sobre a biodiversidade e experimentar a magia da selva no coração do deserto. Em resumo, explorar o City Walk e visitar o Green Planet é um convite para descobrir Dubai para lá dos arranha-céus, combinando o melhor do mundo urbano com a maravilha da biodiversidade tropical. Uma jornada que celebra a diversidade e a inovação, tornando-a uma experiência imperdível para quem procura uma Dubai além do convencional.

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

No último dia, desfrute de momentos de tranquilidade no Dubai Miracle Garden, um oásis floral surpreendente no deserto. Passeie pelos jardins exuberantes, repletos de flores e cores vibrantes, proporcionando um contraste único com a paisagem árida circundante.

 

Miracle Garden – Dubai

 

Miracle Garden – Dubai

 

Dubai, com a sua mistura de tradição e modernidade, é verdadeiramente um destino fascinante. Reserve tempo suficiente para explorar cada um destes locais incríveis e permita-se envolver pela grandiosidade e diversidade desta cidade única.

 

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O MELHOR DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

 

O melhor dos Emirados Árabes Unidos

 

Os Emirados Árabes Unidos são uma nação composta por sete emirados, cada um com um governante hereditário. Estes emirados são Abu Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ra’s al-Khaimah, Sharjah e Umm al-Quawain. Juntos, formam uma federação na Península Arábica, partilhando soberania e recursos. Cada emirado tem autonomia considerável em assuntos locais, mas todos colaboram para as decisões a nível nacional, criando uma união coesa e próspera.

 

Dubai

 

O Dubai: Uma Odisseia de Luxo e Modernidade

 

Numa reviravolta de apenas quatro décadas, o Dubai emergiu do deserto e aldeias de pescadores para se tornar um dos destinos de luxo mais cobiçados do mundo. Este paraíso exuberante, repleto de extravagância e modernidade, está estrategicamente localizado num dos sete emirados que constituem os Emirados Árabes Unidos.

O Dubai, uma cidade que mistura tradição, praia, deserto e arquitetura de vanguarda, é verdadeiramente uma metrópole ultramoderna.

 

Dubai

 

Explorando os Tesouros de Dubai

 

Mercado de Especiarias: Delicie-se com as cores e aromas exóticos deste mercado, uma experiência sensorial que desperta os sentidos.

 

Souk de Especiarias- Dubai

 

Mercado de Ouro: Descubra o maior mercado de ouro do mundo, onde uma deslumbrante variedade de joias atrai visitantes em busca de luxo.

 

Dubai: Emirados Arabes Unidos

Dubai -Souk do ouro

 

Hotel Burj al Arab: Contemple a arquitetura impressionante do único hotel 7 estrelas do mundo, o Burj al Arab, um ícone de luxo.

 

Burj Al Arab – Dubai

 

Palm Islands: Explore o complexo de ilhas artificiais, uma maravilha da engenharia que redefine a linha costeira de Dubai.

 

Vistas panorâmicas da icónica Palm Jumeirah – Dubai Marina

 

Burj Khalifa: O Burj Khalifa, marco emblemático do Dubai, foi construído no início do século XXI, refletindo a ambição da cidade em se tornar global. Projetado pelo arquiteto Adrian Smith, a construção iniciou em 2004, e o edifício foi inaugurado em 2010 como o mais alto do mundo, com mais de 800 metros.

Além da sua altura impressionante, o Burj Khalifa incorpora elementos arquitetónicos islâmicos e serve como um símbolo da modernidade e inovação de Dubai. Subir ao piso 125 oferece vistas deslumbrantes da cidade e do vasto deserto circundante, tornando-se uma experiência única para visitantes de todo o mundo.

Para além de ser uma proeza arquitetónica, o Burj Khalifa abriga escritórios, residências, restaurantes e um hotel de luxo, contribuindo significativamente para o cenário cultural e de entretenimento da cidade. Este ícone não apenas desafia os limites físicos, mas também simboliza a ousadia e visão de futuro que caracterizam o espírito de Dubai.

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Dubai Mall: O Dubai Mall, o maior shopping do mundo, é uma experiência de extravagância que encanta visitantes com uma fusão de luxo e entretenimento. Neste paraíso das compras, marcas de alta-costura, enquanto o Dubai Aquarium, uma maravilha subaquática, oferece uma experiência fascinante. Mergulhar na grandiosidade do Dubai Mall é embarcar numa jornada única, onde o luxo e a diversão se encontram num ambiente deslumbrante, definindo-o como um destino imperdível para quem visita Dubai.

 

Dubai Mall – Dubai

 

Dubai Mall

 

Fountain Show Burj Khalifa: Ao cair da noite, testemunhe o espetáculo hipnotizante de fontes dançantes ao pé do Burj Khalifa, uma fusão mágica de luz e água.

 

Fountain Show Burj Khalifa

 

Fountain Show Burj Khalifa

 

Mall of Emirates (Ski Dubai): No coração do deserto, o Mall of Emirates surpreende os visitantes com a Ski Dubai, uma pista de ski coberta. Esta aventura única proporciona a emoção dos desportos de inverno numa paisagem improvável. A Ski Dubai, dentro do Mall of Emirates, redefine os limites ao oferecer uma experiência de Ski e diversão gelada no meio do calor do deserto, tornando-se um ponto de atração imperdível para os que buscam aventuras inusitadas em Dubai.

 

Mall of Emirates – Ski Dubai

 

Mall of Emirates – Ski Dubai

 

Bairro Histórico Al Fahidi: Viaja no tempo explorando as ruas estreitas e casas tradicionais de Al Fahidi, um vislumbre do Dubai antigo.

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Shindagha: Em Al Shindagha, museus e edifícios restaurados contam a história desde as origens até à modernidade.

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Green Planet: No coração da cidade, o Green Planet Dubai cativa os visitantes com uma selva tropical exuberante. Oferece uma experiência imersiva na natureza, permitindo aos visitantes caminharem entre plantas exóticas e animais, proporcionando um refúgio verde no meio da agitação urbana. O Green Planet Dubai é um convite para explorar e apreciar a biodiversidade em um ambiente fascinante, tornando-se um destino essencial para os amantes da natureza em Dubai.

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Safari no Deserto: Abrace a emoção de um safari no deserto em Dubai, onde a aventura se entrelaça com a cultura beduína. Explore as majestosas dunas de areia, testemunhando a grandiosidade do deserto e participando em atividades emocionantes, como falcoaria e danças tradicionais. Esta experiência única é a porta de entrada para a tradição e a beleza do deserto, culminando com um jantar encantador sob as estrelas, tornando o safari no deserto uma jornada inesquecível e autenticamente árabe.

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

+ Info: Platinum Heritage Dubai

 

Global Village: Mergulhe na riqueza da diversidade cultural no Global Village, um parque de diversões temático que leva os visitantes a uma viagem pelo mundo. Este espaço singular oferece uma experiência imersiva, onde pavilhões de 78 países apresentam o melhor de suas culturas, desde artesanato até gastronomia e entretenimento internacional. O Global Village é um convite para explorar o globo num só lugar, celebrando a variedade de tradições e costumes, tornando-se assim um destino cativante para quem busca uma verdadeira experiência multicultural no Dubai.

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Dubai Frame: Contemple vistas panorâmicas da evolução da cidade no Dubai Frame, uma estrutura arquitetónica única que oferece uma perspetiva única do passado e do presente de Dubai. Localizado no coração da cidade, este monumento imponente permite aos visitantes apreciarem a transformação da metrópole, com vistas deslumbrantes do Dubai moderno de um lado e do antigo Dubai do outro. O Dubai Frame é mais do que uma obra arquitetónica, é um portal temporal que captura a essência da evolução desta cidade incrível.

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Future Museum: Explore inovações tecnológicas e científicas no museu interativo Future Museum, uma visão do amanhã.

 

Future Museum- Dubai

 

Dubai Marina: Desfruta da sofisticação à beira-mar na Dubai Marina, onde arranha-céus elegantes refletem a modernidade.

 

Dubai Marina

 

Dubai Miracle Garden: Visite o Dubai Miracle Garden, um oásis floral no deserto. Com uma profusão de flores e esculturas elaboradas, este jardim é um espetáculo deslumbrante que desafia a aridez do deserto. Passear por entre as cores vibrantes e aromas envolventes torna-se uma experiência única e rejuvenescedora, celebrando a beleza e a criatividade em pleno coração do Dubai.

 

Miracle Garden – Dubai

 

Miracle Garden – Dubai

 

Passeio de Barco no Dubai Creek: Finalize a jornada com um passeio tranquilo pelo Dubai Creek, testemunhando a harmoniosa fusão entre o antigo e o moderno.

 

Dubai Creek

 

Passeio de Barco no Dubai Creek

 

Fujairah: Descobrindo a Pérola do Leste

 

Localizado a leste do Dubai, Fujairah é um emirado em notável expansão turística. Este destino em ascensão oferece uma variedade de experiências:

 

Fujairah – EAU

 

Fujairah- EAU

 

Fujairah – EAU

 

Khorfakkan: Explore esta cidade costeira, conhecida pelo anfiteatro, cascata e paisagem deslumbrante para o Golfo de Omã.

 

Khoreakkan- Fujairah – EAU

 

Khoreakkan- Fujairah – EAU

 

Khoreakkan- Fujairah – EAU

 

Golfo de Omã: Mergulhe nas águas serenas do Golfo de Omã, onde praias deslumbrantes e recifes convidam à descontração.

 

Fujairah – EAU

 

Mesquita Al Bidya: Viaje no tempo ao visitar uma das mesquitas mais antigas do mundo árabe, a Mesquita Al Bidya, com vestígios que remontam a 4000 anos.

 

Fujairah – EAU

 

Fujairah – EAU

 

Lago de Fujairah: Desfrute de uma refeição com vista para um lago, onde a serenidade da natureza se encontra com a modernidade.

 

Fujairah – EAU

 

Fujairah – EAU

 

Abu Dhabi: O Epicentro da Cultura e Luxo

 

Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, é um destino que oferece uma combinação única de cultura e luxo.

Abu Dhabi não é apenas uma capital, mas um capítulo em constante evolução, onde a tradição se mistura com a inovação, e cada visita é uma jornada pelos contrastes e encantos que definem essa metrópole única.

 

Louvre – Abu Dhabi

 

Destacamos alguns pontos de interesse:

 

Mesquita Sheikh Zayed: Admire a grandiosidade desta mesquita impressionante, um marco arquitetónico que reflete a rica herança cultural.

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Mesquita Sheikh Zayed – Abu Dhabi

 

Village Heritage: Explore a representação das aldeias tradicionais e, mergulha na herança cultural nos locais que preservam a autenticidade.

 

Village Heritage- Abu Dhabi

 

Village Heritage- Abu Dhabi

 

Village Heritage- Abu Dhabi

 

Village Heritage- Abu Dhabi

 

Village Heritage- Abu Dhabi

 

Ferrari World: Experimente a emoção no parque temático dedicado à Ferrari, onde velocidade e luxo se encontram.

 

Ferrari World- Abu Dhabi

 

Ferrari World- Abu Dhabi

 

Ferrari World- Abu Dhabi

 

Ferrari World- Abu Dhabi

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel: Desfrute do luxo no icónico Emirates Palace e no Mandarim Oriental Hotel, uma experiência de hospitalidade extraordinária.

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel- Abu Dhabi

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel- Abu Dhabi

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel- Abu Dhabi

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel- Abu Dhabi

 

Louvre Abu Dhabi: Descobre a arte e a cultura no museu Louvre Abu Dhabi, uma joia que une as tradições orientais e ocidentais.

 

Louvre – Abu Dhabi

 

Louvre – Abu Dhabi

 

Estes destinos oferecem uma experiência única que combina o luxo moderno com a rica herança cultural, fazendo do Dubai, Fujairah e Abu Dhabi destinos inesquecíveis para os viajantes que buscam o extraordinário.

 

Emirates Palace Mandarim Oriental Hotel- Abu Dhabi

 

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TOP 25 DUBAI: CIDADE QUE DESAFIA OS LIMITES DO IMPOSSÍVEL

 

Dubai: Uma Cidade que Desafia os Limites do Impossível

 

Dubai, situada na costa sudeste do Golfo Pérsico, é sinónimo de extravagância e modernidade. A cidade transformou-se de uma pequena vila de pescadores para um dos destinos mais deslumbrantes e cosmopolitas do mundo. Onde quer que olhe, a arquitetura ousada e as inovações impressionantes capturam a essência de um amanhã que, em Dubai, já é hoje.

 

Dubai

 

Dubai

 

Top 25 Locais Imperdíveis no Dubai:

 

1. Burj Khalifa (Piso 125): O Burj Khalifa é uma obra-prima arquitetónica que se eleva majestosamente a 800 metros. Desfrute de vistas panorâmicas que abrangem o deserto, a cidade e o Golfo Pérsico. À noite, as luzes da cidade oferecem um espetáculo deslumbrante.

 

Burj Khalifa – Dubai

 

Burj Khalifa – Dubai- EAU

 

Burj Khalifa – Dubai

 

Burj Khalifa- Piso 145 – Dubai

 

2. Dubai Mall (Maior Shopping do Mundo): No Dubai Mall, o luxo e a elegância encontram-se com uma variedade inigualável de lojas. Desde as marcas de alta-costura às boutiques exclusivas, esta meca das compras proporciona uma experiência verdadeiramente única.

 

Dubai Mall

 

Dubai Mall

 

Dubai Mall

 

Dubai Mall

 

Chinatown- Dubai Mall

 

3. Dubai Aquarium (Dentro do Dubai Mall): Mergulhe nas profundezas do oceano sem sair do shopping. O Dubai Aquarium, dentro do Dubai Mall, é uma maravilha subaquática, com túneis transparentes que oferecem vistas espetaculares de tubarões e outras criaturas marinhas.

 

Dubai Aquarium

 

Dubai Aquarium

 

4. Hóquei no Gelo (Dentro do Dubai Mall): Experimente a emoção do hóquei no gelo num ambiente inusitado. A pista de gelo dentro do Dubai Mall oferece diversão gelada e uma pausa refrescante nas compras.

 

Ringue de Hóquei- Dubai Mall

 

5. Fountain Show Burj Khalifa: Ao anoitecer, assiste ao espetáculo de fontes dançantes ao pé do Burj Khalifa. A harmonia entre a música, luzes e água cria uma experiência visual única que encanta visitantes de todas as idades.

 

Fountain Show Burj Khalifa

 

Fountain Show Burj Khalifa

 

6. Mall of Emirates (Ski Dubai): No Mall of Emirates, a extravagância atinge novas alturas com a Ski Dubai, uma pista de esqui coberta no meio do deserto. Desfruta de desportos de inverno num cenário improvável.

 

Mall of Emirates – Ski Dubai

 

Mall of Emirates – Ski Dubai

 

7. Bairro Histórico Al Fahidi: Viaje de volta ao passado ao explorar o encantador bairro histórico de Al Fahidi. Ruas estreitas, casas de vento tradicionais e museus proporcionam um vislumbre da Dubai antiga.

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

Bairro Histórico Al Fahidi

 

8. Bairro Histórico Al Shindagha: Al Shindagha é uma viagem ao coração da história de Dubai. Museus e edifícios restaurados contam a história da cidade, desde as suas origens até a transformação moderna.

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

Bairro Histórico Al Shindagha

 

9. Wings of México Statue: Um dos pontos mais instagrammer da cidade. Esta estátua única, inspirada na cultura mexicana, destaca-se pela sua arquitetura inovadora, representando a fusão entre o moderno e o tradicional. Durante o dia, as asas são banhadas pelo sol, proporcionando um cenário vibrante para fotografias, enquanto à noite, a iluminação transforma a estátua numa obra de arte iluminada. Além da sua estética cativante, as Wings of México Statue tornaram-se um ponto de encontro popular, simbolizando a diversidade cultural e a visão futurista de Dubai.

 

Wings of Mexico Statue- Dubai

 

10. City Walk: O City Walk é um oásis urbano que combina compras, gastronomia e arte de rua. Passeie por ruas elegantes, desfruta de refeições requintadas e aprecia obras de arte ao ar livre.

 

City Walk- Dubai

 

City Walk- Dubai

 

City Walk- Coca-Cola Arena

 

11. Green Planet: No coração de Dubai, o Green Planet abriga uma selva tropical exuberante. Caminhe entre plantas exóticas e animais, proporcionando uma experiência imersiva na natureza.

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

Green Planet- Dubai

 

12. Safari no Deserto: Embarque numa aventura emocionante pelo deserto. Um safari no deserto oferece a oportunidade de explorar as dunas de areia, participar em atividades tradicionais e testemunhar um pôr do sol magnífico.

 

Orix- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Falcoaria- Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

Platinum Heritage Land Rover Desert Safari- Safari no Deserto- Dubai

 

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13. Global Village: O Global Village é um parque de diversões cultural, onde pavilhões de diferentes países oferecem uma viagem pelo mundo em apenas um lugar. Artesanato, gastronomia e entretenimento internacional aguardam os visitantes.

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

Global Village- Dubai

 

14. The View at the Palm: Desfrute de vistas panorâmicas da icónica Palm Jumeirah e da Dubai Marina a partir do deck de observação “The View”. Uma experiência única que destaca a grandiosidade da arquitetura de Dubai.

 

Vistas panorâmicas da icónica Palm Jumeirah – Dubai Marina

 

Vistas panorâmicas da icónica Palm Jumeirah – Dubai Marina

 

15. Dubai Frame: Uma estrutura arquitetónica impressionante, o Dubai Frame oferece vistas panorâmicas de Dubai moderno de um lado e do antigo Dubai do outro. Uma representação visual da evolução da cidade.

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Dubai Frame

 

Projeção do Futuro do Dubai- Dubai Frame

 

16. Future Museum: Este museu interativo leva os visitantes a uma viagem ao futuro, explorando inovações tecnológicas e científicas. Experiências interativas tornam este museu único e educativo.

 

Future Museum- Dubai

 

Future Museum- Dubai

 

17. Dubai Marina: A Dubai Marina é uma obra-prima de engenharia, com arranha-céus elegantes, iates luxuosos e uma atmosfera cosmopolita. Passeia ao longo do passeio marítimo e desfruta da energia vibrante.

 

Dubai Marina

 

Dubai Marina

 

Dubai: Emirados Arabes Unidos

Dubai Marina

 

18. Praia JBR: A Jumeirah Beach Residence é uma praia de areias brancas que oferece uma vista espetacular do horizonte de Dubai. Desfruta de atividades aquáticas, restaurantes à beira-mar e uma atmosfera relaxante.

 

Praia Jumeirah Beach – Dubai

 

19. La Perle Dubai: La Perle Dubai é um espetáculo aquático de classe mundial, com acrobacias impressionantes e efeitos especiais deslumbrantes. Uma experiência teatral que combina arte e entretenimento de forma única.

 

Dubai

 

20. Atlantis The Palm: Um resort de luxo em forma de palácio, o Atlantis The Palm é um destino em si mesmo. Com o parque aquático Aquaventure e o aquário Lost Chambers, oferece diversão e descanso para toda a família.

 

The Pointe com o Atlantis The Palm ao fundo – Dubai

 

21. The Pointe: Situado na ponta da Palm Jumeirah, com vistas deslumbrantes. Restaurantes, lojas e entretenimento à beira-mar tornam este local uma escolha encantadora.

 

Resort em The Palm Jumeirah- Dubai

 

22. Dubai Miracle Garden: Um verdadeiro milagre no deserto, o Miracle Garden é um espetáculo floral deslumbrante. Com uma variedade impressionante de flores e esculturas florais, é um local perfeito para amantes da natureza e fotografia.

 

Miracle Garden – Dubai

 

Miracle Garden – Dubai

 

Miracle Garden – Dubai

 

Miracle Garden – Dubai

 

23. Souk das Especiarias & Ouro: Mergulhe na atmosfera tradicional dos souks, onde as especiarias exóticas e as joias de ouro brilham. Poderá realizar negociações amigáveis numa atmosfera animada e, permitindo uma experiência autêntica.

 

Dubai: Emirados Arabes Unidos

Dubai -Souk do ouro

 

Souk do Ouro- Dubai

 

24. Burj Al Arab: O Burj Al Arab é mais do que um hotel de luxo; é um ícone arquitetónico. Com a sua forma única de vela, oferece uma experiência exclusiva e extravagante, desde jantares requintados a vistas panorâmicas.

 

Burj Al Arab – Dubai

 

Burj Al Arab – Dubai

 

25. Passeio de Barco no Dubai Creek: Finalize a sua jornada com um passeio tranquilo pelo Dubai Creek. Descubra a cidade a partir das águas, testemunhando a fusão entre o antigo e o moderno.

 

Passeio de Barco no Dubai Creek

 

Passeio de Barco no Dubai Creek

 

Dubai, com a sua mistura de tradição e modernidade, é verdadeiramente um destino fascinante. Reserve tempo suficiente para explorar cada um destes 25 locais incríveis, e permita envolver-se pela grandiosidade e diversidade desta cidade única.

 

Automóveis- Dubai

 

Automóveis- Dubai

 

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BERNA, A CAPITAL ESQUECIDA DA SUIÇA

 

Berna, a capital esquecida da Suíça

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A capital da Suíça passa muitas vezes para segundo plano, sendo mais vezes as cidades de Genebra ou Zurique as principais referências Suíças; Zurique é aliás uma das cidades que ainda consta da lista das que quero visitar, já Genebra foi umas das cidades que já visitei mais que uma vez, aqui fica a ligação para o artigo que escrevi sobre Genebra.

Numa visita familiar a Genebra, fui com o meu primo Jorge (esposa e filhos), a quem desde já deixo um agradecimento especial, fazer um “tour a Bern”, foi um dia bem passado, pois Berna é uma cidade bastante bonita.

Embora me tenha parecido uma cidade pequena (visitei apenas o seu centro histórico), a verdade é que foi uma surpresa muito boa, gostei muito da atmosfera da cidade, este centro histórico (que é património da UNESCO), que está rodeado de montanhas e o rio Aare, que rompe pela cidade dá-lhe uma beleza soberba. É um centro histórico acolhedor e bastante bonito, com vários locais de relevo; estive apenas um dia (não completo), creio que um dia inteiro, bem racionado será o suficiente, acredito que encantará quem visite esta bonita cidade.

 

Rio Aare, Berna

 

Partindo do coração da cidade (junto do casino, onde estacionamos o carro), partimos à descoberta da zona histórica da cidade, temos para ver desde logo dois dos seus principais ícones da cidade: a Catedral de Berna que é a igreja com a torre mais alta da Suíça, contando com 344 degraus para chegar ao topo da torre, onde aqui temos um bonito mirante. A catedral de estilo gótico, feita em arenito, em que a sua torre tem mais de 100 metros de altura; a sua construção iniciou em 1421, tendo sido concluída em 1893; a visita ao interior da igreja é gratuita, sendo que para subir à torre a entrada é de 5 CHF.

 

Catedral de Berna

 

Catedral de Berna

 

interior Catedral de Berna

 

Na envolvência da catedral fica ainda o terraço “minster”, um jardim e espaço de lazer, com várias árvores (castanheiros), e em que podemos contemplar de forma relaxada uma vista soberba sob o rio Aare, ainda aqui numa das extremidades do jardim fica um funicular, desce de Münster plattform para junto do rio, no bairro “Bern Matte”, pelo que vi em  algumas pesquisas o bilhete custa em torno de 1.5 CHF; existe ainda outro funicular, que desde da zona junto ao parlamento para o bairro Marzili junto ao rio.

O outro ícone da cidade, é sem dúvida a torre do relógio, “Zytglogge”, esta torre medieval, outrora uma porta da cidade e uma prisão, a torre que data do século XIII é património mundial da UNESCO, tem um enorme astrolábio (relógio de calendário astronómico); é possível subir os 130 degraus desta torre com paredes muito grossas e ver a cidade no cimo deste ícone de Berna. A cada hora certa, um movimento de marionetas (sistema mecânico), assinalam as mesmas, um momento a não perder na visita no centro histórico; fez-me lembrar um pouco a torre do relógio em Tbilisi-Geórgia, embora tenha achado este mais bonito. Outra torre de elevada beleza é a “Käfigturm” (a torre gaiola), que é mais uma porta da cidade, uma bonita torre que fica no extremo da rua “marktgasse”.

 

vista do parlamento suíço desde as traseiras (bundesstrasse), Berna

 

Parlamento Suíço, Berna

 

Berna, Suíça

 

Banco Nacional Suíço, na praça do governo

 

rua Kramgasse é uma das principais e mais bonitas artérias do centro histórico, num dos extremos da rua fica a torre do relógio, e ao longo desta bonita rua, além de  várias lojas e cafés, temos em destaque ao longo do seu percurso (ao centro),  algumas fontes com pilares e estátuas, bem ornamentados e coloridos, estas obras de arte de estilo medieval, estão junto de vários locais de destaque na cidade, além destas na rua Kramgasse; sendo estas fontes de grande importância na cidade, algumas das mais importantes são: fonte “Zähringen”, fonte Bernese, fonte da justiça, “kindlifresser brunnen”, “Moses Brunnen” (fonte moisés), fonte Banneret, fonte Anna Seiler, a fonte  “Pfeifer brunnen” entre outras espalhadas pelas cidade. Percorrer esta e outras ruas e ruelas na parte antiga da cidade, é um encanto.

 

Centro Histórico de Berna

 

centro Histórico de Berna

 

centro Histórico de Berna

 

rua Kramgasse, Berna

 

uma das fontes na rua Kramgasse

 

rua Kramgasse, Berna

 

Ao fundo da Kramgasse (no extremo contrário ao da torre do relógio), na parte mais baixa da cidade, fica a ponte Nydegg, uma ponte em arco de pedra (cantaria), que liga a parte antiga da cidade com a zona leste, de realçar que daqui se tem também belas vistas para a cidade nesta cota mais baixa, além de estarmos mais próximos do rio Aare.

Junto da ponte nota também para a Igreja “Nydegg Kirche”, já na margem oposta à parte antiga, fica o parque dos ursos este antigo fosso, agora transformado num parque amplo e bonito, onde é possível ver os ursos a caminhar pelo parque na margem do rio, foi inaugurado em 2009. Podemos por certo ainda explorar mais neste acolhedor centro histórico, monumentos como as estátuas de Bubenberg, ou o Universal Post Monument, são apenas mais alguns dos vários pontos de interesse.

 

Rio Aare, Berna

 

Ponte Nydegg (e Igreja Nydegg Kirche), Berna

 

parque dos ursos, Berna

 

Berna (vista desde o parque dos Ursos), e ponte Nydegg

 

Bern vista do Rose garden

 

No centro histórico, na rua kramgasse, próximo da torre do relógio, destaque também para o apartamento a Einsteinhaus um Museu, que foi uma antiga residência de Albert Einstein, a visita é simples, tendo ainda um vídeo que passava em várias línguas, que contava um pouco da vida do famoso físico; a entrada custa 7 CHF, achei a visita bastante interessante.

 

Einsteinhaus, Berna

 

Einsteinhaus, Berna

 

Na praça do governo, “bundesplatz”, fica o Parlamento Suíço, construído em 1902, tem uma grande cúpula central esverdeada, este imponente edifício tem grande beleza, sendo que destaca em vários locais na cidade, a área envolvente é também bastante bonita, nas traseiras o “bundesstrasse” que abrange já parque Klein Schange; à frente da fachada principal, do solo saem 26 jatos de água, que representam os 26 cantões do país. Ainda na praça do governo, ficam o Banco Nacional Suíço, o Banco do Cantão de Berna e a praça do Urso, “Bärenplatz”; próximo do parlamento, nota também para a Igreja do Espírito Santo, uma bonita igreja de estilo barroco, inaugurada em 1729, foi construída por Niklaus Schiltknecht, a torre sineira esverdeada sobressai bastante dando um toque especial.

 

Próximo da parte antiga, ao atravessar a ponte “Kirchenfeldbrücke” (uma bonita ponte de estrutura metálica em arco com aproximadamente 229 metros), chegamos a uma parte da cidade, onde além de uma vista para a parte antiga, temos mais locais a visitar, por exemplo os museus: Museu Museu de História Natural (entrada 12 CHF); o Museu da Comunicação (bilhetes 15 CHF); O Museu Alpino da Suíça (bilhete para todas as exibições 18 CHF, apenas para o rés-do-chão, 6 CHF); ou o Museu da história de Berna, em frente deste, ma praça ” Helvetiaplatz”, fica o monumento “world telegraph Monument”.

 

torre do relógio, Zytglogge, Berna

 

Um local que para mim também merece uma visita, Rose Garden, o jardim conta com uma vista soberba sobre a cidade (talvez a melhor), um bonito espaço verde, com locais para os mais pequenos brincarem, além de claro ser um ótimo local para fazer desporto, ou um um belo piquenique; tem um restaurante/ café que oferece uma esplanada para contemplar esta harmonia e vista soberba, beber uma cerveja ou como estamos na terra do chocolate, um belo chocolate quente, será por certo uma ótima pausa.

 

Caso tenham tempo, mais afastado da cidade, nota ainda para alguns destaques como: o Zoo de Berna, a entrada custa 11 CHF; o Museu Zentrum Paul Klee, um edifício vanguardista que alberga cerca de 40% dos trabalhos do artista nascido na Suíça, os preços variam conforme as exibições no momento; o Lago Egelsee; o Parque Natural de Gantrisch, o parque fica a cerca de 9 km do centro, oferecendo várias actividades em contacto com natureza; o Museu da Cultura de Bern; o Museu do Tram de Bern; ou o parque de aventura Ropetech, para um pouco de aventura, com parkour e desportos radicais no meio da natureza; ou Jardim Botânico da Universidade de Bern, são apenas algumas sugestões fora do centro da cidade.

 

Viagens Felizes

 

Berna, Suíça

  

Dicas e Notas

Apesar de ser a capital, Berna não tem grandes ligações, penso até é basicamente para voos domésticos, e alguns destinos europeus; contudo os aeroportos mais utilizados, mais rotas/ligações e movimento de mais passageiros, são os de Genebra, Zurique e o de Basel (Euroairport); por isso creio que para chegar à capital Suíça, a melhor forma será ir até um destes outros aeroportos, desde Portugal, pois temos ligações desde portugal para todos eles, sobretudo com a low-cost Easyjet, que tem vários voos para Genebra, e ainda para Zurique e Basel ( uma pesquisa em motores de busca como Skyscanner ou Momondo, podemos ver as melhores opções facilmente); desde uma destas outras cidades, facilmente alcançaremos a capital da “terra do chocolate”.

 

De Genebra para Berna, a distância é de cerca de 160km, temos ligações de comboio pela companhia ferroviária nacional, a SBB, a viagem demora cerca de 2h, os bilhetes variam um pouco, mas de forma geral, diria que entre 10 a 20 CHF ; a Flixbus também oferece esta ligação mas de comboio, pelo que creio que seja alguma parceria, ou que alugue comboios para o efeito, numa breve pesquisa, o tempo é igual, e os preços até me parecem mais altos, mas é uma questão de pesquisar para a data desejada.

 

Berna, vista do Rose Garden

 

Desde Basileia, a distância é de cerca de 95 km; a viagem de Comboio levará cerca de 1h, com os preços a rondar os 9 e os 20 CHF, (com a Flixbus, acontece o mesmo que mencionei anteriormente, e notei que aqui os preços são mais caros que pela SBB).

 

Desde Zurique, a distância é cerca de 122 km, a viagem de comboio pela SBB demora sensivelmente 1h, os bilhetes custam entre 15 a 18 CHF; pela Flixbus (comboio), os bilhetes são mais caros nas pesquisas que fiz, sendo o tempo o mesmo.

 

Creio que uma vez em Berna, não será necessário transporte, pois tudo é relativamente perto, contudo para locais mais distantes do centro, ou simplesmente para explorar de forma mais rápida, a empresa pública Libero opera na cidade e tem uma rede de transportes boa, com bus e tram, podem descarregar a app tendo então os bilhetes online, ou simplesmente comprar os bilhetes na máquinas (nota que dentro dos transportes não se vendem bilhetes (um bilhete diário custa cerca de 10 CHF).

Além da Libero, que opera na cidade, e claro como já referi, a companhia ferroviária Nacional SBB, ajudará a fazer as viagens de Berna para outras cidades na Suíça.

 

Uma vez que a Suíça pertence ao espaço Schengen, apenas necessitamos do cartão de cidadão; na da cidade de Berna (cantão) é uma zona da Suíça em que se fala alemão, contudo o inglês é muito utilizado; a cidade é tranquila e segura, estando muito bem preparada para o turismo.

A moeda na Suíça é o Franco Suíço, 1 CHF – 1.04€ (aprox.); recomendo utilização de cartões Revolut ou similares para tentar evitar taxas de câmbio; em alternativa (vendo as comissões e taxas de câmbio), podem pedir francos diretamente no banco em Portugal. O fuso horário é de mais 1 hora que em Portugal, o indicativo telefónico é +41 e o domínio de internet é .ch

 

Site oficial de turismo de Berna » Aqui

 

Käfigturm (a torre gaiola), Berna

 

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NORUEGA, PARTE 4: STAVANGER E PREIKESTOLEN, O EPÍLOGO PERFEITO!

 

Noruega, parte 4: Stavanger e Preikestolen, o epílogo perfeito!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

STAVANGER

 

Ao início da tarde, despedia-me destes 3 dias maravilhosos por Bergen, que tão boas memórias me deixaram e o meu ferry boat “MS Stavangerfjord” fazia-se ao mar, e durante seis horas navegou para sul, rumo a Stavanger, a parte final da minha tournée pelo País dos Fiordes. O ciclo fechar-se-ia dois dias mais tarde em Oslo de onde regressaria a casa. Tromsø e o sol da meia-noite foram momentos altos, mas Bergen e Stavanger foram mesmo o mais importante.

 

Stavanger é a 4ª maior cidade da Noruega, possuindo cerca de 130 mil habitantes.  Foi fundada no ano de 1125, o mesmo em que a sua Catedral foi construída sendo a mais antiga do país. Sobressai pelos seus estilos românico gótico, inicialmente construído em um deles, depois tendo sofrido danos resultantes de um incêndio, foi reconstruída em outro. É um templo Evangélico Luterano, à semelhança de uma outra existente nas proximidades, a Igreja de S. Pedro que se destaca pela sua cor avermelhada. Junto da Catedral existe um parque público, Byparken, contendo um lago,
Lago Breiavatnet, encontrando-se junto das suas margens a Estação Central, local de partida e chegada a Stavanger. Dali segui para Oslo de comboio noturno.

 

Stavanger

 

Stavanger, vista da colina da Torre Valberget

 

Stavanger, vista da colina da Torre Valberget

 

Stavanger, Vågen (zona portuária)

 

Stavanger, Vågen (zona portuária)

 

Stavanger, Torre Valberget

 

Stavanger, Ponte da cidade vista do mar

Stavanger, Lago Breiavatnet e parque Byparken

 

Stavanger, Igreja de S. Pedro

 

Stavanger, Gamle Stavanger, o centro histórico

 

Stavanger, Catedral

 

Os pontos principais de Stavanger são facilmente calcorreados em algumas horas, as ruas com os seus edifícios a fazem lembrar um pouco Bergen, nas imediações da Vågen sua zona portuária, sendo também um local de animação noturna com bares e restaurantes. No lado oeste da Vågen encontramos o que eles chamam de Gamle Stavanger, o centro histórico, contendo 173 casas de madeira que foram construídas entre finais do século XVIII e início do século XI. No lado oposto, subindo pelas ruas existe numa colina uma antiga torre de vigia, a Torre Valberget. Obra da autoria do arquiteto Chr. Grosch, construída entre 1850 e 1853. Foi a antiga torre de observação de Stavanger, onde permaneciam vigias, cujas funções eram alertar a população da cidade quando ocorresse um incêndio. Tobias Sandstøl foi o último guarda de vigia durante 18 anos até o ano de 1922. O famoso autor de livros infantis Torbjørn Egner, refere nas suas obras a Torre Valberget.

 

Stavanger

 

Stavanger

 

Stavanger

 

Stavanger

 

Stavanger

 

Stavanger é considerada a Capital do Petróleo, não só porque ali perto se deu início à sua exploração, mas também por decisões políticas, pois na cidade estão sediadas as grandes empresas petrolíferas, muitas delas estatais, estando assim este setor da economia descentralizado da capital. A Noruega é um dos países produtores de petróleo, porém a sua exploração só se iniciou na segunda metade do século passado. Os noruegueses foram pioneiros na sua exploração em alto mar. Atualmente a Noruega é um dos países mais ricos do mundo, tendo no petróleo uma enorme fonte de riqueza. O país tem tido um enorme desenvolvimento, sendo a construção civil um dos seus indicadores. Dizem que a Noruega tem problemas em decidir como investir os lucros provenientes do petróleo, uma indústria que representa 14% do PIB do país, mais de 40% das suas exportações e gera mais de 160 mil postos de trabalho. Os seus gasodutos existentes no Mar do Norte alimentam as Ilhas Britânicas e também os países da Benelux. Paradoxalmente, a gasolina mais cara do mundo é a norueguesa, pois o país tem uma carga fiscal altíssima, sobretudo para manter o seu Estado Social, como é comum nos países nórdicos, que provavelmente possuem o melhor e mais eficiente Serviço Nacional de Saúde do mundo, facilmente sustentável por altos impostos, altos ordenados e os níveis reduzidos de fraude e evasão fiscal.

 

Stavanger, barco turístico que percorre o Høgsfjorden e o Lysefjord rumo ao Priekestolen

 

Stavanger vista do mar, Museu Norueguês do Petróleo

 

Stavanger

 

Stavanger

 

Stavanger

 

O Museu Norueguês do Petróleo colocou Stavanger no rol das cidades com os melhores museus que visitei pelo mundo fora. Este museu foi criado em 1999, localiza-se na zona portuária da cidade, só pelo seu edifício é uma atração turística, com uma arquitetura inspirada numa plataforma petrolífera. A visita ao seu interior permite-nos obter conhecimentos sobre este mineral  existente no interior das rochas sedimentares, formado há milhões de anos, sobre a história da exploração petrolífera do país e também observar muitos objetos impressionantes como as brocas para perfuração dos poços, uma delas com 90 cm de diâmetro e 1700 Kg de peso, modelos de sinos de mergulho e embarcações de segurança usados para o trabalho no fundo do mar. É possível escorregar por uma réplica de um tubo de evacuação de uma plataforma petrolífera e sentir um pouco da adrenalina do que é a vida desses trabalhadores, assim como experimentar os seus fatos especiais.

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Destaque para a área dedicada ao terrível acidente de 27 de março de 1980 no campo petrolífero de Ekofisk no Mar do Norte. A plataforma semi submersível Alexander Kielland virou repentinamente durante uma tempestade, após o rompimento de uma de suas cinco colunas verticais que a suportavam, tendo essa falha sido atribuída a uma soldadura defeituosa. Das 212 pessoas a bordo, 123 morreram. Visitar um museu desta natureza é também uma lição de engenharia. Importante para todos pois são os engenheiros que fazem a ponte entre a ciência e a tecnologia, colocando-a ao serviço da nossa evolução e melhoria da nossa qualidade de vida.

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

Stavanger, Museu Noruegês do Petróleo

 

PREIKESTOLEN (passeio de um dia desde Stavanger)

 

A Noruega é pródiga em maravilhas da natureza. É um país onde os amantes de caminhadas cénicas encontram o paraíso. Além dos fiordes, o seu cenário envolvente também é apaixonante, onde os púlpitos marcam presença. O Preikestolen é talvez o mais importante, famoso e icónico púlpito da Noruega, felizmente o mais fácil de aceder, pois são apenas 2 horas de caminhada, cerca de 4 km, em cada sentido, podendo ser feita de forma livre. Trolltunga e Kjerag são os outros dois púlpitos famosos. O ponto de acesso, ou seja, o centro de visitantes, de Trolltunga localiza-se a cerca de 200 Km de Stavanger e a partir daí, serão necessárias entre 8 e 12 horas de caminhada. Já Kjerag localiza-se a cerca de 150 Km, sendo necessárias entre 6 a 10 horas para completar o seu trilho. Para explorarem estes dois trilhos será necessário acrescentarem mais dias ao vosso itinerário, e também possuírem uma boa condição física, obviamente dada as distâncias a percorrer em montanha, é necessário marcar passeios organizados com guia.

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen, Lago Tjødnane

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Trilho de acesso ao Priekestolen

 

Navegando rumo ao Priekestolen

 

Navegando rumo ao Priekestolen, Ponte Lysefjord

 

Navegando rumo ao Priekestolen, Ponte Lysefjord

 

Preikestolen cujo nome em língua norueguesa se traduz por “púlpito do pregador ou “púlpito de rocha” é uma falésia com de 604 m de altura sobre o Lysefjord, assim chamado pois o seu nome significa “fiorde da luz”, devido ao granito que lhe dá cor. O local foi cenário do filme “Mission: Impossible – Fallout” com Tom Cruise ali fazendo escalada! É possível aceder ao mesmo de autocarro expresso, cujo percurso atravessa o Túnel Ryfylke, com 14 Km e a cerca de 300 m abaixo do fundo do mar, e nos deixa no centro de visitantes, no entanto recomendo marcar um tour de um dia, fazendo um cruzeiro pelo Lysefjord durante a manhã, observando-o desde a sua base, e depois pela tarde a caminhar até ao topo, e regressar de autocarro ao final do dia a Stavanger.  Com um pouco de sorte, apanham o “Fanan”, um português, da margem Sul do Tejo, que vive em Stavanger e a sua atividade profissional é conduzir estes autocarros, com a sua simpatia e bom profissionalismo, sempre disponível para explicar aos turistas diversos dados acerca do Túnel Ryfylke, pois ao momento da sua travessia ninguém fica indiferente.

 

Priekestolen, fotos da praxe

 

Priekestolen visto desde o Lysefjord

 

Priekestolen visto desde o Lysefjord

 

Priekestolen

 

Priekestolen

 

Priekestolen

 

Priekestolen

 

Priekestolen

 

Navegando rumo ao Priekestolen

 

Navegando pelo Lysefjord, podemos observar o Preikestolen desde a sua base, no entanto é do seu alto que as vistas são de cortar a respiração, daí já ter sido considerado como o melhor miradouro do mundo. A subida ao topo é um passeio maravilhoso, relativamente fácil de ser feito pois os trilhos estão bem marcados e existem passadiços de acesso. No percurso é possível observar diversas cascatas e o Lago Tjødnane onde muitos turistas aproveitam para nadar.

 

Lysefjord

 

Lysefjord, Fantahålå

 

Lysefjord

 

Lysefjord

 

Lysefjord

 

Em Bergen livrei-me da chuva, já na tarde que passei no Preikestolen ela foi minha companheira, assim como alguma trovoada. Os “raios que o partam”, mas com a viagem quase no fim, a grande molha que apanhei foi uma forma muito poética de encerrar a visita às maravilhas naturais da Noruega.

 

Sem dúvida que a Noruega é um encanto, julgo que nos 12 dias que lá passei vi o principal, pois visitei as 4 maiores cidades, incluindo a capital, vi o Sol da Meia-Noite e os Fiordes marcaram para sempre as minhas memórias de viajante. Quem sabe se em breve estas maravilhosas paisagens do teto do mundo terão seguimento em próximas viagens por essa zona geográfica!

 

Comer e beber:

O custo da alimentação na Noruega é o maior entrave a quem visita o país e representa uma enormíssima fatia do nosso orçamento. Mesmo a comida rápida não é barata, e quanto a bebidas alcoólicas, preparem-se para desembolsar cerca de 100kr por uma imperial!
Por exemplo, uma refeição com um menu no Burger King ronda os 20€. Donner kebab, pizzas e os cachorros do 7-Eleven foram o meu manjar quase diário. Estes últimos começam nos 5€! Mesmo ir ao supermercado temos garantida uma conta grande na caixa, por exemplo, em Oslo, por uma garrafa de água de 1,5 l paguei cerca de 3,5€. Passar tanto tempo alimentado com estas coisas fez com que o melhor bacalhau à braz, que fora de casa, comi na vida, foi ao almoço, no dia seguinte ao meu regresso, no refeitório onde vou regularmente durante a semana laboral.

 

 

Stavanger, charcutaria norueguesa

 

À Noruega todos associamos o bacalhau que é rei nas nossas mesas. Bacalhau é o nome comum de cerca de 60 espécies migratórias do género “Gadus”, pertencente à família “Gadidae”. O bacalhau original, o tal que conhecemos, é da espécie “Gadus morhua” sendo encontrado por aqueles mares frios do norte da Europa. É geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam atingir os 100 kg de peso e quase dois metros de comprimento. No país do bacalhau, o mesmo atinge preços exorbitantes, um simples rabo de bacalhau na peixaria custa cerca de 10€!

O salmão também não foge à regra, a Noruega é o maior seu maior produtor mundial, sendo este peixe ali criado, apreciado nos quatro cantos do mundo.
Nestes dias carne de baleia entrou no meu portfólio gastronómico internacional. A Noruega é o único país do mundo em que o seu consumo é permitido.
Por falar em cachorros, em relação a salsichas existem uma enorme variedade, basta passar por uma banca de um talho. No verão é tradicional as pessoas se deslocarem para as ilhas para alegres churrascos de convívio entre familiares e amigos.

 

Stavanger, peixaria

 

Stavanger, peixaria, rabos de bacalhau

 

Stavanger, peixaria, carne de baleia

 

Souvenirs:

Troll é o souvenir tradicional. Trata-se de uma criatura mítica com poderes humanos, podendo aparecer tanto sob a forma de um gigante horrendo como na forma de pequena criatura. Diz-se que habita nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, possui cauda como os animais, sendo também maldoso e estúpido. Na literatura nórdica o troll aparece em diversas formas, a mais conhecida com orelhas e nariz enormes, sendo-lhe atribuídas características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos das igrejas.

 

Stavanger, Vågen (zona portuária)

 

Voos:

A TAP voa diretamente de Lisboa para Oslo. A viagem dura cerca de 4 horas. Com antecedência é possível adquirir voos a preços interessantes. A minha viagem foi comprada em dezembro de 2022. Ida e volta por cerca de 200€, apenas com bagagem de cabine. Oslo é uma porta de entrada, ou saída, da Noruega.

Viajei de Oslo para Trondheim de comboio, de Trondheim para Tromsø de avião, e de Tromsø para Bergen, também de avião, de Bergen para Stavanger de barco e finalmente de Stavanger para Oslo de comboio

 

Viagens de comboio pela Noruega:

A plataforma Vy, permite a marcação de viagens de comboio de longo curso e também nos suburbanos, e também no comboio turístico Flåmsbana.

Os comboios noturnos são limpos, seguros e confortáveis, sendo possível encontrar preços em conta com antecedência, chegar cedo aos locais e não pagar estadas em hotéis.
Viagem de Oslo para Trondheim, de comboio noturno, em 2º classe paguei 205 kr, marcada em março de 2023.

Viagem de Stavanger para Oslo, de comboio noturno, em 2º classe paguei 431 kr, marcada em março de 2023.

 

Viagem de Bergen para Stavanger:

 

A minha escolha foi a via marítima. A empresa Fjord Line AS efetua esse percurso. Dura cerca de 5 horas e meia e proporciona maravilhosas vistas desde o mar.

A viagem custou 39 Kr, marcada em abril 2023.

 

Mar do Norte, Loddefjord. Ponte Askoy, com o maior vão livre da Noruega

 

Tour de Stavanger ao Preikestolen:

 

A Rødne Fjord Cruise proporciona tours desde Stavanger. O que fiz ao Preikestolen, inclui um cruzeiro pelos fiordes e regresso de autocarro. Paguei 1.150 Kr

 

Ferry boat MS Stavangerfjord, que efetua o percurso entre Bergen e Stavanger

 

Circuito do barco turístico que desde Stavanger percorre o Høgsfjorden e o Lysefjord rumo ao Priekestolen

 

Voos internos:

Widerøe, uma companhia aérea regional, proporciona viagens pelo país. Com antecedência conseguem-se preços em conta.

Voo de Trondheim para Tromsø e de Tromsø para Bergen, cada voo custou 1107 Kr, marcados em janeiro de 2023.

 

Transportes públicos em Stavanger:

A companhia Kolumbus AS assegura transporte na cidade, nomeadamente desde o terminal de chegada da companhia “Fjord Line” que se localiza a cerca de 15 Km do centro. É necessário instalar a aplicação “kolumbus ticket”, existente gratuitamente nas Play Stores, no smartphone e com ela através do cartão de crédito, adquirir os bilhetes, que são gerados num código QR.

 

Viagem de autocarro pelo Túnel Ryfylke, com 14 Km e a cerca de 300 m abaixo do fundo do mar

 

Alojamento:

 

A Noruega é um dos países mais caros do mundo, no entanto é possível encontrar alojamento em conta. Dormindo em quartos partilhados, por exemplo, por algumas noites, não é mau de todo, e com um orçamento médio de 40€ conseguem-se encontrar muitas opções.

Ao longo destes dias, em questões de alojamento, fiz um equilíbrio entre dormir em quartos individuais com wc e duche, quartos partilhados e as duas noites passadas em viagens nos comboios noturnos.

O Stavanger Bed & Breakfast foi a minha escolha para estas duas noites. Localizado a cerca de 1,5 Km da zona portuária, oferece bom acolhimento e um bom serviço de alojamento, relativamente económico com pequeno-almoço. Pelas duas noites paguei 1240 kr.

 

Stavanger, Vågen (zona portuária), 22h30

 

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NORUEGA, PARTE 3: BERGEN, FLAM E MYRDAL

 

Noruega, parte 3: Bergen, Flåm e Myrdal

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

BERGEN

O sonho começou por Oslo e Trondheim, depois Tromsø e finalmente a melhor parte: Bergen, uma cidade encantadora, conhecida como a Capital dos Fiordes, a cidade mais chuvosa da Europa, mas acreditem, nem uma gota caiu nestes 3 dias! Sol com fartura, não o da Meia-Noite, mas ainda raiava para lá das 23 horas, temperaturas de 23ºc, contrastando com o Verão polar vivido nos dias anteriores. Até tive tempo de fazer praia, em Kyrkjetangen, estância balnear localizada a cerca de 14 Km do centro da cidade. Kyrkjetangen, um nome estranho, não sei escrever (só copy n ́paste) nem pronunciar, mas marca o local mais a norte onde me banhei! Um local verdejante com uma pequena praia com areia e pedras, mais pedras que areia, por incrível que pareça, a água do mar não é mais fria que no Algarve, talvez até seja menos que em alguns dias de Verão mas é muito menos salgada, bom para relaxar a meio da tarde, de um dia passado na montanha. Na entrada para o areal, junto ao estacionamento, as casas de banho públicas chamam a atenção, não pela sua tecnologia como no Japão mas pelo facto de serem construídas em madeira, latrinas inclusive!  Há cerca de 60 anos por estes lados cada casa tinha a sua casa de banho exterior, e eram assim construídas, em madeira, algo que abunda por aqueles lados. Agora é só para fins turísticos! Ainda sobre o tema, casas de banho, que muito me atrai, a Noruega possui as mais belas do mundo devido à sua localização, e que proporcionam vistas  panorâmicas de sonho, basta pesquisarem um pouco e encontrarão. Não esquecer que a 19 de Novembro, celebraremos o World toilet day, o Dia Mundial da casa de banho, por mais estranho que pareça, é um dia importante para a Humanidade, pois no Mundo uma casa de banho é algo a que cerca de 2.500 milhões de pessoas não têm acesso.

Bergen e Stavanger, a estada que se seguiu, são as cidades mais visitadas, qualquer itinerário turístico na Noruega incluirá obrigatoriamente as mesmas, por serem pontos de partida para explorar muitos fiordes, fazendo cruzeiros turísticos ou utilizando carreiras marítimas regulares. Os fiordes são algumas das maravilhas da natureza que existem em abundância na Noruega, paisagens sublimes, cascatas, rios e montanhas completam o quadro. Quando voamos pelo país, e neste caso quando nos preparamos para aterrar no Aeroporto de Bergen, se tivermos a sorte de nos calhar um lugar à janela e um dia com céu limpo, o que facilmente acontece em Junho, desfrutaremos de paisagens soberbas, que são apenas uma pequena amostra daquilo que o país e particularmente esta região têm para oferecer.

 

Bergen, Torgallmenningen, a praça central

 

Bergen, Sjøfartsmonumentet, o Monumento aos Marinheiros na Torgallmenningen, a praça central

 

Bergen, rømmegrøt vendido na rua

 

Bergen, Praia de Kyrkjetangen, típico WC ao estilo nórdico retro

 

Bergen, Praia de Kyrkjetangen

 

Bergen, Praia de Kyrkjetangen

 

Bergen, Praia de Kyrkjetangen

 

Bergen, Palco Nacional, sala de espetáculos

Bergen, Lago Lille Lungegårdsvannet

 

Bergen, Igreja de Santra Maria

 

Bergen, Igreja de Santa Maria

 

Bergen, Fortaleza de Bergenhus, Torre Rosenkrantz

 

Bergen, Fløyebanen (funicular)

Bergen, antigo Tribunal Distrital

 

Bergen, Antiga Câmara Municipal

 

Bergen, a sua ´Lombard street´

 

Bergen vista do alto da Montanha Fløyen

 

Bergen

 

Bergen

 

Bergen

 

Bergen

 

Bergen

 

As Montanha Fløyen Ulriken são duas das sete montanhas que circundam Bergen e são dois dos pontos prediletos para aceder e a observar lá do alto, bem como toda a sua envolvente natural, o seu povoado, onde os recortes costeiros, lagos, fiordes, com o mar a perder de vista completam o quadro. É possível aceder ao cimo das mesmas caminhando por trilhos, o que é gratuito, já que os meios de transporte, respetivamente o Fløyebanen (funicular) e o Ulriksbanen (teleférico) custam exorbitâncias. Fi-lo caminhando, tal como muitos turistas, e como já o havia feito dias antes, na Montanha Storsteinen em Tromsø. Fløyen é a mais próxima do centro da cidade, o seu ponto de observação fica a 400 metros durando a escalada, cerca de uma hora. Já Ulriken, que é a montanha mais alta de todas as 7, o ponto de subida, localiza-se perto de Montana, a 5 Km do centro da cidade, onde se acede de autocarro de carreira regular, e daí até ao seu ponto de observação, localizado a 643 metros faz-se uma escalada com cerca de 1 hora e meia que inclui 1.333 degraus.

 

Bergen, subida à Montanha Fløyen

 

Bergen, trilhos das montanhas

 

Bergen, trilhos das montanhas

 

Fløyen e Ulriken estão ligadas por trilhos, constituindo uma caminhada com cerca de cerca de 14 km. Dizem que fazê-la no Verão ao pôr do sol é uma experiência memorável. Será necessário tempo, condição física e motivação para fazer uma caminhada que dura algumas horas, que recomendo aos amantes deste tipo de atividade, que encontrei na Pampilhosa da Serra e em Castanheira de Pera, pois na Noruega vão ter o seu habitat natural. Os pontos de observação das montanhas de Floyen e Ulriken, complementam-se e são ambos de visita obrigatória, sendo de fácil acesso quer subindo aos mesmos, as escaladas, no verão, não são tidas como de grau de dificuldade elevado, ou mesmo utilizando os meios de transporte de acesso caso o tempo seja curto ou orçamento seja mais folgado. Fica a dica, se forem a Bergen, não deixem de subir a estas duas montanhas.

 

Bergen vista na subida à Montanha Ulriken

 

Bergen vista na subida à Montanha Fløyen

 

Bergen vista do alto da Montanha Ulriken

 

Bergen vista do alto da Montanha Ulriken

 

Bergen vista do alto da Montanha Ulriken

 

Bergen vista do alto da Montanha Ulriken

 

Bergen vista do alto da Montanha Ulriken

 

Bergen vista do alto da Montanha Fløyen

 

Bergen vista do alto da Montanha Fløyen

 

Bergen é a segunda cidade da Noruega, foi fundada em 1070 e foi sua capital até 1299. É uma cidade pequena onde exploram facilmente a pé os seus pontos principais. Num dia conseguimos percorrer as ruas mais importantes, com casas tradicionais, e degustar o melhor da gastronomia norueguesa, pois a cidade também é um destino gastronómico. Peixe, obviamente, é impossível ficar indiferente ao Mercado do Peixe, um conjunto de bancas que servem diversos manjares, ao estilo “street food”, localizado em plena zona portuária. Local de grande romaria, sobretudo de turistas, onde provar a famosa carne de baleia é obrigatório! A Noruega é talvez o único país do mundo onde é consumida esta iguaria e diga-se de passagem, é muito saborosa. Grelhada na chapa com manteiga e alho picado, os seus aromas, à distância, fazem-nos crescer água na boca. A Noruega é um país caro, não me canso de dizer, pelo que o prazer gastronómico no Mercado do Peixe não foge à regra, mas não deixa de ser obrigatório experimentar algo tradicional ali, mesmo que não seja carne de baleia. A grande maioria dos vendedores são de origem estrangeira, contei espanhóis e até mesmo sul coreanos, e todos têm uma delicadeza com o visitante fora do normal, permitindo amavelmente que façamos fotos.

 

Bergen

 

Bergen, zona portuária

 

Bergen, zona portuária

 

Bryggen é a parte mais importante da cidade fazendo parte da lista do Património Mundial da UNESCO, assim como a própria cidade de Bergen. A Liga Hanseática, palavra derivada de “die Hanse” da língua alemã, que significa “banda” ou “tropa”, foi uma organização político-económica criada em finais do século XII na Alemanha, sendo uma aliança entre as cidades livres mercantis do norte da Europa, nomeadamente as situadas junto do Mar do Norte e do Mar Báltico, por onde se faziam as rotas comerciais. Bergen era uma dessas cidades. O antigo cais e os edifícios hanseáticos por lá existentes, fizeram de Bergen uma das áreas urbanas mais conhecidas na Idade Média em toda a Noruega. Em 1360, a Liga Hanseática Alemã criou uma das suas sedes de importação e exportação em Bryggen, dominando o comércio durante quase 400 anos.

Ao passearmos por aquelas ruas, vielas estreitas e galerias suspensas viajamos no tempo, até ao século XIV. Os primeiros edifícios de Bergen apareceram em Bryggen, pelo que ao longo dos séculos esta tem sido uma área vibrante e importante da cidade. Os edifícios de madeira condicionaram com que Bryggen fosse devastada por muitos incêndios, nomeadamente o grande incêndio de 1702 que reduziu a cidade a cinzas. Muitos edifícios de Bergen desapareceram para sempre, mas aquela área de Bryggen, foi reconstruída sobre as fundações que existiam desde o século XII, sendo esta a razão que Bryggen tem permanecido inalterada ao longo dos tempos. Em Bryggen pode ser visitado o Museu Henseático cujo exposição retrata esses tempos na cidade.

A Fortaleza de Bergenhus encontra-se muito perto de Bryggen. Ali residiu o monarca e foi o centro administrativo quando Bergen era a capital da Noruega. A fortaleza contém edifícios datados que remontam a 1240, embora a maior parte das construções sejam dos tempos pós II Guerra Mundial, constituindo assim a maior parte dessa área do complexo, datada do século XIX. As instalações da fortaleza cobrem as áreas da cidade denominadas de KoengenBradbenkenFestningskaien e Bontelabo. Em 2005, foi inaugurado no seu interior um Museu de Guerra que ilustra, entre outras coisas, o período da Noruega sob ocupação Nazi. A Torre Rosenkrantz é um dos edifícios constituintes do complexo da Fortaleza de Bergenhus, construída no século XIII, onde residia o Rei Eric Magnusson, possuindo uma exposição com relíquias diversas e proporcionando lá do alto vistas da cidade e sua zona portuária.

 

Pelas imediações da zona portuária podemos encontrar por exemplo a Igreja de Santa Maria, um templo católico, o único que resta das 12 igrejas e 3 mosteiros, construídos no início do século XXII, tendo sofrido danos devido diversas catástrofes ao longo da história e sucessivamente reconstruída, o edifício atual da Câmara Municipal e também o antigo, o Antigo Tribunal Distrital, o Palco Nacional, uma sala de espetáculos. Quanto às ruas, destaca-se uma muito parecida com a famosa Lombard street de São Francisco, que se localiza entre as ruas Strandgaten e Nordnesveien, a praça central,Torgallmenningen, onde se encontra desde 1950, rodeado por uma fonte, o Sjøfartsmonumentet, o Monumento aos Marinheiros, cujo escultor norueguês Dyre Vaa levou 6 anos para construí-lo, possui 7 metros de altura sendo composto por 12 homens e placas de bronze em relevo.

 

Bergen, Câmara Municipal

 

Não poderia deixar de falar de Bergen sem uma recomendação cinematográfica. Uma comédia italiana, uma sátira, que teve muito sucesso, “Quo Vado”, filme em parte rodado na Noruega e pelas ruas de Bergen. Qualquer funcionário público deve ver, aqui fica a trailer! Como juridicamente sou equiparado a funcionário público, não deixei de procurar os spots e tirar uma foto em um deles! Já temos a fama, ao menos tenhamos o proveito e sejamos felizes assim, a viajar nos tempos livres! Aqui fica a banda sonora.

 

Bergen, casa que se vê no filme ´Quo Vado´

 

Bergen, casa que se vê no filme ´Quo Vado´

 

Bergen, Bryggen

 

Bergen, Bryggen

 

FLÅM e MYRDAL (passeio de um dia desde Bergen)

E finalmente chegou o dia mais importante, o mais memorável passado na Noruega e um dos mais importantes da minha vida de viajante. Um cruzeiro de um dia desde Bergen até Flåm e o regresso de comboio. Tudo transcendeu as minhas expectativas! Navegar por fiordes é ler um poema a três dimensões, é ser atingido por uma seta do cupido. Aqueles cenários possuem uma mística e uma magia que é impossível descrever por palavras, só mesmo vivendo na primeira pessoa os acontecimentos, podemos ter ideia da grandiosidade do local.

 

A manhã foi passada navegando pelos fiordes. BalestrandVikNoreideLeikanger e Aurland foram algumas das passagens.

Dos diversos fiordes, o Sognefjord é tido como o rei, sendo a passagem pelo mesmo ponto alto. Trata-se do fiorde mais profundo (1,308 m) e mais comprido (205 Km) do país.  A amizade feita durante o cruzeiro com uma moça “Chicana”, ou seja, americana de origem mexicana, completou essa manhã na perfeição e tornou-a ainda mais inesquecível. A Micha é uma celebridade a nível mundial, trabalha nas artes, percorre o mundo dando palestras e ensinando nas universidades as artes do espetáculo, vive em Phoenix, estado do Arizona (EUA) e com ela partilhei as minhas experiências de viagens e dos espetáculos que tenho visto pelo mundo fora. O mundo é tão pequeno que ela também assistiu à Tosca na Ópera de Oslo, poderíamos nos ter encontrado no foyer, mas quis o destino que o viéssemos a fazer no meio dos fiordes noruegueses!

Em Flåm desembarquei mais a minha amiga Micha, demos um passeio junto do cais e fomos beber um copo de vinho juntos, brindando à nossa amizade, ali no bar do Fretheim Hotel, bonito local para marcar o momento, com vista para o Aurlandsfjord, afluente do Sognefjord, que nos deram tão boa inspiração e tão boas memórias. Despedimo-nos calorosamente e esperamos um dia nos reencontrar, quem sabe no Arizona. Ela seguiu depois para a Bélgica, bonito destino que já visitei, eu regressei a Bergen. Os nossos bilhetes de comboio tinham horários diferentes.

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Vik, Sogn

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Ponte Hagelsund no Kvernafjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, junção do Aurlandsfjord com o Nærøyfjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, em pleno Sognefjord, com a Micha. Amizades que vou fazendo pelo mundo fora

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Cascata de Laegdafossen no Næroyfjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Cascata de Laegdafossen no Næroyfjord. Com a Micha. Amizades que vou fazendo pelo mundo fora

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Balestrand no Sognefjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Balestrand no Sognefjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Balestrand no Sognefjord

 

Cruzeiro de Bergen a Flam, Aurlandsfjord

 

Flåm é uma pequena vila muito concorrida em termos turísticos, a avaliar pelos navios de cruzeiro que lá atracam. Não vai ser por muito tempo, pois os Noruegueses são obcecados pelo ambiente, e aquela romaria de navios de grande porte em nada beneficia os ecossistemas que compõem aquelas maravilhas da natureza. Existe um local onde se pode ter uma panorâmica de Flåm e toda a zona envolvente, o Stegastein, à semelhança de outros que visitei, fica a cerca de 17 Km sendo necessário caminhar cerca de 4 horas ou apanhar um táxi, tudo depende do tempo e orçamento para isso, ambos me faltaram, sobretudo o primeiro.

 

Flåm

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm, Museu Ferroviário

 

Flåm

 

Flåm é conhecido por ser um destino de uma linha de comboio turística, “Flåmsbana“, internacionalmente conhecida como The Flåm Railway considerada por muitos como a viagem de comboio mais bela do mundo. Depois de ter experimentado na Argentina o “Tren del Fin del mundo” voltei a juntar mais uma viagem de comboio memorável ao meu palmarés. Viagens memoráveis de comboio que na minha vida começaram ainda na infância, na Costa da Caparica com o famoso “Transpraia”, infelizmente já extinto, e que já pude reviver, em 2020, perto de Tavira na Praia do Barril.

 

Flåmsbana, The Flåm railway

 

Flåmsbana, The Flåm railway, paisagens sublimes na viagem entre Flåm e Myrdal

 

Flåmsbana, The Flåm railway, paisagens sublimes na viagem entre Flåm e Myrdal

 

Flåmsbana, The Flåm railway, paisagens sublimes na viagem entre Flåm e Myrdal

 

Flåmsbana, The Flåm railway, paisagens sublimes na viagem entre Flåm e Myrdal

 

Flåmsbana, The Flåm railway, paisagens sublimes na viagem entre Flåm e Myrda, Cascata Kjosfossen

 

Flåmsbana, The Flåm railway, chegada à estação de Myrdal

 

Flåmsbana, The Flåm railway, a simpática revisora que acedeu a tirar uma foto comigo

 

Flåmsbana, The Flåm railway

 

Flåmsbana, The Flåm railway

 

Enquanto esperamos pelo comboio, atenção que dada a enorme afluência, é necessário reserva prévia, podemos visitar o Museu Ferroviário de Flåm, que nos faz lembrar o do Entroncamento… Ficaremos a saber muito acerca da construção desta ferrovia, a segunda mais íngreme do mundo, os desafios e soluções técnicas encontradas para construir esta obra de engenharia que teve início em 1924. Implicou a construção de 20 túneis, totalizando estes 5.692 metros, 18 deles manualmente! A construção da ferrovia durou mais de 15 anos, totalizando quase 70 anos desde o projeto até a conclusão da obra, em 1940. O museu oferece diversa informação sobre os operários que construíram a linha, material circulante ao longo dos tempos e também da cultura rural em Flåm e na sua região.

Flåmsbana liga Flåm a Myrdal, estação que se situa a cerca de 866 metros de altitude, na linha que liga Oslo a Bergen, também ela uma das mais belas do mundo. O percurso tem cerca de 20 Km, durando aproximadamente 50 minutos a percorrê-lo, sendo uma viagem de cariz turístico. De Myrdal apenas conhecemos a estação e foi ali que esperei pelo comboio que me levou de volta a Bergen, mas a viagem em si atravessa paisagens de cortar a respiração, com montanhas, cascatas e fiordes, desta vez observados por via terrestre, tendo o seu ponto mais alto com a paragem junto da Cascata Kjosfossen. Trata-se de uma queda de água com cerca de 225 metros, sendo a sua energia em parte aproveitada para alimentar essa ferrovia. Recebe anualmente quase 900 mil visitantes, o que a torna num dos locais mais visitados da Noruega. Não sou nenhum fotógrafo profissional, de fotografia pouco ou nada percebo, viajo com um smartphone que custa pouco mais de 200€, mas a foto que tirei com a queda de água fazendo efeito de arco-íris foi das mais bem conseguidas da viagem e é digna de capa de revista.

O dia terminou, poderia dizer de noite, pois passava das 23 horas quando desembarquei na estação central de Bergen. Era sexta-feira, e a minha felicidade era tanta que andava aos saltos pelas ruas a gritar coisas que só para mim faziam sentido!

Stavanger foi o destino seguinte!

 

Comer e beber:

 

O custo da alimentação na Noruega é o maior entrave a quem visita o país e representa uma enormíssima fatia do nosso orçamento. Mesmo a comida rápida não é barata, e quanto a bebidas alcoólicas, preparem-se para desembolsar cerca de 100kr por uma imperial!
Por exemplo, uma refeição com um menu no Burger King ronda os 20€. Donner kebab, pizzas e os cachorros do 7-Eleven foram o meu manjar quase diário. Estes últimos começam nos 5€! Mesmo ir ao supermercado temos garantida uma conta grande na caixa, por exemplo, em Oslo, por uma garrafa de água de 1,5 l paguei cerca de 3,5€. Passar tanto tempo alimentado com estas coisas fez com que o melhor bacalhau à braz, que fora de casa, comi na vida, foi ao almoço, no dia seguinte ao meu regresso, no refeitório onde vou regularmente durante a semana laboral.

À Noruega todos associamos o bacalhau que é rei nas nossas mesas. Bacalhau é o nome comum de cerca de 60 espécies migratórias do género “Gadus”, pertencente à família “Gadidae”. O bacalhau original, o tal que conhecemos, é da espécie “Gadus morhua” sendo encontrado por aqueles mares frios do norte da Europa. É geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam atingir os 100 kg de peso e quase dois metros de comprimento. No país do bacalhau, o mesmo atinge preços exorbitantes, um simples rabo de bacalhau na peixaria custa cerca de 10€!

 

Bergen, Mercado do Peixe

 

Bergen, Mercado do Peixe, sopa de peixe

 

Bergen, Mercado do Peixe, refeição de carne de baleia, provando a iguaria pela primeira vez

 

Bergen, Mercado do Peixe, pasteis de bacalhau

 

Bergen, Mercado do Peixe, lombos de bacalhau, vejam o preço

 

O salmão também não foge à regra, a Noruega é o maior seu maior produtor mundial, sendo este peixe ali criado, apreciado nos quatro cantos do mundo.
Em Bergen juntei a carne de baleia ao meu portfólio gastronómico internacional. A Noruega é o único país do mundo em que o seu consumo é permitido.  O mercado de peixe de Bergen é um paraíso gastronómico, do género “street food”, de peixe e marisco, mas também de outras iguarias como por exemplo hamburgers de alce ou mesmo paella! Além da carne de baleia, ali provei uma sopa de peixe e um bolo de bacalhau, que em nada tem a ver com os nossos pastéis de bacalhau. Foi um local onde tirei muitas fotos, e tive oportunidade de falar com muitos dos seus vendedores das bancas de comida, arrisco-me a dizer que nenhum é norueguês, mas a simpatia para com os visitantes, mesmo os que mais fotografam e menos consomem, é extraordinária!

Por falar em cachorros, Flåm marcou o local no mundo onde paguei mais por um cachorro, fazendo as contas ao câmbio, foram 9,5€. Um record que mereceu uma foto para a posteridade!

 

Flåm, 9,45€ por um cachorro, é um record que merece registo fotográfico!

 

Quanto à doçaria, juntei ao meu portfólio o rømmegrøt, que é tido como um dos pratos tradicionais. “Rømme” significa azedo. É feito com creme azedo, leite integral, farinha de trigo, manteiga e sal, sendo assim uma papa que depois é polvilhada de canela, com consistência grossa e sabor adocicado. Aprendi o nome, provei, mas não fiquei apreciador!

 

Bergen, Mercado do Peixe, a paella é internacional!

 

Bergen, Mercado do Peixe

 

Bergen, Mercado do Peixe

 

Souvenirs:

Troll é o souvenir tradicional. Trata-se de uma criatura mítica com poderes humanos, podendo aparecer tanto sob a forma de um gigante horrendo como na forma de pequena criatura. Diz-se que habita nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, possui cauda como os animais, sendo também maldoso e estúpido. Na literatura nórdica o troll aparece em diversas formas, a mais conhecida com orelhas e nariz enormes, sendo-lhe atribuídas características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos das igrejas.

 

Bergen, Troll existente na Montanha Fløyen

 

Voos:

A TAP voa diretamente de Lisboa para Oslo. A viagem dura cerca de 4 horas. Com antecedência é possível adquirir voos a preços interessantes. A minha viagem foi comprada em dezembro de 2022. Ida e volta por cerca de 200€, apenas com bagagem de cabine. Oslo é uma porta de entrada, ou saída, da Noruega.

Viajei de Oslo para Trondheim de comboio, de Trondheim para Tromsø de avião, e de Tromsø para Bergen, também de avião.

 

Paisagens Norueguesas, observadas do ar na viagem de Tromsø para Bergen

 

Paisagens Norueguesas, observadas do ar na viagem de Tromsø para Bergen

 

Cruzeiro de Bergen a Flåm:

Norled proporciona viagens de barco pelos fiordes.

O cruzeiro de Bergen a Flåm, custou 1015 Kr (só ida), marcada em Maio de 2023.

 

Linha de comboio Oslo-Bergen, paisagens sublimes

 

Viagens de comboio pela Noruega:

A plataforma Vy, permite a marcação de viagens de comboio de longo curso e também nos suburbanos, e também no comboio turístico Flåmsbana.
Os comboios noturnos são limpos, seguros e confortáveis, sendo possível encontrar preços em conta com antecedência, chegar cedo aos locais e não pagar estadas em hotéis.
Viagem de Oslo para Trondheim, de comboio noturno, em 2º classe paguei 205kr, marcada em março de 2023.

A viagem que fiz entre Flåm e Bergen (só ida), via Myrdal, custou 739 Kr, marcada em maio de 2023

 

Viagem de Bergen para Stavanger:

 

A minha escolha foi a via marítima. A empresa Fjord Line ASv efetua esse percurso. Dura cerca de 5 horas e meia e proporciona maravilhosas vistas desde o mar.

A viagem custou 39 Kr, marcada em abril 2023.

 

Bergen, Catamarã com destino a Flåm. Poderia ser o barco do amor

 

Voos internos:

Widerøe, uma companhia aérea regional, proporciona viagens pelo país. Com antecedência conseguem-se preços em conta.

Voo de Trondheim para Tromsø e de Tromsø para Bergen, cada voo custou 1107 Kr, marcados em janeiro de 2023.

 

Transportes públicos em Bergen:

A companhia Skyss assegura transporte dentro da cidade. É necessário instalar a aplicação “Skyss billett”, existente gratuitamente nas Play Stores, no smartphone e com ela através do cartão de crédito, adquirir os bilhetes, que são gerados num código QR.

 

Transporte desde o aeroporto para o centro da cidade:

 

Aeroporto de Bergen é servido por carreiras de autocarros e existe uma linha de metropolitano de superfície Bybanen que efetua este percurso, sendo esta a forma mais fácil. É possível adquirir o bilhete nas máquinas automáticas ou instalando a aplicação “Skyss billett” existente gratuitamente nas Play Stores, no smartphone e com ela através do cartão de crédito, adquirir os bilhetes, que são gerados num código QR.

 

Alojamento:

A Noruega é um dos países mais caros do mundo, no entanto é possível encontrar alojamento em conta. Dormindo em quartos partilhados, por exemplo, por algumas noites, não é mau de todo, e com um orçamento médio de 40€ conseguem-se encontrar muitas opções.

A minha escolha recaiu no City Hostel Bergen. Trata-se de hostel que oferece alojamento económico no centro de Bergen, em quarto partilhado com casa de banho coletiva e uso da cozinha, pelo que poderão adquirir mantimentos nos supermercados e cozinhar, caso tenham essa disponibilidade. O ambiente é jovem, multinacional e descontraído, o que tornou a estada agradável. Paguei 1.323 kr por 3 noites, reserva feita em abril de 2023.

 

Bergen, Ulriksbanen chegando ao topo da Montanha Ulriken

 

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

 

NORUEGA, PARTE 2: TROMSO, A CAPITAL DO ÁRTICO AO SOL DA MEIA NOITE

 

Noruega, parte 2: Tromsø, a capital do Ártico ao Sol da Meia Noite

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Oslo e Trondheim ficavam para trás, ou melhor para o sul, e a beleza do país, o melhor que tinha para oferecer ainda estava para vir. Depois do Verão Austral em 2020, vinha algo parecido, mas desta vez, Setentrional.

 

A região encanta-nos logo que nos preparamos para aterrar no Aeroporto de Tromsø, se tiverem a sorte de vos calhar um lugar à janela, irão desfrutar de paisagens sublimes que se coadunam com o que vemos nos postais turísticos acerca desta região. Neve, montanhas e claro, fiordes. A Noruega é pródiga nestas maravilhas da natureza.

 

Vista desde a Montanha Storsteinen-Sydspissen parte oeste da Ilha de Tromsøya

Subida à Montanha Storsteinen, vista para o centro de Tromsø, Tromsdalen e Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Subida à Montanha Storsteinen, vista para o centro de Tromsø, Tromsdalen e Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

A cidade de Tromsø, localiza-se cerca de 350 km a norte do Círculo Polar Ártico, por conseguinte, devido à inclinação do Eixo da Terra, em junho, altura do ano em que a visitei, a luz solar dura 24 horas por dia. Pela mesma razão, se viajarem numa altura invernal, o sol nunca aparece, é noite durante as 24 horas do dia, e terão fortes possibilidades de observarem as famosas “Northern lights”, as Auroras Boreais, um fenómeno que ocorre devido ao vento solar, emissão contínua de partículas carregadas, provenientes da coroa solar, com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre, que causam um fenómeno ótico composto por um brilho que ao longo dos séculos tem encantado a Humanidade, e também causado apreensão, nomeadamente pelos Vikings, que atribuíam este fenómeno aos Deuses.

 

Subida à Montanha Storsteinen, vista para os Fiordes e Tromsdalen

 

Saber quando é possível ver o Sol da Meia-Noite, ou melhor, a luz solar 24 horas por dia, é fácil, basta introduzir no site “Time and Date” quais as datas que pretendem, portanto se viajarem para estas latitudes nesses dias, entre finais de Maio e finais de Julho, é garantido que irão presenciar este fenómeno. Para ver Auroras Boreais, terão de se deslocar em período de Outono ou Inverno, entre outubro e março, e se tiverem a sorte de encontrarem o céu limpo nesses dias. Querer o Sol da Meia Noite e Auroras Boreais, não é possível, é como querer o “Sol na eira e a chuva no nabal”! Para ver Auroras Boreais terei de voltar ao Ártico no Inverno. Espero que seja para conhecer Rovaniemi, a Terra do Pai Natal, na vizinha Finlândia, país que apenas conheci Helsínquia  ou quando visitar a Islândia, que será no Inverno..

 

Vista de Sydspissen para os fiordes

 

Tromsø

 

Tromsø Kunstforening, centro de arte contemporânea

 

O Ártico é uma região definida nos compêndios de Geografia, de duas formas: toda aquela região acima do Círculo Polar Ártico, ou a que se localiza no Hemisfério Norte e é circunscrita pela linha fechada, que circunda o Círculo Polar Ártico, onde a temperatura média do mês mais quente é inferior a 10ºc. Esta linha isotérmica que delimita esta região, coincide aproximadamente com a linha das árvores árticas, portanto para lá desta linha é impossível existirem árvores, sendo a Tundra o bioma constituinte. Tromsø localiza-se pertíssimo dessa linha, talvez por isso por lá, se encontrem árvores, nomeadamente junto do Lago Prestvannet, a cerca de 2 Km do centro da cidade, é um dos locais prediletos para observar o Sol da Meia Noite! Ele apareceu, mas encoberto pelas nuvens. Passava da meia-noite, mas era dia, e o único ruído audível era o chilrear dos pássaros.

 

Lago Prestvannet, à meia noite

 

Lago Prestvannet, à meia noite

 

Deixemos os preciosíssimos geográficos para quem é entendido no assunto, facto é que Tromsø é conhecida como a Capital do Ártico, do Sol da Meia Noite e das Auroras Boreais!  É uma cidade universitária, jovem e muito cosmopolita, possuindo cerca de 70 mil habitantes, e uma vida noturna animada, que não deixava de o ser mesmo quando os bares fechavam ainda de dia, às 2 horas da manhã! Em 3 dias conseguimos conhecer os pontos mais importantes nas imediações do centro da cidade, por nós próprios, caminhando e apanhando muito frio, mesmo em junho quando as temperaturas não ultrapassam os 12ºc, vento gélido e chuviscos completam o quadro meteorológico. Ali num dia facilmente vivemos as 4 estações do ano. Os 3 dias que passei em Tromsø foram os dias de junho mais frios que vivi na vida!

 

Tromsø Domkirke, a Catedral de Tromsø

 

Tromsø

 

O centro de Trømso localiza-se na Ilha de Tromsøya, que se encontra ligada a outras ilhas bem maiores, circundada por diversos fiordes, através de túneis e pontes. A ponte mais famosa, é aquela por onde acedemos a Tromsdalen, a Tromsøbrua (Ponte de Tromsø) sendo o centro do seu tabuleiro outro dos locais prediletos para observar o Sol da Meia Noite. Desta vez ele apareceu à hora marcada, apesar de se esconder logo no imediato pois o céu não estava limpo, e assim fiz uma grande celebração, afinal no dia seguinte ia embora!

 

Vista desde a Montanha Storsteinen-centro de Tromsø, Tromsdalen e Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Vista desde a Montanha Storsteinen-centro de Tromsø, Tromsdalen e Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Tromsøbrua (Ponte de Tromsø)

 

Toda esta envolvente natural, com os fiordes, a Ilha de Tromsøya, Tromsøbrua e as montanhas, pode ser observada do alto da Montanha Storsteinen que contém uma plataforma de observação a 421 metros, acessível de teleférico no entanto o preço é bastante elevado, sendo a escalada a alternativa, além do mais, proporciona lindas vistas e existem muitos turistas a fazê-la. Ao longo do percurso com cerca de 1300 degraus que se percorre em cerca de 1 hora e meia, por trilhos, alguns deles mesmo em junho ainda contêm neve, chegamos ao local mais pitoresco de todos, sendo também outro dos pontos prediletos para observar o Sol da Meia Noite.

 

Tromsøbrua (Ponte de Tromsø), meia noite

 

Montanha Storsteinen

 

O início da subida para a montanha começa a cerca de 2Km do centro de Trømso, nas ruas junto à Tromsdalen, conhecida por Catedral do Ártico, igreja luterana cuja sua arquitetura a torna como um dos pontos mais “radicais” da cidade, com a sua fachada de vidro e alumínio.

 

Tromsdalen (Catedral do Ártico)

 

Tromsdalen (Catedral do Ártico)

 

Tromsdalen (Catedral do Ártico)

 

Na parte oriental da Ilha de Tromsøya encontramos Sydspissen, local predileto para observar o pôr do Sol, ou quando ele não se põe, é o Sol da Meia Noite que marca presença. Basta caminhar cerca de 4 Km desde o centro de Trømso.

Ali funcionou um campo de concentração Nazi durante a II Guerra Mundial, encontrando-se o mesmo totalmente desmantelado, existindo apenas no local um muro em ruínas. Foi o principal campo de prisioneiros no norte da Noruega, construído para albergar 100 prisioneiros, suspeitos de serem comunistas, e a população judaica masculina da área de Tromsø foram os primeiros. Mais tarde, passou a albergar intelectuais, professores e membros da Esquerda política norueguesa. Funcionou como um campo de trânsito que libertava prisioneiros após uma curta estadia ou os enviava para outros campos de concentração, mas rapidamente ficou superlotado, tendo os prisioneiros sido transferidos para o campo de detenção de Tromsdalen, a curta distância. As condições de vida eram péssimas, o clima rigoroso, com os prisioneiros a serem submetidos a jornadas de trabalho de 14 horas, abusos físicos, exercícios punitivos e degradantes e alimentação deficiente. No pós guerra, após a rendição da Alemanha nazista, que levou à libertação da Noruega, foi usado para deter colaboradores nazistas noruegueses, que enfrentavam julgamento por acusações de traição. A maior parte da força policial em Tromsø tinha sido suspensa por colaborar com os Nazis, logo o campo era composto principalmente por guardas militares treinados na Suécia. Visitar campos de concentração Nazis que se mantêm intactos, não tenho coragem de voltar a fazer, pois nas minhas viagens já tive a minha conta.

 

Sydspissen

 

Sydspissen, praia

 

Sydspissen, local do antigo campo de concentração Nazi

 

Sydspissen

 

Sydspissen

 

Sydspissen

 

Sydspissen

 

Sydspissen

 

A zona de Sydspissen possui diversos trilhos e passadiços junto ao mar onde podemos efetuar bonitos passeios, praias (para quem for corajoso de se banhar) e outros locais onde podemos desfrutar de lindas vistas para as ilhas e seus fiordes. A zona é fria, ventosa e chuvosa o que impede de lá permanecermos por muito tempo.

Ali por perto podemos visitar a instituição mais antiga do norte da Noruega, o Norges arktiske universitetsmuseum o Museu da Universidade de Tromsø, um museu de ciência relativo à região do Ártico,  fundado em 1872 e incorporado nesta universidade em 1976, recebe anualmente cerca de 90 mil visitantes. Ficaremos a saber mais sobre as Auroras Boreais, geologia, zoologia e ciências culturais relativas à região Ártica, bem como duas exposições relacionadas com a cultura Sámi, uma etnia que constitui os únicos povos indígenas da Europa. A sua maioria vive no norte da Noruega, mas também na vizinha Suécia, Finlândia e Rússia, países onde são cidadãos com direito à educação, serviços sociais, liberdade religiosa e participação no processo político, ao mesmo tempo que preservam e defendem sua identidade étnica e cultural.
Este museu é visitado em conjunto com o Polarmuseet, o Museu Polar, localizado no centro da cidade que expõem artefatos relacionados com expedições, vida quotidiana e aventuras na região Ártica desde o século XVII até ao presente.

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Polarmuseet, o Museu Polar

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

 

Norges arktiske universitetsmuseum, o Museu da Universidade de Tromsø

O centro da cidade, sendo a Storgata, a rua comercial principal com diversas lojas e restaurantes, existindo pelas imediações diversos bares, restaurantes e locais de animação noturna, possui diversos edifícios construídos com fachadas de madeira coloridas, como é tradicional nesta parte do mundo. Destaca-se a Polaria, o aquário mais a norte do mundo, a Tromsø Domkirke, a Catedral, uma igreja evangélica luterana, a Biblioteca Central, que se destaca pela sua arquitetura, às curvas, o Tromsø Kunstforening, um centro de arte contemporânea, e a Marina de Tromsø.

 

Polaria

 

Biblioteca Central

 

Marina de Tromsø

 

Marina de Tromsø

 

Os 3 dias que passei em Tromsø e ver pela primeira vez o Sol da Meia Noite marcaram para sempre a minha vida, mas o melhor da Noruega estaria reservado para os próximos dias. Bergen foi o destino seguinte!

 

Comer e beber:

 

O custo da alimentação na Noruega é o maior entrave a quem visita o país e representa uma enormíssima fatia do nosso orçamento. Mesmo a comida rápida não é barata, e quanto a bebidas alcoólicas, preparem-se para desembolsar cerca de 100kr por uma imperial!

Por exemplo, uma refeição com um menu no Burger King ronda os 20€. Donner kebab, pizzas e os cachorros do 7-Eleven foram o meu manjar quase diário. Estes últimos começam nos 5€! Mesmo ir ao supermercado temos garantida uma conta grande na caixa, por exemplo, em Oslo, por uma garrafa de água de 1,5 l paguei cerca de 3,5€. Passar tanto tempo alimentado com estas coisas fez com que o melhor bacalhau à braz, que fora de casa, comi na vida, foi ao almoço, no dia seguinte ao meu regresso, no refeitório onde vou regularmente durante a semana laboral.

À Noruega todos associamos o bacalhau que é rei nas nossas mesas. Bacalhau é o nome comum de cerca de 60 espécies migratórias do género “Gadus”, pertencente à família “Gadidae”. O bacalhau original, o tal que conhecemos, é da espécie “Gadus morhua” sendo encontrado por aqueles mares frios do norte da Europa. É geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam atingir os 100 kg de peso e quase dois metros de comprimento. No país do bacalhau, o mesmo atinge preços exorbitantes, um simples rabo de bacalhau na peixaria custa cerca de 10€!

O salmão também não foge à regra, a Noruega é o maior seu maior produtor mundial, sendo este peixe ali criado, apreciado nos quatro cantos do mundo.
Em Tromsø é possível provar pratos de rena, como por exemplo o finnbiff, um género de ensopado que tradicionalmente se consome no Inverno. A minha escolha recaiu no fritert fisk med fries é assim que se chama ao peixe frito, o bacalhau, com batata frita. Posso recomendar o restaurante Egon. Nestes primeiros dias passados na Noruega, foi a primeira vez que fui a um restaurante e assim consegui acrescentar algo novo ao meu palmarés gastronómico internacional.

 

Fritert fisk med fries

 

Fritert fisk med fries

 

Souvenirs:

 

Troll é o souvenir tradicional. Trata-se de uma criatura mítica com poderes humanos, podendo aparecer tanto sob a forma de um gigante horrendo como na forma de pequena criatura. Diz-se que habita nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, possui cauda como os animais, sendo também maldoso e estúpido. Na literatura nórdica o troll aparece em diversas formas, a mais conhecida com orelhas e nariz enormes, sendo-lhe atribuídas características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos das igrejas.

Tromsø possui lojas onde poderão encontrar souvenirs muito interessantes, como é exemplo esta loja na localizada na Storgata. Tudo depende do vosso orçamento, e os limites da tarifa aérea para a bagagem, em peso e em volume.

 

Voos:

 

A TAP voa diretamente de Lisboa para Oslo. A viagem dura cerca de 4 horas. Com antecedência é possível adquirir voos a preços interessantes. A minha viagem foi comprada em dezembro de 2022. Ida e volta por cerca de 200€, apenas com bagagem de cabine. Oslo é uma porta de entrada, ou saída, da Noruega.

Viajei de Oslo para Trondheim de comboio e de Trondheim para Tromsø de avião, deixei Tromsø com destino a Bergen, também de avião.

 

Vista desde a Montanha Storsteinen-centro de Tromsø

Viagens de comboio pela Noruega:

 

A plataforma Vy, permite a marcação de viagens de comboio de longo curso e também nos suburbanos, nomeadamente de e para os aeroportos de Oslo e Trondheim.

Os comboios noturnos são limpos, seguros e confortáveis, sendo possível encontrar preços em conta com antecedência, chegar cedo aos locais e não pagar estadas em hotéis.

Viagem de Oslo para Trondheim, de comboio noturno, em 2º classe paguei 205kr, marcada em março de 2023.

 

Voos internos:

 

A Widerøe, uma companhia aérea regional, proporciona viagens pelo país. Com antecedência conseguem-se preços em conta.

Voo de Trondheim para Tromsø e de Tromsø para Bergen, cada voo custou 1107 Kr, marcados em janeiro de 2023.

 

Aproximação ao Aeroporto de Tromsø

 

Aproximação ao Aeroporto de Tromsø

 

Transportes públicos em Trømso:

 

A companhia Bussring assegura transporte de autocarro, “shuttle” desde o aeroporto para o centro da cidade.

Existem também autocarros de carreira regular, fica mais barato que o “shuttle”. O site Troms Fylkestrafikk informa acerca de todos os transportes de carreira regular existentes, também entre o aeroporto e o centro da cidade. É necessário instalar a aplicação “Troms Billett “, existente gratuitamente nas Play Stores, no smartphone e com ela através do cartão de crédito, adquirir os bilhetes, que são gerados num código QR.

 

Transporte marítimo na região de Trømso:

 

O terminal marítimo localiza-se na zona do centro da cidade. Destinos como Finnsnes, Skjervøy, Lysnes, Harstad estão entre algumas das rotas marítimas desde Trømso. Certamente proporcionarão lindas viagens pelos fiordes circundantes. O site Troms Fylkestrafikk informa acerca de todos os transportes de carreira regular existentes, incluindo de via marítima. Precisaria de mais dias por Trømso para explorar a região e os seus fiordes. Essa parte deixei para Bergen e Stavanger, destinos que seguiram.

 

Alojamento:

 

A Noruega é um dos países mais caros do mundo, no entanto é possível encontrar alojamento em conta. Dormindo em quartos partilhados, por exemplo, por algumas noites, não é mau de todo, e com um orçamento médio de 40€ conseguem-se encontrar muitas opções.

A minha escolha recaiu no Tromsø CoCo Apartments. Trata-se de uma residência que oferece alojamento económico no centro de Tromsø, em quarto partilhado com casa de banho coletiva e uso da cozinha, pelo que poderão adquirir mantimentos nos supermercados e cozinhar, caso tenham essa disponibilidade. O ambiente é jovem, multinacional e descontraído, o que tornou a estada agradável. Paguei 1350 Kr por 3 noites. O sistema de check in e check out é totalmente automático, logo estejam atentos às instruções que receberão por mensagem na plataforma.

É possível marcar tours através do web site no entanto o preço é muito elevado, tudo o que fiz foi por minha conta.

 

Sydspissen

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

 

NORUEGA, PARTE 1: OSLO E TRONDHEIM – NO PAÍS DOS FIORDES

 

Noruega, parte 1: Oslo e Trondheim, prelúdio da minha viagem ao País dos Fiordes

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Quando assistimos a um espetáculo de ballet, ópera ou mesmo um musical, ele começa com o prelúdio, uma ária em geral, conhecida por todos, que faz a introdução do enredo que se segue. Carmen, as Bodas de Fígaro, La Traviata, Onegin, Tosca, Nikola Šubić Zrinski, o Lago dos Cisnes, o Quebra Nozes ou o Fantasma da ópera são exemplos de excelentes espetáculos que já assisti nas minhas viagens pelo mundo fora. Comparar música com viagens e nomeadamente com viagens pela Noruega não é de todo despropositado. Se observarmos a beleza do país ao som de qualquer peça musical destas, de certeza que nos iremos emocionar ao recordar os dias maravilhosos vividos por aqueles lados. A música fez parte desta minha viagem, pois durante a mesma fiz amizade com alguém intrinsecamente ligado ao mundo do espetáculo. A moça é mesmo uma celebridade e uma querida!

 

Visitar a Noruega era um dos meus objetivos, por motivos óbvios não estaria previsto para a altura do meu aniversário. Teria de ser num período em que os dias fossem longos e as temperaturas amenas. Aproveitando a altura dos feriados do mês de junho e tendo adquirido a passagem aérea por um bom preço, a escolha de passar 12 dias a viajar pela Noruega não poderia ter sido mais perfeita.

A Noruega é tida como um país do primeiro mundo, limpo, ecológico, com povo civilizado, onde reina a prosperidade, a boa qualidade de vida e acima de tudo é seguro, à semelhança dos seus congéneres do Norte da Europa. É um país que recebe muito bem quem o visita, seja para fins turísticos como para outros relacionados com emprego. As cidades por isso, nomeadamente a capital, é bastante cosmopolita. Dado o crescente número de postos de trabalho criados, não só mas também, pela indústria do petróleo, os altos salários que são praticados (3.000€ é tido como um baixo salário) atraem a emigração de vários pontos do mundo e muitas vezes de pessoas com hábitos muito diferentes do povo norueguês. A Noruega é um país limpo, em tempos era impensável ver lixo ou beatas de cigarros no chão, e hoje isso já não é bem assim.

 

Trondheim, Gamle bybro, a Ponte da Cidade

 

OSLO  

 

Oslo foi o prelúdio também o epílogo desta viagem maravilhosa de 12 dias no passado mês de junho. Já que falamos de música, posso citar o epílogo do musical Tina que no ano anterior assisti em Londres um tema que se poderá adequar na perfeição a estes dias maravilhosos que passei no País dos Fiordes.

Oslo tem uma excelente oferta cultural, daí a minha escolha em iniciar esta crónica falando de música. O majestoso edifício da Ópera de Oslo, o mais icónico da cidade, localizado na margem do Mar do Norte, junto do Fiorde de Oslo, o tal que certo dia ao pôr do sol inspirou Edvard Munch para pintar a sua obra mais famosa, “O Grito“. Inaugurado em 2008, projetado pelo estúdio de arquitetura Snøhetta revolucionou a arquitetura da cidade, onde abundam muitos edifícios retilíneos um tanto desinteressantes e descaracterizados da maior parte das cidades do país, dos que vemos em postais turísticos. Os milhões do petróleo são investidos na construção civil, e consta-se que o país tem dificuldade em decidir onde investir tanto dinheiro! Talvez por isso se dizia que Oslo era um estaleiro a céu aberto dado o número de modernos edifícios que têm vindo a ser construídos…

A sede da Ópera e do Ballet de Oslo é o principal centro cultural da cidade. Possui um auditório principal, com capacidade para 1.360 pessoas cujo palco está 16 metros sob o nível do mar, e um segundo auditório que pode abrigar aproximadamente 400 pessoas.

Se viajarem para Oslo e pretenderem conhecer o edifício por dentro, e não estiverem dispostos a pagar por um tour, procurem com alguns meses de antecedência, assim que começam a ser vendidos online os bilhetes, sendo os mais baratos 100Kr (NOK-Coroas Norueguesas) fazendo o câmbio, são menos de 10€, para os poucos lugares em pé disponíveis e que permitem assistir a preços simbólicos a enormes produções artísticas. Em pé, lá do alto mas com visibilidade perfeita para o palco, vi a Tosca, grandiosa ópera de Puccini e ouvi emocionadamente a sua mais conhecida ária “Recondita armonia”. O meu “dress code” nesse dia não era o mais indicado, mas como fiz questão de me informar, isso não levantaria qualquer problema!  Questões relacionadas com logística de um viajante não me permitiram trajar-me com mais cuidado para um ato tão solene. O meu prelúdio norueguês acabou na Tosca e vestido como um tosco! A seguir ao espetáculo, tinha um comboio noturno para apanhar rumo a Trondheim, não sem antes passar pelo hostel para trazer a bagagem lá guardada.

 

Oslo, Fiorde de Oslo visto desde o Edifício da Ópera

 

Oslo, Fiorde de Oslo visto desde o Edifício da Ópera

 

Oslo, Edifício da Ópera

 

Oslo, Edifício da Ópera

 

Oslo, Edifício da Ópera

 

Oslo, Edifício da Ópera, interiores

 

Oslo, Edifício da Ópera, interiores

 

Oslo, Edifício da Ópera, auditório principal

 

Oslo, Edifício da Ópera, auditório principal, espetáculo ´Tosca´, vista dos lugares de pé

 

Oslo, Edifício da Ópera

 

Engraçado que antes da ópera ainda tive tempo de fazer praia. Ali ao lado é possível, o tempo e temperatura da água, acreditem ou não, eram bem favoráveis. Foi uma ida à ópera precedida de praia, algo sui generis!

 

Oslo, praia junto do Edifício da Ópera

 

Foi com cultura que deixei Oslo para percorrer o país e dias depois, foi com cultura que deixei Oslo para regressar a casa, após visitar o Museu Nacional que entrou na minha lista dos melhores museus que visitei na Europa. Este museu possui a maior coleção de arte da Escandinávia, com mais de 6500 peças, que engloba escultura, arte antiga contemporânea e claro, a pintura de famosos artistas, onde se destaca “O Grito”. Ir a Oslo e não ver o “Grito” é talvez como ir a Paris e não ver a Mona Lisa! A pintura representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero. Trata-se de uma série de 4 pinturas, estando as outras 3 expostas no Museu Munch. A pintura inclusivamente serviu de inspiração à personagem da famosa série de filmes de terror “Scream”. Além desses dois museus de arte, Oslo possui mais museus que despertam o nosso interesse em visitar, como por exemplo o Museu dos Barcos Vikings ou o Museu Marítimo Norueguês, ou não se trate a Noruega do país dos Vikings, um povo sanguinário, tendo a sua Era marcado o primeiro milénio. Os Vikings irromperam pelos mares à conquista da Europa! A Noruega não é um país barato e a entrada nos museus não foge à regra, logo por razões de “tempo e de dinheiro” a minha escolha recaiu somente em ver ao vivo “O Grito”!

 

Oslo, Museu Munch

 

Oslo, Museu Nacional

 

Oslo, Museu Nacional

 

Oslo, Museu Nacional , A menina doente de Edvard Munch

 

Oslo, Museu Nacional, ´O Grito´ de Edvard Munch…ninguém resiste a estas poses!

 

Oslo, Museu Nacional, Autoretrato de Vincent van Gogh

 

Oslo, Museu Nacional, Homem sentado de Paule Cézanne

 

Oslo, Museu Nacional, Paisagem na Bretanha de Paul Gauguin

 

Oslo, Museu Nacional, réplica da Mona Lisa

 

Oslo, Museu Nacional

 

Oslo não é de todo um portento de beleza, aliás para a conhecer, nem merece muito tempo lá despendido. Com Estocolmo e Copenhaga à cabeça, no tocante a beleza das capitais Escandinavas, Oslo está no patamar de Helsínquia neste aspeto. Sou um privilegiado pois já visitei lindas cidades pelo mundo fora e por isso sou forçado a colocar Oslo no rol daquelas que considero as menos interessantes o que não significa que Oslo não seja um excelente ponto de passagem para outros locais, sobretudo para partir à descoberta dos Fiordes e de maravilhas da natureza que aquela parte do mundo possui. Oslo perde em beleza para as outras cidades, mas em oferta cultural, minha modesta opinião, supera qualquer uma dessas que referi. E precisarão de lá passar alguns dias se quiserem desfrutar da cidade nesse âmbito. Obviamente quem viaja para a Noruega, não procura cultura, procura sobretudo as belíssimas paisagens naturais, pelo que quer queiramos quer não, Oslo é o parente pobre do país! “Leave Oslo. There is nothing to see! Go north…“, foi um dos comentários que recebi no Facebook, por sinal muito elucidativo…

 

Oslo

 

Oslo, Storting, Parlamento Norueguês

 

Oslo, modernos edifícios na zona central

 

Oslo, guarda do Palácio Real

 

Oslo, estátuas espalhadas pela cidade

 

Oslo, estátuas espalhadas pela cidade

 

A cidade possui modernos meios de transporte onde se incluem autocarros, metropolitano, elétricos rápidos e carreiras de barco para as ilhas. Estas últimas necessitam de vários dias para serem exploradas e são de uma beleza e paz extraordinárias, com planícies verdejantes (no Verão) a contratarem com o azul do mar que as cerca. Utøya entrou para a ribalta pelos piores motivos, em 2011 com uma carnificina de motivações xenófobas e radicais, levada a cabo por um delinquente, é uma das 40 ilhas que existem nos limites da cidade de Oslo. Langøyene é uma das outras, e foi a minha escolha para um fim de tarde na praia. No Verão, com dias longos, a altura onde o sol se põe perto das 23 horas e as noites são curtas e em lusco-fusco, é tradicional as famílias comprarem braseiros e se deslocarem para as ilhas para fazerem churrascos. A água do mar não é mais fria que no Algarve, talvez até seja menos que em alguns dias de Verão no Algarve, mas é muito menos salgada! O primeiro dia passado na Noruega, foi um dos três que teve ida à praia com sol e mar, quem diria!

 

Oslo, elétrico rápido

 

Oslo, metropolitano

 

Oslo, dia de praia na Ilha de Langøyene

 

Oslo, dia de praia na Ilha de Langøyene

 

Oslo, Ilha de Langøyene

 

Junto da Estação central, encontramos uma praça com modernos edifícios, onde salta à vista o Tigre que é o símbolo de Oslo, sendo por isso um dos locais mais fotografados. Foi oferecido pela Eiendomsspar, uma companhia do ramo imobiliário, no ano 2000, para celebrar o milésimo aniversário da cidade. A obra é da autoria da artista Elena Engelsen. Oslo é conhecida como a Cidade do Tigre, desde 1870, quando o poeta norueguês Bjørnstjerne Bjørnson, no seu poema “Sidste Sang” descreveu uma luta entre um cavalo e um tigre. O tigre representa a cidade perigosa e o cavalo o campo seguro. Quem chega a Oslo o encontrará e quem parte fará sempre questão de se despedir dele. Não deixei de o fazer quando parti de Oslo à descoberta da Noruega e quando parti de Oslo no regresso a casa! E quando regressei a Oslo após concluir o meu tour, fiz questão de dar um grande abraço no Tigre!

 

Oslo, Tigre

 

O centro da cidade percorre-se facilmente caminhando, por lá se situam muitas das atrações turísticas principais. Destaco as que visitei e que são gratuitas:

Forte de Akershus, é uma fortaleza localizada junto ao mar, com vista para a cidade e para o Fiorde de Oslo, logo com uma posição estratégica no domínio e controlo da cidade.  Ao longo dos anos funcionou como prisão albergando criminosos e presos políticos. Durante a II Guerra Mundial e no seu final, ali foram levadas a cabo execuções. Atualmente, é um edifício com interesses militares, sendo também usado em eventos oficiais.

 

Oslo, Forte de Akershus

 

Oslo, Forte de Akershus, exposição

 

Oslo, Forte de Akershus, exposição

 

Oslo, Forte de Akershus, visto desde o Fiorde de Oslo

 

Oslo, Forte de Akershus

 

Oslo, vista desde o Forte de Akershus

 

Oslo, vista para o Fiorde de Oslo desde o Forte de Akershus

 

Rådhuset, assim é chamada a Câmara Municipal. Projetada pelos arquitetos Arnstein Arneberg e Magnus Poulsson, abriga o conselho e a administração da cidade e várias outras organizações municipais. Os trabalhos de construção ocorreram entre 1931 e 1950, sendo interrompidos durante a II Guerra Mundial. Destaca-se pelos tijolos vermelhos nas fachadas, pela sua volumetria e pelas suas duas torres, uma com 63 metros e outra com 66 metros de altura.  A torre oriental possui um carrilhão com 49 sinos, sendo o seu interior utilizado para eventos e cerimónias, com destaque para a do Prémio Nobel da Paz, que acontece nos meses de dezembro. Na visita ao interior, podemos observar as paredes do hall principal decoradas com murais que relatam cenas relacionadas com a história e cultura do país, e também da II Guerra Mundial.  Podemos visitar a sala da Câmara do Conselho e outras salas onde existe inclusivamente uma pintura de Edvard Munch, a Sala Munch.  Ao subir a escadaria deparamos com uma vista para o Fiorde de Oslo.

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal, murais interiores, Sala Munch

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal, Hall Principal, murais

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal, Hall Principal, murais

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal, Câmara do Conselho

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal, fachada

 

Oslo, Rådhuset, Câmara Municipal vista desde o Fiorde de Oslo

 

Domkirke, a catedral, também chamada de Igreja de Nosso Salvador, é um templo de estilo barroco construído na segunda metade do século XVII. No interior destacam-se os vitrais e os murais dos tetos, no exterior, junto da mesma existe um cemitério histórico, onde estão sepultados restos mortais de importantes personagens da história da cidade.

 

Oslo, Domkirke, Catedral

 

Oslo, Domkirke, Catedral, interior

 

Oslo, Domkirke, Catedral, interior

 

Oslo, Domkirke, Catedral, interior

 

Oslo, Domkirke, Catedral, interior

 

Oslo, Domkirke, Catedral

 

O Palácio Real com os seus jardins que podemos percorrer, localizado no cimo de uma pequena colina, a curta distância do Storting, o Parlamento Norueguês e também da Universidade da Oslo.

 

Oslo, Palácio Real

 

Oslo, jardins do Palácio Real

 

Oslo, guarda do Palácio Real

 

Oslo, Storting, Parlamento Norueguês

 

Oslo, Universidade

 

Passeando por Oslo encontramos muitas estátuas e mais afastado do centro, encontramos o Vigeland Park, o famoso Parque das Estátuas com mais de 200 esculturas que mostram figuras humanas capazes de transmitir diversos estados de ânimo em diferentes momentos da vida, sendo um verdadeiro museu ao ar livre. Podemos passear gratuitamente, pelos seus cerca de 32 hectares, onde sobressai a Grande Fonte de Bronze, composta por seis gigantes que seguram uma vasilha de onde surge a água, e uma ponte de granito decorada por 48 figuras de bronze, e também o Sinntaggen (Menino zangado), uma das figuras mais controversas. Trata-se de uma criança que está a chorar com a boca aberta enquanto esperneia. A pobre estátua já sofreu atos de vandalismo…

 

Oslo, Vigeland Park

 

Oslo, Vigeland Park

 

Oslo, Vigeland Park, Grande Fonte de bronze

 

Oslo, Vigeland Park

 

Trondheim foi o destino seguinte!

 

TRONDHEIM

 

A pequena e bonita cidade de Trondheim, fica localizada junto ao Fiorde de Trondheim, no centro do país, a cerca de 500 Km a norte de Oslo, de onde cheguei num comboio noturno, ainda de madrugada. Já o sol raiava há algumas horas, mas as ruas estavam vazias e ouviam-se os pássaros a chilrear! Deixei a bagagem na estação central à chegada, passei uma parte do dia (naquelas latitudes, nessa altura do ano, à meia-noite ainda é dia) a percorrer as ruas da cidade, e fui para o hotel descansar, coisa que o corpo já pedia. O hotel que escolhi, localiza-se em Stjørdal, a cerca de 30 Km de Trondheim, acessível de comboio suburbano, e nas proximidades do aeroporto que serve a cidade. Trondheim foi o ponto de passagem para chegar a Tromso, para onde voei no dia seguinte.

 

Trondheim, Torvet, Estátua de Olav Tryggvason

 

Trondheim, Stiftsgården

 

Trondheim, Quilómetro Zero

 

Trondheim, Kunstmuseum, museu de arte

 

Trondheim, Gamle bybro, a Ponte da Cidade Velha, 7 da manhã

 

Stjørdal, meia noite

 

O Fiorde de Trondheim e a região envolvente podem ser observados do alto da colina onde se situa a Fortaleza de Kristiansten, uma antiga estrutura defensiva construída entre 1682 e 1684 no âmbito da reconstrução da cidade após um incêndio sofrido em 1682.

 

Trondheim colina da Fortaleza de Kristiansten

 

Trondheim vista para o Fiorde desde a colina junto da Fortaleza de Kristiansten

 

Trondheim, Fortaleza de Kristiansten

 

Trondheim, Fortaleza de Kristiansten

 

Trondheim, colina junto da Fortaleza de Kristiansten

 

Trondheim, Fortaleza de Kristiansten, interior

 

Não obstante se tratar de uma cidade bastante antiga, fundada no ano de 997, pertencente a uma região habitada há milhares de anos, onde existem pinturas rupestres, e ter sido capital da Noruega de 1030 até 1217, e atualmente ser a terceira maior cidade do país, a primeira vez que ouvi falar em Trondheim foi já idade adulta, e por causa do futebol!

Rosenborg Ballklub, ali sediado, é o clube mais titulado da Noruega e muito provavelmente o mais conhecido. Os nomes de Trondheim e Rosenborg saltaram para a ribalta em finais dos anos 1990 pela via do desporto rei. O Rosenborg, sendo um outsider, fez excelentes participações na Champions League, onde era um dos habituais nas fases de grupos, em finais do século passado e início do presente. Era um osso duro de roer, pois além da equipa da casa ser muito aguerrida e com jogadores de qualidade, a viagem para a maioria dos adversários era longa e Trondheim nessa altura do ano é gelada, nevosa e escura, quase não existindo luz solar. Muito diferente da que encontrei em junho.

Estádio Lerkendal é um dos que me engrandece o palmarés e visitá-lo era um desejo antigo!

 

Trondheim, Estádio Lerkendal

 

Trondheim, Estádio Lerkendal

 

Trondheim, Estádio Lerkendal

 

Trondheim, Estádio Lerkendal, loja do Rosenborg

 

Certo dia, ainda não se usavam muito os telemóveis, numa escola em Móstoles, cidade dos arredores de Madrid, o diretor interrompeu uma aula de desenho e disse a um aluno: “Iker, é urgente. Tu tens de ir já para a Noruega”. O rapaz ainda teve tempo de ir a casa trocar de roupa e falar com os pais e de lá apanhou um táxi para o Aeroporto de Barajas, onde embarcou com as estrelas ) da companhia: Roberto Carlos, Hierro, Morientes, Raul, Seedorf, Davor Šuker ou Predrag Mijatović, entre outras. O Secretário deve ter ficado em terra…O resto é história! Foi assim que Iker Casillas se estreou internacionalmente, em 1997, tinha apenas 16 anos e foi suplente não utilizado. Santiago Canizares foi titular, mas o Real Madrid perdeu 2-0. Viria, contudo, a sagrar-se campeão Europeu nessa época.

Nesse dia o ainda desconhecido Casillas brilhou no banco, mas no relvado do Lerkendal com a camisola do Rosenborg, já brilharam nomes como Sigurd Rushfeldt, o tal que o Benfica contratou em 1999 mas só vestiu a camisola encarnada na sala de imprensa quando foi apresentado, o dinheiro para o pagar não apareceu e o mesmo rumou ao Racing Santander. John Carew, que brilhou no Valéncia e na Premier League e atualmente é ator. Azar Karadas que vestiu o manto sagrado e foi campeão nacional em 2005, e depois nunca mais se ouviu falar dele. Mais recentemente Casper Tengstedt foi contratado pelo Benfica ao Rosenborg, tendo deixado muitas saudades por lá.

O estádio situa-se no bairro de Lerkendal, um bairro moderno, a cerca de 2Km do centro da cidade. Possui cerca de 21.000 lugares e é por isso o segundo maior do país. Foi inaugurado em 1947, sendo inicialmente um complexo construído com bancadas em madeira, material de construção de casas que é tradicional por estas paragens. Ao longo dos anos sofreu remodelações, fruto dos lucros das vendas de jogadores e dos milhões oriundos das participações na Champions League. Por isso, em 2016 foi palco da final da Supertaça Europeia, ganha pelo Real Madrid perante o Sevilha.
Na entrada é impossível não reparar na Estátua de Nils Arne Eggen, que foi jogador e mais tarde treinador, sendo reconhecido como o de maior sucesso, pelos títulos de campeão nacional que conquistou e pelas boas presenças na Champions League. O homem deve ter levado o nome de Trondheim a todo o lado, a mim também! Infelizmente já partiu para a eternidade, mas deixou obra feita e até me fez ir conhecer Trondheim!

 

Trondheim, Estádio Lerkendal, Estátua de Nils Arne Eggen

 

O Lerkendal ostenta o título de estádio mais a norte que visitei, e nessa visita tive a sorte de tirar uma selfie com jogadores do plantel do Rosenborg, da época de 2022/23, que ainda decorria. Interessante que nesse dia jogava-se a final da Champions League de 2023, e exatamente um ano antes tinha estado em Londres, com o Idalécio, um centralão que brilhou nos nossos relvados! Futebol não é cultura, mas as minhas viagens são muito em seu torno!

 

Trondheim, Estádio Lerkendal, com jogadores do plantel do Rosenborg

 

A Cidade e a sua região, tem muito mais para oferecer do que futebol. Em poucas horas explora-se facilmente o seu centro. Passear pelas suas ruas, pelas margens do Rio Nidelva que atravessa a cidade e pelos seus jardins, não deixa de nos encantar, sobretudo porque deixamos para trás Oslo, e encontramos finalmente uma cidade com traços característicos das do Norte da Europa. Das várias pontes que atravessam o Rio Nidelva, destaca-se a Gamle bybro, a Ponte da Cidade Velha, local de grande passagem durante o dia, mas tive a sorte de a encontrar vazia pelas 7 da manhã.

 

Trondheim, Rio Nidelva com vista para o telhado da Catedral de Nidaros

 

Trondheim, Rio Nidelva

 

Trondheim, Rio Nidelva, 7 da manhã

 

Trondheim, Rio Nidelva visto desde a Gamle bybro, a Ponte da Cidade Velha

 

Trondheim, Rio Nidelva, 7 da manhã

 

Trondheim, Rio Nidelva visto desde a Gamle bybro, a Ponte da Cidade Velha

 

Catedral de Nidaros é o edifício mais emblemático de Trondheim, que em tempos foi chamada de Nidaros, sendo considerada como a igreja mais importante do país, tendo ao longo dos anos sido palco de eventos e cerimónias reais como coroações e casamentos. A sua construção durou cerca de 200 anos e teve início no ano de 1031, após a morte do Rei Olavo II e por altura da sua santificação, substituindo um pequeno santuário de madeira erigido no local onde o rei havia sido sepultado. O santuário foi ponto de grande romaria, tendo atraído muitos peregrinos, pois o local é considerado sagrado, devido aos milagres atribuídos a Santo Olavo, patrono da Noruega. Ali mesmo existe o Quilómetro Zero, que marca o ponto de destino das rotas desses peregrinos.

 

Trondheim, Catedral de Nidaros

 

Trondheim, Catedral de Nidaros

 

Trondheim, Rio Nidelva com vista para o telhado da Catedral de Nidaros

 

Desde a Catedral de Nidaros facilmente se acede ao coração de Trondheim, à Torvet, uma praça central dominada pela Estátua de Olav Tryggvason, o fundador da cidade. Ao caminharmos nessa direção afastada da zona ribeirinha, podemos encontrar o Kunstmuseum, um museu de arte, o Stiftsgården que é uma das residências oficiais dos Monarcas, a Kommunen, que é a Câmara Municipal e a Igreja de Nossa Senhora por exemplo.

 

Trondheim, Torvet, Estátua de Olav Tryggvason

 

Tromso foi o destino seguinte!

 

Comer e beber

 

O custo da alimentação na Noruega é o maior entrave a quem visita o país e representa uma enormíssima fatia do nosso orçamento. Mesmo a comida rápida não é barata, e quanto a bebidas alcoólicas, preparem-se para desembolsar cerca de 100kr por uma imperial!

Por exemplo, uma refeição com um menu no Burger King ronda os 20€. Donner kebab, pizzas e os cachorros do 7-Eleven foram o meu manjar quase diário. Estes últimos começam nos 5€! Mesmo ir ao supermercado temos garantida uma conta grande na caixa, por exemplo, em Oslo, por uma garrafa de água de 1,5 l paguei cerca de 3,5€. Passar tanto tempo alimentado com estas coisas fez com que o melhor bacalhau à Bráz, que fora de casa, comi na vida, foi ao almoço, no dia seguinte ao meu regresso, no refeitório onde vou regularmente durante a semana laboral.

À Noruega todos associamos o bacalhau que é rei nas nossas mesas. Bacalhau é o nome comum de cerca de 60 espécies migratórias do género “Gadus”, pertencente à família “Gadidae”. O bacalhau original, o tal que conhecemos, é da espécie “Gadus morhua” sendo encontrado por aqueles mares frios do norte da Europa. É geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam atingir os 100 kg de peso e quase dois metros de comprimento. No país do bacalhau, o mesmo atinge preços exorbitantes, um simples rabo de bacalhau na peixaria custa cerca de 10€!

O salmão também não foge à regra, a Noruega é o maior seu maior produtor mundial, sendo este peixe ali criado, apreciado nos quatro cantos do mundo.
Nestas cidades, posso dizer que tipicamente norueguês, provei a elgpølse, a chamadas salsicha de alce pois contem esta carne na sua composição e o fritert fisk med fries é assim que se chama ao peixe frito, o bacalhau, com batata frita.

 

Oslo, Fritert fisk med fries, o peixe frito com batata frita

 

Oslo, elgpølse, a salsicha de alce

 

Noruega, Oslo, elgpølse (salsicha de alce)

 

Oslo, comida de rua, banca de salsichas onde se destaca a elgpølse, salsicha de alce

 

Souvenirs

 

Troll é o souvenir tradicional. Trata-se de uma criatura mítica com poderes humanos, podendo aparecer tanto sob a forma de um gigante horrendo como na forma de pequena criatura. Diz-se que habita nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, possui cauda como os animais, sendo também maldoso e estúpido. Na literatura nórdica o troll aparece em diversas formas, a mais conhecida com orelhas e nariz enormes, sendo-lhe atribuídas características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos das igrejas.

 

Troll, numa loja de souvenirs

 

Boneca tradicional norueguesa

 

Voos

 

A TAP voa diretamente de Lisboa para Oslo. A viagem dura cerca de 4 horas. Com antecedência é possível adquirir voos a preços interessantes. A minha viagem foi comprada em dezembro de 2022. Ida e volta por cerca de 200€, apenas com bagagem de cabine.

 

Transfer do aeroporto para o centro de Oslo

 

Aeroporto Gardermoen, o qual é servido pela TAP, localiza-se a cerca de 50 Km da cidade, sendo acessível de comboio.

Após aterrarmos, a forma mais económica de viajar para Oslo é de comboio suburbano, que termina a marcha na estação central, efetuando várias paragens intermédias. Há, contudo, um serviço de comboios Flytoget mais caro, sendo considerada a única linha de alta velocidade do país, atingindo 210Km/h.

 

Trondheim, Gamle bybro, a Ponte da Cidade Velha, 7 da manhã

 

Transportes públicos em Oslo

 

A companhia Ruter opera na cidade. É necessário instalar a aplicação, existente gratuitamente na play Store, no smartphone e com ela através do cartão de crédito, adquirir os bilhetes, que são gerados num código QR.

 

Viagens de comboio pela Noruega

 

A plataforma Vy, permite a marcação de viagens de comboio de longo curso e também nos suburbanos, nomeadamente de e para os aeroportos de Oslo e Trondheim.

Os comboios noturnos são limpos, seguros e confortáveis, sendo possível encontrar preços em conta com antecedência, chegar cedo aos locais e não pagar estadas em hotéis.

Viagem de Oslo para Trondheim, de comboio noturno, em 2º classe paguei 205kr, marcada em março de 2023.

 

Trondheim, Igreja de Nossa Senhora

 

Voos internos

 

A Widerøe, uma companhia aérea regional, proporciona viagens pelo país. Com antecedência conseguem-se preços em conta.

Voo de Trondheim para Tromso, 1107kr, marcado em Janeiro de 2023.

 

Alojamento

 

A Noruega não é um país barato, no entanto é possível encontrar alojamento em conta. Dormindo em quartos partilhados, por exemplo, por algumas noites, não é mau de todo, e com um orçamento médio de 40€ conseguem-se encontrar muitas opções.

 

Oslo encontra-se entre as cidades mais caras do Mundo. O alojamento atinge preços exorbitantes, porém é possível encontrar alojamento económico, em hostel, nesse sistema de quarto partilhado e WC coletivo. Recomendo o Anker Hostel. Localizado a curta distância do centro da cidade, bom serviço e staff atencioso.

Paguei por uma noite cerca de 32€ .

Em Oslo apenas dormi uma noite. O tempo que despendi para visitar a cidade foi a tarde do dia da chegada, todo o dia seguinte, e a manhã do último dia passado na Noruega, no regresso de Stavanger.

Em Trondheim não é fácil encontrar alojamento económico. Dado no dia seguinte ir viajar para Tromso de avião, a minha escolha recaiu no
Sure Hotel by Best Western Trondheim Airport que se localiza a cerca de 2 Km do centro de Stjørdal, nas proximidades do aeroporto.

O centro de Stjørdal é acessível de comboio desde Trondheim, cerca de 35 Km, e de autocarro desde o aeroporto, cerca de 4 km. Uma noite, em quarto individual, com wc privativo e com pequeno almoço buffet, paguei 671,24kr, que pode ser tido como um preço excelente.

 

Produtos de primeira necessidade de fácil esquecimento

 

Na Noruega não há “Lojas do Chinês”, pelo menos eu não as consegui encontrar. Os artigos que eventualmente nos possamos esquecer de colocar na bagagem e lá tenhamos de adquirir, são caros pois só praticamente só encontramos marcas de renome. Paguei caro os esquecimentos:

– Um par de chinelos de banho, os mais baratos que encontrei, marca Adidas, cerca de 20€

– Um cabo de carregamento do smartphone, cerca de 20€

– Um guarda-chuva, de marca Samsonite, cerca de 30€

Fica o registo que na Noruega nós, cidadãos da União Europeia podemos usar o sistema “fax free”, e no respetivo balcão no aeroporto podemos receber o que pagamos de IVA.

 

Trondheim

 

 

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ALGUNS DOS MONUMENTOS EM CIDADES MENOS TURÍSTICAS

 

Alguns dos monumentos em cidades menos turísticas

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Descobrir cidades (sobretudo na Europa) que estejam a emergir nas rotas turísticas, ou que embora já sendo conhecidas não as primeiras na lista na maioria dos turistas, e que não estão tão massificadas, é algo que gosto bastante

Na continuação do excelente artigo do meu amigo Mário Menezes que também escreve para este site, onde fez anteriormente um artigo sobre alguns monumentos na Europa, trago então este artigo com alguns monumentos em cidades “menos famosas” na Europa, vou colocar também Kiev, a qual o Mário também fez alusão (contudo com outros monumentos), um simbólica homenagem à capital da Ucrânia, que além de ter gostado bastante de visitar, penso que dada a situação merece.

São apenas algumas sugestões de alguns dos monumentos em algumas de várias cidades encantadoras na Europa, que a maioria pode não conhecer ou não ter no topo da lista, mas que podem facilmente surpreender.

 

Palácio Kadriorg, Tallin

 

SKOPJE (Macedónia do Norte)

 

A capital da Macedónia, é uma agradável surpresa, com um contraste enorme com uma cidade em desenvolvimento com edifícios públicos grandes e imponentes, de beleza significativa, que se destacam na cidade, desde o old bazar ou da sua fortaleza, temos do outro lado do rio Vardar, no centro histórico, além da bela praça da Macedónia, temos um punhado de edifícios Públicos de relevo.

Não posso deixar de falar de Skopje (Escópia, nome em Português), sem falar de um local que é de visita obrigatória, embora não seja um monumento é um local de beleza incontornável e que merece visita, o Desfiladeiro Matka (Matka Canyon), este local relaxante e belo fica a cerca de 16km da cidade de Skopje.

 

  • Igreja S. Clemente 

 

Esta é a maior catedral ortodoxa do país, tem um design interessante com umas cúpulas redondas (em forma de arcos) sendo ela mesma de formato arredondado; esta igreja de estilo moderno foi criada pelo arquiteto Slavko Brezoski , foi iniciada a construção em 1972, tendo sido posteriormente consagrada em 1990.

A igreja principal, que é dedicada a S. Clemente de Ohrid, tem sob a sua cúpula principal um trono arcebispal com cerca de 3.5 metros, de resto tem um interior muito bonito, tem além da igreja principal tem uma segunda igreja mais abaixo desta, mais duas pequenas capelas e um campanário com cerca de 45 metros de altura.

 

Igreja S. Clemente – Skopje

 

  • Millenium Cross

 

No topo do monte Vodno fica a Milenium Cross, a zona de acesso ao topo do monte Vodno onde fica a millenium cross, fica a cerca de 7 km da cidade, desde a paragem central de bus podem apanhar o bus nº 25 que termina a rota aqui.

Esta cruz de estrutura metálica tipo treliça, tem cerca de 66 metros de altura e foi construída (terminada) em 2009, foi uma forma de celebração dos 2000 anos do Cristianismo, fica no topo do monte vodno, este local chamado de “Krstovar”, eleva-se a pouco mais de 1.000 metros; quando fui não estava a funcionar, mas existe um pequeno elevador que subia dentro da torre.

Podemos subir (e descer) desde o monte Vodno (onde fica uma parque de estacionamento e onde pára o bus), num moderno teleférico, não consegui aceder ao site, mas na altura em que fui (2018) paguei cerca de 2€.

 

Millenium Cross – Skopje

 

  • Ponte de pedra 

 

Embora tenhamos várias pontes bastante bonitas ao longo do rio Vardar, como por exemplo a ponte das artes (que achei muito bonita), a ponte mais famosa e uma que é quase cartão postal da cidade é a ponte de pedra, sendo dos monumentos mais importantes da cidade; também conhecida como ponte do imperador Dusan, é uma ponte pedonal revestida com pedra e com vários arcos, foi construída no século XV (embora pelo que li hajam duas versões sobre a sua origem), liga a praça da macedónia ao outro lado do rio, junto do “Old bazar”, ficando deste lado da ponte o brasão de armas da cidade tem pouco mais de 200 metros de comprimento e cerca de 6 metros de largura.

 

Ponte de pedra – Skopje

 

Artigo sobre Skopje » Aqui

 

Vilnius (Lituânia)

 

Estive duas vezes na capital Lituana, além do centro desta simpática e bonita cidade, em que o rio Neris dá uma beleza fantástica à cidade ( aliás creio que uma cidade se torna sempre mais bonita quando tem um rio), temos ainda um contraste entre edifícios vanguardistas e modernos com esta parte antiga da cidade, onde temos alguns outros monumentos de interesse, além dos que vou referir; além de percorrer este centro histórico acolhedor, deixo um breve destaque para o bairro alternativo de Uzupis.

Já numa outra povoação, a de Trakai, localidade esta que fica a cerca de 30 km de Vilnius onde fica o belíssimo Castelo de Trakai, é facilmente alcançável de bus ou comboio (depois, uma não muito longa caminhada, que leva até este castelo junto de um lago bem bonito); um local a visitar caso tenham um tempo de sobra depois de conhecer Vilnius.

 

  • Catedral de Vilnius

 

Esta bonita catedral branca, com a sua torre sineira separada da igreja, é a principal igreja católica da Lituânia; a Basílica de S. Estanislau e S. Ladislau. Esta catedral que conta com cerca de 600 anos de história, foi já reconstruída várias vezes devido a alguns incêndios, tendo atualmente um estilo neoclássico; na sua parte frontal conta com 6 enormes colunas redondas.

A sua torre sineira de formato cilíndrico e que é um dos símbolos da cidade, tem cerca de 57 metros de altura.

 

Catedral de Vilnius

 

  • Igreja Stª. Ana

 

Esta bela igreja de estilo gótico, foi construída entre 1495 e 1500; sendo uma das obras-primas do estilo gótico, além da famosa sagrada família;

Uma das lendas é que Napoleão se apaixonou por esta bela obra de arte, Não é certo qual o arquiteto deste projeto, mas acredita-se que seja Michael Enkinger.

Uma fachada simétrica, com os pilares ornamentados, e no interior onde no seu altar principal fica uma pintura da Bem-Aventurada Virgem Maria e de Santa Ana, são alguns dos ingredientes que tornam esta igreja deslumbrante.

 

Igreja Sta. Ana, Vilnius

 

  • Torre do Castelo Gediminas

 

A torre Gediminas é uma referência da cidade, num dos pontos mais elevados da cidade, virada para o rio Neris, que dá uma beleza ainda maior à capital Lituana.

Daqui temos uma bela vista sob a cidade, quer sobre a parte mais antiga, bem como da que emerge com edifícios mais vanguardistas (ideal por exemplo para contemplar um pôr de sol); A torre faz parte do Museu Nacional da Lituânia, e conta com exposições no interior da mesma.

Esta torre de tijolos alaranjados, é o que sobra do castelo superior; o Grão-Duque Vytautas terminou o primeiro castelo em 1409, sendo que a torre chegou a ser depois o primeiro edifício telegráfico de Vilnius em 1839; a bandeira da Lituânia já está no topo da torre há mais de um século.

 

Torre Gediminas, Vilnius

 

Artigo de Vilnius » Aqui

 

Bratislava (Eslováquia)

 

Estive por poucas horas em Bratislava, mas deu para sentir uma boa atmosfera nesta capital; gostei bastante da cidade, embora seja pequena, é uma agradável visita, que facilmente irá encantar qualquer um; acho que um dia, ou mesmo uma manhã/tarde completa, será suficiente; podendo depois desfrutar do rio Danúbio, indo por exemplo num pequeno cruzeiro até Viena, que são as duas capitais europeias mais próximas, eu fiz de bus de Bratislava até à capital austríaca, a viagem demora pouco mais de 1h, e custa em torno de 10€, temos pela flixbus, embora haja mais operadores a fazer este trajeto, o comboio também é uma opção, com tempos e preços semelhantes.

Gostei bastante da cidade, boa comida, sem muita confusão, fui bem recebido, e ótimos preços; (daqui segui depois para Praga) e achei uma bela cidade.

 

  • Novy most (Most SNP)

 

A ponte Nacional Eslovaca, vulgarmente chamada como novy most (ponte nova), onde no topo fica um espaço na forma semelhante de um “ovni”, onde além de um miradoura alberga um restaurante, foi um monumento que me despertou muito interesse, com um design vanguardista.

no topo desta torre com cerca de 95 metros de altura, de onde temos uma vista privilegiada sobre a cidade, aqui deixo o link do site, onde podem reservar a entrada para subir à torre, que custa em torno do 10€ (épocas alta e baixa diferem um pouco), bem como reservar mesa para o restaurante.

 

Novy most (Most SNP)- Bratislava

 

  • Castelo de Bratislava

 

O castelo de Bratislava é um dos seus ícones principais, este castelo branco, com quatros torres nos cantos. fica situado numa das colinas da cidade tendo uma altura de cerca de 47 metros, alberga o Museu Nacional Eslovaco e Museu de História Eslovaco, a entrada custa 12€; além de museu e de ser um local com muita história e de importância da cidade, daqui temos vistas fantásticas sobre a cidade e fica em frente a Novy Most, tendo também um cartão-postal desta com o Danúbio como pano de fundo.

 

Castelo Bratislava

 

  • Palácio Grassalkovich 

 

Também conhecido como a “casa branca da Eslováquia”, pois desde 1996 é a sede oficial do presidente da República da Eslováquia.

Um palácio de estilo Rococó, foi construído em 1760, é um local bastante agradável, com a praça Hodzovo, tem uma fonte com um globo ao centro em frente ao palácio e várias bandeiras do país alinhadas em frente ao palácio, uma foto que também pode ficar bem para posterior memória.

 

Palácio Grassalkovich – Bratislava

 

Além destes monumentos, destaque ainda para algumas estátuas de arte urbana, onde se destaca o “man at work”; a Catedral de St. Matin; a antiga câmara municipal, na principal praça da cidade, ou a igreja azul (st. Elizabeth) são alguns dos exemplos que podemos explorar no centro histórico da cidade, com mais tempo, podemos ainda sair um pouco do centro e ver por exemplo o castelo de Devon, que fica a cerca de 12km da cidade, a entrada custa 8€.

 

Artigo de Bratislava » Aqui

 

Tallinn (Estónia)

 

Esta Linda cidade, que nos faz viajar no tempo, trazendo-nos de volta ao tempo medieval, merece uma visita, o encanto do seu centro histórico é fantástico, sendo um deleite percorrer todas estas ruas e  ruelas, entre as muralhas, as portas de entrada como a Viru Gate, uma outra porta junto do museu Marítimo, a Igreja S. Olavo, a catedral Santa Maria, algumas de várias torres, miradouros, as praças e todo este cenário medieval, é simplesmente fantástico; saindo da parte amuralhado, além do contraste com a parte mais moderna cidade, com bairros modernos e uma arquitetura totalmente diferente,  temos ainda mais um punhado de atrações, como o memorial Rusalka, a Praça da liberdade, onde fica a igreja S. João e a cruz da liberdade (monumento à guerra da independência), o museu marítimo Lennusadam, além claro do Palácio Kadriorg, são exemplos do que podemos visitar, pode ser uma opção para descobrir num fim de semana, esta bela capital do Báltico.

 

  • Catedral Alexander Nevsky

 

O cartão-postal da cidade, é sem dúvida um local de excelência, esta catedral ortodoxa situada numa colina na zona de Toompea (no centro da cidade), foi construída entre 1894 e 1900, e é sem dúvida um monumento de elevada beleza, uma fachada recheada de belos detalhes e bem ornamentada, tem cinco cúpulas negras; o conjunto de sinos que conta com 11 exemplares, sendo que o maior pesa 15 toneladas

Esta catedral, que é património mundial da Unesco desde 1997, é de visita obrigatória (entrada gratuita).

 

Catedral Alexander Nevsky, Tallinn

 

  • Câmara municipal de Tallinn

 

Outro local de destaque pela sua envolvência e beleza que dá na praça principal da parte antiga da cidade é a Câmara Municipal de Tallinn, que é a mais antiga do norte Europeu, tendo atingido os impressionantes 700 anos (celebrados o ano passado, em 2022); um belo edifício com vários arcos de estilo gótico ao nível térreo, o telhado com “duas águas”, com uma acentuada inclinação e um bonita torre que tem cerca de 64 metros de altura.

O interior, que conta com várias obras de arte pode ser visitado (5€), bem como subir á torre (4€), para poder ter uma vista soberba sobre a parte antiga da cidade.

 

Câmara municipal de Tallinn

 

  • Palácio Kadriorg

 

O palácio Kadriorg, bem como os seus jardins, ficam já fora do centros histórico desta bela capital medieval, sendo também outra imagem de marca da cidade, este belo palácio foi fundado em 1718 pelo Czar Russo Pedro I, e foi projetado pelo arquiteto Nicola Michetti; este imponente e belo palácio de estilo barroco romano, com o telhado esverdeado e fachadas brancas e acastanhado (cor de tijolo), tem ainda ao seu redor belos jardins bem ornamentados e com algumas fontes; do palácio faz parte também o Museu de Arte Kadriorg, o bilhete de entrada é de 9€.

 

Palácio Kadriorg, Tallinn

 

Artigo de Tallin » Aqui

 

Minsk (Bielorrúsia)

 

Embora tenha sido algo complexo entrar na Bielorrússia, a verdade é que foi uma agradável surpresa, a cidade muito limpa e arranjada (talvez devido ao clima mais opressor, pois muitas vezes este país é chamado de a última ditadura da Europa.)

Embora o estilo soviético esteja muito presente, com as largas e extensas avenidas, vários edifícios militares e estatais ainda com a arquitetura típica soviética, a verdade é que Minsk é interessante e tem vários locais para visitar; desde o Victory park( com uma bela e imponente porta de entrada), aqui junto do parque, um obelisco e o Museu da Grande Guerra Patriótica, a praça da Vitória, a Ópera Nacional ou o Circo nacional, são alguns dos exemplos do que ver, estive 3 dias, mas acho que dois dias será o ideal para visitar a capital Bielorrussa.

 

Catedral do Espírito Santo, Misnk

 

  • Biblioteca Nacional

 

Este edifício de formato peculiar, que se assemelha a um pequeno rubi, a biblioteca tem um formato rombicuboctaedro, um edifício que além do seu formato também se destaca pelo seu estilo mais vanguardista que a maioria dos demais existentes na cidade, tem cerca de 73 metros de altura e conta com 23 andares.

A Biblioteca Nacional foi fundada em 1922, tendo este edifício sido fundado em 16 de junho de 2006; tem um ponto de observação e conta com grandes coleções de livros sobretudo em Bielorusso e em Russo, sendo o principal centro cultural do País.

A Biblioteca fica a cerca de 5km da cidade, sendo que é facilmente alcançada de metro.

 

Biblioteca Nacional, Minsk

 

  • Catedral do Espírito Santo

 

Esta bonita catedral de fachadas brancas e telhado esverdeado de estilo barroco, é a principal igreja ortodoxa do País, foi construída entre 1633 e 1642, sendo que esta igreja tem uma vasta história, pois já foi católica e mosteiro, tendo sido em 1860 devolvida à igreja Ortodoxa.

A sua fachada branca embora pouco ornamentada é interessante, tendo lado a lado duas torres sineiras, o interior é mais bonito, tem três naves e conta com várias relíquias.

 

Catedral do Espírito Santo, Minsk

 

  • Igreja S. Simão e S. Helena (Igreja vermelha)

 

Conhecida de forma comum, como a igreja vermelha, esta igreja de estilo neorromânico, foi projetada por dois arquitetos Polacos, tendo sido construída entre 1905 e 1910; as paredes são de tijolo e com as telhas da mesma cor, dão à igreja uma predominância avermelhada, dai o seu nome.

Esta igreja Católica, de forma assimétrica, conta com 3 naves, no interior tem vitrais e lustres de cobre. A entrada na igreja é gratuita, é uma visita agradável, acho que sendo um país maioritariamente ortodoxo, torna-se mais interessante.

 

Igreja vermelha, Minsk

Artigo de Minsk » Aqui

 

Kiev (Ucrânia)

 

Estive na capital ucraniana em 2019, e foi uma das cidades que mais me encantou, é sem dúvida uma cidade lindíssima; os seu vários e bonitos mosteiros, o rio dnipro pinta esta cidade de forma soberba esta cidade, tendo aqui uma harmonia fantástica, várias praças e monumentos que me surpreenderam, uma cidade com muito para ver;

O mosteiro das cúpulas douradas (S. Miguel), o Mosteiro de Kiev-Pechersk, a Catedral de Santa Sofia, O Museu de Chernobyl, a praça da Independência; a igreja St. Andrew, a Casa do Governo, a fortaleza de Kiev, a catedral Volodymyr, o bairro Podil ou o Palácio Mariyinsky, são alguns dos locais que merecem destaque, estive três dias em Kiev, e acho o ideal, podem ainda por exemplo passear junto ao rio, ou mesmo num pequeno passeio de barco.

 

fortaleza Kiev

 

Uma vez que o meu amigo Mário Menezes (que também escreve para o site),  também falou de dois monumentos aqui em Kiev, vou falar de outros, pois esta cidade é rica em história e monumentos, bem como acho que seja um singela homenagem a um país que sofre com algo que não devia, e todos nós esperemos que todos os inocentes posam brevemente voltar à normalidade, bem como de que não conheça, possa visitar e conhecer a capital Ucraniana e ajudar de alguma forma a reerguer este povo que achei muito acolhedor.

 

  • Friendship of Nations Arch

 

Talvez por ter sido dos primeiros monumentos que vi na cidade, ou pela sua envolvência fantástica num ponto elevado com uma vista fantástica, foi dos locais que mais  gostei; este arco metálico com uma estátua em granito e outra em bronze debaixo deste;  tem um charme fantástico, foi inaugurado em novembro de 1982, sendo que dada a sua imponência é visível a vários metros de distância, bem como a sua imponência nesta praça, onde outrora muitos vinham para passear e desfrutar de um local tranquilo.

Pelo que li em 2022 foi desmontada uma das estátuas, pois esta representava um trabalhador ucraniano e outro russo.

 

Friendship of Nations Arch, Kiev

 

  • Golden Gate

 

Este bonito portão da fortificação da cidade, que era uma torre militar, é também um ícone de Kiev; esta estrutura da idade média, foi desmantelada e reconstruída mais tarde em 1982, embora haja várias versões sobre a sua reconstrução.

Um local bem interessante, independentemente da sua reconstrução terem cumprido ou não o original, este pedaço de história de uma antiga fortaleza, é lindíssimo.

 

Golden Gate, Kiev

 

  •   Estátua da Mother Land

 

Também chamada como o monumento à pátria, esta imponente estátua é um dos cartões-postais da cidade, a obra é do escultor Vasyl Borodai, a estátua tem 62 metros de altura, ficando num pedestal com 40 metros, totalizando assim 102 metros deste ícone da cidade, que se destaca em muitos pontos da mesma.

A majestosa estátua de estrutura metálica, enverga numa mão uma espada e na outra um escudo com o brasão de armas da Ucrânia; esta faz parte do Museu Nacional de História da Ucrânia.

Artigo de Kiev » Aqui

 

Mother Land, Kiev

 

Viagens felizes

 

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UM GRANDE FIM DE SEMANA POR CASTANHEIRA DE PERA

 

UM GRANDE FIM DE SEMANA POR CASTANHEIRA DE PERA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Conhecer os recantos de Portugal é sempre um enorme prazer. Já visitei quase 60 países estrangeiros e em Portugal há muitos recantos que ainda não conheço.

A minha vida de viajante tem sido composta por vários ciclos, onde se destacam o das viagens de aniversário de 2005 a 2020 e o das viagens no início de Outono, curtas escapadelas outrora feitas em terras Gaulesas e Monegascas, retomadas em 2021, com estadas mais prolongadas, “à maneira Maltesa” e “profundamente Maltesa“, e pelos Balcãs em 2022: da Eslovénia ao interior da Croácia e sua costa até ao Montenegro.

Escapadelas em Portugal também constam no meu currículo, com destaques para as que fiz no tempo de desconfinamento do COVID,  pelo Alentejo, Algarve, onde vou regularmente e Trás os Montes por exemplo. Em finais de Maio de 2022 a Pampilhosa da Serra foi o meu destino e no início de Outubro 2023 chegou a vez da Castanheira de Pera, pelos mesmos motivos: participar num Festival de caminhadas que como sabemos é muito além do ato ou efeito do verbo caminhar!

 

Serra da Lousã, nas proximidades do Poço da Neve e da Capela de Santo António da Neve

 

Poço da Neve

 

Na zona Centro, pertencente à província da Beira Litoral, encontramos a pequena vila de Castanheira de Pera. O seu Município possui uma área com pouco mais de 65 km² e 2500 habitantes, portanto menor que o da Pampilhosa da Serra. Concelhos vizinhos de Pedrógão Grande, pelo que recordar os incêndios de 2017 que causaram inúmeros danos, materiais e humanos, nunca é demais. Sobretudo para que coisas dessas não se repitam! Pelo caminho podemos fazer uma paragem junto ao Memorial às vítimas dessa tragédia. Obra da autoria de Eduardo Souto Moura, famoso arquiteto da nossa praça, que a viveu de perto pois a mesma ceifou a vida de uma das funcionárias do seu gabinete.

 

Pedrógão Grande, Memorial às vítimas dos incêndios de 2017

 

Pedrógão Grande, Memorial às vítimas dos incêndios de 2017

 

Pedrógão Grande, Memorial às vítimas dos incêndios de 2017

 

Castanheira de Pera

 

Castanheira de Pera

 

Castanheira de Pera

 

Castanheira de Pera

 

Castanheira de Pera, edifício da Câmara Municipal, de momento em remodelação

 

Castanheira de Pera como qualquer localidade do interior do país tem sofrido ao longo dos anos com os problemas relacionados com a sua localização geográfica. Hoje, o turismo é uma das atividades económicas mais importantes da região. Os diversos AL´s e hotéis que vão sendo criados, atraem cada vez mais visitantes, a boa rede de estradas de acesso, desde as grandes cidades do litoral, atualmente existente, também contribui para isso. No coração da vila, a Praia das Rocas aberta de junho a meados de setembro é uma das mais famosas atrações turísticas, trata-se de uma praia artificial, com ondas. Dado o Município de Castanheira de Pera se encontrar inserido na bacia hidrográfica do Rio Zêzere, afluente do Rio Tejo, possui outros locais onde nos podemos banhar na natureza, com destaque para uma praia fluvial, no Poço de Corga a cerca de 4Km do centro da vila.

 

Castanheira de Pera, Rota Botânica, o guia da Prazilândia

 

Castanheira de Pera, Rota Botânica, o guia com que trabalha há quase 50 anos na Câmara Municipal

 

Castanheira de Pera, Praia das Rocas

 

Castanheira de Pera, Praia das Rocas

 

Castanheira de Pera, Praia das Rocas

 

Castanheira de Pera, Praia das Rocas

 

Castanheira de Pera, Jardim Bissaya Barreto

 

Castanheira de Pera, Jardim Bissaya Barreto, sessão de Ioga

 

Castanheira de Pera, Igreja Matriz

 

Hoje o turismo, outrora a indústria dos têxteis dominava a região. Sobre este tema obter mais informação ao visitar a Casa do Tempo no centro da vila. Lá podemos ver expostos diversos artefactos históricos relacionados com estes tempos. Ficaremos todos a saber que os famosos barretes que usam os campinos do Ribatejo e que vemos nas touradas, são oriundos desta região, situando-se no concelho o único atelier do país que produz estes tradicionais barretes de lã. O tradicional barrete de Castanheira de Pera é inclusivamente candidato a património imaterial da Humanidade, seguindo o exemplo do chocalho alentejano. Quem visita o nosso país poderá levar para casa lindos souvenirs de recordação, tal como nós fazemos quando viajamos para o estrangeiro.

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição temporária

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, relativa à antiga indústria têxtil

 

Castanheira de Pera, Casa do Tempo, exposição permanente, barretes de lã

 

Castanheira de Pera, Casa da Criança Rainha Dona Leonor

 

Castanheira de Pera, encontra-se na rota das Aldeias do Xisto, com a aldeia de Mosteiro a integrar esta lista, e da Serra da Lousã, sobretudo esta última, é a sua “marca” vai sendo vendida pois trata-se de um dos maiores tesouros do Centro de Portugal. O Presidente da Câmara, engenheiro civil de profissão, António Henriques Antunes, homem da terra, reconhecido e acarinhado por todos pelo seu trabalho, pessoa afável, acessível e de sorriso fácil, desportista, pois foi guarda-redes no clube de futebol da terra, juntamente com os seus colaboradores, é um dos responsáveis pela projeção de Castanheira de Pera no mapa do turismo nacional, e em breve além-fronteiras. Kat Piwecka fotógrafa polaca que recentemente conheci pessoalmente, tem um livro publicado com milhares de fotos sobre o nosso país, “In love with Portugal”, que tem corrido de norte a sul, ao longo de várias visitas desde Poznan, sua terra natal, na Polónia, de onde conduz milhares de quilómetros até nós. Já passou pela região, mas está nos seus planos voltar para aprofundar esse conhecimento, e certamente aquelas pessoas a receberão muito bem.

Uma terra pequena e uma câmara pequena, onde todos se conhecem, sendo como uma família, estando por isso considerada entre as que melhor ambiente e condições de trabalho proporcionam aos seus funcionários.

 

Castanheira de Pera, Praia das Rocas

 

Independentemente das cores políticas de ambos, cientes da sua oferta turística de enorme qualidade, os Municípios vizinhos de Pampilhosa da Serra e de Castanheira de Pera, uniram esforços numa parceria estratégica muito inteligente: promover o melhor que a região tem para oferecer, embora se pareçam idênticos, são dois “produtos” que se complementam, e também por se tratar de eventos em estações do ano diferentes. Se na Pampilhosa da Serra, na Primavera, com paisagens verdejantes, em Maio temos há vários anos e já com datas para 2024, a Walking Weekend, em Outubro 2023, em pleno Outono com temperaturas “anormalmente” acima de 30ºc, com o amarelo a aparecer na paisagem, em Castanheira de Pera, temos o Festival de Caminhadas cuja sua edição inaugural ocorreu recentemente, e certamente será a primeira de muitas. A receita é a mesma, e ao participar, é-nos garantido um fim de semana inesquecível e memorável, de pura diversão, cultura, atividade física, convívio, passeios e boa comida. Por experiência própria, posso assegurar-vos que ambos justificam largamente lá irem!

 

Castanheira de Pera, Festival de caminhadas, cartaz do evento

 

Festival de caminhadas, cocktail de boas vindas

 

A Câmara Municipal de Castanheira de Pera juntamente com a Prazilândia, empresa municipal que atua na área do turismo, teve uma excelente organização, com colaboradores de excelência, enormes embaixadores da vila e da região. Foi um enorme prazer ter convivido com eles. O Presidente da Câmara fez questão de receber os participantes logo no primeiro dia e estar presente em todas as fases do evento: das caminhadas, às refeições e convívios, como aquele em que se assaram castanhas ao borralho. Castanheiros é coisa que não falta no município de Castanheira de Pera, e ao longo das caminhadas encontramos muitos, e com os ouriços a darem fruto, após serem espremidos. Com os pés, entenderão bem porquê! Sou uma pessoa de cidade, e reconheço a minha ignorância! Isto, e muito mais, aprendi nestes dias…castanheiros, carvalhos, pinheiros, também não faltam por aqueles lados!

 

Musicas tradicionais junto na zona da Capela de Santo António da Neve

 

O Sábado teve início pela manhã junto à Biblioteca Municipal, onde na noite anterior nos foi servido um cocktail de boas-vindas pela organização, e daí seguimos de autocarro em direção a Coentral Grande, localidade situada em plena Serra da Lousã, onde se deu início à caminhada da Rota dos Neveiros e Vale Silveira, cerca de 9 Km, aquela que escolhi, pois tem uma distância e um nível de esforço intermédio.

 

Rota dos Neveiros

 

Rota dos Neveiros e Vale Silveira, uma alminha

 

Rota dos Neveiros e Vale Silveira, guia da Prazilândia explicando o significado da alminha

 

As casas construídas de granito, com cantarias contendo inscrições seculares, são a imagem de marca da aldeia do Coentral Grande, o que a torna numa das povoações mais antigas do concelho. A sua fundação, segundo documentos históricos remonta a o ano de 1135, quando Afonso Henriques a terá doado a uns fidalgos em termo de terras de Pedrógão
O percurso seguiu por trilhos de montanha com o cenário envolvente da Serra da Lousã, sempre a subir até ao Poço da Neve junto da Capela de Santo António da Neve, onde nos aguardava um abastecimento reconfortante, e uma cantora que interpretou músicas tradicionais. Um com paisagens deslumbrantes, passando por alminhas, que são pequenos monumentos na berma de um caminho que representam em geral almas do Purgatório, frequentemente construídos em homenagem ou em memória de entes queridos, ou como cumprimento das promessas.

 

Coentral Grande

 

Coentral Grande

 

Coentral Grande

 

Capela de Santo António da Neve

 

Capela de Santo António da Neve

 

Abastecimento junto da Capela de Santo António da Neve

 

Fazer a Rota dos Neveiros e Vale Silveira apesar de ser um divertimento, recorda-nos os tempos em que se trabalhava no duro. Este percurso era feito pelos neveiros, uma profissão que existiu no século XVII, quando D. Maria reinava. A neve que ali caía no inverno era recolhida e colocada dentro daquele poço, depois de pisada por forma a ser compactada e perder o ar, transformando-se em gelo, ficava armazenada no seu interior. Os blocos de gelo eram depois transportados para as aldeias com recurso a trabalho de animais puxando carroças. Subir desde Coentral Grande até ao Poço da Neve era o caminho feito por muitos para o trabalho, note-se que nesses tempos não se reconheciam direitos dos trabalhadores, horários de trabalho eram de “sol a sol”, mal pagos, as doenças profissionais e os acidentes de trabalho não eram reconhecidos, movimentos e lutas que só muito mais tarde vieram a surgir pelo mundo, por exemplo, em Manchester com Revolução Industrial por exemplo. Numa altura em que não existiam frigoríficos e máquinas produtoras de gelo, para a rainha comer um gelado, imagine-se o tipo de produto concebido com muito sangue e suor de gente humilde e paupérrima!

No regresso a Coentral Grande destacou-se a passagem por antigas casas, na montanha, centenárias, supõem-se que pertenceram a pessoas com muito dinheiro e muita influência política.

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande, um castanheiro

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande, antigas casas

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande, antigas casas

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande

 

Serra da Lousã, nas proximidades do Poço da Neve e da Capela de Santo António da Neve

 

Serra da Lousã, nas proximidades do Poço da Neve e da Capela de Santo António da Neve

 

Serra da Lousã no caminho de Coentral Grande

 

Após a caminhada seguiu-se o almoço tradicional junto ao Poço de Corga, lautas refeições não faltam nestes eventos. Seguiu-se uma tarde com várias atividades junto dessa praia fluvial, isto para quem não se deixou adormecer à sombra nas margens! Para quem teve uma semana de trabalho, uma viagem de 200 Km, um cocktail de boas-vindas, uma noite mal dormida, acordou cedo, passou uma manhã a calcorrear quilómetros na montanha e estava a fazer a digestão de um almoço de torresmos, não deve ter sido fácil manter-se acordado…mas ao final da tarde lá estavam todos para comer castanhas, assadas ao borralho com o Presidente da Câmara, acompanhado com jeropiga. O jantar veio mais tarde, a gastronomia serrana voltou a marcar presença, desta vez, com música ao vivo, e o dia terminou já perto das 23 horas.

 

Poço de Corga

 

Poço de Corga, jeropiga tradicional

 

Poço de Corga, com o Presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, António Henriques Antunes

 

Poço de Corga, assando castanhas

 

Poço de Corga

 

Poço de Corga

 

Poço de Corga

 

O Domingo começou novamente à mesma hora e local de Sábado. Desta vez a minha escolha foi para uma caminhada mais suave, de 4 km pelas ruas da vila, ruas carregadas de História política dos tempos Republicanos e do Estado Novo. Acompanhados por guias, da Prazilândia e um que é funcionário da Câmara Municipal há quase 50 anos, onde nos foi dada uma enorme explicação sobre as várias plantas que ali podemos encontrar, percorrendo a Rota Botânica de Castanheira de Pera. Liquidambar, ulmeiro, azevinho, falso-cipreste, magnólia, castanheiro da Índia, sabugueiro, bétula, tulipeiro, tília e até mesmo o ginkgo, podem ser encontrados passeando por aquelas ruas e também pelo Jardim Bissaya Barreto, junto da Casa da Criança Rainha Dona Leonor, uma instituição criada para que as crianças ficassem ocupadas durante o horário de trabalho dos pais na indústria têxtil. Foi naquele jardim, com um chá e uma sessão de Ioga que demos esta manhã bem ativa por terminada.

Fernando Bissaya Barreto, um nome que ficará na memória de quem visita Castanheira de Pera. Ali nascido, formou-se em Filosofia e Medicina na Universidade de Coimbra. Republicano convicto, viveu intensamente a Greve académica de 1907. Foi médico, professor universitário, político e o criador do Portugal dos Pequeninos, um dos locais mais famosos de Coimbra. Admirador de Salazar, acabou exonerado dos seus cargos depois do 25 de Abril de 1974. Uma pessoa que deu um enorme contributo à nossa Educação, sendo a sua memória preservada numa Fundação, à qual deixou em testamento todos os seus bens.

 

Castanheira de Pera, Casa da Criança Rainha Dona Leonor, busto de Bissaya Barreto

 

Seguiu-se um almoço de porco no espeto na Praia das Rocas, que, apesar de encerrada ao público, estava reservada para este momento solene: a sessão de encerramento onde marcaram presença, o vereador Rui Simão, em representação do Município da Pampilhosa da Serra, juntamente com Miguel Lemos e Gonçalo Lima, técnicos do Departamento de Turismo, responsáveis pela organização do próximo evento neste concelho, em maio do próximo ano, para o qual já estão todos convidados! E assim se deu por encerrado este excelente fim de semana, degustando beijos de peralta e medronho!

 

Praia das Rocas, almoço de porco no espeto

 

Praia das Rocas, almoço de porco no espeto

 

Praia das Rocas, almoço de porco no espeto

 

Praia das Rocas, almoço de porco no espeto

 

Tal como na Pampilhosa da Serra, em Castanheira de Pera, também passei um fim de semana para sempre recordar. Não sei se pelas caminhadas, se pelas paisagens ou pela comida. E eu que sou um grande comilão só posso dizer: mas que bem se come por aqueles lados!!!!!

Desta vez posso acrescentar os torresmos, diferentes do que conhecemos do Alentejo, estes são confecionados com carne de porco, nomeadamente o entrecosto e as miudezas, nomeadamente o fígado.  A carne depois de marinada com vários temperos e vinho branco, é alourada em banha, sendo tradicionalmente confecionada em louça de barro. É cozinhado com castanhas, sendo acompanhado com as tradicionais papas de milho, semelhante às migas, mas com milho.  A tibornada de bacalhau, um dos muitos pratos de bacalhau que existem no nosso país, muito semelhante ao bacalhau à lagareiro. Obviamente os beijos de peralta, inspirados em Peralta, uma princesa lendária que deu o nome a Castanheira de Pera, tornou-se um bolo regional em 1989, um género de pudim com ovos, amêndoa ou castanha.

E é comendo um beijo de peralta dou por terminada esta crónica de viagem!

 

Torresmos com castanha

 

Tibornada de bacalhau

 

Papas de milho

 

Beijos de Peralta (de castanha e de mel), doce tradicional de Castanheira de Pera

 

Alojamento:

 

O Hotel Lagar do lago, oferece alojamento económico de qualidade, com pequeno almoço, no centro da vila, a pouca distância da Praia das Rocas. A marcação deverá ser por telefone.

 

Medronho e licor de medronho, dois néctares da região

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

 

ALGUMAS DAS CIDADES MENOS INTERESSANTES QUE VISITEI…

 

Algumas das cidades menos interessantes que visitei…

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Bonito e feio são conceitos subjetivos. Fazer um texto de viagens, onde é suposto contar sonhos lindos, e locais paradisíacos, sobre cidades feias, é estranho!

Há cidades que nos deixam loucos pela sua beleza, outras que não sendo bonitas nos transmitem magia e vida, outras que mesmo sendo feias têm algo que nos atrai, até mesmo por isso, por serem feias! Outras não têm grande interesse em serem visitadas, mas acabamos por o fazer de passagem.

Sejam feias ou bonitas, todas elas tornaram memoráveis os momentos lá passados, pois viajar, seja para onde for, se a felicidade estiver no nosso íntimo, é sempre um enorme prazer. De todos os locais que visitei não me arrependo de o ter feito!

 

Bratislava, Eslováquia

 

A Eslováquia é tida como uma nação bonita, mas a sua capital não merece grande perda de tempo. Situada nas proximidades das mais belas cidades do centro da Europa: Viena, Budapeste e Praga torna o seu interesse em visitá-la apenas como de passagem entre as mesmas e pelo capricho de colocar mais uma bandeira no nosso mapa. Se lá passarem recomendo subir ao miradouro da Most Slovenského národného povstania e desfrutarem da vista sobre a cidade e sobre o Rio Danúbio. Sendo o tempo curto, ficarão com uma ideia formada da cidade.

 

Bratislava, Eslováquia

 

Bratislava, Eslováquia

 

Pisa, Itália

 

A torre mais famosa de Itália merece uma visita, por fora (por dentro custa uma exorbitância) e uma foto da praxe. A Torre de Pisa situa-se no Campo dei Miracoli, onde jazem outros edifícios, todos eles inclinados, porém ela chama-nos a atenção porque a sua inclinação é mais acentuada. Além do Campo dei Miracoli a cidade pouco ou nada de interesse tem. Atenção que a Itália é um país soberbo e monumental e Pisa fica numa encruzilhada de estradas e linhas férreas que levam a vários pontos importantes e também é servida por um aeroporto muito utilizado pelas companhias aéreas low cost.

 

Pisa- Itália

 

Pisa- Itália

 

Nápoles, Itália

 

Apelidada de capital do sul de Itália, associada à Camorra, crime organizado, máfia. De tantas cidades e países onde estive, só em Nápoles me senti inseguro. Quem viu os filmes italianos em finais dos anos 80 e início dos anos 90 “Mery per sempre” e “Ragazzi fuori”, e mais recentemente o filme e a série “Gomorra”, ao chegar à cidade sente que entrou nesses cenários e com as personagens incluídas. Viajar no comboio suburbano “Circumvesuviana” ao cair da noite, é uma experiência aterradora, ao nível da Linha de Sintra nos anos 90. O verdadeiro “comboio dos duros”! Piscinola, Scampia, Secondigliano, Argine e Ponticelli são bairros a evitar. Nápoles é uma cidade pitoresca ao longe, ao perto é estranha, suja, assustadora e desorganizada. Esse ar sinistro também fascina muitos visitantes que chegam à cidade e acabam por lá permanecer. Outros fogem rapidamente para outros destinos na região de Campânia, nomeadamente Sorrento, Pompeia, Ilha de Capri e Costa Amalfitana.

 

Nápoles, Itália

 

Nápoles, Itália

 

Nápoles, Itália

 

Nápoles, Itália

 

Helsínquia, Finlândia

 

A capital Filandesa é muitas vezes apelidada como “Feíssima capital”. Localizada num ponto da Europa onde a curta distância estão cidades como São Petersburgo e as capitais dos Países Bálticos não poderia deixar de ser o seu parente pobre. E se a compararmos com capitais Nórdicas, como Estocolmo ou Copenhaga ainda mais feia Helsínquia se torna! A Finlândia é chamada de “País dos mil lagos”, é o país do Pai Natal, tem uma enorme oferta turística, apesar dos preços elevados, mas Helsínquia por si só não merece viajar 4 horas de avião desde Lisboa. Se visitarem Helsínquia façam-no de passagem, dêem um rápido passeio até junto da Catedral. O povo é muito acolhedor, educado e civilizado,

 

Helsínquia, Finlândia

 

Helsínquia, Finlândia

  

Oslo, Noruega

 

Mais um país de sonho cuja capital é o seu parente pobre! É contudo uma cidade com uma enorme oferta cultural, com excelentes museus, num deles onde podemos observar a famosa obra “O Grito” de Edvard Munch, pintor Norueguês, e um edifício soberbo, a Ópera de Oslo, onde podemos assistir a excelentes espetáculos, por incrível que pareça, com antecedência conseguem-se bilhetes a preços bem simpáticos.

Dito por uma amiga finlandesa quando passeava por Oslo, fez-me o seguinte comentário no Facebook: “Leave Oslo. There is nothing to see! Go north“!
Oslo em si, à semelhança de Helsínquia, não merece que tenhamos de voar 4 horas desde Lisboa, mas sendo a porta de entrada para conhecer este país maravilhoso, é sem dúvida imperdível. Se passarem por Oslo, apanhem um barco e conheçam as ilhas, onde podem fazer excelentes dias de praia, em Junho, pois claro!

 

Oslo, Noruega

 

Oslo, Noruega

 

Malmö, Suécia

 

Embora visitar esta cidade sueca não tenha grande interesse, atravessar a Ponte do Øresund em direção a Malmö é obrigatório para quem visita Copenhaga. Esta obra de engenharia é uma das mais fantásticas que existem na Europa, foi inaugurada em 2000 e une os dois países: Dinamarca e Suécia. Do lado dinamarquês é isso mesmo, uma ponte, do lado Sueco, é um túnel. As duas partes unem-se no meio do Estreito de Øresund que liga o Mar Báltico ao Estreito de Categate a caminho do Mar do Norte.
Chegando a Fullriggaren na zona nova de Malmö, de onde se avista a ponte, até parece que estamos em Alcochete a olhar o nosso Rio Tejo e para a Ponte Vasco da Gama. A zona é composta por edifícios modernos, sem grande interesse, onde destaca-se o Turning Torso projetado por Santiago Calatrava. Um edifício de negócios, que não permite visitantes turistas. Visto de fora, podemos ver a sua fachada “em giro”, uma torção de 90 graus, desde o piso térreo até ao topo. Uma obra de elevada complexidade técnica pois os cálculos estruturais na fase de projeto e da sua execução em obra tiveram em conta a sua localização, a região de ventos fortes e temperaturas que chegam a –20 ºC.
Malmö possui um centro histórico, que não tive oportunidade de conhecer e também vários bairros sociais perigosos, onde vive a classe mais pobre da sociedade Sueca, muitos emigrantes, sobretudo dos países oriundos da antiga Jugoslávia, como por exemplo o bairro de Rosengard, onde foi criado Zlatan Ibrahimovic.

 

Malmö, Suécia

 

Malmö, Suécia

 

Malmö, Suécia

 

Roterdão, Países Baixos

 

Amesterdão é a capital e, é uma cidade encantadora, sobretudo pelos seus canais e edifícios plantados à beira destes. A oferta cultural e de deboche também atrai muitos visitantes. Mas Roterdão tem pouquíssimo interesse. Parece Miraflores, fiquei com essa sensação! Os Neerlandeses dizem que parece San Diego! A cidade sofreu enormes danos na II Guerra Mundial e foi reconstruída. “Onde fica o centro histórico?” é uma anedota que se costuma contar acerca de turistas Americanos que visitam a cidade.

 

Varsóvia, Polónia

 

A cidade também foi arrasada e reconstruída pois sofreu danos durante a II Guerra Mundial. Russos e Alemães encarregaram-se de destruírem as suas partes. Uns mais que outros, conforme a ideologia de quem conta…O Centro Histórico foi reconstruído tal como era antes. O gueto é um local de visita obrigatória. A cidade é grande, moderna e possui vários jardins, mas a sua zona central fez-me lembrar os edifícios da Portela de Sacavém!

A Polónia é um país soberbo, com lindas cidades, sendo Cracóvia a mais importante para ser visitada, mas a sua capital não merece muito tempo despendido, nem tão pouco fazer um voo de 4 horas com esse propósito.

 

Varsóvia, Polónia

 

Varsóvia, Polónia

 

Chisinau, Moldávia

 

No início do século contávamos pelos dedos duma mão um português que conseguisse localizar a Moldávia no mapa, e que soubesse qual o nome da sua capital. A cidade não tem muito interesse, no entanto é um paraíso cultural. Ali podemos assistir a espetáculos grandiosos, o Ballet Nacional da Moldávia, por pouquíssimo dinheiro! O país é pequeno, em breve vai entrar na União Europeia e tem muito potencial turístico. Passar um dia em Chisinau num tour por esta parte da Europa, por exemplo entre a Ucrânia e a Roménia só nos enriquece. Ouvir falar das Minas de Cricova, com mais de 100 Km e mais de um milhão de garrafas de vinho, que constituem a maior adega do Mundo, por exemplo, faz crescer água na boca. Tal como a mamaliga e a zeama, nomes que no prato não iremos esquecer.

 

Chisinau, Moldávia

 

Chisinau, Moldávia

 

Vaduz e Schaan, Liechtenstein 

 

A capital deste pequeno principado não é de todo um local interessante. É uma cidade pequena e onde a calma prevalece, sobretudo ao fim de semana, com seu minúsculo centro junto da Câmara Municipal. A visita vale sobretudo  pela subida até junto do Castelo que é residência oficial do Príncipe soberano e pelas vistas que dali se podem observar sobre os Alpes. Schaan é a maior cidade, e ainda menos interesse tem, no meu caso pelo capricho de tirar uma foto à sede da Hiti…
Ao Liechtenstein acedemos de comboio desde a cidade Helvética de Zurique, que é lindíssima mas em poucas horas visitamos quase tudo.  Zurique, Vaduz e Schaan foi um passeio de fim de semana perfeito e o capricho de colocar mais uma bandeira no currículo ficou satisfeito

 

Vaduz, Liechtenstein

 

Dortmund, Alemanha

 

A cidade além do seu Borussia e do seu Estádio, o Signal Iduna Park, um dos mais importantes que visitei pelo mundo fora, nada mais tem para ver! Possui um aeroporto servido por companhias aéreas low cost, logo uma porta de entrada para visitar várias cidades da Alemanha, Colónia ou Dusseldorf por exemplo, bem mais interessantes.

 

Dortmund, Alemanha

 

Toulouse, França

 

A França é um país que dispensa apresentações, mas de tantas cidades que visitei, a Cidade Rosa não me despertou interesse. Só a visita ao Museu Aeronáutico e à Airbus, atrações turísticas soberbas justifica uma ida a Toulouse.

 

Toulouse, França

 

Cidade do Luxemburgo, Luxemburgo

 

O Grão Ducado do Luxemburgo com voos acessíveis desde Lisboa é uma boa escolha  para curta escapadela de fim de semana. Localizado numa zona geográfica da Europa onde a Bélgica, Países Baixos, Alemanha e França marcam forte presença, com lindissimos locais, a capital Luxemburguesa torna-se de longe o menos interessante. Localizada no topo de um rochedo, os seus vales fundos, atravessados por várias pontes e viadutos proporcionam várias vistas emblemáticas sobre o edificado. Chemin de la Corniche, é a principal.  Em poucas horas percorremos praticamente todas as suas ruas e ruelas e ficamos com uma ideia suficiente do que interessa.  À noite recomendo a zona da Claussen, local de muita animação. Explorar o Grão Ducado, único país do mundo onde os transportes públicos são gratuitos, é a escolha mais que acertada para o tempo sobrante.

 

Cidade do Luxemburgo-Chemin de la Corniche

 

Cidade do Luxemburgo-Praça de Clairefontaine

 

Podgorica, Montenegro

 

O Montenegro, é um país novo, mas tem coisas lindíssimas para conhecer. Quem o visita, jamais esquecerá os gatos de Kotor. A sua capital, Podgorica é a capital menos visitada da Europa, facilmente se percebe. Tem pouquíssimo interesse. Além dos edifícios governamentais e as pontes, pouco mais a registar do que a vida noturna animada, ali paredes meias com o Parlamento!

Podgorica possui um aeroporto servido por companhias aéreas low cost e por isso é um ponto de entrada e saída muito importante. Os hotéis da cidade são baratos e num curto passeio de duas horas pelas ruas, visitamos o essencial.

 

Podgorica, Montenegro

 

Podgorica, Montenegro

 

 

Łódź, Polónia

 

Quem conheceu Wrocław, Cracóvia, Gdansk, Poznan, e mesmo o Centro Histórico de Varsóvia, vai achar Lodz horrivel! A cidade tem pouquíssimo interesse, apesar de ter uma boa oferta cultural, relacionada com o cinema, pois é chamada de “HollyŁódź”, por ser considerada a cidade do cinema polaco e por aquelas ruas terem sido filmados diversos filmes e séries nacionais.

Possui uma rua, a maior rua comercial da Europa, a Piotrkowska, que mede 4,2 Km, liga as Praças da Independência e da Liberdade. Ela constitui o centro da cidade! Lodz, alcunhada como a Manchester da Polónia, foi em tempos um fortíssimo polo industrial do setor têxtil. A queda do Regime Soviético, muitas exportações eram para a URSS, e a Indústria Asiática com mão de obra ainda mais barata que estes países do Centro e Leste Europeu, trouxe o declínio do setor industrial, a partir da década de 1990 as unidades industriais foram fechando. Hoje as fábricas, alguns edifícios estão ao abandono, outros transformados em shoppings, como é exemplo o “Manufaktura”, outras em cafés e bares, a “OFF Piotrkowska” etc..Pela cidade abundam prédios novos que contrastam com outros que fazem lembrar o Antigo Regime. A sua Catedral e o Ghetto são os pontos de visita obrigatórios. Sobretudo o último para que a História não se repita.

 

Łódź, OFF Piotrkowska

 

Łódź, Polónia, Ghetto, estação de comboio de Radegast

 

Łódź, Polónia, Manufaktura

 

Charleroi, Bélgica

 

As cidades da Região da Valónia em beleza são incomparáveis com as suas congéneres Flamengas. Charleroi é o exemplo mais que perfeito! É sobretudo um ponto de entrada no país, pois nas suas proximidades situa-se um aeroporto utilizado pelas companhias aéreas “low cost”, chamado de “Bruxelas-Charleroi”. A cidade em si é pequena, possui na sua “parte alta”, a zona central, a Praça Charles II, onde podemos visitar a Catedral de São Cristóvão de Charleroi, ao lado da Câmara Municipal. Junto à estação de comboio, onde chegamos desde o aeroporto, temos a chamada “parte baixa”, a sua zona ribeirinha com diversas pontes próximo da zona comercial, de restaurantes e bares.
A cidade localiza-se numa área onde abundam jazidas de hulha, daí possuir uma forte componente industrial, de siderurgia, metalúrgica e de maquinaria, o que justifica a sua envolvente arquitetónica que nos fazer lembrar a Revolução Industrial.

 

Charleroi, Bélgica

 

Charleroi, Bélgica

 

Rabat e Casablanca, Marrocos

 

Visitei Marrocos em 2001, altura em que contava pelos dedos duma mão os países estrangeiros visitados, hoje preciso de quase 12 mãos para o fazer! Marrocos é um país sublime, não só pelas cidades, dizem que quem vai uma vez, vai regressar certamente. Assim espero! As cidades Imperiais de Fès, capital cultural e Marrakesh, talvez a capital turística, que tive oportunidade de visitar, são um encanto, mas Rabat, a capital política e Casablanca, a maior cidade e capital económica, têm pouquíssimo interesse.

Casablanca, é isso mesmo, uma cidade branca como o nome indica, com muitos prédios altos, e a famosa Mesquita Hassan II, tida como o principal ponto turístico a dominar a paisagem junto ao mar. A cidade foi eternizada num famoso filme em 1942, que não consegui ver até ao fim…

Rabat, além do Palácio Real e do Mausoléu de Mohammed V, que são vistos de fora, nada mais tem parece ter de interessante.

 

Casablanca, Marrocos

 

Nova Delhi, Índia

 

Goa, Mumbai e o Taj Mahal são para mim as únicas razões para viajar para este país. Goa, com as suas praias paradisíacas escapa, mas as cidades estão longe de serem consideradas bonitas! O Taj Mahal fica em Agra, mas essa cidade, com cerca de 2 milhões de habitantes, além do monumento, nada mais de interesse tem! Mumbai, uma megalópole superpovoada e Jaipur, têm coisas interessantes para visitar, mas a poluição e sujidade predominam.

Nova Delhi é mesmo ruim! Além da poluição e sujidade altíssimas, é uma terra de aldrabões e preguiçosos! Estão deitados no chão e com os pés em cima das mesas e nem se levantam para atender os clientes! Fui vítima de um famoso “tourist scam” nesta cidade. Aliás, desde que saem do aeroporto,na estação de comboio, na famosa Connaught Place, eles andam lá. Nem precisam de lá ir, vão ao youtube! Passei aqui pouco tempo, visitei a
Rajpath junto ao Parlamento, avenida onde foi filmada a cena do funeral de Gandhi com 300 mil figurantes. A minha maior pena foi não ter visitado o Sulabh International Museum Of Toilets, sim porque quem viaja para a Ásia ficará com o fascínio das casas de banho! Até morrer não consigo deixar de pensar…

 

Nova Delhi, Índia

 

Nova Delhi, Índia

 

Varanasi, India

 

Se Delhi é ruím que dizer de Varanasi! Cidade com muita carga espiritual, mas cada vez mais se torna local a evitar. Quando cai a noite, a cidade fica escura, com ruas labirínticas vazias, sujas e malcheirosas. Os transeuntes são estranhos, paupérrimos, sem abrigo e a mendigar. Muito assédio ao turista que circula junto ao Ganges. E muitas “máfias” com esquemas para extorquir dinheiro junto ao crematório principal, no ghat Manikarnika.
O Rio Ganges, uma atração da natureza que banha a cidade, é um rio carregado de excrementos, onde desaguam esgotos, inclusive a partir de um hospital que atende tuberculosos, assim como detritos de diversas fábricas. Também é recorrente por lá, aparecerem cadáveres humanos a boiar, pois segundo a religião Hindu, muitos deles não deverão ser cremados e devem ser assim jogados ao rio. Isso não impede os locais de beberem a sua água e se banharem por lá. E até alguns turistas bebem chá com água do Rio Ganges. Convencidos que por ser proveniente de um rio sagrado não faz mal, pelo contrário! E convencidos que a fervura torna aquela água própria para consumo.

A prova que as religiões atrasam o desenvolvimento humano.

 

Varanasi, Índia

 

Varanasi, Índia

 

Ciudad del Este, Paraguai

 

Viajar para a Argentina é um encanto e visitar as Cataratas de Iguazu é obrigatório. Desde Puerto Iguazu, na Argentina, podemos passar um dia no Paraguai viajando cerca de 20 Km. Tem interesse sobretudo pela visita à Usina de Itaipu, ou se quiserem fazer compras. A cidade em si, tem pouco interesse e não aparenta ser segura. Ali as fotos em que apareço, são selfies. Infraestruturas degradadas, ruas sujas onde circulam autocarros de estilo retro. Um contraste com as outras cidades fronteiriças: Puerto Iguazu na Argentina e Foz do Iguaçu no Brasil.

O Paraguai é tido como um país onde a natureza é ponto alto, mas a sua cidade mais visitada não tem muito interesse. É contraditório…
Ciudad del Este, é uma “cidade dos duros” ao jeito dos estereótipos sul-americanos que vemos nos filmes. Cresceu por ser um paraíso de compras “tax free”. Tornou-se a capital mundial das falsificações e uma das capitais do contrabando, tráfico de drogas e de armas. Pistolas vendem-se em lojas nos shoppings como outra coisa qualquer.  Saindo para a rua somos logo abordados por gente muito estranha que se encontra encostada às paredes. A cidade gira à volta de uma grande avenida carregada de lojas, bancas de venda ambulante e diversas ruas transversais dedicadas ao comércio tradicional e também de enormes armazéns e shoppings com vários pisos. Naquelas bancas de rua que nos fazem lembrar a Feira do Relógio, vendem-se muitas marcas de luxo e também camisolas de clubes de futebol, tudo material contrafeito!

O capricho de colocar mais uma bandeira no mapa foi satisfeito, mas nem sempre quantidade é qualidade.

 

Ciudad del Este, Paraguai

 

Ciudad del Este, Paraguai

 

To be continued…I hope!!!

 

 

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ALGUMAS DAS MAIS INTERESSANTES ATRAÇÕES TURÍSTICAS PELO MUNDO

 

ALGUMAS DAS MAIS INTERESSANTES ATRAÇÕES TURÍSTICAS PELO MUNDO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Não se enquadrando no grupo dos museus nem dos monumentos, existem outras atrações turísticas que também são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois algumas são consideradas Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem as visita, fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, política, história, arquitetura ou em qualquer outra área científica, tecnológica ou artística. Fá-lo muitas vezes para passar uns momentos divertidos ou mesmo de reflexão.

Dos mais de 50 países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado algumas das mais importantes atrações turísticas. Seria impensável mencionar todas. No meu currículo de viagens faltam muitas de vital importância, como por exemplo um Parque Disney, um estúdio de Hollywood e obviamente Alcatraz que é um sonho de infância consecutivamente adiado!
Aqui segue uma lista daquelas que considero como as mais importantes que visitei. Atenção que me refiro aos locais onde temos de entrar, e não as que encontramos nas ruas por onde passeamos.

 

Vamos começar pelas mais dolorosas:

Campos de concentração e extermínio

Auschwitz e Birkenau, Polónia

 

Há coisas que só o homem consegue fazer ao seu semelhante. Para percebermos isso teremos de visitar um destes locais, que abundam pelo centro da Europa, para que a memória do povo nunca se apague e para que estas atrocidades não se repitam. É preciso coragem e determinação para o fazer. Todos os cidadãos do mundo deveriam visitar Auschwitz, que é de todos, o mais doloroso, e por se tratar do mais importante! Aqui tudo permanece praticamente igual ao que era nos tempos do Holocausto. Mal cruzamos a placa ”Arbeit macht frei”, veremos que a mesma é apenas a primeira de muitas manifestações de sadismo por ali existentes. Uma placa que existe à entrada em todos os campos de concentração. Trabalhando até morrer, de doenças e subnutrição, é a única forma de escapar dali, é esse o significado. A visita ao local é uma experiência que nos amedronta e nos marca para sempre. Um local que é horrível, um verdadeiro inferno. Cada objeto, cada descrição do mesmo, cada pavilhão em que entramos nos deixa mais fracos e cada vez mais fracos. A quantidade de visitantes que choram é impressionante. Muitos deles tiveram antepassados que fizeram parte dos mais de um milhão de seres humanos que morreram ali.
A cerca de 3Km e acessível de autocarro temos Birkenau. A fábrica da morte onde ainda existe a linha de comboio que conduzia ao seu interior. Uma cena do filme “A lista de Schindler” é ali passada, gravada numa réplica montada na entrada, e mostra como era o procedimento.
Para visitarmos esta atração turística necessitamos de um dia inteiro, sendo Cracóvia, a cerca de 80 Km, o local de onde normalmente se acede. No regresso estamos completamente estupefactos, cansados física e psicologicamente, atónitos, revoltados e com um profundo sentimento de culpa pois quem arquitetou semelhantes locais, afinal foram seres vivos como nós. Nesse dia ainda ficaremos a ter mais apreço pelos animais!

 

Campo de concentração de Auschwitz , Polónia

 

Campo de extremínio de Birkenau, Polónia

 

Temas do Holocausto: 

Casa de Anne Frank, Amsterdão, Países Baixos 

 

É o local mais visitado de Amsterdão.  A vida de Anne Frank é uma das histórias mais marcantes da II Guerra Mundial. O seu “Diário de Anne Frank ” é um dos livros mais lidos em todo o Mundo, sendo traduzido para várias línguas, foi escrito no interior daquela casa. Anne Frank cujos pais possuíam negócios próprios, durante a Ocupação Alemã dos Países Baixos, foram perseguidos pelos Nazis devido às suas origens Judaicas. A família escondeu-se ali em compartimentos secretos, até serem traídos e denunciados, sendo capturados pelas “SS” e levados para campos de concentração. Anne Frank viria a falecer com apenas 15 anos. O único sobrevivente foi o seu pai que no final da Guerra regressou a Amesterdão e descobriu o diário que a filha escrevera.

A visita ao interior da casa traz uma grande carga emocional. Não é permitido fotografar.

 

Casa de Anne Frank, Amsterdão, Países Baixos

 

Prisões:

Memorial de Hohenschönhausen, Berlim, Alemanha 

 

Uma viagem para Berlim é também uma viagem temporal que nos leva aos tempos da Guerra Fria e da II Guerra Mundial.

Este é um dos locais mais aterradores da cidade. A STASI, uma organização policial secreta da República Democrática Alemã, possuía uma prisão secreta, que nem nos mapas existia mencionada como tal, para onde os dissidentes eram transportados. Raptados no meio da rua, forçados a entrar numa carrinha fechada, que nada se parecia com um carro celular, até poderia possuir autocolantes publicitários, fazia um percurso de várias horas aos círculos pelas ruas da cidade para que eles pensassem que estavam a ser transportados para bem longe de casa. Ali chegados eram submetidos a diversas técnicas de tortura física, mental e psicológica com vista a revelarem informações necessárias às suas “más” ações e também à detenção de outros dissidentes.

É possível visitar as celas de encarceramento, sem vista para o exterior, onde o isolamento, sem qualquer atividade, era constante e indeterminado, locais de tortura como por exemplo celas exíguas onde era impossível esticar as pernas, ou os locais dos interrogatórios que poderiam surgir a qualquer hora, do dia ou da noite e por tempo indefinido. Interrogatórios com recurso a tortura psicológica referindo por exemplo que um familiar próximo tinha sofrido uma doença súbita ou um acidente

 

Berliner Unterwelten, Berlim, Alemanha

 

Memorial de Hohenschönhausen, Berlim, Alemanha

 

Prisão de Crumlin Road, Belfast, Irlanda do Norte

 

Uma das atrações mais visitadas em Belfast. A construção desta infame prisão de estilo Vitoriano, ocorreu entre 1843 e 1845 e somente 1996 foi desativada. Assassinos, prisioneiros políticos e até mesmo crianças presas por roubo ali cumpriram pena, alguns aguardando execução ou deportação para a Austrália. No edifício em frente, atravessando a rua (Crumlin Road) encontra-se o antigo tribunal, onde após os julgamentos, os condenados eram levados do banco dos réus diretos para a prisão, através de um túnel subterrâneo, escuro, estreito e frio, que fazia antever a “luz ao fundo” do mesmo, o que era.  A parte mais aterradora da visita é a zona das execuções. Albert Pierrepoint, ficou famoso por ser um eficiente carrasco, ter executado algumas centenas de condenados, e ter sido enviado para a Alemanha para executar condenados nazis por crimes de guerra, foi assistente de algumas execuções. Deve ter iniciado ali a sua “brilhante carreira”…

 

Prisão de Crumlin Road, Belfast, Irlanda do Norte

 

Prisão de Crumlin Road, Belfast, Irlanda do Norte

 

Memoriais:  

One World Trade Center e Memorial às vítimas do 11/9, Nova Iorque, Estados Unidos da América   

 

O dia 11/9/2001 foi uma data que mudou para sempre o mundo. Um ataque terrorista sem precedentes destruiu o antigo World Trade Center. Dois aviões comerciais, numa missão suicida, embateram nas torres. As televisões mostraram tudo!

No local onde outrora existiam as famosas “Twin towers”, um ícone de Nova Iorque, existe agora um museu, um memorial às vítimas e um edifício, o WT1, One World Trade Center, que se tornou um ícone da cidade.

A zona pode ser visitada ao perto, e o edifício pode ser visto de vários pontos da cidade, com destaque para o DUMBO, em Brooklyn.

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

Agora as divertidas…

Arranha céus com vistas panorâmicas

London Eye e Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Os turistas que visitam a capital britânica gastam pequenas fortunas no London Eye a famosa Roda do Milénio, que vai atraindo cada vez mais turistas junto à margem sul do Rio Tamisa, e de onde se desfruta de maravilhosas vistas panorâmicas.

Se quiserem economizar, tirem belas fotos com a London Eye desde as margens do Rio Tamisa e corram para o Sky Garden. Localizado no 35º andar, a 160 metros de altura, num dos prédios do centro financeiro londrino. Trata-se de um jardim de onde se pode desfrutar de uma vista panorâmica da cidade de Londres de forma gratuita. É recomendado ir ao pôr do Sol e também fazer marcação antecipada é fundamental.

 

London Eye, Londres, Inglaterra

 

London Eye, Londres, Inglaterra

 

Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Empire State Building e Rockfeller CenterNova Iorque, Estados Unidos da América

 

Longe de serem considerados grandes monumentos, pois não carregam História, como os que existem no “Velho Continente”, ir a Nova Iorque e subir a estes prédios emblemáticos para desfrutar da vista sobre a imensidão da “Big Apple” é obrigatório.

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Willis Tower, Chicago, Estados Unidos da América

 

Fora da Europa os arranha céus marcam forte presença, este em Chicago, com 527 metros de altura, proporciona belíssimas vistas e também das suas plataformas de vidro podemos fazer fotos maravilhosas.

 

Willis Tower, Chicago, EUA, plataforma de vidro

 

Willis Tower, Chicago, EUA, plataforma de vidro

 

CN Tower – Toronto – Canadá 

 

A moderníssima cidade de Toronto tem aqui o seu local mais emblemático, o seu maior símbolo, sendo também considerado como o edifício mais icónico do Canadá! Trata-se de uma torre de comunicações que se encontra entre os mais altos edifícios do mundo, onde é possível subir e desfrutar das vistas maravilhosas da cidade e do Lago Ontário.

 

CN Tower, Toronto, Canada

 

CN Tower, Toronto, Canada, Lago Ontário visto do alto

 

Tokyo Tower, Tokyo Skytree e TMG, Tóquio, Japão 

 

No Japão uma casa de banho pública pode ser uma atração turística, quem visitar o país perceberá o motivo. Consta-se que os Japoneses foram um povo que nada inventaram, copiaram as invenções dos outros e melhoraram-nas, talvez por isso tenham inventado a washlet!  A Torre Eiffel de Paris, em Tóquio há uma semelhante, a Tokyo Tower. Mais alta que a obra de Gustave Eiffel. É outra torre de TV e que funciona igualmente como atração turística. Subir ao alto e desfrutar das vistas com as últimas horas de sol e depois ao cair noite, o efeito das luzes daquela imensidão urbana a acenderem lentamente, é único, com a Baía de Tóquio em grande destaque e as luzes da Ponte Arco íris, uma ponte do tipo suspensa, a acenderem ao mesmo tempo. Outra torre famosa é a Tokyo Skytree. Ambas são atrações turísticas caras, no entanto, a sede do TMG-Tokyo Metropolitan Government, em Shinjuku, é um complexo que engloba um arranha-céus com 243 metros de altura, cujo seu observatório é local de passagem obrigatória, a entrada é gratuita e a vista quer de dia quer de noite é maravilhosa.

 

Tokyo Tower, vista para a cidade, Tóquio, Japão

 

Tokyo Tower

 

Tokyo Skytree, Tóquio, Japão

 

TMG-Observatório de noite

 

Burj Khalifa, Dubai, Emirados Árabes Unidos

 

É no momento o mais alto edifício do mundo com 828 metros de altura, e 160 pisos habitáveis, sendo um dos ex libris da maior cidade dos Emirados Árabes Unidos. O edifício em si bate vários records, a visita ao seu interior e à plataforma de observação localizada no 125º piso custa uma pequena fortuna, no entanto cá de fora é possível observar todo o enquadramento, visitar gratuitamente o seu complexo envolvente que inclui uma fonte e assistir a diversos shows de água, luzes e som.

 

Burj Khalifa, Dubai, Emirados Árabes Unidos

Sky Costanera, Santiago, Chile

 

Santiago é uma cidade de conceção americana e este arranha céus é disso exemplo. Os seus 300 metros de altura, tornam-no no edifício mais alto da América do sul. É um local maravilhoso para desfrutar de bonitas vistas sobre a cidade e sobre as montanhas da Cordilheira dos Andes que a cercam.

 

Sky Costanera, Santiago, Chile

 

Sky Costanera, Santiago, Chile

 

Sky Costanera, Santiago, Chile

 

Transportes, Ciência e tecnologia:

Airbus, Hamburgo, Alemanha e Toulouse, França 

 

Sejamos ou não engenheiros, o turismo industrial é fascinante. Pena estas visitas terem uma componente mais turística que técnica, pois a espionagem industrial é uma realidade que as marcas fazem tudo para evitar! E por isso não é permitido tirar fotografias dos seus complexos industriais.
Em Hamburgo terão de se deslocar cerca de 20 Km para Finkenwerder. Em 2011 ali era executada a montagem final dos modelos A-319 e A-320. A visita entrava por dentro da linha de produção da fábrica e até rebites me ofereceram.  Este enorme complexo industrial foi alargado para receber linhas de produção de peças do A-380. Esse alargamento causou enorme polémica nos defensores do Ambiente, pois foi necessário drenar parte do leito dos rios, para fazer essa ampliação da zona industrial que foi ocupar parte desse ecossistema. À custa disto, algumas espécies de aves se extinguiram. O tour englobava a passagem por essa zona. Com sorte, ainda é possível ver o “Beluga”, o famoso avião de carga, cruzando os céus!
A visita guiada fornece imensa informação sobre aeronáutica e por isso a visita à Airbus de Hamburgo é tecnicamente muitíssimo superior à da sua congénere Francesa de Toulouse. Esta localiza-se em Blagnac, perto do aeroporto. Os tours não vão muito além do interior dos edifícios fabris. Vemos lá do alto, através de um vidro e pouco mais. De autocarro percorrem-se vários pontos do complexo industrial. Podem ser vistos os A-330-NEO prontos para entrega assim como os A-350 que podem efetuar voos de 20 horas sem escala, ligando assim a Europa à Oceânia num voo direto. Na altura o A-380 era a “menina dos olhos”, a “jóia da coroa” da Airbus. Recentemente deixou de ser fabricado. A Fly Emirates, o maior cliente, cancelou as encomendas. Um avião que revolucionou a indústria aeronáutica, as cadeias de logística do transporte das várias peças fabricadas em vários países e cuja montagem final era em Toulouse. Ali chegavam diversas peças, motores, asas e a fuselagem central, por terra, por via fluvial ou por via aérea, com recurso ao “Beluga”.

 

Airbus, Hamburgo, Alemanha

 

Museu Aeroscopia, Toulouse, entrada

 

Usina de Itaipu, Hernandarias, Paraguai e Foz do Iguaçu, Brasil 

 

É a maior barragem do mundo em produção de energia. Só perde em tamanho para a Barragem das 3 Gargantas da China, no entanto esta última não consegue produzir a quantidade de energia de acordo com o seu potencial. Em Itaipu é produzida ecologicamente 90% da energia elétrica do Paraguai, o que corresponde apenas a 15% da sua capacidade de produção. O resto alimenta uma ínfima parte do Brasil que é um país bem maior.

Localiza-se na fronteira entre esses dois países, sendo possível visitá-la desde ambos, mas para o fazermos gratuitamente teremos de viajar cerca de 20Km desde a Ciudad del Este para Hernandarias, no lado paraguaio. Aos visitantes, depois do seu registo na receção, é-lhes entregue um cartão e são encaminhados para um auditório onde é apresentado um filme promocional. Os números apresentados de tamanha obra de engenharia valem por mil palavras. Posteriormente de autocarro é iniciado o tour panorâmico pelo exterior das instalações, com uma paragem para fotos no miradouro com vista para o Rio Paraná e para o vertedouro, local que serve para descarregar o excesso de água acumulada numa barragem. Daí, continua sem mais paragens. Percorre os cerca de 8Km do comprimento total da barragem, até ao lado brasileiro, pelo seu lado inferior onde se observam as condutas com mais de 10m de diâmetro por onde flui a água caindo a grande altura e que faz girar as turbinas. Regressa depois novamente ao lado paraguaio, pela parte superior, cujo desnível ronda os 200 metros, observando-se daí a gigantesca bacia hidrográfica.
É possível efetuar visitas técnicas mais detalhadas, sob marcação onde é mostrado o interior das instalações, os equipamentos mecânicos (turbinas) e elétricos (alternadores) produtores e transformadores de energia, a sua estrutura construída em betão, túneis  e galerias técnicas, salas de comando e controlo cuja principal tem marcada a linha da fronteira.

 

Usina de Itaipu, Hernandarias, Paraguai

 

Les Machines de l’Île, Nantes, França 

 

Nantes deu ao mundo Júlio Verne, escritor associado, não só mas também, a viagens!

Visitando a Ilha de Nantes, onde existiam os antigos estaleiros da cidade, desativados desde os anos 80, podemos encontrar este parque temático. Um conjunto de máquinas que resultam da união das obras de Júlio Verne com as invenções de Leonardo da Vinci, projetadas e adaptadas ao nosso mundo atual. Criaturas que ganham vida de forma artificial, através de diversos sistemas elétricos, mecânicos, pneumáticos e hidráulicos, que podem ser vistas no parque a passear, como por exemplo um elefante ou o “Carrossel do Mundo Marinho”  possuindo 35 criaturas em três níveis, “saídas” das obras de Júlio Verne.
Numa galeria interior, existem outras máquinas também grandiosas, apesar da sua grandeza dimensional ser bem menor, como por exemplo uma aranha mecânica gigante, colocadas a funcionar pelos colaboradores do local e também com a ajuda do público.

 

Les Machines de l’Île, Nantes, França

 

Les Machines de l’Île, Nantes, França

 

Les Machines de l’Île, Nantes, França

 

Mini wonderland, Hamburgo, Alemanha e Maketa, São Petersburgo, Rússia 

 

Aqui os amantes de comboios e do modelismo encontram aqui o seu perfeito habitat!

Hamburgo possui a maior pista de comboios do mundo. Trata-se de uma cidade em miniatura, onde o dia dura 15 minutos, pois as luzes acendem e apagam! Tudo é feito à escala como todos os milhões de elementos que compõem este mundo em miniatura com réplicas de comboios e automóveis. Las Vegas, cidades suíças e alemãs estão ali retratadas, e um aeroporto funciona, onde até há um avião a levantar o voo. 200 mil figurantes em pequena escala, como por exemplo esquiadores, um pai natal, um mercado agrícola em pleno funcionamento, um par recém-casado em Las Vegas. Tudo é controlado remotamente permitindo pôr em funcionamento camiões de bombeiros e polícias de trânsito. A exposição levou cerca de 500 mil horas a completar, e ocupa cerca de 4 mil metros quadrados.  40 computadores controlam as suas atividades podendo algumas serem comandadas pelos visitantes. Nem o Google maps se esqueceu de lá passar!

 

Mini wonderland, Hamburgo, Alemanha

 

Mini wonderland, Hamburgo, Alemanha

 

Mini wonderland, Hamburgo, Alemanha

 

São Petersburgo tem uma atração do género, de menores dimensões e cujo tema se centra na Rússia. País com maior número de fusos horários do mundo. É possível ir a pé desde o Kaliningrado até Vladivostok, atravessando a Sibéria, e observando pelo caminho a noite cair e também o romper da aurora!

 

Maketa, São Petersburgo, Rússia

 

Maketa, São Petersburgo, Rússia

 

Estação de metro de Chamberí, Madrid, Espanha 

 

O metropolitano de Madrid é um dos maiores e mais antigos da Europa. A linha 1, que passa em Chamberí, é a mais antiga e essa estação foi uma das primeiras, tendo sido inaugurada em 1919. Foi inspirada nas charmosas estações do metropolitano de Paris, ainda mais antigo que o madrileno. Em 1966 deixou de ser utilizada e permaneceu abandonada, tornando-se uma “estação fantasma” até 2008. Os comboios passam por ali em alta velocidade, mas nenhum passageiro se apercebe da passagem por Chamberí. Atualmente é um dos locais “secretos” de Madrid, os comboios continuam a passar a alta velocidade sem ali pararem, é uma sui generis atração turística, apenas para visitas guiadas. A estação de Chamberí, mantém a sua ancestralidade, sobretudo os azulejos das paredes, os cartazes, as bilheteiras, o mobiliário, o sistema de controlo de acessos e os cartazes publicitários, tornando a visita numa autêntica viagem no tempo.

 

Estação de metro de Chamberí, Madrid, Espanha

 

Estação de metro de Chamberí, Madrid, Espanha

 

The Story of Berlin e Berliner Unterwelten, Berlim, Alemanha  

 

Visitar bunkers é um dos objetivos de uma viagem a Berlim. Um dos locais que relata a História da cidade é o The Story of Berlin. A visita a este museu inclui a entrada num bunker civil previsto para uma eventualidade de um ataque nuclear. O sistema de renovação de ar, os dormitórios e os WCs permanecem intactos.
Túneis subterrâneos da cidade, que foram locais utilizados durante a Guerra Fria, também podem ser visitados em Berliner Unterwelten que proporciona vários tipos de visitas a vários túneis. Uma delas, termina na estação de metropolitano (U-bahn) “Pankstrasse” que estava preparada para ser usada como bunker e albergar inúmeros civis em caso de ataque nuclear.

 

The Story of Berlin, Berlim, Alemanha

 

Berliner Unterwelten, Berlim, Alemanha

 

Berliner Unterwelten, Berlim, Alemanha

 

Cidade das Artes e das Ciências, Valência, Espanha 

 

Inaugurado em 1998, este enorme complexo arquitetónico, cultural e de entretenimento é obra de Santiago Calatrava e Félix Candela. É composto pelo “L’Oceanogràfic“, o oceanário, “L’Hemisfèric“, um edifício que possui um cinema IMAX, um planetário, pelo “El Museu de les Ciències Príncipe Felipe“, um museu interativo de ciências, pelo “El Palau de les Arts Reina Sofía“, contendo uma sala de ópera e apresentações de artes, e 4 salas para espetáculos.

O complexo contém também a ‘Umbracle“, uma trilha de caminhada com plantas selvagens, e com uma galeria de arte com esculturas de artistas contemporâneos, a Praça Principal, as Torres de Valência, Castellón e Alicante parte de um projeto que consiste na construção de três arranha-céus, a ponte “El Puente de l’Assut de l’Or ” que liga o lado sul com a rua Menorca, cujo pilar de 125 metros de altura é o ponto mais alto da cidade.
Para conhecer todo o complexo, é necessário um dia completo.

 

L’Oceanogràfic, Valência, Espanha

 

Animais e natureza:

L’OceanogràficValència, Espanha 

 

Localizado no complexo da Cidade das Artes e das Ciências é o maior aquário oceanográfico da Europa, e que constitui a sua principal atração. Lá dentro podemos ver retratado por exemplo, o Mar Vermelho, o Mar Mediterrâneo, as Terras húmidas, representadas por manguezais e pântanos, mares tropicais e temperados, todos os oceanos, a Antártida, diversas ilhas, um dolphinarium, um dos maiores aquários de golfinhos do mundo e um jardim com mais de 80 espécies de plantas. Podemos atravessar o maior túnel subaquático da Europa, que torna possível o passeio sob os dentes afiados dos tubarões, belugas e outros animais marinhos de grande porte. Para visitar o L’Oceanogràfic, são necessárias no mínimo 4 horas.

 

L’Oceanogràfic, Valência, Espanha

 

L’Oceanogràfic, Valência, Espanha

 

L’Oceanogràfic, Valência, Espanha

 

Jardim zoológico, Berlim, Alemanha

 

Um zoo é atração turística em quase todas as grandes cidades. Este tem a particularidade de albergar a maior coleção de espécies do mundo. O destaque vai para os famosos ursos polares que no Inverno estão no seu perfeito habitat. Muitos animais encontram-se resguardados em jaulas no interior, mas mesmo assim, é possível se forem no inverno, ver elefantes a passear na neve! Uma das zonas é dedicada a animais noturnos, outra a felinos onde os gatos selvagens estão presentes, como é exemplo de um, em adulto que pesa apenas 1,6Kg. Também é imperdível a visita ao Aquário e aos seus répteis em exibição como é o caso do temível crocodilo com mais de 6m de comprimento!

 

Jardim zoológico, Berlim, Alemanha

 

Jardim zoológico, Berlim, Alemanha

 

Alligator Bay, Beauvoir, França 

 

A pouca distância do Monte Saint Michel situa-se um reptilário que alberga o maior conjunto de jacarés (alligators) da Europa! Ali se expõem uma enorme variedade de répteis, sobretudo os letais predadores, espécies vieram de bem longe pois o “Velho Continente” não é seu habitat natural. Tartarugas de vários tamanhos, iguanas, dragões e lagartos, cobras, incluindo as temíveis anacondas, jacarés e crocodilos, com estes últimos a justificarem em pleno a visita. Jacarés, crocodilos e gaviais, que podemos ver de perto, com distanciamento e aprender a distingui-los. Temíveis predadores, que são descendentes diretos dos dinossauros!

 

Alligator Bay, Beauvoir, França

 

Alligator Bay, Beauvoir, França

 

Alligator Bay, Beauvoir, França

 

Ice bar, Estocolmo, Suécia 

 

Bares de gelo há muitos pelo mundo fora, até em Viseu e em Goa existem, mas este na capital sueca é um daqueles que temos mesmo que visitar pois é original! Ali o gelo é translúcido e incolor, pois provém da natureza, do norte da Suécia, transportado em blocos como de cimento se tratasse, e depois colocado ali como tijolos, uns por cima dos outros. Não se trata de gelo fabricado em máquinas frigoríficas industriais, pois esse é branco e opaco.

 

Ice bar, Estocolmo, Suécia

 

Ice bar, Estocolmo, Suécia

 

Bebidas alcoólicas:

Guinness Storehouse, Dublin, Irlanda 

 

Atrações turísticas sobre o tema da cerveja há várias espalhadas pelo Mundo. Há países que produzem milhares de marcas de cerveja, mas provavelmente nenhuma é tão famosa como a Guinness.

A Guinness Storehouse, é a sua a sede e o local mais visitado em Dublin. A cerveja ali produzida, é quase única e exclusivamente com matéria-prima da região: a água do Rio Liffey, das suas nascentes nas Montanhas Wicklow, o malte e a levedura. Apenas o lúpulo é importado da República Checa.
Ali funciona a fábrica, mas a visita não é às instalações industriais. É um edifício adjacente, onde ao longo dos vários pisos aprendemos imensas coisas sobre o fabrico daquela cerveja, a sua história, a temperatura a que deve ser armazenada (9ºc) e a temperatura que deve ser servida (6ºc). A visita termina no topo do edifício onde existe um bar, o Gravity Bar, onde nos é oferecido um “pint” que podemos saboreá-lo desfrutando da vista panorâmica sobre a cidade. “Cheers”!!!!!

 

Guinness Storehouse, Dublin, Irlanda

 

Old Jameson, Dublin, Irlanda 

 

Se visitarem a Escócia poderão visitar várias destilarias, pois o whisky é a bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. Não é barato e por isso não o fiz, e também porque anos antes visitei a destilaria Old Jameson em Dublin, capital da Irlanda. O whisky irlandês também é famoso no mundo.
É um “must” para os apreciadores desta bebida. Um local que nos mostra a forma como o whisky é produzido, desde a sua fermentação, processo semelhante ao fabrico da cerveja na fase inicial, à posterior destilação, sendo que o whisky irlandês é destilado por 3 vezes. A prova de vários whiskies faz parte do pacote e a certificação de presença também é a recordação dada aos turistas para guardarem no seu curriculum vitae para a posteridade. Eu descobri qual dos whiskies era o irlandês de entre outros, o americano e o escocês, que sofrem menos destilações, e sou portanto um expert!

 

Old Jameson, Dublin, Irlanda

 

Old Jameson, Dublin, Irlanda

 

Parques temáticos: 

Popeye village, Mellieħa, Malta 

 

Hollywood trouxe o Popeye para a tela em 1980, e foi junto à Baía Anchor, em Malta a cerca de 30 Km da capital Valeta foi construída uma vila onde foram realizadas as filmagens: Sweethaven. A construção foi financiada pela Paramount Pictures, e esteve para ser demolida após as filmagens, o que não aconteceu porque os habitantes de Mellieħa se insurgiram. Então, a Paramount Pictures e a Walt Disney desistiram dessa ideia, e permitiram manter em Malta a Sweethaven. O governo local realizou as obras para a transformar num parque temático e hoje é uma das principais atrações turísticas do país, que encanta miúdos e graúdos.

As casas que constituem Sweethaven recriam o ambiente vivido no filme e exibem no interior adereços utilizados nas filmagens. As cenas dentro do barco foram filmadas no interior de uma delas.  Existe um bar e um restaurante, lojas, um cinema que apresenta um documentário sobre a construção de Sweethaven e o “making of” do filme. Existe também uma praia, uma piscina e esteiras para apanhar banhos de sol. As personagens, Popeye, Olívia Palito e o Brutus andam por lá e inclusive interagem com o público e fazem atuações.

 

Popeye village, Mellieħa, Malta

 

Popeye village, Mellieħa, Malta

 

Popeye village, Mellieħa, Malta

 

 

Parque Warner, San Martín de la Vega, Espanha 

 

Diversos parques temáticos existem pelo mundo fora, e são garantia de um dia bem passado. Este nos arredores de Madrid, não foge à regra. Montanhas russas ao estilo do que vimos no filme “Atração Fatal”, cowboys, shows de duplos de cinema com automóveis, e muitos dos nossos heróis da Banda Desenhada não faltam por lá.

 

Parque Guell, vista para a cidade, Barcelona, Espanha

 

Parque Guell, vista para a cidade, Barcelona, Espanha

 

Parque Guell, vista para a cidade, Barcelona, Espanha

 

Parque Guell, Barcelona, Espanha

 

Visitar Barcelona é ter uma grande aula de arquitetura. Passeando pelas ruas, além da Sagrada Família, que já referenciei em outro artigo, a Casa Vicens Gaudí, a Casa Batlo e a Casa Milà são alguns dos locais que dispensam apresentações, assim como preço pedido para visitá-las!
Com preço de entrada bem mais acessível, o Parque Guell, é um local de grande romaria na Cidade Condal. Inscrito como Património Mundial da Unesco desde 1984, foi concebido pelos arquitetos Eusebi Güell e Antoni Gaudí, possuindo uma enorme quantidade de obras arquitetónicas espalhadas por uma encosta no Monte Carmelo. Destaque para as bonitas vistas sobre a cidade desde a Gran Plaza.

 

Parque Guell, vista para a cidade, Barcelona, Espanha

 

Parque Guell, Barcelona, Espanha

 

Política:

ONU, Viena, Áustria

 

Viena, juntamente com Nova Iorque, Genebra e Nairobi, é um dos principais locais de instalação da ONU. Aquela zona localizada na parte moderna da cidade e com aparência futurista, onde acedemos depois de cruzarmos o Rio Danúbio de metro à superfície, é como um enclave estrangeiro dentro da cidade. Para entrar é necessário mostrar o cartão de cidadão ou o passaporte e passar por um controle de segurança. A visita guiada é em inglês, a língua oficial ali praticada, inclui passagens pelo auditório, pela sede da Agência Internacional de Energia Atómica. No interior encontra-se exposta uma pedra lunar e no exterior, existe o sino da paz japonês que toca duas vezes por ano.

 

ONU, Viena, Áustria

 

ONU, Viena, Áustria

 

Jogo:  

Casino de Monte Carlo, Mónaco 

Sejamos ou não jogadores ninguém fica indiferente a nomes como Monte Carlo, Macau, Las Vegas nem tão pouco a este luxuoso edifício. Provavelmente o casino mais charmoso em todo o mundo. Localizado em plena Cote d´Azur, em frente ao Mar Mediterrâneo é uma das mais belas obras do tempo da Belle Époque. Além do Casino, o complexo inclui a Ópera de Monte Carlo, e a sede do Ballet de Monte Carlo. Junto da entrada podem ser apreciados os seus interiores sumptuosos e a estátua da “Fortuna”.

 

Casino de Monte Carlo, Mónaco

 

Casino de Monte Carlo, Estátua ´A Fortuna´ Mónaco

 

Casino de Monte Carlo, Mónaco

 

Literatura:

Casa de Julieta, Verona, Itália

 

O poeta e dramaturgo britânico, William Shakespeare, escolheu Verona para sediar uma das suas tragédias: Romeu, de 17 anos, da família Montecchio, apaixona-se por Julieta, de 12 anos, oriunda de uma família inimiga, os Capuleto. Um amor proibido. O casal convenceu um frade a realizar o casamento em segredo para depois fugirem. Mas os pais de Julieta descobrem os planos. O final é trágico…Romeu e Julieta foi escrito entre 1591 e 1595 mas permanece imortal até aos nossos dias. Não se sabe ao certo se a história foi inspirada em factos reais.

 

Casa de Julieta, Verona, estátua de Julieta, Itália

 

Verona é chamada de “Pequena Roma”, tal a quantidade de monumentos que possui, um coliseu também, mas é na Via Cappello, em pleno centro histórico que se situa o principal ponto de romaria da cidade: a Casa de Julieta, com a sua famosa varanda que eternizou a cena em que Julieta está no alto e Romeu declama as suas juras de amor. É possível visitar o interior da casa que contém diversos adereços usados em vários filmes “Romeu e Julieta”. Destaque da estátua de Julieta junto da entrada. Ela foi criada nos anos 60 pelo escultor Nereo Costantini e colocada ali em 1972.  Diz-se que quem tocar seu seio direito terá sorte no amor. Mas, de tão gasta por conta dessa tradição, foi substituída por uma réplica apenas dois anos depois da sua instalação. A escultura original, encontra-se no interior da casa.

 

Casa de Julieta, Verona, Itália

 

Casa de Julieta, Verona, Itália

 

Visitei o interior da casa, durante uns segundos tive aquela varanda só para mim, e graças a uma turista alemã que muito amavelmente me tirou uma foto com o seu smartphone e me fez chegar por email, o momento ficará marcado para sempre!

 

Casa de Julieta, Verona, Itália, a famosa varanda

 

Casa de Julieta, Verona, Itália

 

To be continued…I hope!!!!

 

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SOBREIRAS ALENTEJO COUNTRY HOTEL – GRÂNDOLA (PORTUGAL)

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel: Uma Experiência Magnífica no Coração do Alentejo

Mosqueirões, 7570-336 Grândola (PT)

 

O Sobreiras Alentejo Country Hotel é um verdadeiro oásis de tranquilidade e lazer, inserido plenamente na Natureza, proporcionando uma experiência única a todos os visitantes.

Localizado num cenário deslumbrante, inspirado na paisagem alentejana, este hotel combina um design simples e elegante com uma infraestrutura moderna, destacando-se como um refúgio perfeito para quem procura uma escapadela inesquecível. Uma das características mais notáveis deste estabelecimento é o acesso rápido à internet via fibra ótica, tornando-se o único hotel com essa infraestrutura no Litoral Alentejano, uma verdadeira raridade na região.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Apenas a uma hora de Lisboa, o Sobreiras Alentejo Country Hotel oferece um ambiente que contrasta harmoniosamente com o ritmo frenético da cidade. Situado nos arredores da vila de Grândola, os hóspedes têm o privilégio de desfrutar do contexto puramente rural da serra, enquanto a costa alentejana encontra-se a poucos minutos de distância, repleta de praias intocadas e paisagens deslumbrantes.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

A localização deste hotel é verdadeiramente privilegiada, situada na Herdade do Vale das Sobreiras. Aqui, os visitantes podem vivenciar o charme e a beleza de um típico monte alentejano tradicional, sem abrir mão do conforto e das comodidades necessárias para uma estadia perfeita com a família ou amigos. Os quartos foram cuidadosamente projetados para oferecer todo o conforto e privacidade, permitindo que os hóspedes desfrutem da serenidade da paisagem alentejana. Para garantir a comodidade de todos os hóspedes, o hotel disponibiliza acesso à internet via fibra ótica em todos os quartos e suítes, assegurando que você esteja sempre conectado, se assim o desejar.

Além disso, o Sobreiras Alentejo Country Hotel possui quartos adaptados para pessoas com mobilidade condicionada e quartos comunicantes, para aqueles que desejam manter a família por perto. Essas comodidades tornam o hotel uma excelente escolha para famílias que procuram um local onde todos possam desfrutar de uma estadia confortável e agradável.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Uma característica notável do Sobreiras Alentejo Country Hotel é o fato de ser um hotel “Pet-Friendly”. Isso significa que pode trazer o seu animal de estimação para partilhar essa experiência única consigo. O hotel está equipado para garantir que o seu amigo de quatro patas também tenha uma estadia perfeita, proporcionando comodidades e áreas específicas para animais de estimação.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Os 22 quartos e 2 suítes do Sobreiras Alentejo Country Hotel 4* oferecem todo o conforto e privacidade necessários para criar memórias inesquecíveis e desfrutar deste retiro especial. O design simples e elegante, inspirado na natureza envolvente e na riqueza das paisagens e sabores do Alentejo, cria uma atmosfera única e singular. Os quartos foram cuidadosamente decorados para refletir a tranquilidade e o charme da região, proporcionando aos hóspedes um ambiente acolhedor para relaxar após um dia de exploração.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Ao passear pelos 25 hectares da Herdade do Vale das Sobreiras, é impossível não se apaixonar pela simbiose perfeita entre a Natureza e a sofisticada arquitetura que respeita e se adapta ao ambiente. A paisagem natural envolvente é simplesmente deslumbrante, com colinas verdes, sobreiros majestosos e uma sensação de paz que envolve cada visitante. Este é o cenário perfeito para aqueles que desejam se reconectar com a natureza e encontrar um refúgio longe do stress da vida cotidiana.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

O Sobreiras Alentejo Country Hotel oferece uma experiência completa, que vai além do simples alojamento. Para aqueles que desejam explorar a gastronomia local, o restaurante do hotel é um verdadeiro tesouro culinário. Aqui, os hóspedes podem saborear pratos tradicionais alentejanos preparados com ingredientes frescos e locais, garantindo uma experiência gastronómica autêntica. A vasta seleção de vinhos regionais complementa perfeitamente cada refeição, permitindo que os visitantes apreciem os sabores característicos da região.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Além disso, o Sobreiras Alentejo Country Hotel oferece uma variedade de atividades e experiências para os hóspedes. Desde passeios a cavalo nas colinas alentejanas até degustações de vinhos, a equipe do hotel está à disposição para ajudar a planejar e organizar atividades que atendam aos interesses de cada hóspede. A piscina do hotel é um local ideal para relaxar e se refrescar nos dias quentes de verão, enquanto o spa oferece tratamentos relaxantes para quem deseja se mimar.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Se você está planeando uma escapadela romântica, uma reunião de família, ou simplesmente deseja fugir da agitação da cidade e se reconectar com a natureza, o Sobreiras Alentejo Country Hotel é o destino perfeito. A hospitalidade calorosa da equipa, o ambiente sereno e a beleza natural da região farão com que a sua estadia seja verdadeiramente inesquecível.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Em resumo, o Sobreiras Alentejo Country Hotel oferece uma experiência única no coração do Alentejo, onde a tranquilidade, a beleza natural e o conforto se unem para criar um refúgio perfeito.

 

Sobreiras Alentejo Country Hotel- Portugal

 

Reservas: Sobreiras Alentejo Country Hotel

 

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BELFAST (IRLANDA DO NORTE): CIDADE DE MUROS, MURAIS E MUITO MAIS

 

Belfast (Irlanda do Norte): cidade de muros, murais e muito mais

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A minha última incursão pelas Ilhas Britânicas durou nove dias, terminou em Belfast onde fiquei os últimos três. Edimburgo e Glasgow na Escócia completou o passeio. Consciente que esses países têm muito mais para explorar que as capitais, voltar um dia a estes territórios insulares não está descartado.

Sendo menor, com menos pubs, e muito menos divertida que Dublin, capital da República da Irlanda, Belfast, a capital da Irlanda do Norte não deixa de ser uma cidade muito interessante. É normalmente visitada desde Dublin, pois daí facilmente se acede por via terrestre, de comboio ou de autocarro, sendo neste último o percurso feito em auto estrada, sem paragens. Cerca de 180 Km, dois diferentes regimes (republicano e monárquico), duas religiões predominantes (Católica e Protestante), duas moedas em circulação (Euro e Libra), e mais recentemente o BREXIT, Reino Unido e União Europeia, separam as capitais dos dois países que constituem a Ilha da Irlanda.

 

Belfast, zona da Cathedral Quarter, vida noturna

 

Belfast, zona central, Scottish Provident Institution building

 

Belfast, zona central, John Bell House, residência universitária

 

Belfast, vitral de homenagem à série ´War of thrones´ , filmada na cidade

 

Belfast, vista da Colina de Cavehill junto ao Castelo

 

Belfast, exterior da Câmara Municipal, Cenotáfio de Belfast e Jardim da Memória

 

Belfast, Connor´s corner

 

Belfast, avisos ao estilo britânico. Quem prevarica, paga pela medida grande!

 

Belfast, avisos ao estilo britânico. Quem prevarica, paga pela medida grande!

 

Belfast, acesso ao Castelo pela Colina de Cavehill

 

Belfast vista desde a Colina de Cavehill

 

Belfasrt, Tribunal ´Crumlin Road Courthouse´

 

A história desta ilha remonta a tempos pré-históricos, por volta do ano 8000 a.C que se julga ter sido o início da sua ocupação humana. Mais tarde, foram constituídas diversas tribos nas regiões de Ulster, Connacht, Meath, Leinster e Munster. Os primeiros povos invasores, os Celtas, chegaram pelo ano de 1600 a.C. No primeiro milénio sofreu outras invasões, de povos Vikings, mas é a Ocupação Britânica, iniciada no século XII,  a mais conhecida pois esta implicou  rompimentos com a religião católica em detrimento de outras (Protestante e Anglicana). Devido aos sentimentos nacionalistas e às religiões, as “Irlandas” após muitos conflitos (todos já ouvimos falar do IRA) acabaram por se separar no século passado, mas os conflitos entre católicos e protestantes mantêm-se mesmo nos dias de hoje.

 

Belfast, uma das ruas da zona de Cathedral Quarter

 

Belfast, Shankill Road

 

Belfast, Fonte Jaffe, homenageando Daniel Joseph Jaffe, um mercador de linho

 

Belfast possui bairros separados por muros, chamados de Muros da paz, ou da vergonha dependendo dos pontos de vista. Por tudo isso, diversas cidades da Irlanda do Norte, tal como Belfast são verdadeiros “barris de pólvora”, pois conflitos e atentados com motivações nacionalistas e religiosas são recorrentes. Percorrendo as ruas da cidade, encontram-se diversos memoriais a vítimas que sucumbiram a esses conflitos, muitos com datas bem atuais. Belfast tem cerca de 34 Km destes muros, com mais de 5 metros de altura, distribuídos pela zona oeste sendo Cupar Way e Lanark Way as ruas mais conhecidas por este motivo. Muros contendo várias mensagens políticas e de apelo à paz, através de pinturas ou cartazes. Nessa zona oeste da cidade, encontramos Shankill Road, uma rua com cerca de 2,5 km. O nome homenageia a classe trabalhadora, associada a sindicatos com ligações à religião Protestante, conhecida como “The Shankill”. Por essa rua encontramos diversos cartazes associados às lutas dos trabalhadores.

 

Belfast, Muros da paz (ou da vergonha…)

 

Belfast, Muros da paz (ou da vergonha…)

 

Belfast, Muros da paz (ou da vergonha…)

 

Belfast, Muros da paz (ou da vergonha…)

 

Belfast, mural dedicado à Elizabeth II

 

Belfast, muirais de cariz religioso

 

Belfast, memorial a vítimas dos conflitos

 

Belfast, memorial a Robert Dougan, uma das vítimas dos conflitos, e a George Best, natural de Belfast

 

Belfast, memorial a Alex Higgins, natural de belfast, brilhou nas mesas de snooker

 

No cruzamento com Northumberland Street encontramos Connor´s corner, um memorial a William Connor, um pintor, nascido ali perto em 1881, tendo nas suas obras retratado o modo de vida da cidade com várias cenas de rua. No cruzamento com Crimea street, existe um mural dedicado à rainha Elizabeth II, personalidade que muito contribuiu para a paz na cidade, construído em 2022, altura em que a monarca comemorava o Jubileu de Platina. Murais há imensos espalhados pelas maiores cidades da Irlanda do Norte, com mensagens políticas, religiosas, de apelos à paz ou mesmo revolucionárias, tornando-se património cultural e atrações turísticas. Qualquer percurso por Belfast terá obrigatoriamente de passar por estas ruas e transpor os muros da paz, através dos portões que permitem a passagem para outro lado, onde se encontram os bairros onde prevalece o catolicismo, e também a visita à Catedral de São Pedro.

 

Belfast, Catedral de São Pedro (Católica)

 

Belfast, Catedral de São Pedro (Católica)

 

Belfast, Catedral de São Pedro (Católica)

 

Tendo ficado alojado em plena zona Oeste, num dos bairros ligados à religião Protestante, em Crimea Street, esta foi a parte da cidade que obrigatoriamente ao início e final dos dias calcorreava. A zona central dista pouco mais de 1 Km. Caminhando, acede-se primeiro a zona da Cathedral Quarter, constituída por diversas ruas circundantes da Catedral de Santa Ana, templo religioso da Igreja Protestante, locais prediletos da vida noturna.

 

Belfast, Catedral de Santa Ana (Protestante)

 

O edifício da Câmara Municipal é o mais emblemático da cidade, dominando a sua zona central, mesmo encontrando-se na proximidade de outros de arquitetura muito interessante, edifícios e ruas de negócios em sintonia com edifícios e ruas de comércio. Localiza-se em Donegall Square onde diversas ruas, inclusivamente as ruas pedonais de comércio, confluem. O impressionante edifício foi construído em 1898 para substituir o antigo  localizado em Victoria Street, que não era considerado suficientemente imponente pelos políticos. Belfast vivia um período de expansão económica, devido ao comércio do linho, tendo a Rainha Vitória lhe dado o estatuto de cidade. Belfast chegou mesmo a ultrapassar Dublin como a cidade mais populosa da Ilha da Irlanda.

No seu exterior encontra-se o Cenotáfio de Belfast e o Jardim da Memória que homenageia as vítimas da I Guerra Mundial, diversos memoriais de guerra e não só.

 

Belfast, Câmara Municipal

 

Belfast, Câmara Municipal

 

A visita ao seu interior é gratuita e o tour organizado que dura cerca de uma hora leva-nos a diversas salas localizadas no piso superior, pois o piso inferior é de livre acesso, onde existem salas com bonitos vitrais que mostram cenas da história da cidade e também uma exposição. O hall de entrada, a escadaria e os corredores, a abóbada, a Sala dos Trajes onde estão os se expõem diversos trajes cívicos e as jóias da Presidente, usadas desde 1897 incrustadas com diamantes e pedras preciosas, usadas desde 1897, a Sala do conselho onde os 60 membros eleitos da Câmara Municipal se reúnem mensalmente, que inclui diversos artefatos como os dois tronos reais, construídos no início do século XIX, usados por Jorge V e pela Rainha Maria durante a inauguração deste edifício, ambos oriundos de Portugal, do Palácio das Necessidades, “despachados” para o Reino Unido pelos Republicanos, após a revolução de 1910 e uma Sala dos Eventos onde ocorrem mais de 500 eventos anualmente. Destaca-se um dos quadros, Sr Edward Harland, antigo presidente da Câmara e fundador da Harland & Wolff, companhia que construiu o Titanic.

 

Belfast, Câmara Municipal

 

Belfast, Câmara Municipal, vitrais

 

Belfast, Câmara Municipal, vitrais

 

Belfast, Câmara Municipal, vitrais

 

Belfast, Câmara Municipal, vitrais

 

Belfast, Câmara Municipal, vista da abóbada no interior

 

Belfast, Câmara Municipal, Sala dos Eventos

 

Belfast, Câmara Municipal, Sala do conselho

 

Belfast, Câmara Municipal, Sala do conselho, tronos reais oriundos de Portugal

 

Belfast, Câmara Municipal, piso superior

 

Belfast, Câmara Municipal, piso inferior, hall de entrada e escadaria

 

Belfast, Câmara Municipal, exposição do piso inferior

 

Belfast, Câmara Municipal, Edward Harland, antigo presidente e fundador da Harland & Wolff

 

Belfast é banhada pelo Rio Lagan, a sua zona ribeirinha fica localizada a curta distância do coração da cidade. Zona ribeirinha que carrega história pois por ali existiram os estaleiros da companhia Harland & Wolff onde o Titanic foi projetado e construído. Titanic Quarter é uma nova zona da cidade, já afastada do seu centro, em tempos onde existiam estaleiros navais, encontra-se em constante remodelação, sendo o Titanic Belfast a sua maior atração. Trata-se de um edifício, construído entre 2005 e 2012, ano em que abriu ao público, cuja arquitetura é inspirada no navio. Nele funciona o museu dedicado à história desse famoso transatlântico, que acabou em tragédia. Infelizmente e com muita pena minha, o mesmo encontrava-se encerrado para reformulação. Terei um dia de regressar a Belfast, irei aguardar que essa zona da cidade, esteja totalmente reconstruída e modernizada, o que se julga que ocorra até ao ano 2030. De certeza que um museu desta natureza e envergadura entrará direto na lista dos melhores que tenho visto pela Europa. Em relação ao Titanic, de momento tenho de me contentar com o que vi acerca dele em Liverpool e também uma exposição, Titanic Exhibition que percorre vários países e em 2009 passou por Lisboa.

Pelo Titanic Quarter foram feitas filmagens da série “Game of thrones”, mais concretamente no “Paint Hall Studio” que aí se localiza.

 

Belfast, Rio Lagan

 

Belfast ,Titanic Quarter

 

Belfast ,Titanic Experience, museu

 

A cerca de 6 km da zona central encontramos o Castelo de Belfast. Situa-se na Colina de Cavehill, a uma altitude de 120 metros e vale sobretudo pelas vistas panorâmicas sobre a cidade, zona portuária e marítima. O edifício sobressai pelos seus jardins e pela sua arquitetura romântica em estilo baronial escocês.  Ao longo da história, Belfast teve várias fortificações semelhantes, mas a sua construção remonta a finais da década de 1860, ordenado pela III Marquesa de Donegall para substituir outro que havia sido destruído por um incêndio. Em 1934 foi doado à cidade  sendo um local de exposições.

 

Belfast, Castelo

 

Belfast, Castelo

 

Obrigatório visitar o Museu Ulster, o museu nacional, localizado nas imediações da Universidade. À semelhança de outros, expõem artefatos de arte, história natural, ciências e arqueologia. Não falta uma múmia do Antigo Egipto, algo normal em museus britânicos. A entrada é gratuita. Um passeio pelo Jardim Botânico completa a visita.

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Museu Ulster, múmia do Antigo Egipto

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Museu Ulster

 

Belfast, Universidade

 

Belfast, Universidade

 

Uma das atrações mais visitadas na cidade é a Prisão de Crumlin Road. A construção desta infame prisão de estilo Vitoriano, ocorreu entre 1843 e 1845 e somente 1996 foi encerrada, funcionando de momento como atração turística e centro de conferências. Assassinos, prisioneiros políticos e até mesmo crianças presas por roubo ali cumpriram pena, alguns aguardando execução ou deportação para a Austrália. No edifício em frente, atravessando a rua (Crumlin Road) encontra-se o antigo tribunal, Crumlin Road Courthouse, onde após os julgamentos, os condenados eram levados do banco dos réus diretos para a prisão, através de um túnel subterrâneo, escuro, estreito e frio, que fazia antever a “luz ao fundo” do mesmo o que era.

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road

 

No início da visita podemos observar diversos objetos expostos que nos causam pesadelos, como algemas, chaves, chicotes, cassetetes e outros usados em castigos corporais e nas execuções.

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, exposiçãom chaves e algemas

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, cela

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, cela

 

A visita além de passar junto do túnel de acesso, inclui a sala onde os prisioneiros deixavam seus pertences, recebiam um uniforme e um número, como seriam identificados dali em diante, os corredores, as alas e algumas das celas, onde cumpriram pena muitos famosos, por bons, porque lutaram por valores democráticos, ou por maus motivos, porque cometeram crimes hediondos! A parte mais aterradora da visita é a zona das execuções, composta por uma antecâmara onde era servida a última refeição ao condenado e onde este poderia fazer a última oração. Dali abria-se uma porta, camuflada por uma estante de madeira, para acesso à sala final, adjacente, onde o alçapão ainda permanece aberto, com um piso de vidro através do qual podemos ver o andar em baixo, onde os corpos inertes eram recebidos por guardas, um padre e um médico. Dali eram enviados para o pátio da prisão, onde termina a visita, para serem enterrados junto do muro, sem qualquer identificação. À família não lhe era permitido sequer ver o corpo nem receber os seus pertences. Ali foram levadas a cabo 17 execuções e vários condenados não sabiam para que dia elas estavam programadas.  Robert Andrew McGladdery, a 20 de dezembro de 1961 foi o último executado, sentenciado à morte por assassinato. À “boa maneira britânica” as execuções eram efetuadas por enforcamento, sendo este método ainda nos dias de hoje utilizado em países desenvolvidos, como Singapura, devido à influência colonial, para punir crimes como tráfico de droga. Foi William Marwood, na segunda metade do século XIX, que desenvolveu e aprimorou esta técnica de execução, através de enforcamento por queda longa, supostamente indolor e de morte instantânea, sendo o comprimento e o diâmetro da corda calculado em função do peso do condenado, com recurso a uma tabela. Já no século XX, após a II Guerra Mundial Albert Pierrepoint, ficou famoso por ser um eficiente carrasco, ter executado algumas centenas de condenados, e ter sido enviado para a Alemanha para executar condenados nazis por crimes de guerra. A sua vida foi retratada no filme ” The Last Hangman”. Pierrepoint não chegou a exercer a sua atividade em Crumlin Road, mas foi assistente de algumas execuções. Deve ter feito ali um género de estágio profissional…

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, um dos guardas

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, torre de vigia

 

Na cadeia e no hospital todos temos um lugar, pois nada nos garante que estamos a salvo de um problema de saúde, de um acidente grave, ou de sermos acusados injustamente de algo que não fizemos, ou mesmo porque o crime é como o sol, quando nasce é para todos. Ter gosto de visitar este tipo de atrações existentes pelo mundo pode ser um caso de psicologia ou mesmo psiquiatria. Contra mim falo. Visitar Alcatraz tem sido um estranho sonho adiado. Entretanto já visitei no Fim do mundo, em Ushuaia algo que não deve ficar atrás, mas talvez por ficar no Fim do Mundo e não em São Francisco, Hollywood ainda não se lembrou de a colocar no mapa, e Clint Eastwood já passou dos 90 anos de idade!

Mas deixemos essas coisas deprimentes de lado e pensemos em viajar que é dos melhores prazeres que a vida nos dá!

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, sala de execução, forca e alçapão

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, pátio

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road, ala

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road , túnel subterrâneo, de acesso desde o tribunal

 

Belfast, Prisão de Crumlin Road , exposição no pátio

 

VIAJAR PARA BELFAST 

 

Ryanair e Easyjet voam diretamente de Portugal para Belfast. Porém, desde Lisboa essa rota não existe. É possível de Lisboa voar para o aeroporto de Dublin pela Ryanair ou pela Aer Lingus e daí para Belfast de autocarro pela companhia Air Coach. Fiz esse trajeto no regresso a casa, pois a minha viagem iniciou-se na Escócia.

Entre Glasgow (Escócia) e Belfast, existe a National express, uma companhia de autocarros que serve as Ilhas Britânicas. Podem adquirir-se online as passagens de autocarro com ligação ao ferry da companhia Stena Line em Cairnryan. A viagem (barco e ferry) dura cerca de 6 horas. A viagem de ferry é muito agradável, pois no mesmo podemos desfrutar de inúmeras salas de entretenimento, bares, restaurantes, casino e até lojas duty free. Em Belfast, entre o terminal marítimo e o terminal rodoviário Europa Buscentre, existem carreiras de autocarro.

Para viajar para Belfast, desde Dublin, também é necessário passaporte.

 

Belfast, Alfândega

 

Belfast, Alfândega, estátua ´O orador´, homenageando Jim Larkin, líder sindical revolucionário

 

DORMIR EM BELFAST

 

Recomendo a estada no Crimea Street Townhouse Belfast. Económico e com uma localização,face aos principais pontos turísticos, e também do terminal rodoviário Europa Buscentre, num raio inferior a 2 Km.

Pode ser marcado pelo Booking. Trata-se de um alojamento particular, totalmente automatizado em relação a check in e check out. Cerca de 50€/noite em quarto individual com WC coletivo. Não possui serviço de guarda de bagagem.

 

Belfast, Relógio Albert em Queen’s Square, visto de uma das ruas da Cathedral Quarter

 

Belfast, Jardim Botânico

 

DESLOCAÇÕES EM BELFAST

 

A cidade é pequena, a pé conhecem-se todos os pontos principais. A rede de transportes é eficiente, sendo possível pagar as viagens diretamente ao motorista com cartão de crédito. As minhas deslocações foram praticamente todas a pé, apenas utilizei uma vez o autocarro, para ir do Castelo até Donegall Square.

 

Ferry que faz a ligação entre a Escócia e a Irlanda do Norte

 

Ferry que faz a ligação entre a Escócia e a Irlanda do Norte

 

COMER E BEBER 

 

Nestes países, a gastronomia não é o ponto forte.

A Irlanda do Norte, à semelhança da República da Irlanda, em termos gastronómicos possui alguns pratos típicos que são um regalo provar. “A Good Day Starts with a good Breakfast” é uma expressão popular por aqueles lados e todos sabemos bem o seu significado. Ao pequeno-almoço é consumido o prato mais emblemático do país. O Ulster fry, a fritada de Ulster, a região mais a norte do país. É constituído por toucinho, ovos, salsichas, sendo tradicionalmente tudo frito em banha. Acompanha com tomate, pedaços triangulares de pão com fermento e pão de batata, um pão achatado preparado numa fritadeira, com batata, farinha e soro de leite coalhado. Pode também incluir batata frita, feijão, cogumelos, outros tipos de pão, panquecas e um tipo de morcela, conhecida localmente como black pudding. Se estiverem por Belfast, para provarem o Ulster fry, aconselho vivamente o Maggie Mays mas preparem-se para esperar pela mesa pois o local é muito concorrido. Serão amavelmente recebidos por uma jovem e simpática equipa que vos tratará muito bem, sobretudo se forem portugueses, país cujos proprietários da casa têm bastante apreço.

 

Belfast, a simpática equipa do Maggie Mays, onde é tradicional tomar o pequeno almoço, obviamente o Ulster fry

 

O Belfast ham. É fabricado com a perna do porco desossada, salgada, depois fumada sobre turfa ou zimbro o que lhe confere um sabor picante e caraterístico. Belfast ham and cabbage é um prato que poderá ser pedido, trata-se do presunto servido com repolho. Sopa de legumesensopado de borrego também é tradicional, assim como o fish and chip, pratos consumidos em larga escala na Irlanda e na Grã-Bretanha.

 

Gastronomia local, Ulster fry, prato nacional, o típico pequeno almoço Irlandês

 

Gastronomia local, sopa de legumes

 

Gastronomia local, fish and chips

 

Gastronomia local, Belfast ham and cabbage

 

SOUVENIRS

 

A cadeia de lojas Carrolls Irish Gifts existe em Dublin e em Belfast, sendo os souvenirs bastante comuns às duas cidades. De Belfast nada trouxe, apenas de Dublin, uma boneca tradicional com vestes Irlandesas faz parte do minha coleção de souvenirs.

 

Belfast. ponte sobre o Rio Lagan

 

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GLASGOW, UMA CAPITAL CULTURAL DE FUTEBOL

 

Glasgow, uma capital cultural de futebol

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

(falemos primeiro da parte “cultural”)

 

Se tem aquela ideia estereotipada da Escócia, dos castelos, dos lagos e dos fantasmas, Glasgow vai desiludi-lo! Isto não significa que Glasgow não mereça ser visitada. Normalmente é uma das “portas” de entrada ou saída do país, não sendo por isso o objetivo principal de uma viagem à Escócia.

 

Sair de Edimburgo e viajar para Glasgow, são cerca de 80 km, os suficientes para deixarmos para trás a mística e assombrada Escócia, a tal que os turistas procuram e se encantam. Entramos então numa cidade que nos lembra em parte, Manchester, pois tal como esta, não sendo uma cidade bonita, conjuga na perfeição zonas onde abundam edifícios de arquitetura moderna, nomeadamente nas margens do Rio Clyde, com outras onde os edifícios de arquitetura tradicional britânica dominam a paisagem.

 

Glasgow, zona central

 

Glasgow, zona central, sala de concertos

 

Glasgow, zona central Teatro Tron

 

Glasgow é a maior cidade da Escócia, a terceira maior do Reino Unido, com cerca de 600 mil habitantes, mais de 1 milhão na sua área metropolitana. Tal como Edimburgo, localiza-se na região das Lowlands, as Terras Baixas. A sua formação remonta ao século VI, um pequeno povoado, tendo na Idade Média se transformado num Bispado, o Bispado de Glasgow.

A sua universidade, Universidade de Glasgow fundada no ano de 1451 é a quarta mais antiga do Mundo. O seu edifício é um dos locais de visita obrigatória. A sua construção contribuiu para um movimento ocorrido no século XVIII chamado de Iluminismo Escocês, semelhante ao que aconteceu em Paris, com o aparecimento de intelectuais e obras científicas na cidade, numa altura em que o país se encontrava entre os mais pobres e era considerado um dos mais atrasados da Europa Ocidental. A partir do século XVIII a cidade transformou-se num dos principais centros do comércio transatlântico com o continente americano. A Revolução Industrial, com os fenómenos de êxodo rural, fez com que a cidade e a sua região crescessem, tornando-se num dos principais centros de engenharia e construção naval. Em Glasgow foram construídas diversas embarcações famosas e revolucionárias. Na era vitoriana, Glasgow foi conhecida como a “Segunda cidade do Império Britânico”. A sua ligação ao mar tornou-a num centro de importação de tabaco das colónias americanas. Os lucros obtidos com comércio de tabaco no século XVIII foram investidos na indústria no século XIX, mas também na educação e na ciência ao longo do tempo. Mesmo quando o comércio de tabaco abrandou, Glasgow manteve-se um importante centro económico, o que acontece até aos nossos dias.

Investir na Educação é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade. Glasgow é exemplo disso. Muitos alunos da Universidade de Glasgow eram filhos de comerciantes e industriais da cidade. Ilustres personalidades passaram pelo campus daquela universidade. James Wilson, um dos signatários da Declaração de Independência dos Estados Unidos, Andrew Bonar Law,  William Lamb, Henry Campbell-Bannerman que foram primeiros-ministros do Reino Unido (estes não tiraram o curso ao Domingo…),  Nicola Sturgeon e Donald Dewar, que primeiros ministros escoceses, o economista Adam Smith, o filósofo Francis Hutcheson, o físico William Thomson, conhecido por Lord Kelvin (os graus Kelvin da Física…),John Maclean, um socialista revolucionário, e também James Watt, um engenheiro escocês que com a sua invenção mudou o mundo para sempre. Visitar o campus da Universidade de Glasgow a ter entrado no pavilhão de engenharia foi um dos momentos altos da minha passagem pela cidade. Existe lá o modelo da famosa máquina a vapor, impresso em 3D, um tributo dos estudantes a James Watt. Neste pavilhão é impossível ficar indiferente a uma placa com os nomes de diversos estudantes de engenharia, alguns já formados, que perderam a vida nas duas Grandes Guerras Mundiais.

 

Glasgow, Universidade

 

Glasgow, Universidade

 

Glasgow, Tolbooth

 

No coração da cidade encontramos uma grande praça, a George Square, uma verdadeira sala de visitas. Dominada pelo edifício da Câmara Municipal (Glasgow city chambers) é um excelente ponto de partida para explorar a zona central, constituída pelas ruas nas suas imediações. Muitas ruas pedonais, lojas, restaurantes e pubs, Glasgow é famosa pela sua vida noturna, por isso é um dos locais mais concorridos, de dia e de noite ao final da semana, como é exemplo a área chamada de Merchant City. Mais afastado, podemos encontrar a Catedral de Glasgow, templo religioso Católico, a catedral mais antiga da Escócia continental e o edifício mais antigo da cidade. Ao lado a Necrópole de Glasgow local de grande romaria, um cemitério vitoriano, com mais de 50 mil pessoas sepultadas, incluindo escoceses famosos, muitas lápides e túmulos por lá concentrados ao longo da colina. A outra catedral, a Catedral Metropolitana de Santo André fica próxima da zona ribeirinha, onde facilmente acedemos caminhando.

 

Glasgow, Catedrale e Necrópole

 

Glasgow, Catedral

 

Glasgow, Catedral

 

Por Clyde Waterfront , a zona ribeirinha pode fazer um passeio com cerca de 10 Km, desde Glasgow Green, no centro da cidade, até Dumbarton, ao longo do leito Rio Clyde, observando diversas pontes, onde se destaca a Ponte Finnieston Road também chamada de Clyde Arc, e a Ponte Gateshead Millennium e outras semelhantes a algumas existentes em cidades Europeias como Berlim, Londres, Paris ou Budapeste! A zona conhecida por Porto de Glasgow, carrega a história da cidade, foi modernizada, à semelhança de outras zonas ribeirinhas de várias cidades como Liverpool ou mesmo a  Zona Oriental da nossa Lisboa.

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Sage Gateshead

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Sage Gateshead

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Ponte Squiggly

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Ponte Gateshead Millennium

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Ponte Finnieston Road (Clyde arc)

 

Glasgow, Clyde Waterfront, OVO Hydro

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Glasgow Science Centre

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Catedral Metropolitana de Santo André

 

Glasgow, Clyde Waterfront, Catedral Metropolitana de Santo André

 

Glasgow, Clyde Waterfront , Riverside museum

 

Glasgow, Clyde Waterfront , Ponte Suspensa Southportland Street

 

Glasgow, Clyde Waterfront , Ponte City Union

 

Glasgow, Clyde Waterfront , Ponte Albert

 

Ali encontramos modernos edifícios junto das suas margens como por exemplo o Glasgow Science Centre, uma enorme área didática e interpretativa dedicada às ciências e direcionada para os mais novos, a Clydebank College , uma instituição de ensino médio, o Sage Gateshead, uma sala de concertos, a OVO Hydro, uma sala de espetáculos multiusos, o SEC Armadillo, um auditório, a BBC Pacific Quay, estúdios de televisão da BBC escocesa, e o Riverside Museum, um museu acerca dos transportes públicos da cidade, que possui inclusivamente no seu interior o modelo de uma estação de metropolitano. Muito interessante e com entrada gratuita.

 

Glasgow, Riverside museum

 

Glasgow, Riverside museum

 

Glasgow, Riverside museum

 

Glasgow, Riverside museum

 

Glasgow, Riverside museum

 

Glasgow em 1990 foi designada como Capital Europeia da Cultura, uma boa oferta cultural, com museus e galerias de arte de entrada gratuita.

GoMA (Gallery of Modern Art), localizado em pleno sobressai pelo seu edifício localizado na zona central. Arte moderna e contemporânea para quem é apreciador!

 

Glasgow, GoMA (Gallery of Modern Art)

 

Glasgow, GoMA (Gallery of Modern Art)

 

Glasgow, Glasgow, Clyde Waterfront, Sage Gateshead

 

Glasgow, Glasgow Green ,People ‘s Palace

 

Kelvingrove Art Gallery and Museum é sem dúvida o mais importante. Um museu à semelhança do Museu Nacional da Escócia de Edimburgo, que exibe artefatos relacionados com a História Natural, antiguidades egípcias e múmias (como qualquer museu britânico que se preze), armas e arsenais medievais, e com história do país e da cidade. A galeria de arte, os quadros podem destacar-se o “Cristo de São João da Cruz” de Salvador Dali e “Alexander Reid” de Van Gogh.

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum , ´Cristo de São João da Cruz´ de Salvador Dali

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum , ´Alexander Reid´ de Van Gogh

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum

 

Glasgow, Kelvingrove Art Gallery and Museum

 

People ‘s Palace localiza-se no Parque Glasgow Green, o parque mais antigo da cidade. À semelhança do Kelvingrove Art Gallery and Museum, o seu edifício também é emblemático. No seu interior existe uma exposição que documenta a história social de Glasgow, o seu modo de vida desde 1750 ao século XX.  Não faltam referências a John Maclean, estando exposta a sua secretária onde terá passado para o papel as suas ideias revolucionárias marxistas, que sem êxito tentou implementar no país.

 

Glasgow, Clyde Waterfront

 

Glasgow, Clyde Waterfront

 

        (agora venha o futebol)

 

A minha estada em Glasgow foi de três noites. Mais de metade desse tempo útil foi dedicado ao futebol. Aliás, desde a tenra idade que o futebol me incutiu o desejo de visitar Glasgow. Desta vez a cultura veio por acréscimo! Futebol não é cultura, pelo que consegui a proeza de escrever tantas linhas acerca de Glasgow, sem falar de futebol! Ainda há poucos anos de Glasgow só conhecia o Rangers e o Celtic…

Se não for entusiasta, não tiver interesse por visitar estádios míticos, um gosto que se paga muito caro por estes lados, passar um dia em Glasgow é suficiente. Se for amante de futebol, então chegou ao local certo! De râguebi também, mas este último não é o meu caso…Visitar estes estádios de futebol, só é possível em visita guiada e aconselha-se marcação antecipada pois há muita gente a fazê-lo! Os escoceses são um povo de fino trato. O tratamento dado aos visitantes é de enorme cordialidade, sendo recebidos à porta do estádio por um guia trajado de fato e gravata, e no final o mesmo faz questão de se despedir individualmente de cada um.

Glasgow é uma das capitais do futebol mundial. O primeiro jogo oficial de futebol foi jogado por aqueles lados, perto de Hampden Park. A 30 de novembro de 1872, Inglaterra e Escócia empataram sem golos, num jogo que deveria ter sido bem “rasgadinho” pois as regras eram apenas 14 e diferentes das atuais 17.

 

Glasgow, Ibrox Stadium, sala de troféus

 

Museu do Futebol Escocês localiza-se no Estádio Hampden Park. Inaugurado em 1994, trata-se do primeiro museu dedicado ao desporto rei. Exibe uma enorme coleção de artefatos relacionados com o futebol escocês, e muitas relíquias, incluindo a Taça da Escócia, o troféu oficial mais antigo da história do futebol.

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês,Taça da Escócia, troféu oficial mais antigo da história do futebol

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês, área dedicada ao futebol feminino

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês, Alex Fergusson e Richard Gough

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês

 

Glasgow, Museu do Futebol Escocês

 

Hampden Park é a casa do Queen ‘s Park Football Club é conhecido por ser o estádio nacional e palco dos jogos da Seleção escocesa de futebol.  É palco em todas as épocas das finais da Taça da Liga e da Taça da Escócia. Sediou a final da Champions de 2002 onde Zidane pintou um poema, aquele que é considerado por muitos como o melhor golo da história das finais dessa competição, que garantiu ao Real Madrid ser campeão europeu pela 9ª vez. Em 2007 foi palco da final da Taça UEFA ganha pelo Sevilha (sem batota) perante o Espanyol no desempate por penaltis, a segunda do seu historial. Sediou também jogos do Euro 2020, disputado no ano seguinte devido à Pandemia.

Foi o maior estádio do mundo até 1950, quando o Estádio Maracanã no Rio de Janeiro foi inaugurado, tendo com record de assistência de cerca de 157 mil espetadores, em 1937 num jogo entre Inglaterra e Escócia. Atualmente a sua lotação é cerca de um terço. Só é possível visitá-lo em visita guiada sendo conveniente marcação prévia.

A mesma percorre locais como balneários, incluindo o da equipa de arbitragem, onde podemos tocar usada para que os jogadores compareçam na boca do túnel para entrarem em campo.  As bancadas, incluindo os lugares da família real, o relvado, o banco de suplentes e a sala de imprensa, sala de aquecimento que é usada para montar os camarins quando ali são levados a cabo espetáculos musicais, são alguns dos outros locais incluídos na visita.

A visita a Hampden Park ocupou-me toda manhã do último dia passado na Escócia.

 

Glasgow, Hampden Park

 

Glasgow, Hampden Park, com a réplica da Taça da Escócia

 

Glasgow, Hampden Park

 

Glasgow, Hampden Park

 

Celtic Park também chamado de “Parkhead” e alcunhado de “Paradise” devido a uma frase proferida por um jornalista aquando da sua construção em 1892 , “mudança de um cemitério para o paraíso”, pois o anterior estádio ficava do lado contrário da rua, é a casa do Celtic Football Club, uma das duas equipas com maior palmarés no país. Possui adeptos dos mais fervorosos do Reino Unido, comparáveis aos do Liverpool devido ao apoio incansável à equipa em todos os jogos, e também por entoarem a música “We will never walk alone”. Assistir a um jogo em Celtic Park é tida como uma das maiores experiências que um adepto de futebol pode viver. Muitos dos adeptos do Celtic são de origem irlandesa, assim como o seu fundador, Andrew Kerins, conhecido por Brother Walfrid. À porta encontramos a sua estátua e também a do antigo treinador Jock Stein, campeão europeu em 1967, e as dos jogadores que fizeram parte dessa equipa, Jimmy Johnstone, a maior figura de sempre e Billy McNeill, guarda-redes e capitão.

A visita inicia-se na sala de troféus com a mostra de taças conquistadas pelo clube com destaque para a Taça dos Campeões Europeus ganha em 1967 ao Inter de Milão no nosso Estádio Nacional. A zona é um mini museu, os clubes escoceses não são ecléticos como os nossos 3 grandes. Pouco ou nada mais têm que futebol. A visita prossegue para as bancadas, balneários, túnel de acesso, relvado, banco de suplentes e a sala de imprensa, entre outros locais.

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park, túnel de acesso

 

Glasgow, Celtic Park, Taça dos Clubes Campeões Europeus conquistada em Portugal

 

Glasgow, Celtic Park, sala de troféus

 

Glasgow, Celtic Park, sala de troféus, quadro alusivo à final de Lisboa (afinal é Oeiras)

 

Glasgow, Celtic Park, estátua de Jock Stein

 

Glasgow, Celtic Park, estátua de Billy McNeill

 

Glasgow, Celtic Park, banco de suplentes

 

Glasgow, Celtic Park, balneário e vestiário do Celtic FC

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park

 

Glasgow, Celtic Park

 

Ibrox Stadium, é a casa do Rangers Football Club conhecido internacionalmente como Glasgow Rangers, o grande rival do Celtic FC. Apesar do seu historial com mais de 150 anos, em 2012, entrou numa situação de falência tendo sido relegado para escalões inferiores. Em 9 anos, renasceu das cinzas, subiu vários escalões e tornou-se campeão da Scottish Premiership, a liga principal. Ali ocorreram duas tragédias, uma em 1902, devido ao desmoronamento de uma bancada de madeira e outra em 1971, quando um linxamento foi causado pela queda de uma multidão que descia uma escada para sair do estádio ainda antes do jogo terminar. Devido a isso, foram ao longo dos tempos levadas a cabo diversas remodelações, tendo em 1997 o recinto a forma atual. Um memorial a essa tragédia existe no exterior do estádio. A bancada principal, é denominada Bill Struth, em homenagem a um dos maiores dirigentes do clube, com a sua fachada em tijolos vermelhos é considerada como um edifício classificado. A visita centra-se sobretudo na bancada Bancada Bill Struth, pois na mesma encontram-se os balneários em estilo retro com várias madeiras, a sala de troféus, o gabinete do antigo administrador e a sala azul, um género de salão nobre. As bancadas, os balneários, o túnel de acesso, o relvado, o banco de suplentes e a sala de imprensa são alguns dos outros locais incluídos na visita.

As visitas ao Ibrox Stadium e ao Celtic Park ocuparam praticamente um dia inteiro!

 

Glasgow, Ibrox Stadium

 

Glasgow, Ibrox Stadium, Souness, túnel de acesso

 

Glasgow, Ibrox Stadium, Souness, jogador famoso, em Portugal não deixou saudades

 

Glasgow, Ibrox Stadium, sala de troféus

 

Glasgow, Ibrox Stadium, sala de troféus, os títulos nacionais conquistados

 

Glasgow, Ibrox Stadium, sala de troféus

 

Glasgow, Ibrox Stadium, sala de imprensa

 

Glasgow, Ibrox Stadium, Sala Azul

 

Glasgow, Ibrox Stadium, banco de suplentes

 

Glasgow, Ibrox Stadium, balneário do Rangers FC, com estilo retro

 

Glasgow, Ibrox Stadium, balneário da equipa visitante, com estilo retro

 

Glasgow, Ibrox Stadium

 

Glasgow, Ibrox Stadium

 

De Glasgow segui para Belfast (Irlanda do Norte)

 

COMER E BEBER 

 

gastronomia das ilhas britânicas não deixa saudades. É sobretudo tipo de comida de pub, que é basicamente o mais consumido no Reino Unido, certamente é feita com produtos congelados. Um pub foi obviamente concebido para servir bebidas alcoólicas, e as refeições que por lá são servidas, é natural que a matéria-prima seja à base deste tipo de produtos, fáceis de armazenar por longos períodos de tempo e para confecionar aqueles pratos adequa-se na perfeição. Ir a um pub para comer uma refeição também é um ritual, mesmo sabendo de antemão o que nos irá ser servido, e não deixa de ser um enorme prazer para qualquer turista que visite o Reino Unido. 

Haggis é o prato nacional da Escócia. Trata-se de bucho de ovelha cozido, recheado com as suas miudezas (coração, fígado e pulmões) ligadas com farinha de aveia, sebo, cebola, sal e especiarias. É proibida a importação de pulmões de ovelha nos EUA, para enorme desgosto dos americanos de origem escocesa lá residentes, que ficam por isso privados de desfrutar a sua iguaria predileta! Haggis pode aparecer como topping de outros pratos, hamburgers por exemplo, ou servido em cima de puré de nabos ou de batata, haggis, neeps and tatties assim chamado. “Address to a haggis”, é um famoso poema de Robert Burns que homenageia esta iguaria. Haggis aparece no recheio do chicken balmoral, um peito de frango, depois envolto em bacon e servido com whisky ou molho de pimenta.

 

Gastronomia escocesa, scotch pie

 

Gastronomia escocesa, scotch pie

 

Gastronomia escocesa, scotch broth

 

As tartes são outras da especialidade, onde se destaca a Scotch pie, uma tarte recheada com carne de carneiro picada, carne bovina ou mesmo carne de cordeiro.
Stovies, é um guisado de carne e batata. O verbo “to stove” é o equivalente na língua local, a “to stew” na língua inglesa, que significa estufar. É confeccionado lentamente numa panela fechada com gordura (banha ou manteiga) e com outros líquidos, como leite, caldo ou geleia de carne.
Além da sopa de tomate, a scotch broth é uma das sopas mais tradicionais, feita geralmente com cevada, carne de cordeiro, de carneiro ou de vaca, batatas, leguminosas secas, repolho e alho francês.

 

Gastronomia escocesa, neeps and tatties

 

whisky é a bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. Quem viajar para a Escócia convencido que por lá o whisky se vende ao “preço da uva mijona”, esqueça! A bebida alcoólica é taxada de forma altíssima, por questões de saúde pública e assim evitar que os mais novos consumam. Uma garrafa pode custar alguns milhares de Libras, mas em algumas destilarias, é possível provar um copo por muito menos.

 

Gastronomia escocesa, hamburger com haggis forma de topping

 

Gastronomia escocesa, chicken Balmoral

 

SOUVENIRS

 

Impossível não falar da Escócia sem referir as suas tradicionais vestes. O kilt, é imediatamente associado. É um traje usado em ocasiões especiais, festas e cerimónias, apesar disso não é de todo incomum nos cruzarmos na rua com homens assim trajados, sobretudo em locais turísticos. É possível adquirir essas vestes em lojas típicas de produtos escoceses, se pretendemos qualidade e estivermos dispostos a pagar por ela, pois o tecido fabricado no país é muito diferente do que se encontra em lojas de souvenirs, onde abundam os produtos de origem asiática, obviamente mais baratos. Viajei para a Escócia, mas voltei com o desejo antigo de tirar uma foto trajado dessa forma. É possível fazê-lo, mas custa caro! Dos muitos souvenirs existentes, o Kilt é um deles, mas limitei-me a trazer comigo um boneco assim trajado. O Nessie é um souvenir tradicional, um boneco de pano que nada nos assusta!

 

Glasgow, George Square, Câmara Municipal

 

VIAJAR PARA A ESCÓCIA

 

A Easyjet e a Ryanair, voam diretamente de Portugal para a Escócia, para Edimburgo e para Glasgow, sendo possível com antecedência encontrar tarifas muito simpáticas.

 

Glasgow, metropolitano

 

Glasgow, estação de metropolitano

 

VIAJAR PELA ESCÓCIA  

 

Entre Edimburgo e Glasgow, a forma mais fácil de o fazer é de comboio, existindo mais de 180 ligações diárias. As companhias Cross Country, ScotRail e London North Eastern Railway.  A viagem dura cerca de uma hora. O preço varia consoante a hora e a antecedência, podendo ser adquirido online ou na bilheteira. De comboio também se pode percorrer o país, ou não tenha sido na Grã-Bretanha que este meio de transporte foi inventado.

A Glasgow cheguei de Edimburgo e de Glasgow segui para Belfast (Irlanda do Norte). A National express é uma companhia de autocarros que serve as Ilhas Britânicas. Podem adquirir-se online as passagens entre Glasgow e Belfast, de autocarro com ligação ao ferry Stena Line em Cairnryan. A viagem (barco e ferry) dura cerca de 6 horas.

A estação ferroviária “Glasgow Central” e o terminal rodoviário “Buchanan Bus Station” ficam a curta distância da George Square, no coração da cidade.

 

Glasgow, George Square

 

Glasgow, George Square, estátua de James Watt

 

DESLOCAÇÕES EM GLASGOW

 

A cidade é bem servida de transportes públicos da companhia SPT-Strathclyde Partnership for Transport. Metropolitano e autocarros fazem parte da oferta. A zona central e a zona ribeirinha facilmente se percorrem caminhando. Os estádios de futebol ficam mais distantes da zona central (cerca de 5Km), sendo o metropolitano a melhor forma de aceder ao Ibrox Stadium, descendo na estação “Ibrox”. Hampden e Celtic Park acedem-se de autocarro. Se optarem por caminhar desde o centro da cidade até Celtic Park, são cerca de 4 Km e poderão passar pelo Parque Glasgow Green e visitar o People ‘s Palace. Eu fiz isso. Note-se que as visitas aos estádios além de muito concorridas têm horários marcados.

 

DORMIR

 

A Escócia é um país caro, o alojamento não foge à regra, apesar de Glasgow ser mais em conta que em Edimburgo.

Recomendo ficar no Hampton Court Guesthouse. Boa localização, a cerca de 1Km de George Square, oferece alojamento económico com boa relação qualidade/preço, inferior a 50€/noite (viajei no mês de fevereiro) em quarto individual com casa de banho privativa. Inclui pequeno-almoço ao estilo britânico.

 

Glasgow, Clyde Waterfront

 

Glasgow, Clyde Waterfront, SEC Armadillo

 

 

Para alojamento em Edimburgo, consulte aqui.

 

Reservas (click):

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Iati- Seguro de Viagem

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ESCÓCIA ASSOMBRADA E ENCANTADORA – EDIMBURGO E TERRAS ALTAS

 

Escócia assombrada e encantadora – Edimburgo e Terras Altas

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Quando na tenra idade começamos a estudar a língua inglesa, os livros mencionam que o Reino Unido alberga um conjunto de ilhas, sendo a Grã-Bretanha a maior de todas. Ela encontra-se entre as ilhas mais visitadas do Mundo. Essa grande ilha alberga a Inglaterra cuja capital é Londres, o País de Gales, localizado a sudoeste, cuja capital é Cardiff e a Escócia localizada a norte, cuja capital é Edimburgo.

A Escócia é um dos países pertencentes ao Reino Unido, embora se julgue que muito em breve venha a deixar de o ser! Em 2014 os seus habitantes rejeitaram em referendo essa possibilidade, mas com a saída do Reino Unido da UE-União Europeia, o “BREXIT”, em 2020, essa hipótese cada vez é mais real para os escoceses e também para os galeses. Tudo se resume a interesses políticos, as relações com a UE, e económicos, pois a Escócia possui recursos importantíssimos, só o facto de ser banhado pelo Mar do Norte, onde existe petróleo, diz muito…

 

Edimburgo, Colina do Castelo e início da Royal Mile

 

A história da Escócia remonta aos tempos da ocupação romana no sul da Grã Bretanha, pois à parte norte da ilha, nessa altura chamada de Caledónia, os romanos nunca conseguiram chegar. Essa parte mais tarde deu origem ao Reino da Escócia, fundado, julga-se que no ano 843, tendo existido até 1707. Durante esse período, duas guerras entre Escoceses e Ingleses foram travadas, as “Guerras de Independência da Escócia”, tendo a Escócia mantido a sua soberania. William Wallace um nobre cavaleiro, um herói nacional, é um nome associado a este período, imortalizado no filme “Braveheart”.

O Reino da Escócia em 1707 juntou-se ao Reino da Inglaterra formando o Reino da Grã-Bretanha que existiu até 1800. Em 1801, os reinos da Grã-Bretanha e da Irlanda uniram-se para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. Em 1922, a Irlanda saiu deixou de pertencer ao Reino Unido, formando a República da Irlanda cuja capital é Dublin. Já a outra parte da Ilha da Irlanda, onde se situa a Irlanda do Norte, cuja capital é Belfast, manteve-se no Reino Unido. Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte assim chamado desde 1927, até aos dias de hoje.

 

Edimburgo, Princes Street, Monumento a Scott

 

A Escócia é um país maravilhoso, necessitando de vários dias para ser explorado. Da sua capital, podemos seguir para as Highlands (Terras Altas) com as suas cidades mais pequenas, castelos, paisagens verdejantes com montanhas, vales e lagos, assim como as suas mais de 800 ilhas, 93 delas habitadas.

A Escócia é um país bastante acolhedor com um povo muito afável e divertido.

 

EDIMBURGO (3 noites)

 

A capital que é desde 1999 sede do Parlamento Escocês, sediado num novo edifício, inaugurado em 2004, que podemos visitar o seu interior. O seu autor, o arquiteto espanhol Enric Millares, nunca teve essa possibilidade pois faleceu em 2000, durante a sua construção. A obra levantou muita polémica, não só pelos elevados custos, mas sobretudo porque a sua arquitetura moderna está em total desacordo com o resto da cidade. Visitar o Parlamento e as suas salas, nomeadamente o hemiciclo, é gratuito. O edifício fica próximo do Palácio de Holyroodhouse que é residência oficial na Escócia, do rei da Inglaterra. Carlos II sucedeu a Isabel II, sua mãe, que faleceu no Castelo Balmoral, tendo o seu cortejo fúnebre, a que todo o mundo assistiu pelas TVs, passando por Holyroodhouse.

 

Edimburgo, Gabinete da Coroa e Procuradoria do Serviço Fiscal

 

Edimburgo, Edifício do Parlamento

 

Edimburgo, Edifício do Parlamento, hemiciclo

 

Edimburgo é um local cujo seu ambiente medieval nos cativa. A cidade é escura e sorumbática, fazendo lembrar um conto fantasmagórico, mas mesmo assim não deixa de nos deixar rendidos a essa beleza estranha e macabra.  O clima típico da Escócia torna Edimburgo ainda mais sinistra. O céu é quase sempre cinzento, chove quase todos os dias, a chuva é miudinha, faz lembrar que entramos numa cabine de banho turco, mas com gotículas frias ao invés do vapor de água.

 

Edimburgo, Royal Mile

 

Edimburgo, Royal Mile

 

Rezam as lendas que em Edimburgo os fantasmas habitam escondidos em recônditos secretos dos pubs, casarões, hotéis e pelos becos das ruas. A saga de Harry Potter, o bruxo mais famoso do mundo, escrita por J.K. Rowling, tem passagens em Edimburgo, sendo uma delas na suíte do luxuoso Hotel The Balmoral, um dos edifícios mais fotografados.  É possível fazer tours organizados cujos guias contam essas histórias e levam o visitante a locais sinistros como é o caso dos “vaults”, galerias húmidas e sufocantes que formam algo como uma cidade subterrânea. Estas galerias foram descobertas no século passado, quando um morador encontrou “uma porta” para essa cidade perdida enquanto demolia uma parede ao fazer obras em casa. Diversos objetos como pratos, talheres, copos, calçados e até mesmo ossadas humanas foram encontradas nessas galerias subterrâneas, indicando que o local já abrigou muita gente. Os “vaults” possuem diversas escotilhas conectadas por corredores, largos e estreitos, que em tempos abrigaram muitas das pessoas marginalizadas, a ralé da sociedade: ladrões, assassinos, ciganos ou prostitutas.

A caça às bruxas também faz parte da história da cidade, nos séculos XVI e XVII, Edimburgo foi uma das cidades da Europa que mais torturou e matou mulheres acusadas de bruxaria.

A cidade alberga também cemitérios famosos como o Greyfriars Kirkyard onde jazem ilustres escoceses. J.K. Rowling inspirou-se em alguns dos nomes inscritos nas lápides para criar personagens da saga Harry Potter.

Tudo isto e muito mais acerca da cidade, podemos aprender quando visitamos o Museu de Edinburgo e o Museu da história do povo.

 

Edimburgo, Museu da história do povo

 

Edimburgo, Museu de Edinburgo

 

Edimburgo, Museu de Edinburgo, junto de uma viela

 

Edimburgo, Museu de Edinburgo, área dedicada a Greyfriars Bobby com os seus objetos

 

Edimburgo, Museu de Edinburgo

 

Edimburgo, Museu de Edinburgo

 

Greyfriars Bobby foi um famoso habitante da cidade. Um cão de raça Skye Terrier que passou cerca de 14 anos junto do túmulo do seu dono em Greyfriars Kirkyard. Bobby morreu em 1872, mas não pôde ser enterrado dentro do cemitério, pois tratava-se de um lugar consagrado. Foi enterrado dentro dos portões da igreja, num pedaço de solo não consagrado, a 70 metros do túmulo de seu dono. Um ano após a sua morte, foram erguidas uma fonte e uma estátua em sua homenagem, que são motivo de romaria à semelhança da estátua de Hachikō, na Shibuya em Tóquio. O bicho inspirou várias obras literárias como “Greyfriars Bobby”, de Eleanor Atkinson e os filmes “Greyfriars Bobby: The True Story of a Dog” e “The Adventures of Greyfriars Bobby”. O Museu de Edimburgo tem uma parte dedicada ao Bobby, expondo os objetos que ele utilizava: a coleira e a tigela onde comia. Sem dúvida que os animais são os nossos melhores amigos.

 

Edimburgo, Museu da história do povo

 

Edimburgo, kilt, roupa tradicional escocesa

 

Edimburgo, kilt, roupa tradicional escocesa

 

Edimburgo, Kick Ass Hostel

 

Edimburgo, Greyfriars Bobby

 

Dolly foi outro animal nascido na Escócia que se libertou da “lei da morte”, literalmente, pois nem o seu corpo descansa em paz. Uma ovelha, que foi o primeiro mamífero a ser clonado com sucesso a partir de uma célula somática adulta. Ela está embalsamada e pode ser vista no Museu Nacional da Escócia numa plataforma que está sempre a girar. Além da Dolly, o museu mostra a história do país desde as suas origens geológicas até aos dias de hoje. A exposição, onde não faltam múmias do Antigo Egipto como qualquer museu britânico que se preze, inclui também diversas áreas relacionadas com Geologia, Arqueologia, História natural, Ciência, Tecnologia e Arte. Três museus muito interessantes e cuja entrada é gratuita.

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia, ovelha Dolly

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Museu Nacional da Escócia

 

As principais ruas da zona antiga da cidade, local onde os turistas permanecem são The Royal Mile Princes Street, ambas com edifícios históricos. The Royal Mile, é tida como a rua mais importante de Edimburgo, como o nome indica, mede cerca de uma milha, unidade escocesa superior à inglesa, ou seja 1.814,2 metros, tendo nos seus extremos o Castelo de Edimburgo e o Palácio de Holyroodhouse. É dividida em seis zonas: CastlehillCastle EsplanadeLawnmarketHigh StreetCanongate e Abbey Strand.

 

Edimburgo, Princes Street, jardins

 

Edimburgo, Palácio de Holyroodhouse

 

Percorrendo a Royal Mile, encontramos diversas vielas (closes) e pátios (courts) e diversos edifícios importantes como a Catedral de Santo Egídio, igreja protestante, dedicada ao padroeiro da cidade.

 

Edimburgo, Catedral de Santo Egídio

 

Edimburgo, Catedral de Santo Egídio

 

Edimburgo, Catedral de Santo Egídio

 

O Castelo de Edimburgo é o local mais visitado da cidade, sobretudo devido à sua localização numa colina (Castle Hill) de onde as vistas panorâmicas são impressionantes. Para visitar esta fortaleza são necessárias algumas horas pois no seu perímetro encontram-se diversos edifícios com exposições: as Honours of Scotland (Honras da Escócia), assim são conhecidas as Joias da Coroa, compostas pela Coroa, a Espada do Estado e o Ceptro, que são conservados em perfeito estado como um dos conjuntos de objetos reais mais antigos do cristianismo. A Pedra do Destino, um importante símbolo nacional, pois sobre a mesma eram coroados os reis escoceses. Foi roubada pelo rei Eduardo I da Inglaterra em 1296 e permaneceu em Londres durante 700 anos, só em 1996 foi trazida de volta à Escócia. O Palácio Real, há muito desativado, o Memorial Nacional da Guerra da Escócia que é um edifício erigido em memória daqueles que perderam a vida nos conflitos ocorridos desde a I Guerra Mundial. O One o’clock gun, o tal canhão que dispara todos os dias às 13 horas, exceto dia de Natal, Sexta-Feira Santa e aos domingos, o Mons Meg, um enorme canhão do século XV com muitíssimo poder de fogo que protegia o local durante o reinado de Jacob II da Escócia, tendo sido utilizado durante a guerra contra os ingleses. As Prisões de guerra, que mostram como sobreviviam em péssimas condições os prisioneiros dos sótãos do castelo. O Museu Nacional da Guerra, que relata 400 anos de história militar do país, exibindo diversos objetos como armas, armaduras, roupa tradicional escocesa usada durante as batalhas, objetos pessoais e cartas enviadas aos familiares pelos soldados que estavam em missões de longa distância. Existe também um pequeno cemitério onde eram enterrados os cães do exército e uma capela, a Capela de Santa Margarida, rainha consorte da Escócia, esposa de Malcolm III da Escócia, venerada santa da Igreja Católica.

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo, vista para a cidade

 

Edimburgo, Castelo, vista para a cidade

 

Edimburgo, Castelo, Prisões de guerra

 

Edimburgo, Castelo, Prisões de guerra

 

Edimburgo, Castelo, Prisões de guerra

 

Edimburgo, Castelo, Prisões de guerra

 

Edimburgo, Castelo, Palácio Real

 

Edimburgo, Castelo, Palácio Real

 

Edimburgo, Castelo, One o’clock gun

 

Edimburgo, Castelo, Museu Nacional da Guerra, estátua do Marechal Earl Haig

 

Edimburgo, Castelo, Memorial Nacional da Guerra da Escócia

 

Edimburgo, Castelo, edifício onde estão guardadas as Honras da Escócia

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Castelo

 

Edimburgo, Casa Queensberry, sedia o escritório do Presidente

 

No extremo da Princess Street encontramos Calton Hill. A razão de Edimburgo ser alcunhada de “Atenas do Norte”. Trata-se de uma colina que possui um antigo observatório astronómico e diversos monumentos, nomeadamente o Monumento Nacional da Escócia, semelhante ao Parthenon, um memorial aos soldados e marinheiros escoceses mortos nas Guerras Napoleónicas, o Monumento de Dugald Stewart, um memorial ao filósofo escocês Dugald Stewart e o Monumento de Nelson, uma torre comemorativa em homenagem ao vice-almirante Horatio Nelson, que perdeu a vida na Batalha de Trafalgar, derrotando Napoleão Bonaparte, impedindo a sua ofensiva na conquista do Reino Unido. À semelhança do Castelo, por lá existe um canhão famoso, o Canhão Português! O mesmo data da altura da Dinastia dos Filipes, quando Espanha governava Portugal.  Este canhão está ligado ao tempo da Expansão europeia. Possui o Brasão Real Espanhol, tendo sido enviado no século XVII para servir nas Índias portuguesas. O canhão caiu nas mãos dos governantes do Arakan (Alta Birmânia atual Myanmar) de onde em 1785 foi levado para Mandalay (Myanmar). Em 1885, a Alta Birmânia foi conquistada pelas forças britânicas e o canhão foi exibido numa Feira internacional de Edimburgo em 1886, tendo posteriormente sido levado para Calton Hill.
O local é muito ventoso, a colina localiza-se próxima da Catedral de Santa Maria uma igreja católica. A visita vale sobretudo pelas vistas magníficas sobre a cidade, sobre o mar e seus arredores, sendo aquele que considero o mais pitoresco de Edimburgo, muito superior ao Castelo de Edimburgo com a vantagem de Calton Hill ser de acesso gratuito.

 

Edimburgo, Calton Hill. vista para a cidade

 

Edimburgo, Calton Hill. vista para a cidade, destaque para a sede da Rockstar North, empresa de desenvolvimento de videojogos

 

Edimburgo, Calton Hill. vista para a cidade

 

Edimburgo, Calton Hill. vista para a cidade

 

Edimburgo, Calton Hill. Monumento Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Calton Hill, Monumento Nacional da Escócia e Monumento de Nelson

 

Edimburgo, Calton Hill, Monumento de Dugald Stewart

 

Edimburgo, Calton Hill, Canhão Português

 

Edimburgo, Calton Hill, Canhão Português

 

Passeando pela Princes Street podemos encontrar os jardins, o Monumento a Scott, homenageando o escritor nacional Sir Walter Scott, vários edifícios importantes e também a Galeria Nacional da Escócia. O nome da obra de Nicolas Poussin, “O sacramento do casamento” chamou-me a atenção, mas por lá podem ser vistas obras de famosos pintores como Claude Monet, Henri Martin, Frederic Edwin Church, Rembrandt, Vincent van Gogh. A entrada é gratuita!

 

Edimburgo, Catedral de Santa Maria

 

Edimburgo, Catedral de Santa Maria

 

Edimburgo, Catedral de Santa Maria

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia,´Cataratas do Niagara vistas do lado Americano´ de Frederic Edwin Church

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia, ´O sacramento do casamento´ de Nicolas Pousisn

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia, ´Mulher na cama´ de Rembrandt

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia, ´Ameixeiras´de Vincent van Gogh

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia

 

Edimburgo, Galeria Nacional da Escócia

 

De Edimburgo fiquei com uma ideia geral, tendo visitado o mais importante. A cidade prolonga-se para longe, nos seus arredores banhados pelo Mar do Norte podemos observar 3 famosas e importantes pontes, a Forth Road Bridge, a Forth Bridge e a The Queensferry Crossing. Glasgow foi a paragem seguinte.

 

HIGHLANDS (tour de um dia desde Edimburgo)

 

O Norte da Europa é caracterizado por paisagens verdejantes, de povoamento deserto e a perder de vista. As Highlands (Terras Altas da Escócia) não fogem a essa regra. Montanhas, planícies e lagos, o clima característico com céu nublado e queda de chuva miudinha são uma constante. Diversos castelos fazem parte do mapa e por esses lados foram rodados alguns filmes e séries, “The Braveheart” e “Outlander” são exemplos.  A região cuja capital é Inverness, foi até ao século XVIII um sistema feudal de famílias, conhecidos por clãs escoceses. Até ao século XIX possuía grande concentração de habitantes, no entanto o aparecimento da Revolução Industrial causou a migração massiva para áreas urbanas, hoje a densidade populacional é de 8 pessoas por quilómetro quadrado. Para explorar a região são necessários alguns dias, no entanto a maior parte dos turistas que visitam a Escócia, visitam as Terras Altas em tours de um dia desde Edimburgo ou Glasgow, as maiores cidades.

 

O tour que fiz incluiu além do Lago Ness, o Lago Lubnaig, a Represa do rio Laggan, o Lago Achtriochtan, o Lago Leven, a vila de Glencoe, localizada junto de um vale profundo esculpido por glaciares e vulcões e a vila de Pitlochry.

 

Highlands, Lago lubnaig

 

Highlands, Glencoe

 

Highlands, Glencoe

 

Highlands, Glencoe

 

Highlands, paisagens típicas

 

Highlands, paisagens típicas

 

Highlands, Loch Achtriochtan

 

Highlands, Lago lubnaig

 

A principal atração das Highlands é o Lago Ness, um lago com cor escura, por esse facto conhecido como Lagoa Negra, de enorme profundidade, o ponto máximo encontra-se a 230 metros. Não sendo propriamente um lago bonito como por exemplo o Lago Bled na Eslovénia, a visita vale pela sua mística. Consta-se que por lá habitou um ser cripto zoológico conhecido como Monstro do Lago Ness, carinhosamente chamado de “Nessie”, já explorado por Hollywood, um filme 1954 de terror a preto e branco, por cá chamado “O Monstro da Lagoa Negra”. Este filme serviu para o Estado Português, através da sua televisão estatal, a RTP, em 1985 fazer a maior fraude de sempre aos seus telespectadores, com a venda de óculos 3D que não passavam de uns óculos de cartolina e papel celofane de duas cores. Iria ser uma experiência única de cinema em 3 dimensões, mas acabou por ser um enorme fiasco.

Quanto ao monstro, segundo os Escoceses, conseguem vê-lo no lago, se primeiro beberem uma garrafa de whisky!

 

Highlands, Lago Ness

 

Highlands, Lago Ness

 

Highlands, Lago Ness

 

Highlands, Lago Ness

 

No regresso a Edimburgo, já de noite pude atravessar a Forth Road Bridge, uma ponte suspensa semelhante à nossa Ponte 25 de Abril, de onde se podem observar as ourtras duas pontes, ao lado, a Forth Bridge e a The Queensferry Crossing.

Neste dia passado nas Highlands, não faltaram as vacas de raça Highland cattle, o famoso e muito apreciado gado bovino escocês. O Nessie é que não deu sinais de vida, ficarei para sempre sem saber da sua existência, mas o dia foi memorável

 

Hightands, Lago Lubnaig

 

Highlands, vacas de raça Highland cattle

 

Highlands, Represa do rio Laggan

 

Highlands, Represa do rio Laggan

 

Highlands, Pitlochry

 

COMER E BEBER 

 

Impossível não associar a Escócia ao whisky. A bebida nacional, existindo por lá, cerca de 140 marcas. Quem viajar para a Escócia convencido que por lá o whisky se vende ao “preço da uva mijona”, esqueça! A bebida alcoólica é taxada de forma altíssima, por questões de saúde pública e assim evitar que os mais novos consumam. Uma garrafa pode custar alguns milhares de Libras, mas em algumas destilarias, é possível provar um copo por muito menos. Muitas marcas não se encontram facilmente em Portugal, pelo que fiz questão de provar uma delas. Blair Athol, foi o que experimentei, apenas para marcar o momento, pois não sou entendido no assunto. Para isso seria necessário estudá-lo a fundo e investir algum tempo e dinheiro a visitar destilarias, pois existem diversos tipos de whisky de diversas regiões produtoras.

 

Gastronomia escocesa,hamburger com haggis forma de topping

 

Gastronomia escocesa, whisky

 

Gastronomia escocesa, scotch pie

 

Gastronomia escocesa, scotch pie

 

gastronomia das ilhas britânicas não deixa saudades. É sobretudo tipo de comida de pub, que é basicamente o mais consumido no Reino Unido, certamente é feita com produtos congelados. Um pub foi obviamente concebido para servir bebidas alcoólicas, e as refeições que por lá são servidas, é natural que a matéria-prima seja à base deste tipo de produtos, fáceis de armazenar por longos períodos e para confecionar aqueles pratos adequa-se na perfeição. Ir a um pub para comer uma refeição também é um ritual, mesmo sabendo de antemão o que nos irá ser servido, e não deixa de ser um enorme prazer para qualquer turista que visite o Reino Unido. 

 

Gastronomia escocesa, scotch broth

 

Gastronomia escocesa, hamburger com haggis forma de topping

 

Haggis é o prato nacional da Escócia. Trata-se de bucho de ovelha cozido, recheado com as suas miudezas (coração, fígado e pulmões) ligadas com farinha de aveia, sebo, cebola, sal e especiarias. É proibida a importação de pulmões de ovelha nos EUA, para enorme desgosto dos americanos de origem escocesa lá residentes, que ficam por isso privados de desfrutar a sua iguaria predileta! Haggis pode aparecer como topping de outros pratos, hamburgers por exemplo, ou servido em cima de puré de nabos ou de batata, haggis, neeps and tatties assim chamado. “Address to a haggis”, é um famoso poema de Robert Burns que homenageia esta iguaria. Haggis aparece no recheio do chicken balmoral, um peito de frango, depois envolto em bacon e servido com whisky ou molho de pimenta.

 

Gastronomia escocesa, chicken Balmoral

 

Gastronomia escocesa, Balmoral

 

As tartes são outras da especialidade, onde se destaca a Scotch pie, uma tarte recheada com carne de carneiro picada, carne bovina ou mesmo carne de cordeiro.
Stovies, é um guisado de carne e batata. O verbo “to stove” é o equivalente na língua local, a “to stew” na língua inglesa, que significa estufar. É confecionado lentamente numa panela fechada com gordura (banha ou manteiga) e com outros líquidos, como leite, caldo ou geleia de carne.

Além da sopa de tomate, a scotch broth é uma das sopas mais tradicionais, feita geralmente com cevada, carne de cordeiro, de carneiro ou de vaca, batatas, leguminosas secas, repolho e alho francês.

 

Gastronomia escocesa, whisky, 3800 Libras a garrafa

 

Gastronomia escocesa, sopa de tomate

 

SOUVENIRS

 

Impossível não falar da Escócia sem referir as suas tradicionais vestes. O kilt, é imediatamente associado. É um traje usado em ocasiões especiais, festas e cerimónias, apesar disso não é de todo incomum nos cruzarmos na rua com homens assim trajados, sobretudo em locais turísticos. É possível adquirir essas vestes em lojas típicas de produtos escoceses, se pretendemos qualidade e estivermos dispostos a pagar por ela, pois o tecido fabricado no país é muito diferente do que se encontra em lojas de souvenirs, onde abundam os produtos de origem asiática, obviamente mais baratos. Viajei para a Escócia, mas voltei com o desejo antigo de tirar uma foto trajado dessa forma. É possível fazê-lo, mas custa caro! Dos muitos souvenirs existentes, o Kilt é um deles, mas limitei-me a trazer comigo um boneco assim trajado. O Nessie é um souvenir tradicional, um boneco de pano que nada nos assusta!

 

Nessie, souvenir escocês

 

VIAJAR PARA A ESCÓCIA

 

A Easyjet e a Ryanair, voam diretamente de Portugal para a Escócia, para Edimburgo e para Glasgow, sendo possível com antecedência encontrar tarifas muito simpáticas. Do Aeroporto de Edimburgo facilmente se acede ao centro da cidade de transportes públicos, mesmo depois da meia-noite, existem “night buses”. Os pontos mais importantes de Edimburgo percorrem-se facilmente caminhando, pelo que a única vez que utilizei transportes na cidade foi entre o aeroporto e o hostel.

 

Edimburgo, Princes Street, Hotel The Balmoral

 

VIAJAR PELA A ESCÓCIA  

 

Entre Edimburgo e Glasgow, a forma mais fácil de o fazer é de comboio, existindo mais de 180 ligações diárias.

As companhias Cross Country, ScotRail e London North Eastern Railway.

 

A viagem dura cerca de uma hora. O preço varia consoante a hora e a antecedência, podendo ser adquirido online ou na bilheteira. De comboio também se pode percorrer o país, ou não tenha sido nas Grã-Bretanha que este meio de transporte foi inventado…

 

Highlands, Lago Ness

 

DORMIR

 

Sendo Edimburgo uma cidade cara, o preço do alojamento não foge à regra. É possível encontrarmos alojamento económico, leia-se abaixo dos 40€/noite em sistema partilhado, com pequeno-almoço. A cadeia de hostels Kickass possui diversas opções neste âmbito. É possível dormir em cápsulas semelhantes ao sistema nipónico, pagando um pouco mais, mas garantindo mais privacidade. Em Grassmarket no centro da cidade encontramos dois destes hostels.

 

Edimburgo, alojamento de estilo Nipónico, cadeia de hostels Kickass

 

Edimburgo, alojamento de estilo Nipónico, cadeia de hostels Kickass

 

TOURS

 

É possível através do web site do Kickass hostel marcar tours de um dia às Highlands. O passeio pelo Lago Ness é pago à parte e custa cerca de 17 £.

O tour que marquei foi o “Loch Ness, Glencoe and the Highlands Small-Group Day Tour from Edinburgh” e custou cerca de 100 £. Recomendo fazer, assim ficarão com uma panorâmica geral das Highlands, o que no meu caso chegou perfeitamente, tendo em conta o tempo que estive na Escócia, que foram 3 noites em Edimburgo e 3 noites em Glasgow. Para explorar a região e conhecer alguns dos seus famosos castelos, ilhas, cidades e vilas, são necessários vários dias e obviamente alugar um carro. Há pessoas apaixonadas pelas paisagens escocesas e pela cultura escocesa, uma colega minha, arquiteta paisagista, passou cerca de um mês na Escócia. Louvo-a por isso, pois não teria arcabouço cultural para tanto!

 

Edimburgo, Calton Hill. vista para a cidade

 

 

Para alojamento em Edimburgo, consulte aqui.

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

Iati- Seguro de Viagem

BookAway- Reserva de bilhetes Bus, Ferry, Comboio

 

VERÃO NA COSTA DEL SOL, MÁLAGA E TOUR ATÉ GIBRALTAR

 

Verão na Costa del Sol, Málaga e tour até Gibraltar

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Depois de uma férias de verão na Andaluzia , onde estive em Sevilha, Cádiz e Marbelha, voltei a esta região espanhola, mas desta vez só na Costa del Sol (embora Marbelha pertença a esta região, bem como inclusive a Málaga), desta vez fiquei apena pela cidade de Málaga, uma das maiores cidades de Espanha (penso que é sexta maior/ mais populosa de “nuestros hermanos”) fazendo ainda um tour até Gibraltar, o pequeno país do reino Britânico, que fica no extremo do território Espanhol; desta vez nesta viagem com sabor a praia e verão, contei com a companhia do meu amigo Diogo, que conheci na minha viagem à Islândia; umas férias agradáveis com um pouco mais de somente praia nesta região de personalidade forte ao sul de Espanha.

Málaga, surpreendeu-me bastante, é uma cidade grande, bonita e com bastante que ver, conta com um centro histórico bonito, com uma harmonia muito boa, não circulam carros no centro (creio que apenas residentes e veículos de trabalho), algo que gostei bastante, fazendo com que seja muito agradável circular pelas ruas e contemplar esta cidade muito bonita, ou simplesmente para jantar e beber algo de forma descontraída.

De Málaga, podemos por exemplo fazer um tour de catamarã para ver o pôr do sol, ou alguns outros pela cidade; fora de Málaga, fomos até Gibraltar, mas há mais algumas opções que vão por certo completar a vossa viagem no site temos algumas opções de um dos nosso afiliados (e por onde fiz o tour de Gibraltar, a Get Your Guide).

O tour até Gibraltar, é uma viagem bem interessante, além do rochedo e dos famosos macacos, achámos interessante, percorrer estas ruas com estilo britânico, num clima mediterrânico, um tour de um dia que vale bem a pena.

 

vista geral de Málaga

 

teleférico Gibraltar

 

Teatro Romano, Málaga

 

praia vista do cimo do rochedo em Gibraltar

 

praia em Málaga

 

praça de Toros Málaga

 

Porto de Málaga

 

parque da commonwealth, Gibraltar

 

Câmara municipal de Málaga

 

Málaga

 

Málaga é um excelente destino para quem não quer um destino que se baseia apenas em praia e nos bares e restaurantes à sua volta; acho que é um bom destino para quem quer desfrutar um pouco de uma cidade calma e tranquila (sem trânsito no centro), com bastante para ver e claro com um clima bom, em que as temperaturas são quase sempre boas e o mediterrâneo a complementar tudo isto.

 

praia de la Malagueta, Málaga

 

Praia de la Malagueta, Málaga

 

A praia embora não seja da mesma categoria como por exemplo Benidorm, ou da vizinha sua Torremolinos, que é uma localidade próxima, bem popular entre malta mais jovem, que muitos escolhem para festas de finalistas, pois aqui o areal é maior e o espírito de praia é mais intenso, contudo gostei muito do ambiente tranquilo de “praia urbana” em Málaga, sem grandes concentrações de turistas em grandes grupos e com comportamentos mais abusivos.

A cidade além de um centro histórico grande e bem bonito, conta com vários museus, como por exemplo o: museu de MálagaMuseo de la confraria de EstudiantesMuseo del Patrimonio MunicipalMuseo Taurino Antonio Ordóñez; o Museu Picasso de Málaga; o centro de artes e cultura Centre Pompidou; ou centro de arte comtemporânea.

 

centro de Málaga

 

centro de Málaga, plaza de la Constitución

 

Centre Pompidou , Málaga

 

O ponto mais importante de Málaga provavelmente será a sua Catedral, a Catedral de Málaga esta bela construção de estilo gótico teve início na primeira metade do século XVI (o interior tem já influências de estilo Barroco e renascentista), é um ícone da cidade; a catedral é enorme e bem bonita, a entrada normal é de 8€, os horários são das 10h-20h durante a semana (18h sábado e vésperas de feriado).

 

Catedral de Málaga

 

Catedral de Málaga

 

Percorrendo a cidade ao fim da tarde ao vir da praia (ou pela manhã no trajeto para esta)  podemos explorar um pouco mais da cidade e ver ainda por exemplo os jardins Pedro Luis Alonso, bem junto da câmara Municipal (” Ayuntamiento”), que é também um belo edifício; a Praça de toros; passear pelo parque de Málaga (ao lado de uma zona pedonal junto do porto, que vai ligar depois ao Center Pompidou, e também daqui partem alguns catamarãs, bem como é também onde ficam alguns bares, entre eles o Hard Rock café de Málaga.

Temos ainda por exemplo o Mercado Central de Atarazanas; igrejas como a Iglesia de los Santos Mártires, ou a Iglesia de la Concepción; as ruas limpas e bem pavimentadas, a plaza de la constitución entre outras, arte urbana e outros monumentos que facilmente nos vão deliciar, ao caminhar pelo centro de Málaga.

 

Igreja S.João Batista, Málaga

 

Igreja S.João Batista, Málaga

 

Igreja del Sagrado Corazon, Málaga

 

Outro local que creio que se destaca bastante é o Castelo Gibralfro um castelo numa encosta (próximo da câmara municipal), que além de ser uma agradável visita tem uma vista, tem uma ótima vista sobre a cidade; ao fundo do castelo temos o Teatro Romano de Málaga; podem comprar os bilhetes separadamente (3.5€ cada monumento),ou por 5.5€ a visita inclui o Castelo e o Teatro, uma vez que o teatro está ao nível térreo, dá para ver bem desde a rua, por isso optámos apenas por ir ao castelo, e vale bem o preço, pois é uma agradável visita,

Nota importante, para não perder um local que achamos fantástico, junto da entrada para o Castelo, temos um caminho pedonal que sobe até um miradouro, a subida leva pouco mais de 5 minutos creio, e daqui no miradouro de Gibralfaro, temos uma vista fantástica sobre a cidade, o acesso não é pago e como temos acesso livre podemos desfrutar de um bonito pôr de sol/ anoitecer com uma vista fantástica podendo ficar a conviver com amigos e pessoas que vamos conhecendo nesta nossa paixão de viajar.

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Castelo Gibralfro, Málaga

 

Nota para um local bom para comer algo tradicional aqui em Málaga, com várias tapas, ovos rotos e outros pratos tradicionais com boa qualidade e a preços razoáveis, Casa Lola (fica no centro histórico), fomos recomendados pelo pessoal do hostel, a fila de espera é um pouco grande (mas vai rodando de forma rápida), acho uma boa experiência.

Além do tour que fizemos até Gibraltar, temos outros dois que destaco, que inclusive eram as alternativas que ponderamos antes de escolher Gibraltar; Caminito del Rey, que é um desfiladeiro rochoso, onde vamos caminhar em plataformas, numa altura de cerca de 100 metros, o tour tem o valor a partir de 53€ (numa breve pesquisa varia pode ir até aos 59€, incluindo já o material de proteção para fazer este percurso); outro local que merece um tour/visita é a cidade de Ronda, uma cidade no topo de uma montanha rochosa, com uma ponte alta. que é a sua “imagem de marca”,  têm ainda alguns tours que além de Ronda incluí uma paragem num local bem pitoresco que é Setenil de las Bodegas, que é uma série de bares e restaurantes que que ficam debaixo de uns rochedos, os tours variam sensivelmente entre 35€ e 55€ ( com setenil); nesta região pelo que pesquisei na altura a opção de tours acabava por compensar, contudo podem ir de bus público, uma das operadoras que faz estas rotas, e tem mais horários é a Avanza bus.

 

Málaga

 

Málaga

 

jardins Pedro Luis Alonso, Málaga

 

Gibraltar  

 

Este pequeno país que pertence ao Reino Unido, merece umas horas de visita, nós optamos pelo tour livre, em que tivemos cerca de 5h para visitar Gibraltar; fizemos o tour pela app da Getyourguide, o valor foi de 29€, sendo que a opção completa, que inclui o trajeto de minibus pelo rochedo e visita à reserva natural do mesmo, custa 70.5€.

podemos ir do centro até ao topo do Rochedo de teleférico, a viagem é muito rápida, custa 19£ (21€) subir e descer; caso queiram visitar a parte da reserva natural do rochedo e ver mais um pouco do rochedo, juntem o pack, que ficará em 37£ (43€), os bilhetes podem comprar no teleférico ao subirem, deixo aqui o link para comprar online.

Outra opção é os minibus, existem muitos promotores a oferecer este serviço (junto do teleférico, no porto, pelo centro da cidade, etc), em que o bus vai subindo e visitando toda a diversidade ao longo do rochedo, basicamente tem a vantagem de não terem de andar a pé ao invés de subir de teleférico e percorrer depois a reserva natural a pé, caso queiram fazer tudo de bus acho melhor reservar logo o tour completo.

 

Gibraltar

 

Gibraltar

 

A cidade (país) é uma agradável visita, quer eu e o Diogo achámos a visita excelente, em que se faz de forma tranquila, além das vistas fantásticas no topo do rochedo (e do que a sua reserva natural tem para oferecer), descendo para o centro da cidade deste pequeno país, fácil ficarmos encantados com este estilo britânico com “pinceladas ibéricas”, e claro com algo incomum em solo britânico que é um clima bem agradável.

Percorrendo a Main Street, que é a rua principal do centro  da cidade, vamos fazendo alguns desvios, e além de nesta bonita rua, temos alguns dos locais principais para visitar, deixo alguns dos que fomos vendo: O parque da commonwealth, neste relaxante parque fica uma espécie de forte, onde fica um salão de jogos, King’s Bation Leisure center; a Catedral da Santíssima Trindade, um belo templo angelicano, está aberto de segunda a sábado das 11h-15h; o Jardim Botânico; O Museu de Gibraltar (entrada 5£); a Igreja do Sagrado Coração; ir até junto do porto , e ir desbravando este pequeno país, descobrindo mais alguns pequenos monumentos/arte urbana e outros locais que podemos visitar.

 

main Street, Gibraltar

 

Gibraltar

 

Catedral da Santíssima trindade, Gibraltar

 

Creio que uma tarde (pode depender da visita ao parque natural, caso queiram fazer algo mais completo ou fazer o percurso a pé) seja o suficiente.

Um apontamento para um café muito bom, que tinha bolos que, pelo aspeto eram deliciosos, embora tenhamos apenas tomado café, acho que é um local bom para uma pausa, e degustar algo doce, chama-se Chök, fica na main street.

 

Viagens Felizes

 

tapas em Málaga

 

Jantar em Málaga (ovos rotos com porco ibérico)

 

Dicas e Notas

 

O Aeroporto de Málaga (AGP), fica a cerca de 12 km do centro da cidade, além de carro ou táxi, temos duas formas de ir para o centro da cidade, o comboio extra urbano da Renfe ( companhia ferroviária Espanhola), Renfe Cercanias ( vai também para e de Torremolinos), a viagem demora apenas 12 minutos para a última paragem (Málaga Centro – Alameda), que é a que fica mais perto do centro histórico; consultem no site os horários ( o último sai do aeroporto às 00:54h; o primeiro do centro para o aeroporto às 05:20h); o bilhete custa 2.5€, guardem o bilhete, no regresso ao recarregar o mesmo, paguei 1.8€.

 

noite em Málaga

 

A empresa de transportes públicos de Málaga, EMT Málaga tem a linha A, que vai diretamente para o centro da cidade, faz mais paragens no centro (vai um pouco mais ao centro da cidade, no paseo del parque, próximo do porto; deixo aqui o link com as informações desta linha; a frequência é a cada 30/45 minutos sensivelmente; o bilhete custa 4€, podem pagar com contactless diretamente no bus.

Temos voos diretos do Porto pela Ryanair; de Lisboa temos voos diretos pela Ryanair e pela Tap; poderá compensar ir até Madrid e da capital espanhola voar para Málaga; creio que de carro será uma viagem algo longa, mas é uma opção podendo sobretudo depender de onde se encontram, ou tendo depois a vantagem de poder descobrir outros locais ao longo da vasta costa Espanhola.

 

Mercado Central de Atarazanas, Málaga

 

Málaga

 

Málaga é uma cidade muito tranquila, embora tenha muita gente na rua, é fácil caminhar pela cidade despreocupadamente; na praia também senti um ambiente bom, com gente de todas as idades e sem muita confusão, aliás num ambiente muito bom, onde facilmente se criam ligações e convívios, apenas ficava mais gente depois de almoço, mas o normal (nota importante, para que a areia fica muito quente, não sei se por ser mais negra, ou pela elevada temperatura, mas a verdade é que caminhar descalço pela areia a meio da tarde, será muito difícil, senão impossível).

Comunicar é fácil, eu já falo relativamente bem o castelhano, mas o inglês é amplamente bem falado aqui.

Em termos de preços achei dentro da média portuguesa, temos sempre os kebabs e outras fastfood a bons preços, os restaurantes embora com a realidade da cultura Espanhola, achámos o normal comparativamente que Portugal, em supermercados, até achei os preços mais baixos ou iguais; na praia (malagueta), os vendedores de praia vendiam a cerveja fresca a 2€, num minimercado em frente à praia também cerveja fresca, ficava a 0.80€.

Em Espanha, como sabem a moeda é o Euro, o fuso horário é de mais uma hora que em Portugal, o indicativo telefónico é +34 e o domínio de internet è .es

 

Em Gibraltar é a moeda é a Libra, podem pagar com cartão, que é o que  recomendo, podem pagar também em Euros, mas o troco será em libras. Para entrar em Gibraltar, sendo cidadão Europeu, apenas precisam do cartão de cidadão, aliás o controlo é bem simples. Caso queiram fazer compras por cá, dado que os perfumes, bebidas alcoólicas (bebidas destiladas) e tabaco são bem mais baratos, tenham atenção ao que podem levar, segundo o guia podem levar uma garrafa de bebida e “one carton” de tabaco, contudo como éramos cidadãos Europeus, não foi feito nenhum controlo, mas claro não convém facilitar.

 

Sites úteis:

Turismo Andaluzia » Aqui; Turismo Espanha   » Aqui ; Turismo Málaga

» Aqui ;Turismo Gibraltar   » Aqui

 

Málaga, à noite vista do miradouro Gibralfro

 

Málaga à Noite

 

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SUÍÇA: ZURIQUE, BASILEIA E GENEBRA

 

Suíça: Zurique, Basileia e Genebra

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A Suíça teve em 1848 a data da sua fundação, mas a sua história remonta ao período anterior ao do Império Romano, em 500 a.C, altura em que muitas tribos celtas estavam localizadas nos territórios do centro norte da Europa. A mais importante era a dos helvéticos, nome que iria originar a antiga designação do país conhecido também como Confederação Helvética, conforme vemos “CH” nas matrículas suíças dos automóveis.

 

Zurique, Rio Limmat

 

Zurique, Rio Limmat

 

Zurique, Rio Limmat

 

Atualmente a Suíça é associada à produção de chocolates, de canivetes, de relógios, mas tem no setor dos serviços a sua principal atividade económica, a banca, nomeadamente o sigilo bancário que é o seu maior negócio. Os salários praticados no país são dos mais altos do mundo, sendo 3.000 CHF (Franco Suíço a moeda que tem atualmente o mesmo valor do Euro) tido como o vencimento de um trabalhador da classe média baixa. O custo de vida é altíssimo, sobretudo da alimentação, por exemplo, um doner kebab no prato custa cerca de 25 CHF. O país situa-se numa encruzilhada de linhas férreas, auto estradas e também de rotas aéreas internacionais, com algumas companhias low cost, a Easyjet em clara evidência com voos diretos para Portugal. Viajar de avião de Lisboa para a Suíça, custou-me praticamente o mesmo que um menu “Big Mac” vendido por lá!

 

Zurique, vista desde a colina Lindenhof

 

Zurique, vista desde a colina Lindenhof

 

Zurique, vista desde Polyterrasse

 

Conhecer melhor a Suíça é um dos meus objetivos. Trata-se de um dos países mais belos e pitorescos. As três vezes que tive oportunidade de passar pela Suíça, foram no regresso ou de passagem para outros locais, tendo assim a oportunidade de visitar as 3 maiores cidades: Zurique, Basileia e Genebra. Qualquer uma delas, em algumas horas conseguimos, praticamente sem utilizar transportes públicos, percorrer os seus pontos principais. A ideia que tenho do país é que as cidades devem ser o seu parente pobre, sendo a natureza, nomeadamente as montanhas e os lagos, os seus pontos mais importantes. “Grão a grão enche a galinha o papo” e com mais curtas escapadelas será possível conhecer melhor o país.

 

Zurique, Lago Zurich

 

Zurique, Lago Zurich

 

Zurique, Lago Zurich

 

No passado mês de março, Zurique foi o meu destino de uma escapadela de fim de semana, juntamente com o Liechtenstein. Em Zurique passei a tarde de Sábado e o final de tarde de Domingo. Serviu perfeitamente para ter uma ideia bem formada da cidade. O percurso desde o moderno Aeroporto de Zurique, o maior e mais movimentado do país, onde aterrei, até ao centro da cidade faz-se de comboio, tal como a maior parte das deslocações pelo país, viagens que proporcionam observar lindíssimas paisagens fazendo lembrar-nos os anúncios dos chocolates Nestlé que víamos em criança nas TVs. SBB é companhia ferroviária nacional, o custo das viagens é altíssimo, mas com antecedência conseguem-se preços mais em conta. Desde a estação central de Zurique facilmente caminhando percorremos as principais ruas da cidade, por Altstadt, o centro histórico, banhadas pelo Rio Limmat, que desagua ali perto, no Lago Zurich sendo atravessado por várias pontes, a Münsterbrücke é a mais importante. De uma das margens podemos subir no Polyban um funicular, e aceder ao Polyterrasse, um dos miradouros que nos proporcionam uma belíssima panorâmica da cidade. Do lado contrário existe outro miradouro na Colina Lindenhof, onde existiu um castelo romano, tendo sido desse ponto que a cidade se expandiu. A Religião está intrinsecamente ligada à história da cidade, pelo que na paisagem destacam-se vários templos religiosos, sobretudo pelos seus telhados pontiagudos, como é o caso da Igreja Fraumünster ou a St Peter Kirche (Igreja de São Pedro). A Grossmünster (Grande Sé) é tida como a mais importante da cidade, pois diz a lenda que foi construída sobre os túmulos dos santos padroeiros da cidade, São Félix e São Regula, executados pelos Romanos.

 

Zurique, vista desde Polyterrasse

 

Zurique, Rio Limmat

 

Zurique, Rio Limmat

 

Zurique, restaurante de fast food, preço da alimentação

 

Zurique, Lago Zurich

 

Zurique, Igreja de St Peter

 

Zurique, Igreja de Fraumünster

 

Zurique, funicular Polyban em direção a Polyterrasse

 

Zurique, edifício da Ópera

 

Zurique, Altstadt

 

Das várias personalidades que escolheram Zurique para viver, podemos citar Albert Einstein e Vladimir Ilyich Ulianov, conhecido pelo seu pseudónimo, Lenin. A casa onde vivia juntamente com a sua mulher, Nadezhda Krupskaya, localiza-se no número 14 da Spiegelgasse. O casal chegou a Berna em 1914, com um pedido de exílio político, já tendo vivido em Genebra. Em fevereiro de 1916 mudaram-se de Berna para Zurique, onde os sociais-democratas tinham ideias mais radicais, e ali viveram cerca de um ano. Regressou em fevereiro de 1917, de comboio com destino a Petrogrado, atual São Petersburgo, para fazer a Revolução Bolchevique. Enquanto viveu em Zurique, de noite pelos pubs, participava em reuniões do Partido Social Democrata, tentando recrutar seguidores e espalhava as suas ideias revolucionárias, pois pretendia criar um Movimento Marxista Internacional, enquanto de dia trabalhava na Biblioteca da cidade escrevendo a sua obra “O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo”.

 

Zurique, casa onde viveu Lenin

 

Zurique, casa onde viveu Lenin, loja na entrada do prédio

 

A oferta cultural de Zurique é bastante rica, existem diversos museus na cidade, e quem pretender aprender mais sobre a história deste país, poderá visitar o Museu Nacional. Lá encontra-se, por exemplo, exposta a secretária onde Lenin trabalhava e escreveu a sua obra. Existem na cidade vários teatros, onde se destaca a Operahaus, o edifício da ópera localizado nas margens do Lago Zurich.

 

Zurique, Altstadt

 

Zurique, Altstadt

 

Zurique, Altstadt

 

O nome FIFA dispensa apresentações, a autoridade máxima que regula o futebol mundial é sediada em Zurique. Visitar o Museu FIFA é obrigatório para qualquer adepto do maior espetáculo do mundo, que sentir-se-á no paraíso ao entrar num museu desta natureza. Dos mais de mil objetos expostos destaca-se a Taça do Mundo, e todos cremos que é mesmo a original. O tal que veio substituir a Taça Jules Rimet que se encontra uma réplica exposta em Manchester, no Museu Nacional do Futebol, pois o troféu original foi roubado no Brasil em 1983 e nunca foi recuperado. Assim a FIFA tem enormes medidas de segurança em relação ao atual troféu, constando-se mesmo que no Qatar, Messi ergueu uma réplica quando em dezembro de 2022 festejava a conquista do título de campeão do mundo pelo seu país.

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

O resto da exposição trata da evolução do futebol, desde os seus primórdios, as regras que se foram adaptando e modificando, note-se que o jogo de hoje nada tem a ver com o que se jogava no século XIX.  Possui várias relíquias que deixam qualquer adepto de futebol pasmado. Por exemplo, o cartão amarelo que foi mostrado a Paul Gascoigne em 1990 e que o fez chorar, o cartaz de agradecimento ao país, que a seleção do Japão deixou em 2018 no balneário depois de o limpar, diversos equipamentos e bolas utilizadas nesses jogos, vários troféus de competições internacionais de clubes e seleções.
Na altura estava presente uma exposição temporária sobre Paolo Rossi, recentemente desaparecido. Avançado italiano, melhor marcador do Mundial de 1982, até então desconhecido, tinha estado suspenso durante muito tempo devido a envolvimento em manipulação de resultados. Foi ele que destruiu o Escrete, a seleção brasileira cheia de estrelas que jogava imenso, com 3 golos marcados. Assistir a esse momento como se estivesse no estádio, usando um capacete de realidade virtual, e posar com as suas botas que mudaram para sempre a história, foi dos momentos mais altos ali passados. Visitar o Museu FIFA foi o momento mais alto desta viagem.

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA, troféu de campeão do Mundo

 

Zurique, Museu FIFA, troféu de campeão do Mundo, posar com ele é um dos desejos de qualquer adepto de futebol

 

Zurique, Museu FIFA, troféu de campeão do Mundo de clubes

 

Zurique, Museu FIFA, réplica do antigo troféu de Campeão do mundo, Taça Jules Rimet

 

Zurique, Museu FIFA , troféu de campeão do Mundo sub 20 feminino

 

Zurique, Museu FIFA , Taça das confederações

 

Zurique, Museu FIFA , exposição temporária sobre Paolo Rossi

 

Zurique, Museu FIFA , exposição temporária sobre Paolo Rossi. as botas

 

Zurique, Museu FIFA , exposição temporária sobre Paolo Rossi

 

Zurique, Museu FIFA , exposição temporária sobre Paolo Rossi

 

Zurique, Museu FIFA , exposição temporária sobre Paolo Rossi

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

Zurique, Museu FIFA

 

Em tempos em que viajava no meu aniversário a minha passagem por Basileia ocorreu em Janeiro de 2011, no início de uma viagem pela Europa, a caminho de Hamburgo para onde parti ao início da tarde do dia seguinte. O tempo para visitar Basileia foi somente parte da noite da chegada e da manhã do dia seguinte.

Basileia é considerada a capital cultural da Suíça, pois a mesma alberga um conjunto de museus importantes. A cidade é banhada pelo Rio Reno, colocando a Suíça na confluência com outros dois países: Alemanha e França. Curioso que o aeroporto que a serve, chamado de EuroAirport Basel-Mulhouse-Freiburg fica em solo francês! Basileia possui portanto arredores nos 3 países.

Dreiländereck assim chamado em alemão, a língua oficial, tal como em Zurique, falada naquela parte da Suíça, é o nome do monumento colocado junto ao Rio Reno, que marca a junção desses 3 países, sendo esse ponto exato de junção no meio da água. É normal no Verão, os amantes da natureza ali fazerem piqueniques e sentarem-se à beira do rio para apreciarem a vista tranquila e a passagem do tráfego fluvial que é bastante intenso pois trata-se de um ponto de trânsito estratégico de muitas trocas comerciais de matérias-primas. Estando em Basileia, é possível fazer um passeio a pé e visitar três países em pouco tempo. Caminhando cerca de 2 km desde o Dreiländerec, passamos a fronteira de Weil am Rhein Grenze para a Alemanha e depois caminhando mais 500 m cruzamos a Ponte dos Três Países e chegamos a França! Esse passeio marcou a minha chegada! O Dreiländereck é um símbolo geográfico e um monumento pela paz pelo que nunca é demais referir numa altura em que uma parte da Europa se encontra em guerra.

Basileia é um ponto de partida para conhecer a Suíça, mas também a região Francesa da Alsácia e o estado federal Alemão de Baden-Württemberg.

 

Basileia

 

Basileia

 

Basileia-Dreiländereck- ali no meio da água confluem 3 países

 

Dreiländereck-Basileia-Suiça

 

Basileia

 

Basileia

 

Por Genebra tive em janeiro de 2010, uma passagem temporal idêntica à de Basileia. Aterrei no Geneva Airport que possui uma parte em território francês, ao início de noite vindo de Budapeste e no dia seguinte ao início da tarde, daí, regressei a casa, concluindo uma viagem pela Europa.

Genebra fica junto à fronteira com a França, fazendo parte das regiões suíças em que o Francês é língua oficial. É uma cidade onde encontramos Portugueses por todo o lado. Caixa Geral de Depósitos e Banco BPI tinham por lá sucursais e até os seus funcionários eram portugueses! A cidade é banhada pelo Lago Léman de onde emerge uma famosa fonte, o Jet d’eau. A minha estada na cidade resumiu-se a passear pelas margens do lago e pelas ruas circundantes. Ainda deu tempo de passar pela loja da Victorinox uma marca Suíça famosa em todo o mundo, no entanto se lá forem não comprem roupa, nomeadamente camisas, são de péssima qualidade! Como diz o povo, “cria fama e deita-te na cama”…
Genebra é uma linda cidade e pela sua localização geográfica é um ponto de partida para explorar grande parte da Suíça e também Chamonix-Mont-Blanc em França.

 

Genebra-Lago Léman

 

Genebra-Lago Léman

 

Genebra-Lago Léman

 

Genebra-Lago Léman

 

Genebra-Lago Léman

 

A Genebra voltei em Dezembro de 2023, na companhia de dois Amantes de viagens, grandes colaboradores do site AMANTES DE VIAGENS que têm levado muitas crónicas de viagens pelo Mundo, aos quatro cantos do mundo: o João Almeida e o António José Ribeiro, num fim de semana memorável que incluiu Annecy (França), belíssima cidade, sendo Genebra o ponto de partida para a explorar, bastando viajar cerca de 40 Km de autocarro (FLIXBUS por exemplo) .

 

Genebra

 

Genebra – Museu de Arte e História

 

Genebra – mercado de Natal

 

Genebra – Lago Leman, Jet d’eau

 

Genebra – Lago Leman, corajosos nadando nas suas frias águas

 

Genebra – lago Leman com vista para o Mont Blanc

 

Genebra – Jut d´eau, explicação técnica

 

Genebra – Centro histórico

 

Genebra – Centro histórico

 

Aproveitamos a tarde do dia de Sábado para passear junto às margens do Lago Léman, onde funcionava um mercado de Natal e também pelo centro histórico da cidade.  Nessa parte encontram-se as grandes lojas de artigos de luxo, diversos edifícios governamentais e museus, com destaque para o Museu de Arte e História, que conjuntamente com o Museu das Belas Artes de Basileia e o Museu das Belas Artes de Zurique possui uma das principais coleções suíças de arte da época do Renascimento até aos nossos dias. Sobressai pelo seu edifício tal como a Catedral de São Pedro, construída entre 1150 a 1250, uma igreja da religião Protestante desde 1535, sendo até aí da religião Católica. No seu interior além dos famoso órgão, os vitrais e as pinturas chamaram particularmente a atenção do João Almeida que não se fartou de as fotografar. A fachada principal fica de frente para o Terrasse Agrippa-d’Aubigné.

 

Genebra – Catedral, entrada principal junto do Terrasse Agrippa-d’Aubigné

 

Genebra – Catedral de São Pedro

 

Genebra – Catedral de São Pedro, pinturas

 

Genebra – Catedral de São Pedro, pinturas

 

Genebra – Catedral de São Pedro, interior

 

Genebra – Catedral de São Pedro, interior, órgão

 

Genebra – Catedral de São Pedro, entrada junto do Terrasse Agrippa-d’Aubigné

 

Genebra – Catedral de São Pedro

 

Genebra – Amantes de viagens nas margens do Lago Leman. João Almeida, António José Ribeiro e Mário Menezes

 

 

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SICÍLIA, CULTURA NO MEDITERRÂNEO (PARTE 2)

 

Sicília – Cultura no mediterrâneo (parte 2)

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Seguindo o meu roteiro pela Sicília, depois dos primeiros dias pela região de Trapani ( podem ver aqui, o artigo anterior) ; segui viagem com a minha parceira nesta viagem, Teres, para visitar mais a sul a cidade de Agrigento, e  sua zona dos templos, que parece uma “mini-Grécia”, além de um centro histórico bem simpático; seguindo depois para norte, não muito longe da “capital”  Siciliana de Palermo, fica Cefalú que é uma cidade pequena, com um centro histórico lindíssimo e muito acolhedor, além de uma zona de praia muito bonita, num cenário muito pitoresco; por fim fomos a Palermo, a maior cidade da Sicília, que oferece um centro histórico bastante grande e muitas atrações para conhecer, edifícios imponentes, desde do teatro Massimo ou da  sua catedral, temos em Palermo muita arte e cultura quer no seu centro histórico ou à sua volta; aqui já se nota mais a azáfama de uma grande cidade, em que temos muito para conhecer.

Em Agrigento e Palermo, comemos muito bem; uma pizza tradicional siciliana (anchovas, azeitonas, queijo), um risotto de frutos do mar, um spaghetti a bolonhesa e outro com frutos do mar (muito bom).

Nota ainda para os famosos Cannoli, a sobremesa siciliana, é uma espécie de tubo em massa frita (como se fosse o cone para um gelado) e é recheada com um creme (existem vários sabores, comi um em palermo por apenas 1€ é muito bom).

 

Agrigento

 

Agrigento

 

Escolhi Agrigento mais pela sua vertente cultural, confesso que tinha curiosidade em ver a zona dos templos (valle dei templi), acho que realmente é o ponto forte da cidade, embora no centro histórico tenhamos um punhado de atrações para ver , acho que para ver não vamos necessitar de muito tempo para o conhecer; o centro histórico de Agrigento além de sinuoso é muito desnivelado, como que numa encosta, pelo que vamos fazer um bom exercício; na zona mais elevada, fica a Catedral di San Gerlando (catedral de Agrigento), esta igreja cuja construção remonta dos finais do século XI, com vários estilos arquitetónicos (devido à evolução da sua construção), sendo um deles o normando-gótico, é um dos locais de maior destaque no centro histórico; aqui próximo da catedral, e que fazem parte do mesmo complexo, ficam ainda a Chiesa  di santa Maria dei Greci e o Museo Diocesano de Agrigento.

 

Catedral de Agrigento

 

Catedral de Agrigento

 

Agrigento

 

Agrigento

 

igreja San Domenico, Agrigento

 

interior Chiesa di San Lorenzo detta del Purgatorio, Agrigento

 

varandas típicas em Agrigento

 

Neste centro histórico íngreme, entre várias igrejas, algumas mais pequenas, e infelizmente algumas que se encontram fechadas, temos outros locais de interesse como, a igreja San Domenico, esta é mais recente que a maioria de outros locais em Agrigento, datando do século XVII; junto desta igreja fica ainda o Teatro Pirandello; uma outra igreja que achei interessante foi a Chiesa di San Lorenzo detta del Purgatorio; entre a cidade e o vale dos templos, nota também para o Museu Arqueológico Pietro Griffo.

 

Valle dei templi, a zona onde estão os templos (fica a cerca de 4km da estação central de bus), nesta área arqueológica temos muito para explorar, o templo de Heracles, o altar e templo de  ZeusSantuário di DemetraTemplo de Guiononetemplo della Concordia, entre outros, aqui é fácil explorar todo este belo passado histórico, o jardim de la Kolymbetra, que tem uma entrada diferenciada, custando 6€, é outro local ainda a sinalizar.

A entrada para o recinto dos templos é de 10€, creio que cerca de 1.5h – 2h será o ideal para conhecer esta zona, ainda vamos caminhar um pouco mas vale a pena, como fomos de bus tivemos a vantagem de entrar numa porta e sair noutra mais à frente, onde apanhamos o bus de regresso para a cidade.

 

Vale dos templos, Agrigento

 

Vale dos templos, Agrigento

 

Vale dos templos, Agrigento, (templo Heracles)

 

Vale dos templos, Agrigento (templo Giunone)

 

Vale dos templos, Agrigento (templo da Concordia)

 

jantar em Agrigento

 

Cefalú

 

Cefalú foi das cidades que tanto a mim como a Teres, mais nos encantou (logo depois de San Vito lo Capo), embora seja uma cidade relativamente pequena, que facilmente se pode ver num par de horas, é realmente muito bonita, desde a praia de Cefalú, temos o cartão postal da cidade, além de uma praia bonita aos pés desta cidade encantadora, destaque também para a la Rocca de Cefalú, este rochedo atrás da cidade, confere uma beleza ainda maior à cidade, creio que nas placas dizia que eram aproximadamente cerca de 10-15 minutos (desde o centro histórico) a pé até ao topo, como estava a chover, não fizemos o trajeto; nota ainda para que no cimo da rocca di cefalú ainda podemos ver os monumentos (ruínas) do Templo de Diana e a Igreja S. Anna.

Voltando ao centro histórico, além das ruelas bonitas, estreitas e sinuosas, o maior destaque é sem dúvida para a Catedral de Cefalú, esta magnífica igreja que foi fundada em 1130, é património da UNESCO, as suas duas torres foram terminadas em 1240, e o seu interior é muito imponente e bonito, a entrada é gratuita.

 

Catedral Cefalu

 

interior Catedral de Cefalú

 

Descendo ligeiramente entre ruas e ruelas desta acolhedora cidade, caminhando para junto da praia, além de várias igrejas que vamos encontrar, destaco ainda alguns pontos de relevo: a porta pescara, também conhecida como porta marina, é uma passagem que vai do centro até à praia; o Bastione di Capo Marchiafava (uma antiga muralha defensiva); o Lavatoio Medievale é um conjunto de tanques onde a água corrente passa e enche os mesmos, estes vários tanques serviam para lavar a roupa em outros tempos (como cresci, numa aldeia sei como era), é um local interessante e muito bonito, fica mesmo junto da praia.

Chegando à praia, além deste bonito cenário que os nosso olhos irão contemplar, com a cidade, o mediterrâneo e o rochedo como pano de fundo, que pintam este bonito cartão postal; caso estejam as condições climatéricas perfeitas (não no nosso caso) nada como poder usufruir da praia, e ir a banhos, nesta tranquilidade siciliana.

 

Cefalu

 

Lavatoio Medievale, Cefalu

 

Cefalú- Sicilia- Itália

 

Cefalu

 

Palermo

 

Palermo é já uma realidade diferente, do que tínhamos visto até agora, sendo já uma cidade muito grande, onde além da sua grande dimensão, temos uma oferta cultural e de locais turísticos bem considerável, comparando com os locais anteriores; infelizmente, não pudemos ver muito pois o tempo não ajudou (esteve sempre a chover, embora com pouca intensidade), e dado que tenhamos só uma tarde, foi uma visita bem rápida, contudo deu para ver alguns dos locais de maior destaque e desfrutar um pouco desta simpática cidade.

O destaque principal vai desde logo para dois dos locais mais imponentes da cidade, a Catedral de Palermo, esta magnífica catedral património mundial da UNESCO, tem a fachada principal com o aspeto inicial desde os séculos XIV e XV, Sobre as colunas da entrada se encontram as estátuas de São José, São Pedro, São Paulo e São Francisco de Paulo, esculpidas por Giovan Battista Ragusa em 1724; é dedicada a Maria Assunta.

Podemos ver uma parte da catedral gratuitamente, que é muito imponente e bem bonita, existindo depois a combinação de outras áreas no complexo (palazzo), o geral custa 15€, aqui ficam os preços no site oficial.

 

Arcos da Catedral de Palermo

 

Catedral de Palermo

 

Catedral de Palermo

 

O outro local de maior destaque de Palermo é o Teatro Massimo, este enorme e imponente edifício, é o maior Teatro de Itália e o terceiro maior da Europa; a entrada para visitar o teatro custa 10€ (podem comprar no local ou online no site).

Partindo à descoberta são várias as ofertas que ainda podemos ver, entre duas das principais ruas de Palermo, a via Vittorio Emanuele, ou a via Maqueda, vamos encontrar uma praça, com 4 esquinas de elevada a beleza, feitas em pedra, a Quattro Canti; a Fontana Pretoria; o Teatro Politeama Garibaldi (Palermo); a Capella Palantina; o MEC Museum, o observatório do Museu Astronómico e logo junto deste, fica o Palazzo Reale (Palazzo dei Normanni)a Igreja di Santa Onofrio; o Monastero di Santa Caterina ( 3€ entrada para visitar a igreja, 7€ igreja e torre) ; o Palazzo delle Poste; junto da marina, temos por exemplo a Chiesa di Santa Maria della Catena, o Museu das Marionetes Antonio Pasqualino; a porta Felice; a porta nuova (esta junto da catedral), ou ainda o Palazzo Chiaramonte Steri; são alguns dos locais para ver, na zona mais central de Palermo, eu coloquei na minha app de mapas offline (maps.me), e fui descobrindo um pouco desta cidade, além claro de desbravar as suas ruas e ruelas na zona mais central da cidade, ao ir para o aeroporto, ainda foi possível ver outros locais mais afastados, que caso tenham tempo, podem conhecer, acho que no mínimo devem guardar um dia inteiro para visitar, eu fiz uma visita mais breve, contudo foi uma boa surpresa nesta grande cidade Siciliana.

 

Fontana Pretoria, Palermo

 

interior da Catedral de Palermo

 

Palazzo dei Normanni (reale), Palermo

 

Palermo

 

Porta Felice, Palermo

 

Porta nuova, Palermo

 

Quattro Canti, Palermo

 

Dicas e Notas

 

De Trapani, para Agrigento, a viagem tem de ser de bus (a alternativa de comboio é muito mais demorada, pois temos de ir a Palermo), a empresa Lumia tem esta ligação, a viagem demora cerca de 3h e 20 minutos  e custa 12€.

Em Agrigento para ir para a zona dos templos (“Valle  dei Templi”) temos o bus local que parte da estação central de bus (para também na estação central de comboio), é a linha 1, a empresa é a TUA a paragem fica num dos extremos na estação de bus, existem placas com as informações, a frequência é cada 30 minutos, a viagem leva menos de 15 minutos e creio que custa cerca de 1.5€.

Em Agrigento, a estação central de Bus e de Comboio, ficam próximas, a cerca de 500 metros uma da outra.

 

Teatro Massimo, Palermo

 

Teatro Massimo, Palermo

 

De Agrigento para Palermo ou para Cefalú, a melhor forma é ir de Comboio, pela TrenItalia, para Cefalú a viagem demora cerca de 2h e 20 minutos (temos de fazer uma mudança de comboio em Termini Imerese, cerca de 15 minutos), o bilhete custa 10€; de Agrigento para Palermo a viagem demora 2h, (é o destino final do trajeto), o bilhete custa 10.9€; de Cefalú a Palermo, a viagem leva menos de 1h, e o bilhete custa inicia em 6.8€.

 

risotto frutos do mar

 

pizza siciliana

 

Do aeroporto de palermo para o centro da cidade, a companhia de bus  PrestiaComande faz a ligação até à estação de bus, que é ao lado da de comboio (fazendo ainda várias paragens ao longo da cidade), a viagem do aeroporto até à estação principal demora 50 minutos, e os bilhetes custam 6€, sendo a frequência é a cada 30 minutos.

Também é possível ir de comboio pela Trenitalia, embora o bus tenha mais frequência, sendo que o tempo de viagem é igual, bem como o preço.

Todas as cidades onde estive, me pareceram super tranquilas e seguras (talvez Palermo mereça mais alguma atenção pois é já uma cidade muito grande, durante o dia, e à noite quando fomos jantar próximo da estação de comboio/bus, tudo era tranquilo) , é fácil comunicar, pois na maioria dos locais se fala em Inglês, bem como motoristas e em restaurantes e cafés; creio também que o Italiano é uma língua que se pode compreender um pouco, especialmente em anúncios e sinalizações/textos

Em Itália, o fuso horário é de mais 1h que em Portugal, a moeda, claro é o euro; o indicativo telefónico é: +39 e o domínio de internet é .it

 

Sites Úteis:

visit sicily  » Aqui

tourism Cefalu  » Aqui

welcome Agrigento  » Aqui

tourism Palermo » Aqui

 

cannoli, o doce da Sicilia

 

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SICÍLIA, TRANQUILIDADE NO MEDITERRÂNEO (PARTE 1)

 

Sicília, tranquilidade no mediterrâneo (parte 1)

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

A Sicília que é a maior ilha do mediterrâneo, com cerca de 25. 460 km2, sendo também a mais populosa com aproximadamente 5 milhões de habitantes (algo que me deixou surpreso, pois esta ilha tem metade da população portuguesa), é uma ilha tranquila e que denota uma cultura vincada.

Esta ilha Italiana além de praias fantásticas (embora creio que a vizinha Sardenha possua as praias de melhor qualidade e beleza), uma identidade forte, onde a Máfia teve uma influência muito forte, achei uma ilha muito acolhedora com uma identidade mais aguerrida e que sabe receber, pela negativa aponto apenas o facto de notar que podia estar mais bem cuidada e limpa; oferece uma complexidade boa, que permite ter muito para conhecer, com cidades bem distintas.

Desta vez fui de viagem com uma amiga, que desde já saúdo, pois foi uma excelente companhia de viagem, a Teres R. , que conheci aquando da minha viagem a Benidorm.

Conheci basicamente a metade mais ocidental, desde Palermo, fazendo um pequena paragem pela linda cidade de Cefalu, que embora não tenha visto na sua plenitude pois chovia, é uma cidade que tem um encanto fantástico; mais a sul fui a Agrigento, e na zona mais ocidental estive em Trapani, que foi onde estive mais dias; além de Trapani que também é uma cidade muito simpática, fui até um dos locais que mais me encantou, que foi San Vito lo Capo, uma cidade que além de muito bonita, tem uma praia absolutamente soberba, rodeada de montanhas, uma montanha que fica próxima da praia, dá uma foto de cartão postal absolutamente fantástica.

Nesta região Trapani fui ainda até uma das pequenas ilhas ao redor da Sicília (que fazem parte da mesma), no caso fui até Favignana, passei ainda numa pequena vila medieval próxima de Trapani que merece uma visita, Erice.

 

San Vito lo Capo

 

Estive 5 dias na ilha da Sicília, montei a minha base em Trapani, o alojamento era um pouco mais barato, e geograficamente achei mais interessante para conhecer outras cidades e para ir às ilhas mais pequenas; desde aqui fui à ilha de Favignana, de bus visitei Erice e San Vito lo Capo; indo depois daqui na viagem mais longa que fiz que foi para Agrigento, uma das cidades mais a sul nesta “metade” da ilha que visitei.

Talvez mais dois dias bastariam, para visitar o outro lado da ilha, e visitar por exemplo Catânia, Taormina, Siracusa ou Messina; caso por exemplo aluguem um carro, podem ter uma mobilidade maior, por isso acho que 5/7 dias será o ideal para conhecer o essencial da ilha. ou claro podem ver um pouco menos e desfrutar das praias e da tranquilidade que aqui se vive.

Uma vez que estive em vários locais, vou dividir o artigo sobre a Sicília, em duas partes, primeiro vou falar de Trapani (e ilha Favignana), Erice e San Vito lo Capo; sendo que no próximo artigo falarei de Agrigento, Cefalú e Palermo.

 

porto de Favignana

 

Trapani 

 

A cidade portuária de Trapani é uma cidade relativamente grande, embora no âmbito turístico tudo se concentre no centro histórico; embora ache que numa tarde/manhã se conheça quase tudo, é agradável percorrer o centro histórico desta cidade, as ruelas apertadas (que me fizeram lembrar a minha viagem á região sul de Itália de Apúlia), a cada 500 metros encontra-se uma igreja, embora muitas se encontrassem fechadas (permanentemente), além claro de uma par de monumentos, galerias de arte, e outros locais de interesse, bem como a zona junto ao mar, uma visita bem agradável.

De entre os vários locais que visitei, destaco: a Catedral de Trapani ( Catedral di san Lorenzo), uma bonita igreja inicialmente construída em 1102, passando mais tarde a Catedral, vale a pena visitar (achei mais bonito o interior), a entrada é gratuita; podemos caminhar ao longo da costa, desde a paragem do porto ( de onde saem os ferrys e onde fica uma das paragens de bus dos vários operadores), até junto da zona dos pescadores, aqui podemos ver os pescadores com as suas bancas, com os antigos “tri-car”, a servirem de montra (algo curioso, pois algo que quer eu e Teres, já não víamos há muito tempo; aqui nesta zona dos pescadores, temos no horizonte uma ilhota, a Isolla della Colombaia, com o seu castelo que sobressai bastante, nota ainda para aqui próximo ( também com vista privilegiada para o castelo), fica Lazzaretto, uma espécie de fortificação que serviu de local de isolamento para doenças contagiosas.

Não muito longe daqui, num dos extremos da cidade junto do mar, fica o  Museu Cívico Torre di Ligny , é uma torre de vigia, que alberga também um pequeno museu, com esculturas e réplicas de barcos, entre outros; a vista do topo é bem agradável, não me recordo bem, mas acho que a entrada era cerca de 2€, deixo aqui link para mais informações.

Daqui podemos percorrer esta zona pedonal junto do mar e seguir um pouco mais por esta zona amuralhada, indo até Bastione Conca, que é uma antiga fortificação (aqui perto, ao fundo fica uma zona de praias), seguindo um pouco mais passamos por uma zona muito agradável, a Mura di Tramontana, ótima para desfrutar de uma bebida ao por do sol; daqui seguimos até à Piazza Mercato del Pesce, onde ficam alguns vendedores de arte local ( e numa noite vimos um concerto no âmbito de uma campanha partidária).

Basilica di Maria Santíssima, o Palazzo Senatorio um dos edifícios com a fachada mais bonita para mim, um edifício de estilo barroco com dois relógios que se destaca numa das ruas principais de Trapani ( corso Vittorio Emanuele). Próximo fica a Porta Oscura, ou também não muito longe, outra igreja em destaque, a Chiesa del Collegio dei Gesuiti (muito bonita por dentro).

Por certo visitei (e podem visitar mais) alguns locais que aqui não referi, como algumas galerias de arte e mais algumas igrejas, entre outros, é apenas amostra do que podem visitar em Trapani, como o levantar da ponta do véu.

 

castelo na Isolla della Colombaia, Trapani

 

Trapani

 

vista no topo da Torre di Ligny, Trapani

 

um jardim em Trapani

 

Museu Cívico Torre di Ligny, Trapani

 

mercato del peche, Trapani

 

interior Museu Cívico Torre di Ligny, Trapani

 

Catedral de Trapani ( Catedral di san Lorenzo)

 

Catedral de Trapani ( Catedral di san Lorenzo)

 

Um dos locais de visita obrigatória é ir a uma das ilhas mais pequenas próximas de Trapani (também podem aqui chegar desde San Vito), as mais famosas são Favignana e Levanzo, sendo que a primeira, é a maior e a que tem mais procura; existem como já referi, vários tours que passam pelas duas ilhas, outros ainda com atividades aquáticas, nós decidimos simplesmente apanhar o ferry para Favignana e partir à descoberta, o ferry funciona muito bem, com boas frequências, sendo que a viagem dura cerca de 30 minutos; na ilha podem alugar uma bicicleta (creio que eram 5€ por dia), para descobrir um pouco mais da mesma, mas caminhando um pouco, descobrem muita coisa, as ruas são bem agradáveis de desbravar, sendo muito pitorescas;  o especial destaque vai para a praça onde fica a igreja Madre Maria Santíssima Imacolata, e também nota de destaque para a antiga fábrica com arcos que se vê logo junto do porto na chegada do ferry, o  ex Stabilimento Florido di Favignana, esta antiga fábrica, que também é museu, encontrava-se fechado na altura, mas creio que pode ser algo de interessante para visitar em Favignana.

Podemos ainda caminhar até zonas costeiras (que são rochosas), como a punta larga, e por exemplo apreciar um bom café italiano; caso tenham a bicicleta, podem conhecer um pouco mais à volta da ilha; algo que pode ser interessante é pernoitar uma noite aqui para desfrutar desta tranquilidade fantástica.

No ponto mais alto da ilha, algo que se destaca logo assim que chegamos a Favignana, é o Castello di Santa Caterina, pelo que soube com os locais a subida até aqui leva cerca de 40 minutos a pé, algo que caso tenham tempo podem fazer.

 

ex Stabilimento Florido di Favignana

 

Castello di santa Caterina, Favignana

 

Favignana, arte urbana

 

municipo de Favignana

 

Igreja Santa Maria, Favignana

 

Favignana

 

Outro local de interesse, que embora não tenha visitado, que acho que pode ser de grande interesse, é o Museu do Sal fica a sensivelmente 10 km do centro (paragem de Trapani port), existem alguns tours com a visita ao museu; não tenho a certeza quanto a transporte público,  mas acho que o táxi (ou um Uber/Bolt/ similar), não será caro e claro, caso tenham carro facilmente aqui chegam.

 

Erice

 

Esta bonita aldeia medieval, no topo de uma montanha, quase toda em pedra de granito, fica a apenas 15 km de Trapani, a viagem de bus é um pouco demorada, pois faz várias paragens, em alternativa podem ir até junto do teleférico, que fica a cerca de 4 km da paragem do porto (para aqui há um bus local), o teleférico Trapani-Erice leva cerca de 10 minutos em cada trajeto, sendo o bilhete de ida e volta 9.5€  (uma vez que o tempo não era o melhor, sendo que inclusive depois encerrou, uma vez que não seria possível desfrutar da vista, optei pela viagem de bus até às portas da vila.

Erice (que foi uma ideia de Teres, e foi uma boa aposta), facilmente se visita num par de horas, contudo não deixa de ser uma cidade apaixonante; não é preciso muita orientação, simplesmente partir à descoberta por entre as ruelas, a subir, repletas da porcelana tradicional; chegando à zona no oposto da entrada, vamos encontrar o Parque del Balio  , aqui em destaque além da vista fantástica sobre Trapani, com o mediterrâneo como pano de fundo, fica junto do penhasco, o castello di venere , um belo castelo do século XII (encontrava-se encerrado na altura), junto do castelo fica ainda a torre torretta pepoli.

Voltando para o centro desta antiga vila medieval, vamos encontrar mais locais de beleza substancial, além de várias igrejas (pois erice é apelidada como a cidade das 100 igrejas), vamos encontrar um bom punhado de atrações, a maioria destas é paga, sendo o valor de cada uma de 2.5€, contudo caso queiram visitar todas, podem adquirir esse “pack”, que custa salvo erro 6€.

Ao entrar em Erice, pela porta Trapani, temos logo dois locais de destaque, a torre e a igreja principal (Duomo), na minha app de mapas, no maps.me, e em sites de turismo da Sicília, aparece também como  igreja Maria santíssima Assunta; continuando a nossa descoberta, temos a Chiesa de san Martino; Chiesa sant’Alberto degli Abbati; Chiesa di san Pietro; a praça principal onde fica o município e o museu cívico Antonio Cordici; uma zona que chamam de bairro Espanhol,  ir até à porta Spada, de onde temos também mais bom local bom para ter uma perspetiva desde o cimo da encosta onde fica esta vila e a Chiesa di San Giuliano; são alguns dos “ingredientes” que esta vila nos oferece.

 

castello di venere, Erice

 

Erice

 

Erice

 

Erice

 

Erice

 

uma das torres no Jardim del Balio, Erice

 

torre de Erice

 

interior da igreja (Duomo) de Erice

 

interior da igreja (Duomo) de Erice

 

Igreja (duomo) Erice

 

San Vito Lo Capo

 

Também simplesmente chamado como San Vito, este foi para mim o melhor local que visitei (muito renhido com Cefalú), embora sinceramente não haja muito a escrever, pois não existem muitos locais turísticos, a magia é simplesmente desfrutar deste belo local cuja praia pinta um cenário simplesmente deslumbrante.

Notei aqui uma harmonia e tranquilidade excelentes, que apaixona e encanta quem visita San Vito.

A zona central conta com umas ruas bem bonitas e pitorescas, repletas de restaurantes e cafés, e comércio local, com claro destaque para souvenires e porcelana típica da ilha, uma nota de destaque vai para a igreja (santuário) de San Vito, bem bonita e peculiar. É sem dúvida um local lindíssimo, muito pitoresco, sobretudo, junto da praia, onde o cenário é encantador, sendo que a praia é do melhor para ver e desfrutar.

Para quem quer ficar uns dias simplesmente a desfrutar da praia na Sicília, na minha perspetiva é um local perfeito, neste que é um cenário relaxante, com paz e tranquilidade, onde a praia lindíssima, com o rochedo (montanha), como pano de fundo, areia fina, águas cristalinas; torna sem dúvida este local de visita obrigatória.

Gostava de dar um destaque especial para um local fantástico para comer, o Tasty Paninoteca, praticamente em frente à praia, é um local que faz sandwiches típicas (panini), com uma qualidade excelente e a um preço ótimo, os empregados são excelentes (bem simpáticos e falam inglês) aconselho vivamente.

 

San Vito

 

San Vito lo Capo, cartão postal

 

San Vito

 

praia em San Vito

 

ruas de San Vito

 

rua em san Vito

 

praia em San Vito

 

souvenirs em San Vito

 

San vito

 

igreja San Vito

 

interior igreja San Vito

 

Viagens Felizes

 

Dicas e Notas

 

A Sicília tem dois aeroportos principais, nas cidades de Palermo e Catânia, existe um mais pequeno em Trapani, que agora vai começar a receber voos operados pela Ryanair, sendo que tem voos desde o Porto, após uma breve pesquisa, temos voos do Porto para Trapani, no verão (junho, julho, agosto e setembro); para Palermo, temos pela Easyjet,voos também desde a cidade do Porto, (aqui com voos somente em julho e agosto).

Eu fui desde a cidade de Madrid, que pode ser uma boa alternativa, pois tem uma maior oferta de ligações e horários; e dependendo de onde estão, além de voos baratos de Portugal até à capital espanhola, podem ir de bus, as operadoras como a Rede Expressos e Alsa (operada em simultâneo); Flixbus ou Gipsy bus, entre outras, oferecem ligações baratas, que inclusive vão até ao aeroporto.

Do aeroporto de Palermo, temos o bus da Segesta a viagem demora cerca de 1h (pára em vários locais em Trapani), podem comprar o bilhete no motorista, este custa 9.6€ (podem consultar horários e também comprar os bilhetes no site).

Para o centro da cidade de Palermo a empresa de bus PrestiaComande faz a ligação desde a estação de bus, que é ao lado da de comboio (fazendo ainda várias paragens ao longo da cidade), a viagem desde a estação principal demora 50 minutos, e os bilhetes custam 6€, a frequência é a cada 30 minutos.

acho que é a forma mais prática, contudo também podem ir de comboio a TrenItalia liga a estação central ao aeroporto em 1h, o bilhete custa 6.5€.

 

comida no Tasty, San Vito

 

Trapani à noite

 

De Trapani, para Erice e para San Vito lo Capo, fui de bus, pela AST (empresa de transportes suburbanos), temos horários diferentes dos dias de semana, para os fins de semana, creio que são suficientes (apenas têm muitas paragens, pois são locais e não turísticos), a viagem para Erice, era de quase 1h e para San Vito, perto de 1h e 30 minutos; os bilhetes podem ser comprados diretamente pelo motorista, ou o caso da paragem no porto de Trapani  também podia ser num pequenos quiosque do outro lado da rua ( os bilhetes eram baratos, salvo erro foi cerca de 5€ ida e volta para Erice, para San Vito não me recordo bem, mas creio que menos de 8 € ida e volta)

O barco (ferry) para a ilha de Favignana, da Liberty Lines oferece várias ligações diárias, a viagem demora cerca de 30 minutos, o bilhete de ida e volta, dependendo dos horários, custa pouco mais de 20€.

Existem vários tours que proporcionam passeios à volta desta ilha, e que passam ainda pela outra ilha, que fica também muito próxima, a ilha de Levanzo, podem ver operadores em vários pontos da cidade, no nosso parceiro Getyourguide, vão encontrar também várias ofertas (na página irão aparecer links com algumas ofertas).

site turismo Sicília  » Aqui

 

por do sol em Trapani

 

Todas as cidades onde estive, me pareceram tranquilas e seguras, á fácil comunicar, pois na maioria dos locais se fala em Inglês, e uma vez que o Italiano não tenha uma diferença tão substancial ao Português, creio que comunicar será fácil.

Em Itália, o fuso horário é de mais 1h que em Portugal, a moeda, claro é o euro; o indicativo telefónico é: +39 e o domínio de internet é .it

 

Reserva de Bilhetes para Bus, Ferry ou Comboio: Aqui

 

Reservas (click):

Booking – Alojamento

Get Your Guide– Tours, entrada em monumentos

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LOVE ME DO, LIVERPOOL!!!

 

Love me do, Liverpool!!!!

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

À exceção de Londres, encontrar em Inglaterra cidades que nos cativem pela sua beleza não deve ser fácil. Sobretudo pelo seu clima, onde o céu é sempre cinzento e pelos seus edifícios que nos fazem lembrar a Revolução Industrial. Liverpool consegue ser exceção e é unanimemente considerada como uma cidade bonita! Para muitos neste aspeto apenas Londres a ultrapassa! Além do mais trata-se de uma cidade muito animada, nomeadamente pela sua vida noturna bastante concorrida. Sobretudo a sua zona central, nas imediações do One, a zona comercial que nasceu após a demolição da Casa dos Marinheiros, uma instituição social que visava fornecer aos marinheiros que frequentavam o porto, alimentação, alojamento e assistência médica, a custo moderado e também lhes incutir valores morais e religiosos, diferentes dos que reinavam pelos portos. As ruas centrais por onde reina a animação noturna, pela sua conceção e ocupação fazem lembrar as noites de verão em Albufeira. Sextas e Sábados à noite é uma enorme romaria de pessoas vindas de vários pontos que desembarcam dos comboios na Lime Street a estação central. Era Dezembro, e muitas jovens e menos jovens em trajes curtos (!) andavam pelas ruas e enchiam os bares, onde se podia escutar as famosas músicas de Natal So this is Christmas ou All I Want for Christmas Is You. O conceito natalício Anglo Saxónico é diferente do nosso!

 

Taxi tradicional- Liverpool

 

Liverpool

 

Chinatown- Liverpool

 

Chinatown- Liverpool

 

Catedral Metropolitana de Liverpool

 

Câmara Municipal de Liverpool

 

Pier Head, Three Graces- Liverpool- UK

 

A cidade de Liverpool, é tecnicamente um distrito metropolitano que possui cerca de meio milhão de habitantes, fazendo parte de uma área metropolitana com mais de 2 milhões que engloba Halton, Knowsley, Sefton, St Helens e Wirral. Localiza-se no condado de Merseyside, no noroeste de Inglaterra, no lado norte do estuário do Rio Mersey, a cerca de 60 Km de Manchester sendo facilmente acedida desde esta. À semelhança de Manchester, as partes mais importantes da cidade percorrem-se caminhando, e em dois dias conseguimos visitar praticamente tudo. A cidade é servida por bons meios de transporte, onde não faltam os autocarros de dois pisos ao estilo britânico e até mesmo um sistema de metropolitano, o Merseyrail que serve parte da área metropolitana, Birkenhead já em Wirral por exemplo, circulando maioritariamente à superfície, possuindo uma rede com mais de 60 estações, 4 delas subterrâneas no centro da cidade.

 

One- Liverpool

 

St Christopher’s Liverpool Street – Londres

 

Liverpool começou por ser uma pequena vila de pescadores fundada em 1207, que se expandiu para uma vila portuária em 1229, ano em que foi concedido aos seus mercadores o direito de comércio sem necessidade de pagamento de taxas governamentais. Assim nasceu o Porto de Liverpool, que se tornou uma importante porta de comércio com o continente americano. A grande peste de 1664 e o grande incêndio de 1666 em Londres fez com que muitos mercadores se mudassem para Liverpool, o que aumentou ainda mais a importância deste porto.

A zona portuária é talvez a mais turística e pitoresca da cidade. Chamada de Cidade Marítima de Liverpool, foi incluída em 2004 pela UNESCO na lista de Património Mundial, tendo em 2021 sito retirada, devido às construções de modernos edifícios, inclusivamente ali vai nascer o novo estádio do Everton F.C.. Os lobbys imobiliários desfizeram a autenticidade do local, mesmo assim não lhe retiram o encanto. A zona de Pier Head, é famosa pelas Three Graces (Três Graças), os 3 edifícios comerciais construídos no início do século passado: O edifício da administração do Porto de Liverpool, o da Cunard, sede da antiga companhia de navegação Cunard, e o da Royal Liver, uma companhia de seguros. A zona faz lembrar Xangai a megalópole Chinesa, nomeadamente parte do Bund. É normal, pois a construção daqueles edifícios de Xangai, o do Banco de Xangai e Hong Kong e o da Alfândega, foram inspirados respetivamente no do porto e no do Liver. Xangai e Liverpool são cidades irmãs, logo em termos de ícones comparáveis, não ficamos por aqui! Por exemplo, a área da Chinatown de Liverpool, é considerada a residência de uma comunidade chinesa, mais antiga da Europa, daí possuir o arco chinês maior da Europa, oferta da cidade de Xangai!

 

Goodison Park, estátua de Dixie Dean, lenda do Everton FC

 

Pier Head, Three Graces- Liverpool- UK

 

Pier Head, Three Graces-Edifícios da Royal Liver, da Cunard e Adminstração do porto de Liverpool

 

Pier Head, Three Graces

 

Outro dos modernos edifícios é o do Museum of Liverpool que apenas tive oportunidade de ver por fora. A sua exposição baseia-se na história da cidade e do seu povo, bem como a sua importância global. A sua arquitetura interior e exterior são o seu grande destaque, tal como o museu da cidade de Xangai!

 

Estuário do Rio Mersey, vista para Birkenhead, Wirral

 

As Docas, estão intrinsecamente ligadas à história da cidade, a Royal Albert Dock. Foram consideradas como um dos maiores centros de negócios do mundo nos séculos XVIII e XIX. Além dos navios lá ancorados, destaca-se o Merseyside Maritime Museum que nos conta várias partes importantes da história da cidade, assim como daquela área, as fortes ligações ao mar, encontrando-se lá expostos documentos e objetos do início das suas atividades portuárias, modelos de navios e pinturas marítimas, relatos e fotos da vida a bordo em diversas embarcações, assim como famosos navios como o RMS Lusitânia, que na tarde do dia 7 de maio de 1915, foi afundado por um torpedo oriundo dum submarino alemão, quando se encontrava a 18 km da costa da Irlanda. Em apenas 18 minutos o navio afundou com 1.191 passageiros e tripulantes a bordo. O RMS Lusitânia foi afundado, porque o mesmo estaria com uma grande quantidade de explosivos, facto este negado até 1982, pelos britânicos.

 

Royal Albert Dock

 

Royal Albert Dock

 

Pier Head visto desde a Royal Albert Dock

 

Royal Albert Dock, memorial aos antigos animais de carga usados nas docas

 

Royal Albert Dock, uma das hélices do RMS Lusitânia

 

Royal Albert Dock

 

O celebérrimo Titanic tem fortes relações com Liverpool. O navio foi ali registado e ostentava o nome da cidade no seu casco. Na sua primeira (e última) viagem partiu de Southampton para Nova Iorque, a 10 de abril de 1912, com 922 passageiros. Tinha prevista uma paragem em Liverpool tendo esta sido cancelada à última hora devido a uma greve de estivadores, ferroviários, marinheiros e outros comerciantes. Após parar em Cherbourg e Queenstown, a sua tripulação total passou a ser de 2.208 pessoas, menos da metade do que poderia transportar, porém, apenas foram colocados 20 botes salva-vidas a bordo, insuficientes para todos os ocupantes. No dia 14 de abril, às 23h40, o navio chocou com um Iceberg que danificou irreversivelmente o seu casco, inundando o seu interior. Duas horas e quarenta minutos depois, o navio afundou-se nas águas geladas do Atlântico Norte tendo mais de 1.500 pessoas perdido a vida tragicamente, 36 delas eram cidadãos de Liverpool. O Capitão Edward John Smith viveu na região de Merseyside durante 40 anos, mudando-se depois para Southampton em 1908. Os 8 músicos do navio, os tais que tocavam enquanto o navio afundava, foram recrutados em Liverpool. As cozinhas do Titanic foram fabricadas pela Henry Wilson and Company de Liverpool.  Frederick Fleet, um dos sobreviventes, o vigia que visualizou o Iceberg, era natural de Liverpool e afirmou que se tivesse recebido uns binóculos poderia ter salvo o navio. A ala dedicada ao Titanic é o ponto mais alto da visita ao museu existindo também pela zona portuária em Pier Head uma estátua que constitui um Memorial aos heróis da casa das máquinas do Titanic. Na exposição existem outras alas a explorar, nomeadamente uma dedicada à II Guerra Mundial e aos ataques aéreos sofridos na cidade de que é exemplo a Batalha do Atlântico.

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

Merseyside Maritime Museum

 

No mesmo edifício encontramos o International Slavery Museum que relata a triste relação de Liverpool com a Escravatura, pois naquelas docas atracavam navios negreiros que faziam as rotas de mercadoria humana entre África, Europa e a América. Liverpool foi uma das cidades mais importantes da Europa neste contexto. Os objetos expostos são horríveis e quem viu a série documental Elslaved com Samuel L. Jackson, ator norte americano com descendência de escravos, entenderá muito bem qual foi a sua utilidade.

 

International Slavery Museum

 

International Slavery Museum

 

International Slavery Museum

 

International Slavery Museum

 

International Slavery Museum

 

International Slavery Museum

 

Pela Royal Albert Dock também encontramos o Tate Liverpool uma das 4 galerias de arte com a chancela “Tate” que existem no Reino Unido, arte moderna e contemporânea para quem souber apreciar.

 

Tate Liverpool

 

Tate Liverpool

 

Tate Liverpool

 

Museus cuja entrada é gratuita, à semelhança de muitos museus nacionais do Reino Unido, cuja visita é importantíssima e sempre enriquecedora. Além destes, fora da zona portuária, nas imediações da Estação Lime Street, podemos visitar o World Museum, um museu de história que expõem objetos de arqueologia, geologia, etnologia, ciências naturais e físicas, e diversas culturas do mundo. Não falta uma galeria do Egito antigo, com diversas múmias expostas, objetos que abundam por Terras de Sua Magestade, há inclusivamente uma piada que afirma que as Pirâmides do Egito se não tivessem sido construídas em Gizé, já teriam sido levadas pelos Ingleses para o British Museum! O World Museum possui também um planetário, mas para assistir às sessões convém comprar online a entrada com antecedência. Podemos visitar também o aquário, a casa de insetos, a galeria de dinossauros, o centro de História Natural, o centro de descobertas, a galeria de culturas globais, a galeria espacial e a galeria do Mundo Natural.

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

World Museum

 

Saindo da estação central destaca-se o St George’s Hall pela sua volumetria e arquitetura neoclássica.  Um edifício multifuncional, que alberga um teatro para concertos e salas de reuniões, também é sede de tribunais da cidade. Por falar em teatros, ali ao lado existe o Liverpool Empire onde diversos musicais são levados a cabo. No Reino Unido, os musicais são dos espetáculos mais característicos.

 

St George’s Hall

 

St George’s Hall

 

A religião está intrinsecamente ligada a qualquer cidade europeia, logo visitar a Catedral de Liverpool é de extrema importância. Também chamada de Igreja-Catedral de Cristo, é a sede da Diocese de Liverpool. Os seus 189m de comprimento externo torna-a na mais extensa igreja do mundo e quinta maior e também numa das mais altas. Disputa com a Catedral de São João, o Divino, de Nova Iorque, o título de maior templo anglicano do mundo. A outra catedral, a Catedral Metropolitana, também chamada de Catedral Metropolitana do Cristo-Rei de Liverpool, uma catedral católica que é a sede do Arcebispo de Liverpool. Construída na década de 1960 destaca-se pelo seu formato redondo. Os seus vitrais coloridos são considerados os maiores do mundo em extensão. Além de celebrações religiosas, também lá são realizados concertos de música e exibições de arte. Muitas igrejas existem pela cidade, mas devo destacar a Igreja de St Lucas conhecida por Igreja bombardeada, uma antiga igreja anglicana. Na II Guerra Mundial, a cidade foi bombardeada por ataques aéreos dos Alemães, em 1941, o ataque que ficou conhecido por Liverpool Blitz. A igreja foi atingida e ficou fortemente danificada, ficando sem teto. É tida como um memorial para aqueles que morreram na guerra e também é utilizada como local para exposições e eventos.

 

Catedral de Liverpool

 

Catedral de Liverpool

 

Catedral de Liverpool

 

Catedral de Liverpool

 

Impossível falar de Liverpool sem referir os famosos 4 cidadãos que catapultaram para sempre o nome da cidade para os 4 cantos do mundo: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, conhecidos mundialmente como The Beatles, considerada como a maior banda de rock de todos os tempos!  Temas como “The yellow submarine”, “Yesterday”, “Don´t let me down”“Hey Jude”, “Love me do” ou “A Hard Day’s Night” ninguém fica indiferente.

 

Estátua dos Beatles- Liverpool

 

Na zona de Pier Head existe uma estátua desta banda britânica de rock, que é um local de romaria. The Beatles, foi formada na cidade de Liverpool em 1960 mas o início da sua carreira passou pela Alemanha, por Hamburgo, pela Reeperbahn famosa rua do bairro de St Pauli, porém por lá não lhes dão assim tanta importância tendo o museu a eles dedicado ter sido há muito encerrado por falta de público! Já em Liverpool é bem diferente, a cidade “respira” The Beatles! O Cavern Club, um bar localizado numa cave em Mathew st, na zona central e da animação noturna de Liverpool foi o local onde a banda realizou quase 300 apresentações e onde a sua carreira começou a catapultar. É possível ir ao Cavern Club e desfrutar de concertos de música ao vivo de diversas bandas, o local é de grande rebuliço na cidade. Ali ao lado existe o Rubber Soul Beatles bar um disco bar muito animado, onde se encontram estátuas da banda que os visitantes fazem fila para posar. Na mesma rua fica o Beatles Museum que ao longo de 3 pisos expõem mais de mil itens relacionados com a banda. Mergulhamos na sua história desde os primórdios, entre Hamburgo e Liverpool até à fama mundial. Guitarras e baterias originais dos tempos iniciais da banda, medalhas, o violoncelo branco da Magical Mystery Tour e o amplificador de baixo de Paul McCartney, itens pessoais, incluindo cartas, entrevistas exclusivas com os membros da banda e fotografias inéditas. O Beatles Museum é apenas uma das atrações turísticas! A outra, a Beatles story, localizada na Royal Albert Dock, é maior exposição permanente do mundo dedicada exclusivamente às vidas dos Beatles e outro dos locais visita obrigatória para os amantes da banda, o que não é propriamente o meu caso e não se tratam de locais baratos para visitar, pelo que este último foi sacrificado…

 

Cavern club

 

Cavern club

 

Cavern club

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Beatles Museum

 

Impossível falar de Liverpool sem referir o futebol. O Estádio Anfield, casa do Liverpool Football Club (LFC) é um dos palcos míticos que qualquer futebolista sonha pisar e qualquer adepto de futebol sonha visitar. Fica localizado a cerca de 4 Km do centro da cidade, no bairro de Everton, do qual o seu rival, o Everton Football Club (EFC) adotou como nome. Anfield foi também a casa do EFC nos seus primeiros anos de existência, porém o clube recusou a pagar o aumento de renda para aí jogar e decidiu construir o seu próprio estádio, a cerca de 1 Km, e assim nasceu o Goodison Park e de momento constrói na zona portuária um novo e moderno estádio. Junto a Goodison Park, podemos ver as estátuas de Dixie Dean, e também de Alan Ball, Colin Harvey e Howard Kendall, lendas do EFC.

O LFC abandonou a ideia de construir um novo estádio. Anfield estava a sofrer obras de ampliação por forma a aumentar a sua lotação dos topos, que tornarão possível ao estádio albergar cerca de 60 mil espetadores. Anfield que foi construído em 1884, tendo ao longo dos anos sofrido diversas transformações, será assim eternamente a casa do LFC.

Trata-se de um recinto mítico, de conceção britânica, de forma retangular, com as bancadas a terminarem junto do relvado e os bancos de suplentes embutidos nas mesmas. A sensação acústica e de proximidade faz deste recinto um verdadeiro local de eleição para ver um grande jogo de futebol. As suas bancadas são denominadas de Spion Kop, que herdou o nome mítico de “Kop”, famosa bancada demolida para adaptar o estádio às exigências da UEFA com vista aos jogos do Euro´96, a Main Stand, a bancada principal, a Sir Kenny Dalglish Stand homenageando esta grande figura do LFC e a Anfield Road End, junto da rua adjacente ao Parque Stanley, a tal que dá o nome ao estádio e contém o mítico portão com a frase “YOU WILL NEVER WALK ALONE” lema do clube e letra do seu hino que tal como as músicas dos Beatles é uma marca da cidade, sendo famosa em todo o mundo. Vários estádios ingleses possuem uma Kop, bancada de nível único, no topo, que é o centro nevrálgico do estádio, pois é aí que se encontram os adeptos mais fervorosos. A antiga Kop era de peão e comportava bem mais espetadores do que a sua lotação nominal. Da Kop de Anfield, são levadas a cabo as famosas coreografias que o tornam um local místico e mítico. O nome Kop remonta ao ano 1900 quando os Ingleses combatiam na África do Sul, a Guerra dos Bôeres, e numa determinada altura o exército britânico tentava tomar estrategicamente uma colina chamada Spoin Kop, tendo custado a vida a 300 homens. A Kop situa-se junto da entrada que contém o outro portão, que homenageia Bob Paisley e a estátua de Bill Shankly, duas das maiores figuras da história do clube. Pelo recinto que também pode ser considerado um museu a céu aberto, encontramos estátuas de Bob Paisley e Emlyn Hughes, diversos murais onde se destaca o dos campeões. O tour pelo estádio inclui vários pontos míticos como as bancadas, a famosa Kop, o túnel de acesso, o relvado, os balneários e a sala de imprensa.

 

Estádio Anfield

 

Estádio Anfield,Portão Paisley

 

Estádio Anfield, estáuas de Bob Paisley e Emlyn Hughes

 

Liverpool, Estádio Anfield

 

Liverpool, Estádio Anfield, Anfield Road End

 

Estádio Anfield, túnel de acesso

 

Estádio Anfield, relvado e vista para a Kop

 

Estádio Anfield, Sir Kenny Dalglish Stand

 

Estádio Anfield, Kop

 

Estádio Anfield, balneário do LFC

 

Estádio Anfield, balneário do LFC

 

Estádio Anfield, bancada

 

Liverpool, Estádio Anfield, Sir Kenny Dalglish Stand

 

Estádio Anfield, estátua de Bill Shankly junto da Spion Kop

 

A visita ao estádio também a visita ao Museu do LFC, que, no entanto, é muito reduzido tendo em conta a grandeza do clube. Destacam-se na entrada um memorial às vítimas da tragédia de Hillsborough de 1989 e no interior, um outro às vítimas de Heysel de 1985. Os troféus conquistados internacionalmente estão em grande destaque, as 6 taças de campeão europeu, e uma referência a Steven Gerrard, enorme capitão, obreiro do “Milagre de Istambul” em 2005. O guarda redes polaco Jerzy Dudek que defendeu o penalty decisivo de Shevchenko nesse jogo, Bruce Grobbelaar, nascido em África do sul, já havia feito em Roma algo igual em 1984, guarda redes que foram decisivos na conquista de títulos importantíssimos estão lá referenciados, já o mesmo não se pode dizer de Loris Karius que em 2018 esteve muito mal no último jogo em de Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid, a final de Kiev perdida para os “Blancos”. Grandes figuras como Ian Rush, John Barnes, Graeme Souness, Mohamed Salah, Roberto Firmino ou Sadio Mané, não faltam pelo museu, e à boa maneira britânica, o fair play que os carateriza, não faltam referências a grandes nomes de adversários, como Paolo Maldini e Josep Guardiola.

 

Liverpool, Estádio Anfield, Museu do LFC

 

Estádio Anfield, Museu do LFC

 

Estádio Anfield, Museu do LFC

 

Quanto à gastronomia escusado será dizer que a Britânica não deixa saudades, e tratam-se sobretudo de refeições consumidas em pubs. Do mal o menos, os preços são bem mais baixos que em Londres. Ao Domingo não deixem de provar o famoso Sunday RoastHamburgers no prato também é tradicional e como era altura do Campeonato do Mundo de 2022, um dos locais que fui serviam pratos dedicados a vários países participantes. O prato tradicional de Liverpool é o scouse, sendo a razão pela qual os habitantes da cidade são alcunhados de “scoucers”, e a língua Inglesa por lá falada dado ser tão difícil de compreender, devido ao sotaque característico, ser chamada de “scouse”, e por muitos considerada com um dialeto, pois tem palavras diferentes da língua de Shakespeare que aprendemos na escola! Scouse é um guisado, feito de pedaços de carne, geralmente bovina, com batatas, cenouras e cebola, que está associado à zona portuária da cidade. Enquanto por cá os guisados, associados às zonas portuárias, aos pescadores e marinheiros, são feitos com sobras de peixe e chamados de “caldeiradas”, por aqueles mares provavelmente os peixes são de tamanhos bem maiores e os guisados são de carne, das sobras que se encontram em terra. Em Liverpool o scouse é rei, sendo fácil de encontrar em qualquer pub ou bar. O nome de scouse é derivado da palavra “lobscouse” que por sua vez é originário de “lapskaus” originária das línguas norueguesa.

Comendo um scouse no “The Liverpool Pub” me despedi de Liverpool, trazendo comigo um souvenir que guardarei para sempre, o pássaro liver, que aparece em todo o lado, tornou-se o símbolo da cidade, com misticismo de uma espécie que se consta ter existido, voando e carregando algas na boca, nos tempos em que Liverpool ainda era uma simples aldeia.

 

Gastronomia Britânica, Sunday Roast

 

Gastronomia Britânica, scouse

 

Gastronomia Britânica, hamburgers no prato

 

Voos

A Easyjet e a Ryanair voam diretamente de Lisboa para Manchester, sendo possível com antecedência encontrar tarifas muito simpáticas.

Liverpool pode ser acedida de comboio desde Manchester ou mesmo desde o aeroporto de Manchester. A viagem dura cerca de uma hora.

Liverpool possui aeroporto, o Liverpool John Lennon Airport existindo voos diretos para Portugal, nomeadamente para Faro ou Porto.

 

Pássaro liver, souvenir tradicional

 

Alojamento económico

Liverpool Stays – City Centre Rooms, através da plataforma booking.com é possível reservar. Quartos individuais com WC partilhado, check in automático com código enviado para a plataforma e para o mail e depósito de caução via cartão de crédito no ato de reserva, devolvida depois para o mesmo, tudo tratado online.

Bastante razoável, com paragem de autocarro nas proximidades, direto a Anfield, e a cerca de 500 m da estação Lime St onde facilmente se acede a pé.  Em Londres por um alojamento semelhante pagaria no mínimo o dobro. Por ser um sistema automático, sem rececionista, não possui guarda de bagagem após o check out.

 

Estação central de Liverpool Lime Street

 

Reservas (click):

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TESOUROS DE CANCÚN E PENÍNSULA DE YUCATÁN: MARAVILHAS DO MÉXICO

 

Tesouros de Cancún e da Península de Yucatán: Maravilhas no México

 

Cancún é um destino de praia mundialmente conhecido, mas há muito mais a descobrir na Península de Yucatán. Além das praias de areia branca e mar cristalino, há cenotes, ruínas maias, cidades históricas e parques naturais deslumbrantes. Se estiver a planear uma viagem a Cancún, certifique-se de incluir esses locais no seu roteiro.

 

Travessia até à ilha de Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Chiquilá e a Ilha de Holbox

 

A apenas algumas horas de Cancún, Chiquilá é o ponto de partida para a Ilha de Holbox. Esta ilha é conhecida pelas praias de areia branca e água cristalina, mas também por ser um local de observação de tubarões-baleia que nadam perto da costa entre maio e setembro, onde muitos turistas aproveitam a oportunidade para nadar ao lado destes gigantes do mar.

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

A Playa Bioluminescência é famosa pelas luzes azuis que se acendem na água à noite, criadas por microrganismos bioluminescentes. As praias de Punta Cocos, Punta Mosquito e Playa Sinái são igualmente famosas na ilha.

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Holbox- México

 

Valladolid

 

A cidade de Valladolid fica a apenas duas horas de carro de Cancún e é uma das cidades mais interessantes e históricas da região do Yucatán. Fundada em 1543, a cidade tem um centro histórico muito bem preservado, com construções coloniais pintadas em cores vibrantes. Há também uma praça principal, a Plaza de la Independência, onde os moradores locais se reúnem para socializar e desfrutar de apresentações musicais.

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Valladolid- México

 

Comida tradicional maia- Valladolid- México

 

Comida tradicional maia- Valladolid- México

 

A cidade é um ótimo ponto de partida para explorar os cenotes locais, como o Cenote Ik-Kil, considerado um dos mais bonitos e famosos da região. Localizado a apenas 3 km de Chichén Itzá, o cenote é cercado por plantas tropicais e um dos pontos de visita quase obrigatória. Se preferir um cenote menos turístico, tem diversas outras opções nas proximidades.

 

Cenote Tsukán- Valladolid- México

 

Cenote Tsukán- Valladolid- México

 

Cenote Tsukán- Valladolid- México

 

Cenote Ik-Kil- Valladolid- México

 

Cenote Ik-Kil- Valladolid- México

 

Cenote Ik-Kil- Valladolid- México

 

Chichén Itzá

 

Chichén Itzá é uma das ruínas maias mais bem preservadas e uma das Sete Maravilhas do Mundo. A cidade floresceu entre os séculos V e X d.C e foi um centro religioso e cultural para os maias. A estrutura mais famosa da cidade é a Pirâmide de Kukulcán, também conhecida como El Castillo, que tem uma escadaria em cada lado com 91 degraus, totalizando 365, um para cada dia do ano. Outros destaques de Chichén Itzá incluem o Templo dos Guerreiros, o Observatório e o Cenote Sagrado.

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Chichén Itzá- Valladolid- México

 

Tulum

 

Tulum é uma cidade costeira situada a cerca de 2 horas de carro de Cancún e é um dos principais destinos turísticos da península. A antiga cidade de Tulum está localizada a uma curta distância do centro da cidade e é famosa pelas suas ruínas maias com vista para o mar azul-turquesa.

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Tulum é uma combinação impressionante de história e beleza natural. As ruínas maias são um testemunho fascinante da antiga civilização e proporcionam uma experiência única aos visitantes. Ao explorar as ruínas, pode admirar a arquitetura maia bem preservada e desfrutar das vistas deslumbrantes do oceano. É uma experiência que o transporta para o passado e oferece uma compreensão mais profunda da cultura maia.

 

Ruínas de Tulum- México

 

Ruínas de Tulum- México

 

Ruínas de Tulum- México

 

Além das ruínas, Tulum é conhecida pelas suas praias deslumbrantes. A Playa Paraíso é uma praia de areia branca e águas cristalinas, perfeita para relaxar e desfrutar do sol. A beleza natural da praia, com suas palmeiras e águas calmas, proporciona um cenário idílico para relaxar e recarregar as energias. Os visitantes também podem aproveitar a Playa Akumal, onde é possível nadar ao lado de tartarugas marinhas no seu habitat natural. É uma experiência mágica e inesquecível.

 

Playa Paraíso – Tulum- México

 

Playa Paraíso – Tulum- México

 

Outra atração imperdível em Tulum é a oportunidade de explorar os cenotes. O Cenote Dos Ojos e o Gran Cenote são alguns dos mais famosos e oferecem a oportunidade de nadar e mergulhar nessas águas refrescantes e impressionantes. É uma experiência única e emocionante, onde pode apreciar a beleza natural subterrânea da região.

Tulum também é conhecida pela sua gastronomia. Os restaurantes locais oferecem uma fusão de sabores mexicanos tradicionais e influências internacionais. Não deixe de experimentar pratos deliciosos, como ceviche, tacos e guacamole caseiro.

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Se você é um amante da natureza, não pode deixar de visitar a Reserva da Biosfera de Sian Ka’an. Esta reserva natural, declarada Património Mundial pela UNESCO, abriga uma incrível diversidade de flora e fauna. Faça um passeio de barco pelos canais e mangais, onde pode avistar aves exóticas, crocodilos e até mesmo golfinhos.

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Tulum- México

 

Tulum e seus arredores oferecem uma variedade incrível de atrações que agradam a todos os gostos. Desde as ruínas maias com vistas deslumbrantes até as praias paradisíacas e as aventuras nos cenotes, esta região é um verdadeiro paraíso para os viajantes. Prepare-se para uma experiência inesquecível, mergulhe na beleza e na cultura maia e desfrute de tudo nesta fantástica região mexicana!

 

Hotel em Tulum- México

 

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MARAVILHAS DO EGIPTO: EXPLORAÇÃO COMPLETA

 

Maravilhas do Egipto: Exploração Completa

 

O Egipto é um país localizado no nordeste da África, ocupando uma região predominantemente desértica que inclui a península do Sinai, na Ásia, tornando-o um país transcontinental. Com uma área de cerca de 1 milhão de km², o Egipto faz fronteira a oeste com a Líbia, ao sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo, enquanto o litoral oriental é banhado pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e Aqaba. A sua capital é a cidade do Cairo, a maior e mais populosa cidade do país e do continente africano.

 

Durante milénios, as inundações do rio Nilo foram a base da economia do país. No entanto, esse fenômeno foi alterado pela construção da represa de Assuão. Apesar de controversa e ter causado deslocamentos massivos, a represa trouxe benefícios para a agricultura, permitindo o cultivo de novas culturas como algodão e cana-de-açúcar, além de beneficiar as culturas tradicionais, como trigo, arroz e milho. Além disso, a geração de energia hidrelétrica permitiu algum desenvolvimento industrial.

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Moeda

Pode levar euros, dólares ou libras. Eles aceitam todas essas moedas, no entanto, é melhor levar dinheiro e trocar nos hotéis, pois a taxa de câmbio costuma ser mais vantajosa.

 

Luxor- Egipto

 

Excursões e Atividades

No Egipto, há uma variedade imensa de excursões e atividades oferecidas por várias empresas locais, portanto não faltam opções. Recomendo a Wonder Travel Egypt, que me acompanhou durante esta viagem.

 

Egipto

 

Egipto

 

Hurghada

 

Localizada ao longo das belas águas do Mar Vermelho, Hurghada é um destino turístico renomado e um verdadeiro paraíso para os amantes de praia. Com uma localização estratégica, a cidade oferece uma ampla variedade de atividades emocionantes e opções de entretenimento para aqueles que desejam explorar durante as férias.

Hurghada é amplamente conhecida por suas deslumbrantes praias de areia branca e águas cristalinas, que proporcionam condições ideais para atividades aquáticas, como mergulho, snorkeling, windsurf e passeios de barco. Os recifes de coral abundantes e a vida marinha diversificada tornam a região um destino popular entre os entusiastas do mergulho, oferecendo uma experiência única de explorar os tesouros submarinos do Mar Vermelho.

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Além das atividades aquáticas, Hurghada oferece uma animada vida noturna, com uma variedade de bares, restaurantes e discotecas. Os visitantes podem desfrutar de deliciosas refeições à beira-mar, saboreando pratos tradicionais egípcios e culinária internacional, enquanto apreciam o ambiente descontraído e a brisa marinha. A cidade também abriga diversos centros comerciais e bazares, onde os visitantes podem encontrar uma grande variedade de produtos, como artesanato local, souvenirs, roupas e jóias.

Para aqueles que desejam explorar além das praias, Hurghada oferece a oportunidade de fazer excursões fascinantes para locais históricos e culturais próximos. Uma visita ao famoso Templo de Karnak, em Luxor, ou às Pirâmides de Gizé, perto do Cairo, são opções populares para os viajantes que desejam conhecer mais sobre a antiga civilização egípcia.

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Hurghada

 

Cairo

 

O Cairo, conhecido como a maior metrópole do mundo árabe e do continente africano, é uma cidade vibrante e cheia de história. Se você está planejando uma viagem para lá, não pode deixar de visitar algumas atrações imperdíveis.

Um dos destaques do Cairo é o Museu Egípcio, que abriga uma impressionante coleção de artefactos e tesouros do antigo Egipto. Com mais de 100.000 peças em exposição, incluindo a famosa máscara funerária de Tutancámon, o museu proporciona uma viagem fascinante pela história egípcia. Caminhar pelos corredores e explorar as salas repletas de múmias, estátuas, papiros e objetos antigos é uma experiência inesquecível.

Além do Museu Egípcio, uma visita ao Cairo não estaria completa sem passar pelo mercado Khan-El-Khalili. Esse labirinto de vielas estreitas e agitadas é o lugar perfeito para se perder e mergulhar na atmosfera autêntica do Cairo. Aqui, você encontrará uma infinidade de produtos, desde especiarias exóticas e joias até artesanato local e antiguidades. É o local ideal para praticar suas habilidades de negociação e levar para casa lembranças únicas.

Além do Khan-El-Khalili, a cidade oferece uma infinidade de bazares espalhados por diferentes bairros. Cada bazar tem sua própria personalidade e especialidade, desde tecidos e tapetes até cerâmicas e perfumes. Explore esses mercados animados, interaja com os comerciantes locais e descubra verdadeiros tesouros escondidos.

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

Khan-El-Khalili – Cairo

 

No entanto, o Cairo não é apenas sobre museus e compras. A cidade também abriga uma riqueza de maravilhas arquitetónicas, como as famosas Pirâmides de Gizé, a Esfinge e a Mesquita de Alabastro. Essas estruturas majestosas são testemunhas do poder e do esplendor do antigo Egipto, e visitá-las é uma experiência verdadeiramente única.

O Bairro Copta remonta ao século III d.C., quando os cristãos coptas se estabeleceram na área. A palavra “copta” deriva do termo grego “Aigyptos”, que significa “egípcio”. Os coptas são descendentes dos antigos egípcios e são considerados uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Ao caminhar pelas ruas estreitas do Bairro Copta, os visitantes deparam-se com uma rica arquitetura, igrejas antigas e locais sagrados. Uma das principais atrações é a Igreja Suspensa, também conhecida como Igreja de Santa Virgem Maria. Construída no século IV, essa igreja é famosa pela sua localização pouco comum, pois foi construída sobre as ruínas da fortaleza romana de Babilónia. Os seus frescos e ícones religiosos são verdadeiras obras de arte.

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Outra visita obrigatória é o Mosteiro de São Sérgio e São Baco, que remonta ao século IV. Esse mosteiro é um importante centro de peregrinação para os coptas e abriga uma coleção impressionante de manuscritos antigos, ícones e relíquias sagradas.

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Bairro Copta- Cairo

 

Gizé

 

Localizadas nas proximidades do Cairo, as Pirâmides de Gizé são um testemunho imponente da grandiosidade e do mistério do antigo Egipto. Essas estruturas majestosas, que são consideradas uma das sete maravilhas do mundo antigo, atraem visitantes de todo o mundo para testemunhar sua beleza e significado histórico.

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

As três pirâmides principais, construídas para abrigar os corpos dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, são verdadeiros marcos da engenharia e da arquitetura. A Pirâmide de Quéops, a maior delas, é uma das estruturas mais antigas e duradouras já construídas, erguendo-se a uma impressionante altura de cerca de 147 metros. É difícil não se sentir pequeno ao ficar ao lado dessas gigantes de pedra que permaneceram imponentes ao longo de milénios.

Ao explorar a área de Gizé, não se pode deixar de contemplar a Esfinge, uma figura mitológica icônica que possui corpo de leão e cabeça humana. Com aproximadamente 70 metros de comprimento e 20 metros de altura, a Esfinge é uma obra de arte impressionante, envolta em mistério e lendas antigas. Acredita-se que ela represente o faraó Quéfren e seja um símbolo de poder e sabedoria.

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Pirâmides de Gizé- Cairo- Egipto

 

Abu Simbel

 

Abu Simbel, localizado no sul do Egipto, é um dos tesouros arqueológicos mais impressionantes do país. O Templo de Ramsés II, em particular, é uma maravilha fascinante, que cativa os visitantes com sua beleza, história e o incrível feito de engenharia que o preservou ao longo dos séculos.

Construído há mais de 3000 anos, o Templo de Ramsés II é um testemunho da grandiosidade e do poder dos faraós do Egipto Antigo. As fachadas do templo são adornadas com enormes estátuas do próprio Ramsés II, cada uma medindo cerca de 20 metros de altura. Os detalhes intrincados e a imponência das esculturas são impressionantes, e é difícil não se sentir pequeno diante da magnitude dessa obra-prima.

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

No entanto, a história do Templo de Ramsés II ganha um aspeto ainda mais notável quando se descobre que ele foi desmontado e remontado peça por peça. Isso ocorreu como parte de um esforço de preservação após a construção da barragem de Assuã, que criou o Lago Nasser e ameaçou inundar a região de Abu Simbel. A comunidade internacional, juntamente com especialistas em arqueologia e engenharia, uniu esforços para salvar esse tesouro da destruição.

O processo de desmontagem e remontagem do Templo de Ramsés II foi um empreendimento hercúleo. Cada bloco de pedra foi cuidadosamente numerado e documentado antes de ser transferido para um local seguro mais alto. Em seguida, os blocos foram meticulosamente reconstruídos, respeitando a estrutura original e a posição das estátuas colossais. O resultado é uma verdadeira proeza da engenharia, que preservou essa jóia histórica para as gerações futuras apreciarem.

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Abu Simbel- Egipto

 

Karnak

 

Karnak é um dos mais impressionantes complexos de templos do Egipto, situado na cidade de Luxor, conhecida como a antiga Tebas. Ao explorar Karnak, os visitantes são transportados de volta ao tempo dos faraós, imersos em um mundo de grandiosidade e espiritualidade.

O complexo de Karnak é vasto e abrange uma área extensa, com uma riqueza de templos, colunatas, obeliscos e pátios interconectados. Ele foi construído ao longo de séculos, com diferentes faraós acrescentando e modificando as estruturas existentes. A grandiosidade e a escala do complexo são verdadeiramente impressionantes, testemunhas da riqueza e do poder dos antigos governantes do Egipto.

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Uma das principais atrações de Karnak é o Templo de Amon-Rá, o deus sol, que é o núcleo do complexo. O templo possui enormes colunas hieroglíficas, pátios majestosos e santuários sagrados. Explorar esses espaços é uma experiência de tirar o fôlego, enquanto se admira a arquitetura magnífica e os detalhes esculpidos nas paredes.

Outro destaque de Karnak é a Avenida das Esfinges, uma imponente via cerimonial ladeada por estátuas de esfinges com cabeça de carneiro. Essa avenida conectava o Templo de Luxor a Karnak, e caminhar por ela é como seguir os passos dos antigos egípcios em suas cerimónias religiosas.

Além disso, Karnak é famoso por seus obeliscos, com destaque para o Obelisco Inacabado, uma das maiores estruturas desse tipo no Egipto antigo. Esse obelisco gigante, com mais de 30 metros de altura, fornece um vislumbre do trabalho e das técnicas empregadas pelos antigos egípcios na construção dessas imponentes estruturas.

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Karnak- Egipto

 

Templo de Dendara

 

O Templo de Dendara é uma das joias arquitetónicas do antigo Egipto, localizado a cerca de 4 km a sudeste da cidade de Dendera, na margem oeste do rio Nilo. Este majestoso templo é dedicado a Hathor, a deusa do amor, da música e da maternidade, e é considerado um dos mais bem preservados e impressionantes templos do Egipto.

Construído durante o período ptolemaico, entre os séculos IV a.C. e século I d.C., o Templo de Dendara apresenta uma arquitetura grandiosa e intrincada. A sua fachada é adornada por um portal monumental sustentado por colunas gigantescas, esculpidas com detalhes fascinantes. As colunas possuem capitéis únicos, representando a cabeça da deusa Hathor, com seus característicos chifres de vaca, e são verdadeiras obras-primas da escultura egípcia.

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Ao entrar no templo, os visitantes são recebidos por uma série de salas e corredores ricamente decorados. Os relevos nas paredes retratam cenas mitológicas, rituais religiosos e a vida cotidiana no Egipto antigo. Os tetos são especialmente notáveis, com pinturas coloridas e detalhadas que ainda preservam sua beleza original.

Uma das principais atrações do Templo de Dendara é a Capela de Hathor, situada no centro do complexo. Esta capela é um local sagrado, onde as cerimónias e rituais em honra a Hathor eram realizados. O seu santuário abriga uma bela estátua da deusa, cuidadosamente esculpida em calcário.

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Templo de Dendara- Egipto

 

Luxor

 

Luxor, uma cidade deslumbrante localizada às margens do Rio Nilo, é um verdadeiro tesouro histórico e arqueológico do Egipto. Com uma riqueza de monumentos antigos e maravilhas culturais, Luxor oferece aos visitantes uma experiência inesquecível.

Poderá realizar uma travessia do Rio Nilo em uma embarcação típica, desfrutando de vistas deslumbrantes das margens do rio e da paisagem exuberante ao redor. Essa experiência proporciona um momento de tranquilidade e contemplação, permitindo que você aprecie a grandiosidade do rio que desempenhou um papel vital na civilização egípcia.

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Luxor- Egipto

 

Durante o passeio em Luxor, poderá explorar uma infinidade de maravilhas históricas e desfrutar de experiências inesquecíveis. Uma das principais atrações é o Templo de Luxor, um magnífico complexo que remonta ao século XIV a.C. Este templo impressionante, dedicado aos deuses Amun, Mut e Khonsu, é uma obra-prima arquitetónica, com as suas colunas majestosas, obeliscos imponentes e enormes estátuas de faraós.

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Templo de Luxor- Egipto

 

Além da visita ao Templo de Luxor, uma experiência que não pode ser deixada de lado é um emocionante passeio de balão de ar quente. Ao sobrevoar os céus de Luxor, terá uma perspetiva única sobre os templos e monumentos históricos que pontilham a paisagem. De uma altura privilegiada, poderá apreciar a grandeza do Vale dos Reis, o Templo de Hatshepsut e os Colossos de Mêmnon. A sensação de liberdade e a beleza deslumbrante do cenário certamente criarão memórias inesquecíveis.

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Passeio de Balão em Luxor

 

Assuão (Aswan)

 

Assuão, localizada no extremo sul do Egipto, é uma cidade rica em história, cultura e maravilhas arquitetónicas. Ao visitar Assuão, os viajantes têm a oportunidade de explorar uma das maiores barragens do mundo e testemunhar a grandiosidade dos templos e edifícios do Antigo Egipto.

Um dos principais destaques de Assuão é a Barragem de Assuão, uma impressionante estrutura construída ao longo do Rio Nilo. Essa barragem, uma das maiores do mundo, foi concluída em 1970 e teve um papel fundamental no controle das cheias do rio e na geração de energia hidrelétrica. Além de sua importância funcional, a barragem oferece vistas deslumbrantes do lago Nasser e é um ponto de partida para explorar outras atrações fascinantes da região.

Um dos tesouros arqueológicos mais importantes de Assuão é o Templo de Philae. Situado em uma ilha no Nilo, esse templo foi dedicado à deusa Ísis e possui uma arquitetura magnífica. Durante a construção da barragem, o templo foi desmontado e remontado em uma ilha vizinha para evitar a submersão. A visita a Philae é uma jornada no tempo, onde se pode apreciar a riqueza dos detalhes esculpidos nas paredes e a atmosfera espiritual que permeia o local.

Outro local de grande importância em Assuão é a Pedreira de Granito, onde se encontra o famoso Obelisco Inacabado. Esse obelisco, que se acredita ser o maior já esculpido, foi abandonado devido a rachaduras que surgiram durante a sua extração. A pedreira oferece uma visão fascinante do processo de escultura de obeliscos e permite aos visitantes entenderem melhor o trabalho e a engenhosidade dos antigos egípcios.

Assuão também oferece a oportunidade de fazer um passeio de feluca, um tradicional barco a vela do Nilo, permitindo aos visitantes desfrutarem da serenidade do rio enquanto admiram a paisagem e apreciam o pôr do sol.

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Assuão- Egipto

 

Nubian Village

 

A Aldeia Nubian é um tesouro escondido no coração do Egipto. Localizada ao longo das margens do rio Nilo, perto da cidade de Aswan, essa encantadora aldeia é um verdadeiro retrato da rica cultura nubiana.

Os núbios são um grupo étnico que habita a região há milhares de anos, e a sua história e tradições estão intrinsecamente ligadas ao rio Nilo. Ao visitar a Aldeia Nubian, os visitantes têm a oportunidade de mergulhar nessa cultura única e testemunhar o estilo de vida tradicional deste povo hospitaleiro.

Ao entrar na aldeia, os turistas são recebidos pela arquitetura característica das casas núbias, com suas fachadas pintadas em cores vivas e vibrantes. Essas casas são construídas com tijolos de barro, madeira e palha, refletindo as técnicas de construção tradicionais da região. Cada casa é decorada com desenhos geométricos e símbolos tradicionais, transmitindo uma sensação de autenticidade e beleza.

Uma visita à aldeia também oferece a oportunidade de explorar a vida cotidiana dos núbios. Os artesãos locais exibem suas habilidades em tecelagem, cerâmica e fabricação de joias, e pode adquirir autênticos produtos núbios.

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Nubian Village- Egipto

 

Philae e Kom-Ombo

 

Philae, Edfu e Kom-Ombo são lugares encantadores que abrigam templos históricos ao longo do rio Nilo, cercados por uma vegetação luxuriante.

Philae, localizada em uma ilha no Nilo, era considerada um dos locais mais sagrados do Antigo Egipto. O Templo de Ísis é o destaque dessa ilha, dedicado à deusa Ísis, conhecida como a deusa da fertilidade, maternidade e magia. O templo possui uma arquitetura deslumbrante, com colunas e relevos esculpidos que retratam cenas da mitologia egípcia. Durante muitos anos, Philae foi submersa devido à construção da barragem de Assuão, mas foi resgatada e transferida para a ilha vizinha de Agilkia, onde permanece como um testemunho da grandeza da civilização egípcia.

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Templo Philae- Egipto

 

Já Edfu e Kom-Ombo são famosos por abrigar as ruínas de um templo duplo dedicado a duas divindades: Hórus, o grande deus do Sol, e Sobek, o deus crocodilo associado à fertilidade e à proteção. O templo é notável por sua simetria, pois possui duas entradas, dois salões hipostilos e duas santuários, cada um dedicado a uma divindade. Além das ruínas fascinantes, Kom-Ombo oferece vistas panorâmicas do rio Nilo, proporcionando um ambiente mágico para os visitantes explorarem e apreciarem a história antiga.

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Edfu

 

Templo de Kom Ombo

 

Templo de Kom Ombo

 

Templo de Kom Ombo

Tanto Philae quanto Kom-Ombo são testemunhos da rica herança arqueológica do Egipto e oferecem aos visitantes uma experiência única para mergulhar na cultura e na história desse país fascinante. Os templos são verdadeiras obras de arte, que nos transportam de volta a uma época em que os faraós governavam e as divindades eram adoradas com devoção. Visitar esses locais é uma oportunidade de conhecer de perto a grandiosidade e a espiritualidade do Antigo Egipto, além de desfrutar das paisagens exuberantes proporcionadas pelas margens do rio Nilo.

 

Templo de Kom Ombo

 

Templo de Kom Ombo

 

Templo de Kom Ombo

 

Templo de Kom Ombo

 

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MANCHESTER DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E DO FUTEBOL

 

Manchester da Revolução Industrial e do Futebol

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

A cidade de Manchester fica localizada no noroeste da Inglaterra e é um dos distritos (boroughs) de uma área metropolitana, a “Greater Manchester”, com cerca de 2,6 milhões de habitantes. Os outros distritos são Salford, Bolton, Bury, Oldham, Rochdale, Stockport, Tameside, Wigan e Trafford, alguns dos nomes associados pela maioria a clubes de futebol, nomeadamente o último. Trata-se da terceira maior área metropolitana de Inglaterra. Manchester, propriamente dita, possui uma população com cerca de 450 mil habitantes. Está ligada desde 1894 por um canal de 58Km ao Mar da Irlanda, o “Manchester Ship Canal” que conecta com o estuário do Rio Mersey.  Afluente do Rio Mersey é o Rio Irwell que passa pela cidade formando nela diversos canais.

 

Manchester

 

Manchester

 

Manchester

 

Manchester

 

Manchester é uma boa escolha para uma curta escapadela. Aqui passei dois dias em dezembro de 2022, altura em que a cidade se encontrava decorada para a época natalícia e os mercados de Natal estavam em funcionamento. Em dezembro os dias são muito mais curtos, anoitecendo a partir das 16 horas. Não sendo propriamente uma cidade bonita, nem tão pouco pitoresca, conjuga na perfeição os prédios de arquitetura moderna, com as tradicionais casas, nossos estereótipos das cidades britânicas. É um prazer percorrer as ruas do centro da cidade, os canais, e as margens do Rio Irwell com as suas pontes, onde se destaca a Ponte Trinity, ou o Bairro Chinês. A cidade é muito mais pequena que Londres e também muito mais barata. É servida por uma rede de transportes eficiente, onde se destaca a rede de elétricos rápidos e os autocarros de dois pisos tipicamente britânicos, no entanto a zona central percorre-se facilmente a pé.

 

Manchester

 

Manchester, Science and Industry Museum

 

Manchester, Rio Irwell

 

Manchester, Ponte Trinity sobre o Rio Irwell

 

Manchester, margens do Rio Irwell

 

Manchester, Edifício da ópera

 

Manchester, Catedral

 

Manchester, Catedral

Manchester, canal

 

Manchester, Biblioteca central

 

Manchester, Biblioteca central

 

Manchester, Bairro Chinês

 

Manchester

 

Manchester

 

Manchester

 

Manchester é uma cidade tolerante em relação à liberdade e orientação sexual, existindo um enorme bairro gay na zona central da cidade, o Gay village, é comum nos cruzarmos com pessoas transgéneras ou em fase de transição para mudança de sexo, e facilmente se encontram em vários locais públicos diversas casas de banho sem género, mistas, portanto, que se têm tentado implementar em Portugal, assunto que levanta imensa polémica.

 

Manchester, Gay village

 

Manchester, Gay village

 

Manchester, livraria gay

 

Manchester é fortemente associada à Revolução Industrial, apesar da sua História reportar ao tempo em que se chamava “Mancunium” quando era ocupada pelos Romanos, daí os seus habitantes serem chamados de “Mancunians”, podendo na zona de Castlefield serem encontrados vestígios desta época.

 

Manchester, um dos canais em Castlefield

 

Manchester, Castlefield, Ruínas romanas

 

James Watt, nascido na Escócia, foi um inventor, químico, matemático e engenheiro mecânico a quem é atribuído o papel de criador da máquina a vapor, que na realidade foi um equipamento concebido com base em outras invenções e por isso melhorado. Equipamentos que transformam energia térmica contida no vapor de água, em trabalho, ou seja, em movimento. Foi a máquina a vapor que catapultou em definitivo a história da humanidade para outros patamares, pois tornou-se um símbolo da Revolução Industrial, uma era que durou vários anos, tendo começado na segunda metade do século XVIII.  A máquina a vapor proporcionava enorme produtividade, com alta velocidade de rotação e com baixo consumo de energia. Foi na Indústria têxtil que o invento foi maioritariamente aplicado. Posteriormente foi adaptada ao transporte ferroviário, inicialmente nas minas de carvão e mais tarde para transporte de passageiros. Os ingleses foram pioneiros e em 15 de setembro de 1830 foi inaugurada a primeira linha de comboio para passageiros do mundo, a unir as cidades de Manchester e Liverpool.

 

A indústria têxtil desenvolveu-se na cidade e cresceu de forma desmesurada. As fábricas recebiam o algodão e transformavam-no em tecidos. Manchester foi alcunhada de “Cottonopolis” (cotton, algodão em Inglês) e é considerada por muitos historiadores como a primeira cidade industrial do Mundo. Tudo isso trouxe o êxodo rural, com a fuga dos camponeses para as cidades para trabalharem em fábricas e a superpopulação das áreas urbanas. Visitando o Science and Industry Museum podemos saber mais sobre a transformação industrial, tecnológica e científica de Manchester, que dura até aos nossos dias. Além de réplicas de diversas fábricas em laboração, destaca-se a parte dedicada à indústria têxtil. Ao nível da informática e da eletrónica, Manchester também mudou o mundo. Uma réplica do “The Manchester Baby” encontra-se lá exposta. O primeiro computador foi criado na Universidade de Manchester por Frederic C. Williams, Tom Kilburn e Geoff Tootill, e correu o seu primeiro programa em 21 de junho de 1948.

 

Manchester, Science and Industry Museum

 

Manchester, Science and Industry Museum , réplica do ´The Manchester Baby´, o primeiro computador

 

Manchester, Science and Industry Museum, réplica de uma linha de produção de tecidos

 

Manchester, Science and Industry Museum, réplica de uma linha de produção de tecidos

 

A Revolução Industrial e a rápida industrialização da cidade trouxe consigo a proliferação dos bairros de lata onde habitavam os operários sem condições de higiene e salubridade. A água dos rios e canais era usada para despejar os detritos das fábricas e os dejetos dos operários e também era utilizada para consumo humano. A cólera e a mortalidade infantil dispararam. As fábricas recebiam a matéria-prima, o algodão, das antigas colónias britânicas do continente americano, extraída dos campos com recurso a trabalho de escravos oriundos do continente africano. A Escravatura, uma das manchas da História da humanidade, cuja Inglaterra tem enormes responsabilidades, pois o país foi dos pioneiros a traficar escravos, vindos de África, através dos seus portos como por exemplo o de Londres, o de Bristol ou o de Liverpool, como plataformas logísticas para os navios negreiros!  Nas fábricas reinava a exploração laboral, os conceitos de higiene e segurança eram desconhecidos, os trabalhadores faziam longos turnos, sem descanso, dia após dia e eram pagos por objetivos em função das peças que produziam em condições.

 

A esta Manchester, sufocada pelo progresso, referiu-se Friedrich Engels em meados do século XIX como “o inferno na terra”. Friedrich Engels viveu em Manchester no início da década de 1840, industrial alemão e filósofo marxista, tendo sido empregado da empresa de fabrico de fios de algodão do seu pai. Durante esses tempos, Engels relatou diversos factos que levaram à publicação de um dos seus trabalhos “The condition of the working class in England”. Karl Marx, outro filósofo marxista alemão, nessa altura vivia em Londres, mas  frequentemente deslocava-se a Manchester e, no verão de 1845, passou a estudar juntamente com Engels na sala de leitura da Chetham’s Library, que é possível visitar e onde se pode ver exposta a secretária onde ambos se reuniam. Naquela secretária foi escrito o Manifesto Comunista. Todas essas teorias catapultaram os movimentos sindicais, greves e lutas pelos dos direitos dos trabalhadores que tiveram por aqueles lados uma fortíssima importância. Correntes extremistas que nasceram num determinado contexto social e económico, e para as enquadrar e compreender, é necessário estudar a História. E viajar é uma das melhores formas de o fazer. Isso e muito mais podemos aprender ao visitar o People´s Museum, um museu sobre a história da cidade, que fala de todas essas lutas pelos direitos dos trabalhadores, com referências ao Comunismo e até ao “Thatcherism”, uma corrente totalmente antagónica. Independentemente das nossas ideologias, daqui sairemos certamente mais cultos e sensíveis. Destaca-se na sua entrada um mural que presta tributo ao Massacre de Peterloo, que ocorreu a 16 de agosto de 1819, período que remonta ao fim das Guerras Napoleónicas, quando a nação vivia tempos difíceis. Então, uma multidão com cerca de 80 mil pessoas, sobretudo classe operária, manifestavam-se exigindo uma reforma parlamentar, e foram carregadas pela Cavalaria.

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum, tributo ao Massacre de Peterloo

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum

 

Manchester, People´s Museum

 

Além dos museus que mencionei, destaca-se a Manchester art gallery, ambos locais de entrada gratuita, onde poderão ser observados diversos quadros famosos, como por exemplo o “Trabalho”, a principal obra do pintor  Ford Madox Brown  que relata a totalidade do sistema social vitoriano e a transição de uma economia rural para uma urbana. Outras obras se destacam como por exemplo, “Qualquer tarde invernal na Inglaterra” de CRW Nevinson, “O pastor mercenário” de William Holman Hunt, “Chita e veado com dois indianos” de George Stubbs, “As Sereias e Ulisses” de William Etty ou “Corridas de carruagens” de Alexander Von Wagner.

 

Manchester art gallery

 

Manchester art gallery, ´Trabalho´ de Ford Madox Brown

 

Manchester art gallery, ´Corridas de carruagens de Alexander Von Wagner

 

Manchester art gallery, ´Chita e veado com dois indianos´ de George Stubbs

 

Manchester art gallery, ´As Sereias e Ulisses´de William Etty

 

Manchester art gallery, `Qualquer tarde invernal na Inglaterra´de CRW Nevinson

 

Manchester é indissociável do futebol, sendo uma das suas capitais mundiais. O Manchester United F.C.(MUFC) e o Manchester City F.C. (MCFC) são os seus maiores clubes. O primeiro é o clube mais emblemático da cidade e o que atualmente possui maior número de troféus nacionais, o outro de momento domina a Premier League, devido aos milhões lá injetados por Árabes multimilionários. A minha paixão pelo futebol e por visitar estádios teve aqui um dos pontos mais altos, ao visitar Old Trafford, a casa do Manchester United conhecida no mundo inteiro pelo “Teatro dos sonhos”. Considero que a minha “antepenúltima loucura” foi desembolsar 27 Libras para visitá-lo!

Visitar o “Teatro dos sonhos” era uma obrigação e foi um sonho tornado realidade. Localizado no distrito metropolitano de Trafford na periferia da cidade, razão pela qual os adeptos do clube rival, o MCFC, se auto intitulam como adeptos do verdadeiro clube de Manchester, pois a sua casa, o Etihad Stadium localiza-se na zona mais central de Manchester. A visita ao Etihad ficará para outra oportunidade, pois o estádio apesar de ser mais recente e moderno, não tem nem a mística, nem o historial de Old Trafford!
O recinto do MUFC foi construído em 1909 e desde aí tem sofrido várias remodelações, sendo a sua capacidade atual de cerca de 71 mil espetadores o que o torna como o maior estádio da Premier League. Um recinto mítico, de conceção britânica, de forma retangular, com as bancadas a terminarem junto do relvado e os bancos de suplentes “embutidos” nas mesmas. A sensação acústica e de proximidade faz deste recinto um verdadeiro local de eleição para ver um grande jogo de futebol. São denominadas em homenagem a duas das maiores figuras da história do MUFC, as suas bancadas laterais: Sir Alex Ferguson que coincide com a entrada principal do estádio, e Sir Bobby Charlton a oposta. As outras duas bancadas, o topo oeste é denominado de Stretford End, dado a mesma se encontrar junto de Stretford, cidade da área metropolitana da Grande Manchester, a outra já foi chamada de Score Stand pois ali estava instalado o marcador do estádio, mas atualmente é chamada de East Stand. Na zona exterior do estádio, considerada um museu a céu aberto, encontramos diversos murais, fotos e estátuas de grandes figuras da história do MUFC: George Best, Denis Law, Bobby Charlton, Matt Busby e Alex Ferguson, conjuntos de jogadores que fizeram história como “The class of 92”, a “fornada” de Ryan Giggs, Nicky Butt, David Beckham, os irmãos Neville (Gary e Phil) e Paul Scholes e a equipa de 1958, destroçada pelo fatal desastre aéreo de Munique. Visitando no interior do estádio o museu do MUFC, é possível obter mais informação acerca da sua história, sendo muito comovente a ala dedicada às vítimas do tal acidente aéreo. Os grandes jogadores e as grandes conquistas, e o mural de treinadores, que ao lado de Ferguson, quase não existe mais espaço na parede! Engraçado que nas grandes figuras, está lá presente o Wes Brown, que já encontrei bem alegre e comunicativo na noite de Albufeira! O museu é pequeno dada a grandeza do clube. Há que ter em conta que se trata de um clube de futebol e não como os nossos clubes, sem qualquer facciosismo, considerados, e ainda bem, como clubes ecléticos por competirem em diversas modalidades desportivas e conquistando nelas troféus internacionais. Além da visita ao museu, o tour pelo estádio inclui o mítico túnel de acesso onde ouvimos o hino do MUFC, a sala de imprensa, o relvado, o banco de suplentes onde Cristiano Ronaldo acabou os seus dias por lá e o balneário da equipa do Manchester United onde em tempos David Beckham foi atingido por uma bota pontapeada por Alex Ferguson, dizendo as “más-línguas” que isso precipitou a sua ida para o Real Madrid. Uma bebida no Red Cafe foi o corolário perfeito de uma manhã bem passada e que jamais esquecerei.

 

Manchester, Estádio Old Trafford, bancada

 

Manchester, Estádio Old Trafford, balneário do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, sala de imprensa

 

Manchester, Estádio Old Trafford, museu do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, museu do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, museu do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, museu do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, museu do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford, balneário do MUFC

 

Manchester, Estádio Old Trafford banco de suplentes

 

Manchester, Estádio Old Trafford

 

Manchester, mural de CR7 nas Imediações de Old Trafford

 

Manchester, Estádio Old Trafford, estátua de Matt Busby

 

Manchester, Estádio Old Trafford, estátua de George Best, Denis Law e Bobby Charlton

 

Manchester, Estádio Old Trafford, estátua de Alex Fergusson

 

Manchester, Estádio Old Trafford, equipa de 1958, destroçada por um fatal acidente de avião

 

Dos diversos museus que visitei no Continente Europeu há um em Manchester que saltou para a lista dos meus favoritos. O Museu Nacional do Futebol. Direcionado sobretudo para o futebol britânico, masculino e também o feminino não foi esquecido. O futebol nasceu na Inglaterra no século XIX. O país possui provavelmente a melhor Liga do mundo, a “Premier League” e uma seleção nacional que se encontra entre as melhores, no entanto esta última tem falhado grandes conquistas em momentos decisivos: em 1986 pela Mão de Deus de Maradona ficou pelo caminho nos 1/4 final desse campeonato do mundo, no Euro 2020 na final perante a Itália e no Euro 1996 nas meias finais perante a Alemanha, competições que organizou perdeu nos penaltis. Portugal no Euro 2004 e Mundial 2006 também os bateu dessa forma em fases a eliminar e mesmo em 1986 com “Saltillo” pelo meio, começamos a participação nesse torneio com uma vitória perante eles. Contudo, sagrou-se campeã do Mundo em 1966 com muita polémica à mistura. Organizara a competição, Portugal com Eusébio, era um fortíssimo candidato à vitória final, conseguiram mudar de Liverpool para Wembley esse jogo da meia-final, acabando aí com o sonho Lusitano e fazendo chorar Eusébio. Na final, após prolongamento venceram por 4-2 a Alemanha (Federal) à custa de um golo que ainda acreditamos que a bola não transpôs na totalidade a linha de golo!  Com um “hat trick”, que inclui também esse “pseudo golo” que acabou por valer, Geoff Hurst, virou herói nacional. A bola desse jogo, a camisola de Hurst e uma réplica, pois o original foi roubado e nunca foi encontrado, do troféu de campeão do Mundo, na altura chamada de Taça Jules Rimet, modelo diferente do atual, encontram-se expostos, sendo grandioso para qualquer adepto de futebol posar com tais relíquias! Gordon Banks, George Cohen, Ray Wilson, Bobby Moore, e os irmãos Charlton (Jack e Bobby) faziam parte desse “dream team”, não faltando referências a eles pela exposição, assim como a tantas outras estrelas, incluindo as cadentes como Paul Gascoigne ou George Best, e outras que viraram comentadores desportivos, como Gary Lineker, com o qual podemos fazer experiências interativas. Diversas taças, camisolas, bonecos (também havia por lá o “Contra Informação”) e até mesmo o Mini que George Best adquiriu antes de ficar impedido de conduzir devido ao seu estado de embriaguês crónico. Tudo isto e muito mais pode ser visto pelos diversos pisos do edifício que também é uma atração turística do coração da cidade, possuindo inclusivamente um funicular no seu interior.

Manchester, Museu Nacional do Futebol

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol, Paul Gazcoigne

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol, troféus

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol. carro que pertenceu a George Best

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol

 

Manchester, Museu Nacional do Futebol

 

De Manchester segui então para Liverpool!

 

Voos

A Easyjet e a Ryanair voam diretamente de Lisboa para Manchester, sendo possível com antecedência encontrar tarifas muito simpáticas.

Hotel

A cadeia Travelodge oferece alojamento com uma excelente relação preço/qualidade. Quartos confortáveis e com pequeno-almoço buffet. Em Londres por um alojamento desta categoria pagaria no mínimo o dobro.

 

Manchester, mercado de Natal

 

Manchester, mercado de Natal

 

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CENTRO DE CIÊNCIA DO CAFÉ EM CAMPO MAIOR

 

Centro de Ciência do Café em Campo Maior

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Já comemorei aniversários em vários países, um ciclo fechado em 2020 devido à Pandemia. Durante esses tempos, guardei para esses dias visitar ou fazer algo importante e memorável. Em 2021, o Estado de emergência decretado, não me permitiu sequer nesse dia ir jantar fora, quanto mais viajar para o estrangeiro! Desde 2022 os meus aniversários foram passados em passeio por Portugal, por sinal, pelo Alentejo. Campo Maior acabou por ser o destino do último aniversário, ainda o Comendador Rui Nabeiro, aquele que “de facto” a colocou no mapa, não tinha partido deste mundo. Uma pessoa que merece a nossa consideração e admiração. Como homem, cidadão, empresário empreendedor, marcou para sempre aquela terra, e o panorama empresarial português. Uma pessoa muito acarinhada, sobretudo pelo amor que tinha aos conterrâneos e aos seus trabalhadores. Infelizmente caraterísticas muito raras em qualquer patrão português! Um homem que nasceu pobre, apesar da pouca escolaridade, possuía uma elevada capacidade de liderança inata e valores humanos e sociais bem vincados. Começou a trabalhar na tenra idade, chegou ao topo e jamais parou de trabalhar. A ele dedico este texto!

 

Campo Maior

 

Visitar o Centro de Ciência do Café é aprender bastante sobre a bebida mais consumida no Mundo, a história da indústria da sua torrefação no concelho, desde os tempos do contrabando até à atualidade. Desde o grão do café, a sua plantação em terras longínquas, onde o clima permite o seu cultivo, passando pela fase de torrefação, até ser bebido na chávena na forma que todos nós conhecemos. O Centro de Ciência do Café é propriedade da empresa Delta Cafés, cuja história ficaremos a conhecer, assim como a do seu fundador, o Comendador Rui Nabeiro.

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café, processo de colheita

 

No início da visita encontramos uma estufa onde nos podemos deparar com as condições climáticas onde a planta do café pode ser criada. Aí obtemos diversa informação sobre as diversas espécies de cafés que existem na natureza, sendo apenas duas usadas para consumo, ou seja, produção da bebida do café: robusta, arábica.  Também poderemos saber mais acerca das pragas e das doenças que podem afetar a planta do café. A forma como se faz da mesma, a extração dos grãos de café para a sua posterior torrefação, também nos é mostrada.

 

Centro de Ciência do Café, planta de café

 

Centro de Ciência do Café, estufa no início da visita

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Seguidamente passamos à parte do museu mais tecnológica e comercial, onde podemos observar diversas técnicas de preparação do mesmo, aprender mais sobre os benefícios do café (para mim até então desconhecidos…) e diversos factos curiosos sobre a bebida pelos 4 cantos do Mundo.

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Centro de Ciência do Café

 

Por ser localizada na zona raiana, a história de Campo Maior está ligada ao contrabando. Uma região pobre, no interior de um país pobre e subdesenvolvido a nível europeu, onde quase não existia indústria e o trabalho não abundava. Em finais dos anos 1950, na clandestinidade, saíam de Campo Maior grupos de contrabandistas que transportavam sacos com café para Espanha. A pé, de noite, pelos olivais e montados em burros, atravessando o rio Xévora (afluente do Guadiana), fugindo à Guarda Fiscal e à “Guardia Civil” Espanhola, enfrentando diversos perigos. O café vindo das antigas colónias lusitanas chegava assim às chávenas de “nuestros hermanos”, pois em Espanha o mesmo escasseava! Foi Rui Nabeiro que transformou esse contrabando ilegal numa atividade empresarial, criando a indústria da torrefação e comércio de cafés. Tudo começou com um pequeno armazém com 50m²! O negócio foi crescendo, mesmo após o desaparecimento do contrabando com a abertura das fronteiras. Rui Nabeiro diz-se que transformou contrabandistas em trabalhadores!

 

Centro de Ciência do Café, área dedicada ao período do Contrabando

 

Centro de Ciência do Café, área dedicada ao período do Contrabando

 

O café faz parte da cultura, a imagem de marca de Fernando Pessoa bebendo a sua bica não foi esquecida, assim como a ala dedicada à parte da Expansão Marítima da História de Portugal, onde o café tem papel preponderante, pode também ser visto na exposição.

Ao final, e como disse à entrada quando comprei o bilhete, que fazia anos, prepararam-me uma surpresa especial. Um bonito cocktail servido em chávena com a matéria-prima primordial, o café.

 

Centro de Ciência do Café, Fernando Pessoa com a sua bica!!!

 

Centro de Ciência do Café, bar

 

Centro de Ciência do Café, cocktails de café

 

Tomar café, tomar uma bica como podemos chamar, é hábito que desde os meus 11 anos possuo. E sem açúcar, como qualquer verdadeiro apreciador de café o faz! Agora o hábito tornou-se mais requintado depois de ter visitado Campo Maior e o Centro de Ciência do Café!

 

Centro de Ciência do Café

 

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ALSÁCIA E FLORESTA NEGRA (COLMAR, ESTRASBURGO, FRIBURGO E TITISEE)

 

Alsácia e um pouco da Floresta Negra (Colmar, Estrasburgo, Friburgo e Titisee)

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Num fim de semana prolongado (quatro dias), fiz uma escapadela até à região da Alsácia (alto e baixo Reno), visitando Colmar e Estrasburgo, seguindo depois até à Alemanha para ver um pouco da Floresta negra, numa das suas principais portas de entrada, que é Friburgo (Freiburg im breisgau), na região de Brisgóvia, fazendo ainda feito uma breve visita a Titisee e ao seu famoso lago.

A ideia inicial era conhecer apenas a zona da Floresta Negra, visitando Baden Baden, Triberg, Friburgo entre outras e percorrer um pouco desta região Alemã; mas dado que a locomoção, ou alugar carro que seria mais prático seria mais difícil para mim sozinho decidi fazer esta espécie de “triângulo no mapa” em foi mais fácil de criar a rota, acabou por ser muito interessante; pode ser também um plano muito bom para uma escapada romântica; juntar Colmar e Estrasburgo com beleza e Romantismo e um cheirinho da charmosa floresta negra, sendo Friburgo também bonita e o lago Titisee muito relaxante.

Achei as cidades de Colmar e Estrasburgo muito semelhantes (confesso que Estrasburgo me surpreendeu mais e excedeu as minhas expectativas), e Friburgo não achei muito diferente (algumas casas junto do canal semelhantes, bem como a atmosfera semelhante ), embora não seja tão pitoresca, o facto de estar entre montanhas e floresta tem um charme diferente; como tinha mais tempo aqui em Friburgo, optei por ir relaxar e contemplar o lago Titisee, a viagem de comboio entre elas é de cerca de 40 minutos e é fantástica, pela janela podemos ver paisagens lindas, com a floresta, planícies, montanhas e casas remotas numa harmonia soberba, gostei bastante.

 

Colmar

 

Colmar

 

Colmar é uma cidade postal, embora não leve muito tempo a conhecer é encantadora; com as suas ruelas, as casas tradicionais muito bonitas e o seu pequeno canal (La Lauch) que pinta este cenário pitoresco.

Colmar merece pelo menos uma tarde / manhã inteira para visitar, cheguei pouco depois da hora de almoço ao hotel (atraso devido a uma greve nos comboios), e deu para conhecer o essencial da cidade (sobretudo o seu centro histórico e arredores). A cidade é relativamente pequena, sendo que o mais importante está no centro histórico, além de percorrer as ruelas e contemplar as casas muito bonitas com o toque de beleza do canal como já referi, e em que os especial destaque vai para “Petite Venise”, que é cartão postal da cidade onde todo este belo cenário se torna mais pitoresco e belo; podemos visitar alguns locais em destaque no centro histórico da cidade como a Igreja de Saint Martin a igreja é muito bonita e imponente, foi construída entre 1235 e 1365 (teve um incêndio em 1572, tendo sido a sua última reestruturação em 1982); aqui junto da igreja, na place de la Cathedral temos algumas casas muito bonitas e com história, como a casa Schongauer e também a casa que data do século XV e que também é muito icónica na cidade, a casa Zum Kragen.

Desbravando esta pitoresca Colmar, temos ainda para ver: a igreja Saint-Matthieu; o Museu Unterlinden (fica num antigo convento, os bilhetes custam 13€), aqui próximo fica também o Teatro Municipal de Colmar; o Musée du Jouet (museu do brinquedo), os bilhetes custam 6.10€; a Sinagoga; passar pelo mercado Marché couvert de Colmar, onde podemos comprar produtos locais e ou comer algo mais local, além de ser um bonito local, fica junto do canal; e o Museu de História Natural e Etnografia ( a entrada custa 6€) , são alguns exemplos do que visitar.

Costumo dizer que estas pequenas cidades são de desbravar, pois cada recanto, casa, uma praça, estátuas, arte urbana, fontes e espaços verdes podem-nos surpreender.

 

Petite Venise, Colmar

 

Marché couvert de Colmar

 

Colmar

 

Nota ainda para as letras da cidade “Colmar” ( já um cliché em viagens hoje em dia), que ficam em frente da estação de comboios; embora não tenha visitado, dou nota de outros locais mais afastado do centro da cidade; uma réplica da estátua da liberdade ( igual à de Nova York), esta réplica tem cerca de 12 metros de altura, ficando a cerca de 4km da estação de Comboios; a Base Nautique Colmar esta praia fluvial urbana ( junto do Lac de Colmar), tem cerca de 380 metros de extensão de areal e fica a cerca de 5km do centro, a entrada custa 4€; mais a sul, a cerca de 3 km do centro fica o Museu das Fábricas Municipais (Musée des Usines Municipales) o edifício data de 1884 e era a antiga central de bombagem de água.

 

Em Colmar fiquei num hotel muito simpático e bem localizado, junto do centro histórico e relativamente perto da estação de comboio, o Hotel Primo Colmar, tem uma boa relação qualidade preço.

À noite jantei um dos pratos mais típicos desta região, o Chucrute, uma espécie de cozido à portuguesa, com repolho (meio avinagrado, cortado fininho)), batata cozida e carnes cozidas, como bacon e salsichas; o sabor do repolho causa estranheza, mas é muito bom, só pena não ter azeite para colocar, sim, não tinham azeite no restaurante, mas pelo que sei em frança a cultura de utilização de azeite não é tão geral como a nossa em Portugal, no entanto recomendo este prato tradicional.

 

Colmar à noite

 

Chucrute, jantar em Colmar

  

Estrasburgo

 

Estrasburgo surpreendeu-me pela positiva, e confesso que acabei por gostar mais daqui que de Colmar, além de ter bastante para ver, com um centro histórico grande e mais atrações à sua volta, tem também alguma semelhança a Colmar, com as casas típicas e muito bonitas especialmente junto do rio III.

Aqui penso que vamos necessitar de um dia inteiro para conhecer a cidade, embora conte com as linhas de Tram, creio que caminhando um pouco, podemos conhecer bem a cidade, podemos ainda fazer uma volta de barco no rio e ter uma perspetiva diferente da cidade.

 

rua junto da Petite France, Estrasburgo

 

A Imponente Catedral de Estrasburgo é muito bonita e é um dos locais mais marcantes da cidade, a Catedral de Notre-Dame de Estrasburgo , que é património Mundial da UNESCO, é  de estilo gótico e tem mais de 142 metros de altura (e podem subir á torre, eu fiz e embora os mais de 330 degraus tem uma bonita vista da cidade, a entrada custa salvo erro 6€), é a segunda catedral mais visitada em França (logo depois da de Paris) e chegou a ser  o mais alto edifício do mundo (até 1874).

No centro da cidade podemos ainda contemplar a Praça Kléber, uma das mais importantes da cidade, sendo a maior no coração do centro histórico, o seu nome é em homenagem a um general francês, que nasceu na cidade; nesta praça é também onde ficam os tradicionais mercados de natal, que na altura natalícia encham de cor a cidade, sendo uma ótima altura para a visitar.

Outro local (do tempo medieval) que é muito famoso na cidade, é a Casa Kammerzell, com uma bela fachada de estilo gótico; o Museu de História de Estrasburgo (bilhetes 7.5€); a Igreja Saint Pierre le Jeune, esta ficava a poucos metros do meu hostel assim como do Palais de Justice; Museu da Alsácia; o Palais de Rohan; Temple neuf ; ou o Museu Arqueológico e o Museu de Belas Artes, são alguns dos locais a visitar, mas nada como explorar bem este centro histórico que tem muito para oferecer, iremos ver bastantes locais interessantes ao percorrer o centro histórico de Estrasburgo.

 

Petite France, Estrasburgo

 

Já do outro lado rio, pois o centro histórico forma uma espécie de ilha, nota para uma igreja que achei bastante bonita, a Église Saint Paul, é uma igreja protestante de estilo neogótico com duas torres sineiras bem altas. Não muito longe daqui (já numa outra margem de um dos braços do rio, mas também fora desta “ilha” do centro histórico, temos a praça da República, juntos desta praça redonda (com um bonito jardim no centro), temos alguns locais importantes como: a Biblioteca Nacional e Universitária, o Palais du Rhin (palácio do Reno), o Teatro Nacional de Estrasburgo, entre outros edifícios públicos bonitos e de importância.

 

Église Saint Paul, Estrasburgo

 

Catedral de Estrasburgo

 

catedral de Estrasburgo, interior

 

Barragem Vauban, Estrasburgo

 

Um dos locais que para mim é o mais bonito, sendo também um dos cartões postais da cidade, é a “La petite France”, que é muito semelhante com a “petite venise” em Colmar (para mim este acaba por ser mais bonito e pitoresco), as casas típicas desta região da Alsácia, junto do rio III (que se divide depois em canais/braços mais pequenos), é um cenário lindíssimo e com muito charme, passei aqui por duas vezes pois realmente achei muito  encantador.

Nota ainda para mais dois locais de relevo junto deste local pitoresco, a Barragem Vauban, esta foi construída em meados de 1690, permitia inundar a zona sul da cidade, daí também ter o nome “grande Eclusa”; junto da barragem, ficam as Pontes Cobertas, pese embora o facto da ponte ter ficado sem telhado, contando com três torres do século XIII.

 

Estrasburgo, junto do rio

 

Estrasburgo

 

Estrasburgo

 

Estrasburgo

 

O parlamento Europeu é um local a visitar, fica a menos de 3km da cidade (fica a cerca de 2.4 km do meu Hotel, que desde já recomendo, o Hostel Ciarus, fica bem próximo do centro, junto do Palácio da Justiça), a visita é gratuita, tendo apenas algumas formalidades de segurança, com revista como se fosse num aeroporto, no interior tem ainda audioguia em português, caso queiram achei a visita interessante, além da vista geral do edifício podemos ver a sala onde  ocorrem as sessões do parlamento Europeu, quando fui contava ainda com uma exposição, tem interações com mapas, curiosidades sobre a Europa, telas com os Eurodeputados etc, confesso que não era para visitar inicialmente, mas achei interessante.

 

Exterior do Parlamento Europeu,Estrasburgo

 

Parlamento Europeu em Estrasburgo  

 

Friburgo

 

Friburgo é uma bonita cidade na região da Brisgóvia ( daí o nome completo em alemão ser: Freiburg im Breisgau), a sua envolvência entre montanhas e floresta, dá-lhe muito charme tornando-a mais assim muito bonita; conta com um bom punhado de atrações, uma das coisa que achei mais peculiar foram os  pequenos cursos de água, “Freiburger Bächle”, como se fossem mini canais onde passam as águas ( a céu aberto), estas  águas cristalinas destes pequenos “canais”, que creio que venham das montanhas, vão alimentar o rio Dreisam; estão espalhados por várias ruas no centro histórico, vi crianças com pequenos barquinhos de madeira com um fio a brincarem, penso ser algo de diferente e que certamente irá surpreender pela positiva.

No agradável centro histórico da cidade, o destaque vai para a sua magnífica Catedral de Friburgo, a ” Freiburger münster” é mais uma bela catedral de estilo gótico, grande e com uma imponência que se destaca no coração da cidade, a torre mais alta tem cerca de 116 metros de altura, podemos visitar a mesma gratuitamente.

 

Catedral de Friburgo

 

Catedral de Friburgo

 

Na praça junto da catedral, a “Münsterplatz” (que pela hora de almoço e tarde tem pequenas “barraquinhas” com comida), além dos restaurantes e cafés; temos ainda por exemplo locais de importância como a sala dos comerciantes históricos ” Historisches Kaufhaus” um lindíssimo edifico vermelho com muita história, abre apenas para eventos (creio ser possível reservar também o espaço para tal), pelo que não vi o seu interior, mas será certamente fantástico caso tenham oportunidade, e também o Museu de História da Cidade são dois locais de relevo junto da praça.

No centro histórico podemos conhecer e ir explorando tudo o temos para conhecer em Friburgo, costumo usar um mapa offline e ir partindo à descoberta (no caso uso o maps.me), entre outro locais que vi temos por exemplo: a Europaplatz e aqui o monumento da vitória “Sieges Denkmal” ; as portas de entrada na cidade,a porta “Schwaben Tor” e a “Martins tor”; junto da Schwaben Tor, que ficava junto da minha guest house, fica um local interessante e que vai de encontro ao que temos em Colmar e Estrasburgo, com o canal “GewerbeKanal”  tornando este cenário muito pitoresco, aqui próximo fica também a praça “Augustinerplatz”.

 

Vista de Friburgo desde Schlossberg

 

Torre Schlossberg, Friburgo

 

Martins tor, Friburgo

 

A Universidade e outros edifícios públicos de relevo, mais algumas praças, arte urbana e mais alguns uns quantos de museus (site dos museus da cidade aqui), é mais algo a conhecer na cidade, um dia inteiro para conhecer e explorar o coração desta cidade, que tem muito para oferecer.

Não podia falar de Friburgo sem dar destaque para um ponto mais elevado da cidade, o ” Schlossberg”, esta colina que se eleva a cerca de 450 metros,  além de um ponto de referência, de onde se tem uma perspetiva soberba sobre a cidade, com toda a sua área arborizada que a envolve,  é também um espaço verde que oferece tranquilidade, para relaxar, ou fazer uma breve refeição, sendo ainda possível fazer uns trilhos e desgastar algumas calorias acumuladas; uma das referências aqui é sem dúvida uma torre de estrutura metálica, a torre Schlossberg tem cerca de 35 metros de altura e segundo o site de turismo tem 251 degraus (não os contei, mas não achei muito difícil a subida), eu cheguei aqui desde da Schwaben Tor, fazendo o trajeto a pé, no dia seguinte fiz pelo funicular, que está um pouco mais longe da porta, mas que vai dar mais junto da torre (embora tenhamos de subir mais um pouco a pé, para alcançar a mesma), a subida e descida no funicular custa 6€ (informações aqui) , confesso que não achei que valha a pena, preferi fazer a caminhada, contudo é bom ter a experiência de subir pelo funicular.

 

Catedral de Friburgo

 

interior catedral de Friburgo

 

interior catedral de Friburgo

 

igreja Johanneskirche, Friburgo

 

Ao passear junto do rio, além da harmonia que confere à cidade  e com algumas pontes bonitas, nota para a igreja Johanneskirche, embora não tenha conseguido a visitar o seu interior ( fechada nas duas vezes que por lá passei), é mais uma bela igreja em Freiburg (fica já do outro lado do rio Dreisam), já fora do centro histórico da cidade; falando em igrejas, destaco mais uma, esta fica próxima da estação de comboios (a pouco mais de 500 metros da estação), a igreja do Coração de Jesus, com as duas torres sineiras com o topo esverdeado; em frente à igreja fica uma ponte de estrutura metálica azul ( ” Wiwilibrücke” ) é também bastante interessante.

Um dos locais mais famosos em Friburgo, e que embora não tenha mencionado anteriormente, tem de ter referência é o parque de diversões Europa Park, deixo aqui o link do site do parque, fica a cerca de 38 km do centro, mas pelo que vi, tem transportes, ou podem juntar tours no Getyourguide.

 

Igreja Coração de Jesus, Friburgo

 

Historisches Kaufhaus, Friburgo

 

Embora a cidade não seja propriamente pequena, podem fazer a maioria dos locais a pé (caso tenham tempo, podem comprar o passe de 1 dia e explorar um pouco mais da cidade, em locais mais afastados e por exemplo como eu ir até Titisee).

Fiquei nua GuestHouse, Gasthaus Löwen; local tradicional e embora já antigo, é muito acolhedor; a localização é excelente, muito perto da Catedral (na rua frontal com um destes cursos de água, um “Freiburger Bächle” á porta); como também é restaurante jantei aqui também e comi um prato bem famoso na Alemanha (além das salsichas) que é o joelho de porco frito, não sei bem o nome correto (até porque pelo que li depois o nome varia dependendo da região), mas é muito bem a carne desfaz-se do osso, suculento e com um molho à parte bom, o acompanhamento podia ser melhor, pois era com batata frita, acho ser um bom prato para degustar em terras germânicas.

 

Joelho de porco frito, jantar em Friburgo

 

Lago Titisee

 

Visitei o lago de Titisee, em apenas umas 2/3 horas, mas é algo de extraordinário, a viagem de comboio é deliciosa, pois percorre por entre floresta, montanhas e em uma paisagem deslumbrante, o lago é bastante bonito, tendo uma paisagem na sua envolvência muito agradável, muito provavelmente numa altura de verão a vida por aqui será soberba, com hotéis (um deles era bem bonito), restaurantes e cafés; locais em que podemos ir a banhos no lago, ou ir pela floresta e desbravar um pouco mais desta zona, uma pequena igreja, e várias atividades que poderão surgir numa altura mais quente, achei muito interessante vir aqui fazer uma viagem mesmo tendo sido em março, é fácil vir aqui pois o comboio desde Friburgo (pelo que percebi uma espécie de suburbano que faz parte da área metropolitana de Friburgo), tem bastantes horários e leva cerca de 30/40 minutos.

 

lago titisee

 

Lago titisee

 

Viagens Felizes

 

Dicas e Notas

 

Temos aeroporto internacional em Estrasburgo, em que temos voos diretos pela Ryanair para o Porto, pela Volotea e pela Tap para Faro; mas para mim o que foi mais vantajoso ( mais horários e melhores preços ), acabou por ser o aeroporto de Basileia, Euroairport Basel- Mulhouse- Freiburg, o aeroporto fica em França, mas é mais associado a Basileia ( Suíça), e que basicamente serve as três cidades; podemos sair ou entrar pelo lado Francês ou Suiço, serve também Friburgo (Freiburg em alemão), pois fica nessa “junção” que fica próxima entre os três países.

Saindo do Euroairport, (pelo lado francês), logo em frente ao terminal têm o bus 11 (parte com grande frequência) que vai até à Gare San-Louis, a viagem demora cerca de 10 minutos e o bilhete 2.5€ (podem pagar em dinheiro ou cartão no motorista) da estação de comboio ( para junto da paragem de metro, basta passar no túnel que via para a estação), partem com regularidade ( a cada cerca de 30 minutos), comboios que vão até Estrasburgo e param em Colmar, a viagem para Colmar é de cerca de 30 minutos e para Estrasburgo cerca de 1h e 10 minutos.

O preço para Colmar é de 14.6€ e para Estrasburgo é de 25.8€; existem alguns horários com preços mais baixos (cerca de 50% mais barato) vejam horários, preços e podem também comprar os bilhetes online (recomendo) no site dos caminhos de ferro de França SNC.

Flixbus também tem rotas do Euroairport para Colmar ou Estrasburgo, mas embora seja bom preço tem apenas dois ou três horários, contudo pode coincidir com o vosso voo.

De Friburgo para o Euroairport a forma mais fácil e prática é de bus pela Flixbus existem bastantes frequências, que dá bem para conjugar com os voos, a viagem demora cerca de 1h e custa 24.99€, para também no lado francês (um pouco mais atrás de onde para o bus 11), em Friburgo parte em frente á estação de bus, onde estão várias paragens de bus, não me recordo número, mas tem uma placa a dizer aeroporto e com alusão à Flixbus.

Entre Colmar e Estrasburgo o comboio para mim é a melhor opção (mais rápido e com frequência a cerca de 30 minutos. embora mais caro) , a viagem leva apenas cerca de 30 minutos e custa 14€ (preço normal, embora haja algumas promoções no site), a Flixbus tem ainda três/ quatro opções (  madrugada, manhã e noite) com bilhetes a menos de 5€, levando a viagem 1h e 10 minutos.

 

ponte Wiwilibrücke e Igreja Coração de Jesus, Friburgo

 

De Estrasburgo para Friburgo fui pela Flixbus, a viagem demora pouco mais de 1h e 10 minutos, custa cerca de 8€, nota para que os buses da Flixbus e outros internacionais, partem da gare routière, que fica no parc l´Etoile, que fica a pouco mais de 1km do centro (no meu caso ficava a 2 km do meu hotel).

 

De Friburgo para Titisee fui de comboio, acabei por comprar um bilhete de 1 dia para a zona da cidade que ia para a zona “extra urbana” (creio que 12.6€) pois a diferença de preços entre isso ou ida e volta era mínima, os comboios tinham muitas frequências e levavam cerca de 30/40 minutos, no site do transporte público (link aqui), podem planear rotas e ver os preços, eu comprei no posto de turismo.

 

placas turísticas Colmar

 

Em França e na Alemanha o fuso horário é de mais 1h que em Portugal e claro tal como aqui a moeda é o Euro €, embora possam pagar com cartão sem problemas, aconselho a levarem numerário, ou terem cartão Revolut ou semelhantes, pois em levantamentos podem ser cobradas taxas.

Em França o indicativo é;: +33 e o domínio de Internet é .fr

Na Alemanha o indicativo é: +49 e o domínio de internet é .de

 

Todas as cidades me pareceram super tranquilas e seguras (notei até muitas semelhanças entre elas); em termos de comunicação senti que na parte Alemã (Friburgo e Titisee) foi mais fácil falar em Inglês, na parte Francesa, em Colmar e Estrasburgo tive recorrer mais vezes ao Francês (que embora fale pouco, somente em termos simples, não tendo a mesma dinâmica que em inglês) não tive problemas de comunicar quer no meu Francês básico ou em, Inglês; em termos de preços, talvez sejam semelhantes ou um pouco mais caro que por exemplo em Lisboa (já bem mais caro que para mim em Viseu).

Em todas as cidades fiz tudo a pé, Colmar é super fácil de fazer; Estrasburgo caminhando um pouco mais dá para fazer e é o mais prático, ficando apenas o parlamento Europeu ligeiramente mais afastado; Friburgo também tem o seu centro compacto sendo que não senti necessidade de ir de tram; o lago Titisee fica próximo da estação de comboio (Titisee), sendo que depois claro podem explorar até onde quiserem; creio por isso que facilmente podem conhecer todas as cidades a pé.

 

sites úteis:

 

Turismo Colmar: Aqui

Turismo Estrasburgo: Aqui 

Turismo Friburgo: Aqui

 

Petite France, Estrasburgo

 

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12 HORAS NO LIECHTENSTEIN

 

12 horas no Liechtenstein

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

 

Fazer curtas escapadelas de fim de semana à Europa voltou a ser uma realidade, após a pandemia que ainda não deixou de o ser. Zurique e regresso por Basileia com visita a Berna, foi uma escapadela programada para 2020, ainda antes do maldito COVID tomar conta das nossas vidas, outros destinos, surgiram em alternativa, mas Zurique voltou a entrar na agenda, desta vez como ponto de partida e regresso. A viagem marcada em novembro de 2022, veio a ser concretizada em Março de 2023.

Zurique, que aproveitei também para visitar, é uma linda cidade, ponto de partida para conhecer grande parte da Suíça, país extremamente caro. O Liechtenstein não fica atrás… Duas turistas, que viajaram comigo desde Lisboa, seguiram para Lucerna e visitaram o Monte Pilatus, eu segui para o Liechtenstein, que foi o meu objetivo desta escapadela, de modo a colocar mais uma bandeira no meu currículo turístico.

 

Vaduz vista desde o miradouro nas proximidades do Castelo

 

Vaduz vista desde o miradouro nas proximidades do Castelo

 

O Liechtenstein é um pequeno país, à semelhança do Grão-ducado do Luxemburgo que visitei num fim de semana em 2017. Trata-se de um principado, com uma área cerca de metade do território de Malta e obviamente com muito menos motivos de interesse que a sua capital ou as suas profundezas, necessitando por isso de muito menos tempo para ser visitado, ajustando-se na perfeição a parte de um fim de semana.

 

Vaduz vista desde o miradouro nas proximidades do Castelo

 

Vaduz

 

Vaduz é a capital desta minúscula nação, uma cidade pequena e onde a calma prevalece, sobretudo ao fim de semana, com seu minúsculo centro junto da Câmara Municipal. Quem teve o privilégio de visitar gigantescas, estonteantes e vibrantes capitais como TóquioLondres ou Banguecoque é possuído de um estranho sentimento quando chega no Sábado de noite ou no Domingo de manhã a Vaduz. A prova disso é que é normal passear pelas ruas ou ir à missa, e cruzar com membros da família real, pessoas que levam uma vida normal e se misturam com o resto do povo, pois trata-se de um país em que a esmagadora maioria dos habitantes auferem salários de 4.000 Francos Suíços (a moeda oficial) em diante.

 

Vaduz, quartel de bombeiros

 

Vaduz, Câmara Municipal

 

Vaduz

 

Desde o século XV que a nação tem como soberania a “Casa de Liechtenstein”, “Haus von Liechtenstein”, assim chamada na língua alemã, que é língua oficial. Antes fez parte do Sacro Império Romano-Germânico, tornando-se independente quando este foi desmembrado, em 1806. Esta nobre família é das mais antigas da Europa, com ramificações à antiga monarquia Habsburgo, fácil de entender pois o Liechtenstein, além da Suíça, também faz fronteira com a Áustria. Uma família com uma face negra, pois é proprietária do Liechtenstein Global Trust, um grupo bancário poderoso para onde flui muito dinheiro de origem duvidosa. O Liechtenstein tecnicamente já foi considerado como um paraíso fiscal, tendo constado na lista de países não cooperantes com o sistema financeiro mundial. Certo é haver por lá muito dinheiro oriundo do narcotráfico mexicano e de outras origens criminosas.

 

Vaduz

 

Vaduz

 

Vaduz

 

Vaduz

 

Vaduz é a capital mas não a maior cidade, ela dista cerca de 4km. É Schaan que possui cerca de 6 mil habitantes e sedia cerca de 4 mil empresas!  Destaco a Hilti, um dos maiores fabricantes de ferramentas utilizadas sobretudo na indústria de construção, tidas pelos profissionais do setor como as de melhor qualidade. No edifício da sede da Hilti, fiz questão de ver mais de perto, sou engenheiro, e tirar ali uma selfie, foi como um ritual, tendo para isso acrescentado cerca de 4Km a caminhada do dia. Recordei tempos passados há mais de 20 anos, em que trabalhava como projetista de instalações de gás e a empresa onde exercia essa atividade tinha essa marca como fornecedora de equipamentos, e regularmente falava com o comercial e foi por ele que soube onde era a sede da Hilti. Além da sede da Hilti, a Igreja de São Lourenço, de arquitetura neogótica, construída em pedra natural, com a sua torre com 80 metros de altura, e a torna como o edifício mais emblemático da cidade, nada mais de interesse existe em Schaan. Existe um casino sendo necessário para entrar, assinar um termo de responsabilidade afirmando que não temos relações com política!

 

Schaan

 

Schaan, sede da Hilti

 

Schaan, Igeja de São Lourenço

 

Schaan, Igeja de São Lourenço

 

Schaan, estação de comboio

 

Schaan

 

Vaduz vale sobretudo pela subida até junto do Castelo que é residência oficial do Príncipe soberano, Hans-Adam II, e se localiza a cerca de 120 m acima da cidade, sendo o seu interior fechado ao público. À medida que subimos pelos trilhos da montanha, desfrutamos de vistas maravilhosas para os Alpes, e também para território suíço ali defronte, com o leito do Rio Reno fazendo fronteira. À medida que subimos podemos observar vários cartazes que nos contam a história do principado e da sua capital.

 

O Liechtenstein acaba por ser muitas vezes, para não dizer todas elas, falado em Portugal devido ao futebol. Duvido que se não fosse o desporto rei muitos de nós nem saberíamos tão pouco localizá-lo no mapa! A sua seleção nacional que nos tem tocado em sorte nos caminhos de qualificações para europeus e mundiais, é sempre goleada, pois é das mais fracas e sobretudo composta por jogadores amadores, apesar de nos últimos anos vários deles atuarem em países estrangeiros, nomeadamente na vizinha Suíça. Dos clubes nacionais, destaca-se o Fussball Club Vaduz que milita atualmente na “Challenge League” que equivale à segunda divisão Suíça. O Fussball Club Vaduz e também a seleção nacional do Liechtenstein, disputam os seus jogos no Rheinpark Stadion, o estádio mais importante do principado, fazendo parte de um complexo desportivo junto do Rio Reno e por conseguinte junto à fronteira com a Suíça. Possui capacidade para pouco mais de 6 mil espetadores sentado, o que o torna o menor estádio do mundo certificado pela FIFA para partidas internacionais. Não é um estádio mítico, mas não deixou de entrar no meu currículo. Amavelmente deixaram-me entrar e ainda me fizeram favor de tirar fotos.

 

Rheinpark Stadion

 

Rheinpark Stadion

 

Rheinpark Stadion

 

Ao interior do Liechtenstein é possível chegar de comboio, existindo a estação Schaan-Vaduz, na cidade de Schaan, no entanto a forma mais fácil, e mais divertida, para quem viaja desde Zurique é apanhar um comboio da companhia nacional Suiça que passe pela estação de “Buchs SG” localizada na cidade de Buchs, em território suíço. A viagem é pitoresca (de dia) e dura pouco mais de uma hora, custando cerca de 20 CHF para cada lado, adquirindo os bilhetes online com antecedência. Saindo nesta estação, percorrendo a pé cerca de 2Km, passamos uma das pontes sobre o Rio Reno, e cruzamos a fronteira podendo posar com o marco que indica o ponto exato. Assim, com um pequeno salto, marquei o momento exato em que pisei o 58º país, de noite e a neve a cair, foi ainda mais marcante! Entra-se depois pela Zollstrasse, uma avenida que termina no centro de Schaan.

 

O meu hostel era ali perto e já cheguei de noite atalhando por trilhos, ciclovias e caminhos secundários na margem do Reno. Recomendo vivamente aqui ficar a quem procurar um alojamento económico. Schaan-Vaduz Youth Hostel apesar de ser de alojamento partilhado, é limpo, confortável e moderno, e oferece um pequeno-almoço do tipo self service bastante variado. Receberão um chocolate de boas vindas quando fizerem o check-in, o que demonstra a simpatia e o saber receber do povo desta nação!

 

Gastronomia típica não cheguei a experimentar, apesar de ter visto vinho local à venda no supermercado. A alimentação por aqueles lados é caríssima, apesar de tudo, recomendo uma ida ao Kuro-Taste of Asia como o nome indica é asiático, um tipo fast food. Preparem-se para pagar do bom! 30 CHF por aqueles lados e o preço de uma refeição económica. Metade do que paguei à Easyjet pela viagem de Lisboa para Zurique!

 

 

Refeição económica, fast food Asiático, cerca de 30 CHF

 

Marco da fronteira Suiça-Liechtenstein na ponte sobre o Rio Reno

 

Marco da fronteira Suiça-Liechtenstein na ponte sobre o Rio Reno

 

Fronteira Suiça-Liechtenstein vista da Zollstrasse

 

Alpes vistos desde Schaan

 

Visitar Zurique e o Liechtenstein, fez-me  gozar um fim de semana inesquecível, mais um que soube a férias. Guardarei por muitos anos o globo de neve, um souvenir tradicional para juntar à minha coleção.

 

Globo de neve, souvenir tradicional

 

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ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – ÁSIA

 

ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – ÁSIA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Museus são dos locais mais conhecidos dos países, sendo por isso muito procurados e bastante concorridos pelos viajantes dos quatro cantos do Mundo. Muitos deles, para não dizer a esmagadora maioria, visita-os independentemente de serem ou não “experts” em arte ou em qualquer outra área. Posar junto das mais célebres obras de arte ou outros objetos expostos, é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição.
Museus grandiosos, não só de arte, existem pelo Mundo fora. Temas como guerra, ciência, tecnologia, desporto, vinho, cerveja, ou mesmo aparentemente tão estranhos como casas de banho…

Dos diversos países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter entrado e passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!

Aqui segue uma lista, de alguns dos museus que visitei ao longo da minha vida de viajante, os que considero como os mais importantes, agrupados por cada tema, e cuja visita recomendo vivamente:

 

Museu Nacional da China – Pequim – China

 

País gigantesco com uma História milenar. É um dos países mais visitados em todo o Mundo, porém a maior parte dos seus turistas são internos. O país está preparado para avalanches de turistas, com infraestruturas largas e modernas. Dos seus cerca de 1.500 milhões de habitantes, cerca de 400 milhões constituem a classe média, aquela que tem capacidade económica para viajar, uma população praticamente igual a toda a população da União Europeia.

A Ásia não prima pelos museus, mas a China contraria essa tendência. O Museu Nacional da China localiza-se no lado Oeste da Grandiosa Praça Tiananmen em Pequim. Trata-se do segundo museu mais visitado do Mundo e segundo muitos compêndios é o terceiro maior. A exposição é composta por cerca de 1 milhão de artefatos desde o Neolítico, aos nossos dias, passando pelas guerras e revoluções, pelos imperadores e pelo Comunismo, como não poderia deixar de ser. A pintura, “Nascer da Nova China”, de quase 5 metros de altura e 17 metros de largura, com a imagem dos 63 membros fundadores do Partido Comunista Chinês encabeçados por Mao Tse Tung, sobressai. Quase duas vezes mais larga, mas ligeiramente menos alta, que a célebre pintura  “A Batalha de Waterloo” que se encontra no Rijksmuseum de Amsterdão.

O dinheiro, por exemplo, na forma como o conhecemos em circulação, julga-se que foi inventado na China, os Chineses pelo menos fazem crer isso ao Mundo, e podemos ali ver expostas imensas moedas da época, algumas furadas para que pudessem ser guardadas num colar.

Qualquer Português sentirá um enorme orgulho nacional ao ver o seu país lá representado. Macau foi território Português até 1999.
A visita é gratuita, à semelhança dos Museus Estatais na China. Mas cheguem cedo pois tanto para aceder à Praça Tiananmen como ao interior do museu, é necessário passar por controlos de segurança que poderão ser prolongados.

 

Museu Nacional da China – Pequim, entrada na Praça Tiananmen

 

Museu Nacional da China, pintura, Nascer da Nova China

 

Museu Nacional da China, documentação oficial, Portugal e China

 

Museu Nacional da China, arte Chinesa

 

Memorial do Primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China – Xangai – China

 

A China é provavelmente o país mais moderno do Mundo. É difícil compreender como é dominada por um regime Comunista. Quem visita o país pode viver duas experiências aterradoras. Uma em Pequim ao visitar o Mausoléu de Mao Tse Tung, o fundador da República Popular da China, o grande líder, a outra ao visitar o local onde ocorreu o primeiro congresso nacional do Partido Comunista da China em Xangai.

Trata-se de um edifício com dois pisos, muito discreto no bairro “Xin Tian Di”. Construído em 1920, ali residiam dois membros fundadores do Partido Comunista Chinês. No interior encontram-se expostas relíquias revolucionárias, bandeiras do Partido Comunista Chinês, tudo material que fora da China é associado a extermínio e repressão. Fotos e documentos desse tempo e um conjunto de figuras de cera dos membros do Partido que ouvem e sorriem perante o discurso de Mao Tse Tung. Existe um auditório onde são reproduzidos discursos em Mandarim, aos quais os visitantes acenam com vénias! A visita inclui passagem por uma sala que possui uma mesa posta para o chá, com cadeiras e marca o local exato onde essa reunião ocorreu. Foi naquela mesa que no dia 23 de Julho de 1921, treze membros com Mao Tsé-Tung à cabeça, realizaram seu primeiro congresso nacional do Partido Comunista da China, marcando o nascimento do Partido com maior número de militantes do Mundo e até aos dias de hoje domina o país.

 

Memorial do Primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Xangai, entrada do edifício

 

Memorial do Primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Xangai, interior

 

Memorial do Primeiro Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Xangai, local onde se deu a primeira reunião do Partido

 

Museu Memorial da Paz – Hiroshima – Japão 

 

Visitar Hiroshima é dedicarmos dias à paz. Refletirmos sobre nós próprios e o que a nossa natureza é capaz de fazer ao seu semelhante. A cidade foi destruída por uma bomba nuclear, durante a II Guerra Mundial, que colocou ponto final no conflito com a rendição do Japão. Com a queda da bomba, mais de 70.000 pessoas morreram instantaneamente e outras tantas morreram devido a ferimentos graves e à radiação, e ainda hoje muita gente sofre as consequências físicas e mentais. A cidade foi reconstruída e na zona onde a bomba caiu, foi construído o Parque Memorial da Paz, com muitos memoriais às vítimas das guerras e da bomba nuclear.
A visita ao Parque Memorial da Paz culmina com a visita ao Museu Memorial da Paz de Hiroshima. Lá dentro há muita informação sobre a guerra nuclear, modelos à escala das bombas nucleares, Little Boy que atacou Hiroshima e Fat Man que atacou Nagasaki, e muitos objetos transformados com as consequências da bomba atómica e uma impressionante animação virtual em 3D do ataque nuclear e a forma como em poucos segundos a cidade ficou praticamente reduzida a cinzas.
Depois de ficarmos a saber quão horrível é uma guerra nuclear, saímos dali com desejo reforçado que as armas nucleares não voltem a ser usadas pelo Homem contra o seu semelhante.

Museu Memorial da Paz, Hiroshima, relógio na entrada que conta o tempo passado desde o ataque nuclear na cidade

 

Museu Memorial da Paz, Hiroshima, efeitos de um ataque nuclear em diversos objetos

 

Museu Memorial da Paz, Hiroshima, modelos à escala das bombas usadas contra alvos humanos

 

Hiroshima - Japão

Hiroshima – Museu memorial da Paz – Genbaku antes e depois do ataque nuclear

 

 

MUSEU SOBRE A CONSTRUÇÃO DA PONTE DO RIO KWAI – KANCHANABURI – TAILÂNDIA

Kanchanaburi é uma pequena cidade localizada a 130 km de Banguecoque, sendo famosa pela Ponte do Rio Kwai. A visita a este museu sobre a construção dessa ponte e o cemitério de guerra nas imediações são locais que nos deixam muito sentidos! Ainda é possível observar um pequeno troço da antiga ponte. Quem viu o filme de 1957 sabe que essa ponte foi destruída.  A banda sonora desse filme é muito conhecida, mas se visitarem este museu perceberão que o mesmo induz as pessoas em erro pois aborda acontecimentos dramáticos de forma folclórica. Kanchanaburi foi um local horrível, fazendo parte do mapa da II Guerra Mundial. Ali, prisioneiros de guerra foram torturados, obrigados a trabalhar em plena selva até à morte sob um intenso calor, em condições insalubres, sujeitos a doenças como a malária, para construir aquela obra que tinha interesses militares estratégicos para os Japoneses.

 

Museu sobre a construção da Ponte do Rio Kwai, Kanchanaburi, Tailândia

 

Museu sobre a construção da Ponte do Rio Kwai, Kanchanaburi, Tailândia

 

Museu sobre a construção da Ponte do Rio Kwai, Kanchanaburi, Tailândia

 

MUSEU NACIONAL – BANGUECOQUE – TAILÂNDIA

 

Trata-se de um dos maiores museus do Sudeste Asiático, onde podemos aprender algo sobre a arte e a História e fundação deste reino, que apesar de ter sofrido várias guerras, nunca foi colonizado por Europeus. O museu contém uma ampla coleção de objetos de arte e várias relíquias, muitos deles são posses de reis e são originários de todo o continente asiático. Dada a sua localização privilegiada, muito próximo do Palácio Real, não o visitar é uma perda na viagem à Tailândia.

 

Museu Nacional, Banguecoque, Tailândia

 

Museu Nacional, Banguecoque, Tailândia

 

CASA DO ÓPIO – TRIÂNGULO DOURADO – TAILÂNDIA 

 

No Triângulo Dourado, confluem 3 países, Laos, Myanmar e Tailândia e onde o Rio Ruak se encontra com o Rio Mekong. É apenas uma pequena parte de uma região com cerca de 950 mil Km² que se circunscreve aos 3 países atingindo também o Vietname. Uma das regiões onde a papoila dormideira abunda, tornando-a propícia ao fabrico de ópio, um produto que dá origem à morfina que tem inúmeros fins medicinais sobretudo no tratamento da dor. Da morfina produz-se a heroína, um produto proibido e classificado como narcótico. O Triângulo Dourado foi até ao início do Século XXI o maior produtor Mundial de heroína, sendo ultrapassado pelo Afeganistão. No Sudeste Asiático os crimes relacionados com os narcóticos são severamente punidos. Pena de morte e longas penas de prisão em condições insalubres.

A Casa do Ópio é um local que merece ser visitado.  Aqui podemos obter algum conhecimento deste produto. A sua descoberta com sua origem nas papoilas, a sua ascensão e os males que causaram na sociedade e continuam a causar.  Encontram-se expostos diversos cachimbos (alguns parecem flautas) para fumar a substância estupefaciente, pesos que serviam como escala para medir a massa do ópio e dos materiais usados como moedas de troca.

 

Casa do ópio, Triângulo Dourado, Tailândia

 

Casa do ópio, Triângulo Dourado, Tailândia

 

MUSEU NACIONAL DA CIÊNCIA – TÓQUIO – JAPÃO

 

No meio da louca megalópole asiática encontramos um museu muito interessante que merece uma visita. Fica localizado no Parque Ueno em Taito.

Uma parte do museu relata o contributo para a ciência e para a tecnologia, do Japão no período entre finais do século XIX e início do século XX, altura em que este país conheceu uma acelerada modernização, vindo a tornar-se uma potência mundial. Um avião produzido pela Mitsubishi e uma locomotiva a vapor destacam-se assim como as experiências científicas interativas.

Uma outra parte do museu é dedicada à História Natural, o hall com um esqueleto de dinossauro, à semelhança de outros museus do género, e diversos animais embalsamados, entre os quais um “Akita” a raça de cães, oriunda deste país, mundialmente conhecida. Na parte “Pré-histórica” ficamos a saber que se pensa, que há milhões de anos o arquipélago do Japão se desprendeu da parte continental da Ásia o que teve enorme influência nesta História milenar. Referências ao período Paleolítico, este bem mais recente, também não faltam.

 

Museu Nacional de Ciência, Tóquio, Japão

 

Museu Nacional de Ciência, Tóquio, Japão

 

MUSEU NACIONAL – TÓQUIO – JAPÃO 

 

Também localizado no Parque Ueno, trata-se do museu mais visitado do Japão. Podemos aprender algo sobre a história do país. O mesmo expõem diversas peças de arte antiga nipónica e também de arqueologia. pintura, escultura, espadas, armaduras e outras peças de origem tanto japonesa quanto de outras culturas asiáticas podem ser observadas.

 

Museu Nacional de Tóquio, Japão

 

Museu Nacional de Tóquio, Japão

 

Museu Nacional de Tóquio, Japão

 

 

to be continued….I hope!!!!!!!

 

 

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ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

 

ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Museus são dos locais mais conhecidos dos países, sendo por isso muito procurados e bastante concorridos pelos viajantes dos quatro cantos do Mundo. Muitos deles, para não dizer a esmagadora maioria, visita-os independentemente de serem ou não “experts” em arte ou em qualquer outra área. Posar junto das mais célebres obras de arte ou outros objetos expostos, é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição.
Museus grandiosos, não só de arte, existem pelo Mundo fora. Temas como guerra, ciência, tecnologia, desporto, vinho, cerveja, ou mesmo aparentemente tão estranhos como casas de banho…

Dos diversos países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter entrado e passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!

Aqui segue uma lista, de alguns dos museus que visitei ao longo da minha vida de viajante, os que considero como os mais importantes, agrupados por cada tema, e cuja visita recomendo vivamente:

 

MET – Museu Metropolitano de Arte – Nova Iorque – EUA 

 

Os EUA são um país com uma História recente, muitos dizem que é um “país sem História” e que os Americanos não primam pela cultura, mas Nova Iorque é uma cidade com enorme oferta cultural. Ópera, Musicais da Broadway, concertos, galerias de arte e museus.
Localizado em Central Park, o MET é um dos maiores museus do Mundo e encontra-se entre os 5 museus mais visitados.
Destaca-se na coleção, a pintura europeia dos séculos XII-XX e diversas obras da arte antiga Grega, Romana, Egípcia e Oriental. Duas das suas salas são dedicadas a pinturas e esculturas de artistas Norte Americanos. Existem também secções dedicadas a instrumentos musicais, armas e indumentárias.
Parte da ação do filme “O Pintassilgo” é passada aqui.

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, entrada

 

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, arte Egípcia

 

Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque, interior

 

 

Museu Americano de História Natural – Nova Iorque – EUA 

 

Existem vários museus de ciências e de História Natural espalhados por vários países, mas este localizado em Central Park, é tido como o melhor. O seu espólio é composto por mais de 35 milhões de objetos, sendo considerado o mais amplo do Mundo. Grande parte do espólio não se encontra exposto, ocorrendo a sua mostra de forma revezada.
As salas mais importantes são as da biodiversidade, que expõem centenas de animais dissecados, a de minerais e meteoritos e a dos dinossauros, com fósseis e reproduções em tamanho natural, sendo essa a sala mais famosa! Aliás, vários Museus de História Natural pelo Mundo fora possuem uma grande sala com esqueletos de dinossauros. Londres e Tóquio são exemplos.

Nova Iorque é uma cidade que conhecemos através do cinema e este Museu não foge à regra. Recordemos Robin Williams que por lá contracenou em ” A Noite no Museu” com aqueles animais embalsamados a ganharem vida. Os visitantes por isso não esquecem de posar com o “Dum-dum”, cujas filas são enormes!

 

Museu Americano de História Natural , Nova Iorque, o Dum-dum

 

Museu Americano de História Natural, Nova Iorque, Sala dos Dinossauros

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço – Nova Iorque – EUA 

 

Um museu de História militar e marítima, localizado num gigantesco porta-aviões da II Guerra Mundial, fundeado no rio Hudson, a pouco mais de 1Km de Times Square em Nova Iorque. Lá estão expostos vários aviões utilizados em guerras e operações especiais, como por exemplo o Lockheed A-12, um avião de reconhecimento utilizado pela CIA. O Concorde, avião comercial supersónico que ligava Londres a Nova Iorque em 3h30, e em 2003 deixou de voar, é outra das atrações famosas. Exibe também um submarino nuclear, o USS Growler, que foi utilizado na Guerra Fria.
O ponto alto da vista é o vaivém espacial “Enterprise” guardado no seu interior.

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, diversos aviões em exposição

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, Enterprise

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, porta aviões onde se localiza

 

Museu Intrepid, do Mar, do Ar e do Espaço, Nova Iorque, Concorde

 

 

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL – SANTIAGO – CHILE

 

“A História é escrita pelos vencedores” dizia George Orwell, e alguns anos antes Napoleão Bonaparte afirmava que “a História é um conjunto de mentiras dos quais chegamos a um acordo”. Por isso, nós europeus chamamos de Descobrimentos ao que os sul americanos consideram ocupações e genocídio. Visitando este museu salta à vista uma obra, localizada na sua escadaria que espelha esse sentimento sul americano. O museu exibe artefactos sobre a história do país desde os povos pré-colombianos até o momento em que foi dominado pela Ditadura militar de Augusto Pinochet.

O museu localiza-se em pleno centro da cidade, na Plaza de Armas, local de romaria obrigatória para quem visita Santiago.

 

Museu Histórico Nacional, Santiago, Chile

 

Museu Histórico Nacional, Santiago, Chile

 

 

MUSEU DA MEMÓRIA E DOS DIREITOS HUMANOS – SANTIAGO – CHILE

 

Excelente local que nos leva a refletir um pouco sobre o sofrimento daquele povo em anos tão recentes e que ainda hoje é sentido. Um povo de “sangue quente” que se revolta e luta pelos seus direitos. Um país em que as revoluções estão bem presentes e a política está em cada canto, seja murais de rua ou conversas de café. O museu relata as violações dos direitos humanos durante a Ditadura de Augusto Pinochet, que ainda deixa muitas feridas por sarar no povo chileno.

 

Museu da Memória e do Direitos Humanos, Santiago, Chile

 

 

MUSEU DO FUTEBOL – MONTEVIDÉU – URUGUAI

 

À semelhança da Argentina, o Uruguai também respira futebol, logo quem visitar esta parte do continente americano terá vários museus sobre o tema do desporto rei para visitar. Este museu faz parte do Estádio Centenário, que foi construído para o Mundial de 1930, um dos míticos estádios pelo mundo fora que é um regalo para um adepto de futebol visitar.  Ele expõe diversas relíquias, como botas e camisolas de famosos jogadores, e até árbitros, taças e fotografias de momentos marcantes da História do futebol e dos dois maiores clubes da cidade. Não falta uma área dedicada ao Campeonato do Mundo de 1950. Aquele célebre jogo da final, uma “tragédia nacional” batizada como “Maracanazo”. Ghiggia marcou o golo da vitória dos uruguaios e tornou-se uma das 3 pessoas que conseguiram calar o Maracanã. As outras foram Frank Sinatra e o Papa! Ghiggia virou herói nacional, mas faleceu em 2015 com 88 anos na miséria.  Posar com a estátua de Ghiggia, é um dos pontos mais altos da visita.

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

Museu do futebol, Montevidéu, Uruguai

 

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia – Ushuaia – Argentina 

 

Quem viu o filme “Os fugitivos de Alcatraz” ficará certamente com o “bichinho” de visitar as prisões, aquelas que viraram atração turística, obviamente. Esta prisão, localiza-se em Ushuaia a cidade mais a sul do Planeta, capital da Terra do Fogo, uma ilha na ponta do sul da Argentina, portanto é literalmente no “Fim do Mundo”. Dado o isolamento geográfico, cresceu à custa de uma colónia penal de onde fugir era além de impossível, impensável. Para lá eram enviados os piores criminosos. Ali viviam ao frio, em condições desumanas e obrigados a trabalhar na floresta, cortando e acartando troncos de árvores para aquecimento. Não havia como fugir dali, melhor dizendo, não havia para onde fugir. Houve quem tentasse, um regressou voluntariamente pelo seu próprio pé, outro ainda passou a fronteira para o Chile, mas os Chilenos trataram de o repatriar. Os guardas que ali trabalhavam também não tinham bom temperamento. Eles para ganhar a vida, também estavam isolados, longe da família e de certo modo também estavam ali presos, era difícil desempenharem aquele trabalho com gosto.

O presídio funcionou até perto do final da primeira metade do século passado. Tal como Alcatraz, foi encerrada devido aos seus elevados custos de conservação, mas a ideia que os Governos passaram é que foi por causas humanitárias. Hoje é um núcleo museológico, algumas celas permanecem como dantes, existem modelos de madeira de prisioneiros famosos com os quais podemos interagir. E com os guardas também.
É possível participar como prisioneiros numa experiência interativa, onde os carcereiros se encarregam de nos dar as “boas vindas”. É uma encenação muito bem feita. Antes da experiência, os participantes são convidados a beber um copo de vinho e no final, há uma enorme cavaqueira com os atores “carcereiros”.

O núcleo museológico exibe artefatos originais da História Marítima da Terra do Fogo, modelos em escala de grandes navios e navios mercantes que navegaram pela primeira vez naquelas águas, mapas e gráficos usados pelos primeiros exploradores, incluindo Fernão de Magalhães e a primeira viagem do HMS Beagle. No exterior, encontra-se uma réplica do farol de San Juan de Salvamento e um exemplar de canoas usadas pelas populações indígenas.

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, exterior

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, antigas celas

 

Museu Marítimo do Presídio de Ushuaia, posando com um prisioneiro

 

 

Museu da Paixão Boquense e Museu River

– Buenos Aires – Argentina

 

Existem muitos museus de futebol espalhados pelo Mundo. Os grandes clubes possuem quase todos um grande museu. Na América do Sul, existem clubes com milhões de adeptos. Consta-se que os sul americanos são os adeptos mais fervorosos. Buenos Aires respira futebol. A sua área metropolitana sedia vários clubes com títulos internacionais.
Os dois maiores clubes da cidade, o Boca Juniors e o River Plate, possuem os seus próprios museus. A visita aos mesmos engloba também a visita aos respetivos estádios, La Bombonera e Monumental. Nos museus encontram-se expostos troféus conquistados, equipamentos históricos e imensa informação sobre a história e a fundação dos clubes. Um adepto do desporto rei sente-se no paraíso.
Ao contrário do River Plate, que é associado à classe rica da cidade, estando sediado num dos bairros mais chiques de Buenos Aires, o Boca Juniors é associado ao famoso bairro “El Caminito”, local de enorme romaria de turistas que visitam a capital Porteña. Bairro Portuário, ligado à classe operária de parcos recursos económicos, antigos emigrantes de origem Europeia, trabalhadores braçais e humildes. Caminito também está imortalizado no Tango. O Museu da Paixão Boquense além do futebol conta a história daquele famoso bairro, sendo por isso muito visitado, inclusivamente por quem não é apreciador do desporto rei. A rivalidade destes clubes é tão grande que nenhum adepto do River Plate ousa passear pelas bandas da Bombonera!

Museu da Paixão Boquense, Buenos Aires, estátuas de jogadores famosos do Boca Juniors

 

Museu da Paixão Boquense, Buenos Aires, área dedicada à História do bairro Caminito

 

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL – BUENOS AIRES – ARGENTINA

 

À semelhança do seu congénere chileno, é um local que relata a história do país, exibindo diversas obras interessantes. Destaque para o Sabre curvo do General José de San Martín que o mesmo utilizou na campanha pela independência do país, as guerras travadas com Chilenos e Peruanos.

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

Museo Histórico Nacional, Buenos Aires, Argentina

 

 

GLACIARIUM – EL CALAFATE – ARGENTINA

 

Em pleno Deserto Patagónico, acessível desde El Calafate, este centro interpretativo dos glaciares é uma lição de biologia, geografia e de outras ciências. Glaciares, essas maravilhas da natureza, são grandes e espessas massas de gelo formadas em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada, de várias épocas, em regiões onde a acumulação de neve é superior ao degelo. Constituem o maior reservatório de água doce do planeta. Francisco Pascasio Moreno, conhecido por Perito Moreno, cientista, um herói nacional, cujos seus estudos ajudaram a definir as fronteiras Chilena e Argentina pela via da paz, tem no Glaciarium uma área a si dedicada.

 

Glaciarium, El Calafate, Argentina

 

Glaciarium, El Calafate, Argentina

 

 

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ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – EUROPA

 

ALGUNS DOS MELHORES MUSEUS PELO MUNDO – EUROPA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Museus são dos locais mais conhecidos dos países, sendo por isso muito procurados e bastante concorridos pelos viajantes dos quatro cantos do Mundo. Muitos deles, para não dizer a esmagadora maioria, visita-os independentemente de serem ou não “experts” em arte ou em qualquer outra área. Posar junto das mais célebres obras de arte ou outros objetos expostos, é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição.
Museus grandiosos, não só de arte, existem pelo Mundo fora. Temas como guerra, ciência, tecnologia, desporto, vinho, cerveja, ou mesmo aparentemente tão estranhos como casas de banho…

Dos diversos países que visitei, tive a oportunidade e o privilégio de ter entrado e passado algum tempo junto de algumas das obras de arte mais famosas do Mundo ou de outros artefatos que fizeram História. Em todos eles aprendi algo e saí um pouco mais culto e informado do que entrei!

Aqui segue uma lista, de alguns dos museus que visitei ao longo da minha vida de viajante, os que considero como os mais importantes, agrupados por cada tema, e cuja visita recomendo vivamente:

 

RÚSSIA

 

Museu Cosmonáutico – Moscovo – Rússia

 

Moscovo é uma cidade gigantesca, onde tudo é grande, tudo é longe e nós sentimo-nos assustados e pequeninos quando a visitamos! A contribuição da Rússia para o desenvolvimento da ciência é brutal! Os Russos foram os pioneiros das viagens ao Espaço. A cadela Laika, oriunda das ruas de Moscovo, foi dos primeiros seres vivos a viajar no Espaço. Não voltou…Belka e Strelka foram outras cadelas que embarcaram na Aventura Espacial. Voltaram e encontram-se ali expostas e embalsamadas.
O Museu Cosmonáutico é centrado na ciência espacial Soviética. Os primeiros satélites feitos pelo Homem. Os primeiros voos Espaciais tripulados e o programa de exploração da Lua, até chegar aos projetos de exploração do Sistema Solar e programas internacionais de pesquisa Espacial.

A luta pela conquista do Espaço fez parte da Guerra Fria. Americanos e Russos em disputa! Neil Armstrong, um Americano, foi o primeiro homem a pisar a Lua mas antes disso, o Russo Yuri Gagarin, considerado um herói nacional, foi o primeiro homem a viajar pelo Espaço. Ele tem um lugar de destaque no Museu. Por lá pode ser vista também uma réplica do Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra.

Museu Cosmonáutico, Moscovo, Estação Espacial MIR

 

Museu Cosmonáutico, Moscovo, Memorial do Cosmonata, na entrada

 

Museu Hermitage – São Petersburgo – Rússia 

 

Depois de visitar o Hermitage, qualquer museu de arte é apenas mais um museu. E no capítulo da arte, ali há tudo o que possamos imaginar. O museu contém a maior galeria de quadros do Mundo. Por exemplo, Da Vinci, Van Gogh, Rembrandt, Picasso, Caravaggio estão por lá. O Hermitage rivaliza com o Louvre como o maior museu do Mundo. Ele ocupa parte daquele que foi o Palácio de Inverno, residência oficial dos Czares quase ininterruptamente desde sua construção até a queda da monarquia Russa.
Com cerca de 20 km de corredores, um deles foi copiado centímetro por centímetro de um existente no Museu do Vaticano, e imponentes escadarias, constituindo só por isso uma atração. Mesmo que não possuísse espólio visitá-lo seria na mesma uma coisa extraordinária. O edifício em si, é uma obra de arte, por dentro e por fora. Rivaliza com o Palácio de Versailles, sendo considerado, até pelos próprios pelos Franceses, como mais imponente e muito superior! Cada sala é diferente das demais. O espólio que além de pintura, é composto por escultura, arte egípcia e muito mais. Se despendermos 30 segundos a cada peça exposta, alguém fez as contas, seriam necessários 8 anos para ver tudo!

A História da Rússia está ligada à arte. Os Czares adquiriram uma infinidade de obras de arte ao ocidente. A Revolução Bolchevique acabou com a Monarquia, transformou aquele Palácio num museu para que o povo pudesse desfrutar das obras de arte exclusivas dos Czares. Os Bolcheviques irromperam pelo Palácio de Inverno, mas protegeram as obras de arte do saque. Mais tarde, Stalin, para pagar os custos do investimento na industrialização do país, criou uma comissão de avaliação, e teve de vender algumas a outros países. Durante a II Guerra Mundial, a cidade de São Petersburgo (Leningrado na altura) foi cercada pelos Nazis, muitas das obras de arte foram levadas secretamente para os Montes Urais, por forma a ficarem seguras de um possível saque.
A pintura “Danaë” de Rembrandt é tida como a mais importante do museu. Tal como a “Mona Lisa” é para o Louvre. Um quadro com história e histórico! Já foi alvo de uma tentativa de destruição, um cidadão Lituano, no tempo da URSS. Jogou-lhe ácido e começou a cortá-lo. Foi imediatamente preso, mas com a “Perestroika” acabou por ser libertado. Deve ter sido recebido na Lituânia como um herói nacional, pois aquele gesto foi de revolta contra o domínio Russo, tentando destruir a obra de arte mais importante do país! A reparação da obra levou cerca de 12 anos.

Se quiserem ver ao vivo a Danaë, terão mesmo de ir a São Petersburgo pois a obra está legalmente impedida de sair do país!

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, exterior, uma pequena parte, este edifício possui a maior fachada da Europa

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, antigo Palácio de Inverno

 

Museu Hermitage, São Petersburgo, escadaria

 

Museu Hermitage, São Petersburgo,pintura, Danaë de Rembrandt, a obra de arte mais importante, quiça existente na Rússia…

 

 

FRANÇA

 

Museu Júlio Verne – Nantes – França

 

Como amante de viagens não poderia terminar sem referir um museu dedicado a Júlio Verne.
Nascido em Nantes em 1828, por lá viveu a sua juventude. Foi um escritor cujos romances são lidos em todo o Mundo e até já foram trazidos para o cinema, para séries de televisão, para o teatro e também para os desenhos animados. “As 20.000 léguas submarinas” é a sua obra mais famosa. “Michel Strogoff” é a sua obra mais adaptada ao cinema. Mas um amante de viagens não esquece “A volta ao Mundo em 80 dias”, sobretudo os da minha idade que em criança viam essa série de animação na televisão. É considerado o inventor da ficção científica. Os seus livros relatam o aparecimento de novos avanços da ciência e da tecnologia, como os submarinos, as máquinas voadoras e as viagens ao Espaço. Júlio Verne era um visionário, mas também um grande viajante, porém as viagens que as suas obras relatam, existiam apenas na sua imaginação.
Filho de um conceituado advogado, nunca seguiu as pisadas do pai, apesar de se ter formado em Direito. Foi a escrita que lhe trouxe fama e dinheiro. A bordo de um iate que adquiriu, viajou para Inglaterra, para a Escócia, para a Escandinávia e para os Estados Unidos, tendo no regresso desta última viagem, escrito “As 20.000 léguas submarinas”.
O Museu Júlio Verne localiza-se numa casa construída no final do século XIX perto de uma residência de campo que era propriedade do seu pai. Alberga um conjunto de objetos pessoais como por exemplo a secretária onde ele escreveu grande parte dos livros. Também podem ser vistos manuscritos, livros e vários cartazes de obras cinematográficas e de peças de teatro levadas a cena em famosos locais, como o Teatro Châtelet de Paris, baseadas nas suas obras, assim como vários modelos de máquinas voadoras e submarinas que tão bem as mesmas descrevem.  A visita termina numa varanda com vista para o Rio Loire que banha Nantes e para a Ilha de Nantes, outrora o centro portuário da cidade. Foi de Nantes que partiram os navios Franceses que conquistaram o Mundo, pois a França também foi um país colonizador. Aquela paisagem foi a fonte de inspiração para Júlio Verne escrever tantas coisas que mudaram o Mundo!!!

Museu Júlio Verne, Nantes, edifício

 

Museu Júlio Verne, Nantes, a vista que podemos ter da varanda e que inspirou o artista

 

Museu Júlio Verne, Nantes, interior

 

Museu Júlio Verne, Nantes, interior

 

Cidade do Vinho – Bordéus – França 

 

Bordéus é a capital Mundial do Vinho! A região com maior variedade de vinhos do Mundo.
Desde 2016 que possui um museu dedicado a este néctar dos Deuses. A chamada “Euro Disney dos adultos”, a “Cité du vin”, um edifício cuja arquitetura é inspirada no efeito que o vinho faz quando flui no cálice ao ser servido. Um museu muito didático, que nos ensina a apreciar o vinho, que há cerca de 8.000 anos começou a ser produzido, em terras onde atualmente ficam os países do Cáucaso (Arménia, Azerbaijão e Geórgia). Na altura as pipas e os tonéis ainda não tinham sido inventados e a fermentação ocorria em potes de barro enterrados no solo, técnica que ainda hoje é utilizada para produzir o chamado “vinho da telha”.

No final da visita podemos provar um vinho, à escolha, de um dos vários países do Mundo, no bar com vista panorâmica para a cidade.
Existe também uma loja, uma adega com mais de 14.000 garrafas, onde podemos comprar vinhos de vários países, alguns cuja origem pensaríamos não ser possível.

Cidade do Vinho, Bordéus, exterior

 

Cidade do Vinho, Bordéus, interior

 

Cidade do Vinho, Bordéus,loja

 

Museu da Miniatura e Cinema – Lyon – França 

 

O cinema é a 7ª arte. Visitar um museu sobre cinema também é obrigatório.
Em Lyon era sediada a “Fábrica Lumière” de películas fotográficas, da qual os filhos do proprietário, Auguste e Louis (os Irmãos Lumière) desenvolveram um cinematógrafo e com ele desataram a fazer filmes que mais tarde vieram a ser exibidos na cave do Grand Café, em Paris. A Europa deu novos mundos ao Mundo, os filmes dos irmãos Lumière foram também exibidos na Índia, e hoje a Bollywood é a maior indústria cinematográfica global. Quando falamos na Indústria cinematográfica associamos imediatamente Hollywood, mas não esqueçamos que foi na Europa que tudo teve início.
O Museu da Miniatura e Cinema é um local que constitui um paraíso para os cinéfilos. Hollywood está ali em peso! Além da exibição de diversas miniaturas de cenários, construídas à escala para determinar o melhor ângulo das filmagens e iluminação aquando da rodagem dos filmes nos cenários reais, encontramos adereços utilizados em vários filmes, como as máscaras que Robin Williams utilizou para se travestir de “Mrs Doubtfire”, ou as máscaras de Jim Carrey no filme que o catapultou para as luzes da ribalta como maior comediante do Mundo. E a máscara do Freddy Krueger que aterrorizava os adolescentes em Elm Street. O boneco diabólico Chucky, o Alien e o Predador, o Batman e outros heróis e vilões ou mesmo o Robocop também não faltam. À entrada passamos pelos cenários e também pela loja do “Perfume” onde um assassino vendia os perfumes cuja matéria prima era a essência dos corpos das suas vítimas que assassinava.

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, a loja do filme O perfume, à entrada

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, Batman

 

Museu da Miniatura e Cinema, Lyon, alguns dos monstros dos nossos pesadelos

 

Lyon- França- Uma escapadela de fim-de-semana

Lyon-Museu da miniatura e cinema-Terminator

 

Museu Aeroscopia – Toulouse – França

 

Toulouse não é propriamente uma cidade bonita, se a compararmos com muitas cidades Francesas que são romaria de turistas. É uma cidade industrial, que tem na Airbus um dos seus grandes empregadores. Os amantes de aviões têm aqui o motivo para visitarem Toulouse, neste Museu Aeronáutico e também na fábrica da Airbus. Localiza-se em Blagnac, nos arredores e próximo do aeroporto que serve a cidade. É possível fazer tours à fábrica da Airbus. Sempre proveitosos e muito interessantes. Infelizmente a nível técnico ficam muito aquém da congénere Alemã de Hamburgo, que proporciona uma visita que passa pelo meio das linhas de produção. Em Toulouse, o interior dos edifícios fabris, só é permitido serem vistos lá do alto, através de um vidro e pouco mais. De autocarro percorre-se vários pontos da zona industrial, sem autorização para tirar fotografias.
O museu exibe vários aviões, civis e militares, que já deixaram de voar, e também muitas miniaturas à escala, dos modelos atuais dos Airbus que cruzam diariamente os céus de todo o Mundo. O ponto alto da visita é o Concorde, sendo possível entrar no seu interior.

Museu Aeroscopia, Toulouse, entrada

 

Museu Aeroscopia, Toulouse, interior

 

Museu Aeroscopia, Toulouse, o Concorde

 

Museu do Louvre – Paris – França

 

O Louvre tem a mesma ordem de grandeza do Hermitage. Há compêndios que afirmam que é o maior museu do Mundo, outros que o colocam em segundo lugar. Mas é certamente o museu mais visitado do Mundo! Paris é a capital do turismo. Anualmente, milhões de visitantes percorrem os seus corredores para tirarem uma foto com a “Mona Lisa”, provavelmente a obra de arte mais valiosa do Mundo, apesar das suas pequenas dimensões desiludirem! Os próprios Franceses dizem isso! O seu valor é incalculável e somente é possível observá-la de um perímetro a vários metros de distância. Encontra-se protegida por um vidro numa instalação de alta segurança. Além da “Mona Lisa”, a Vénus de Milo, uma das mais famosas esculturas da Grécia e os Apartamentos de Napoleão são os pontos mais concorridos, mas para aceder aos mesmos é necessário percorrer muitos corredores e diversas salas onde se expõem obras de arte importantes.
Durante a II Guerra Mundial, com Ocupação Nazi em Paris, em 1939, quase todas as obras foram retiradas do Louvre e levadas para o Vale de Loire.

O Louvre é um indubitavelmente um grande museu, mas depois de visitarmos o Hermitage, sentimos que se trata apenas de um museu grande!

 

Museu do Louvre, Paris, Grande Pirâmide, na entrada

 

Museu do Louvre, Paris, Venus de Milo

 

Museu do Louvre, Paris, pintura, Mona Lisa

 

 

PAÍSES BAIXOS

 

Rijksmuseum – Amesterdão – Países Baixos

 
Os Países Baixos deram ao Mundo vários artistas, por isso Amesterdão é um paraíso cultural. Na Praça dos Museus o edifício do “Rijksmuseum” destaca-se.
Um museu de arte, onde sobressaem as obras de Johannes Vermeer, Rembrandt e Frans Hals. É o museu mais visitado dos Países Baixos. Mesmo que queiramos fazê-lo em passo de corrida, é necessário lá passar algumas horas. “A Ronda Noturna (De Nachtwacht) de Rembrandt e a “Batalha de Waterloo” de Jan Willem Pieneman, que se destaca pelas suas dimensões pouco comuns, mais de 5 metros de altura por mais de 8 metros de comprimento, constando-se que é o quadro com maior área no Mundo, são as obras mais procuradas.

Rijksmuseum, Amesterdão, entrada

 

Rijksmuseum, Amesterdão, pintura, A Ronda Noturna

 

Rijksmuseum- A queda de homem de Van Haarlem- Amesterdão- Holanda

 

DINAMARCA

 

DINAMARCA, Museu Carlsberg – Copenhaga

 

Loiras, pretas ou de outra tonalidade, na Europa há milhares de marcas de cerveja, mas todos nós citamos facilmente algumas dezenas, entre as quais, a “Carlsberg”, a marca da cerveja Nacional da Dinamarca. Este museu em Copenhaga é dos locais de visita obrigatório dos amantes da cerveja! Online também é possível visitar, mas nada como fazê-lo presencialmente. Este tipo de atrações, infelizmente são mais turísticas que técnicas, mas o legado histórico da marca está presente. A cervejaria, fundada em 1847 por J.C. Jacobsen com a intenção de homenagear seu filho Carl. A Dinamarca é um país plano,e  uma pequena elevação já pode ser considerada um monte (“berg”, em Dinamarquês) logo nome “Carlsberg”,  significa “Monte de Carl”.

A visita mostra o local onde os operários dormiam,  o escritório de Carl, e onde as cervejas eram produzidas, uma espécie de caverna onde a cerveja era maturada e armazenada na temperatura ideal. E como  Carl era apaixonado por cavalos, um estábulo também existe, onde atualmente são guardados os cavalos que circulam nas ruas em eventos públicos e as carroças que puxam.

A visita à maior coleção de garrafas de cerveja do Mundo reconhecida pelo “Guinness Book of Records”, onde não faltam marcas Portuguesas, também é ponto de passagem.  E no final da visita, como não poderia mesmo deixar de ser, a degustação de uma cerveja da marca no bar temático!

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

Museu Carlsberg- Copenhaga

 

INGLATERRA

 

Museu de Cera Madame Tussaud ́s – Londres – Inglaterra

 

Museus de cera existem pelo Mundo fora, mesmo com a chancela “Madame Taussaud´s”. Mas como este, localizado em Londres, não existe nenhum! Ali funciona desde 1884. A entrada custa uma “pequena fortuna”, mas vale cada Libra despendida.
Tudo começou em 1835 quando Marie Tussaud estabeleceu a sua primeira exposição de figuras de cera em Londres, tal foi o sucesso que até hoje se mantém.
Ali podemos ver de perto figuras de cera que representam à escala real muitos famosos, do mundo das artes, do desporto, da família real, da política e até mesmo criminosos famosos! É também possível viajar através do tempo, a bordo de um dos táxis pretos e reviver a História de Londres.

Visitei-o em 1998, numa altura em que as fotos eram de rolo, mas guardo para sempre as minhas fotos com Eric Cantona, Jurgen Klinsmann e Bill Clinton.

Museu de Cera Madame Tussaud ́s, Londres, Inglaterra, com Eric Cantona e Jurgen Klinsmann

 

Museu de Cera Madame Tussaud ́s, Londres, Inglaterra, com Bill Clinton

 

MUSEU DE GUERRA IMPERIAL – LONDRES – INGLATERRA  

 

Inaugurado em 1917, este museu de guerra é uma enormidade, sendo tido como dos melhores a nível mundial. O Reino Unido participou em diversos conflitos na História da Humanidade com destaque para as duas Grandes Guerras.  O material bélico lá exposto inclui diverso armamento destacando-se a artilharia pesada, os tanques, as bombas e os aviões.

Chamou-me a atenção a recreação das trincheiras da I Guerra Mundial, revi-me como personagem do filme 1917 (2019) e o mural de Saddam Hussein construído com diversos mosaicos, possivelmente trata-se de um “troféu” de guerra trazido do Iraque aquando da participação do Reino Unido na I Guerra do Golfo nos anos 90. A área dedicada ao Holocausto é arrepiante! O Terrorismo e as suas consequências não deixam de estar representado, por exemplo com de peças da estrutura metálica do World Trade Center, recuperadas dos escombros, após os ataques de 11/9/2001. O nascimento e expansão do Comunismo na Europa e pelo Mundo, também é referenciado.

Não fui à tropa, não sou entendido nestes assuntos do foro militar, nem tenho conhecimento para tirar o máximo proveito de um museu com estas características, se assim fosse teria de lá passar vários dias, mas posso afirmar que até hoje foi o melhor museu de guerra que visitei. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres, peças da estrutura do WTC recuperadas dos escombros após os ataques de 11-9

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

Museu da Guerra Imperial, Londres

 

MUSEU BRITÂNICO – LONDRES – INGLATERRA 

 

Este museu foi fundado em 1753, tendo sido o primeiro museu nacional público do Mundo. É atualmente um dos 5 museus mais visitados no Mundo e em muitos anos tem sido a atração turística mais visitada no país. O visitante fica apoderado de um certo sentimento de revolta quando aqui chega. A Inglaterra foi um dos países com colónias pelo Mundo inteiro, à semelhança de Portugal, Espanha ou França. A Inglaterra é uma ilha, Napoleão por exemplo, nunca a conseguiu conquistar, mas ao longo da História, os Ingleses conquistaram muita coisa e muito do que ali se encontra é oriundo dessas conquistas. O seu acervo, que segundo eles, é património da Humanidade, é constituído por cerca de 8 milhões de peças, no entanto apenas uma pequena parte está exposta. Da arte antiga dos 5 continentes, destaco a exposição de múmias do Egito e as Mármores de Elgin que os Gregos reivindicam serem suas, pois pertenciam ao Parthenon, os frisos dos capitéis, levados da Grécia para a Grã-Bretanha em 1806 por Thomas Bruce.

Depois de visitar este museu deixo uma pergunta aos Historiadores: se Portugal já foi um dos “donos do Mundo”, então onde para o nosso espólio? Porque não temos nada para mostrar num museu deste género?

A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu Britânico, Londres

 

Museu Britânico, Londres, múmias do Egito

 

Museu Britânico, Londres, mármores de Elgin

 

Museu Britânico, Londres

 

MUSEU NACIONAL DO FUTEBOL – MANCHESTER – INGLATERRA

 

Um amante do desporto rei não pode deixar de visitar este museu direcionado sobretudo para o futebol britânico, masculino e também o feminino não foi esquecido.

O futebol nasceu em Inglaterra no século XIX. O país possui provavelmente a melhor Liga do mundo, a “Premier League” e uma seleção nacional que se encontra entre as melhores, no entanto esta última tem falhado grandes conquistas em momentos decisivos: em 1986 pela Mão de Deus de Maradona ficou pelo caminho nos 1/4 final desse campeonato do mundo, no Euro 2020 na final perante a Itália e no Euro 1996 nas meias finais perante a Alemanha, competições que organizou perdeu nos penaltys. Portugal no Euro 2004 e Mundial 2006 também os bateu dessa forma em fases a eliminar e mesmo em 1986 com “Saltillo” pelo meio, começamos a participação nesse torneio com uma vitória perante eles. Contudo, sagrou-se campeã do Mundo em 1966 com muita polémica à mistura. Organizara a competição, Portugal com Eusébio, era um fortíssimo candidato à vitória final, conseguiram mudar de Liverpool para Wembley esse jogo da meia final, acabando aí com o sonho Lusitano e fazendo chorar Eusébio. Na final, após prolongamento venceram por 4-2 a Alemanha (Federal) à custa de um golo que ainda acreditamos que a bola não transpôs na totalidade a linha de golo!  Com um “hat trick”, que inclui também esse “pseudo golo” que acabou por valer, Geoff Hurst, virou herói nacional. A bola desse jogo, a camisola de Hurst e uma réplica, pois o original foi roubado e nunca foi encontrado, do troféu de campeão do Mundo, na altura chamada de Taça Jules Rimet, modelo diferente do atual, encontram-se expostos, sendo grandioso para qualquer adepto de futebol posar com tais relíquias! Gordon Banks, George Cohen, Ray Wilson, Bobby Moore, e os irmãos Charlton (Jack e Bobby) faziam parte desse “dream team”, não faltando referências a eles pela exposição, assim como a tantas outras estrelas, incluindo as cadentes como Paul Gascoigne ou George Best, e outras que viraram comentadores desportivos, como Gary Lineker, com o qual podemos fazer experiências interativas. Diversas taças, camisolas, bonecos (também havia por lá o “Contra Informação”) e até mesmo o Mini que George Best adquiriu antes de ficar impedido de conduzir devido ao seu estado de embriaguês crónico. Tudo isto e muito mais pode ser visto pelos diversos pisos do edifício que também é uma atração turística do coração da cidade, possuindo inclusivamente um funicular no seu interior.

 

Museu Nacional do Futebol, José Mourinho

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester, carro que pertenceu a George Best

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester,experiência de comentador com Gary Lineker

 

Museu Nacional do Futebol, Manchester,Taça Jules Rimet, camisola de Hurst e bola, utlizadas na final do Mundial de 1966

 

Museu Nacional do Futebol, Paul Gascoigne

 

Museu Nacional do Futebol, troféus

 

MUSEU DA HISTÓRIA NATURAL – LONDRES – INGLATERRA

 

Localiza-se na Exhibition Rd, uma rua que dá acesso a vários museus, em Kensington, é um dos mais visitados do país. À semelhança de outros de igual temática espalhados pelo Mundo, contém uma sala central que alberga um gigantesco esqueleto de um dinossauro. A exposição, com mais de 70 milhões de objetos e espécies relacionadas com o Mundo Natural, aborda a Terra e as diferentes formas de vida que surgiram e evoluíram no nosso planeta.  Charles Darwin, um naturalista, geólogo e biólogo é figura central.

Construído em 1880 para receber uma grande coleção de esqueletos, fósseis e plantas que até então formavam parte do Museu Britânico. Ao longo do tempo a coleção do museu foi crescendo e em 1986 absorveu o Museu Geológico, que estava nas redondezas. A exposição de pedras semipreciosas é brutal! Das minhas viagens, as pedras semipreciosas compõem vários souvenirs. Procurei e encontrei, entre outras, a rodocrosita da Argentina e o lápis lazúli do Chile que me fizeram reviver a última grande viagem!

O museu é excelente, é de certeza o melhor do género na Europa, mas na minha opinião não supera o de Nova Iorque. A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

Museu da História Natural, Londres, Inglaterra

 

MUSEU DA FORÇA AÉREA REAL – LONDRES – INGLATERRA 

 

A RAF-Royal Air Force, é força aérea independente mais antiga do Mundo. Teve papel preponderante em diversos conflitos armados em que o Reino Unido entrou. Este museu aeronáutico expõe ao longo de diversos hangares uma enorme quantidade de máquinas voadoras utilizadas nesses conflitos armados e o seu material bélico. Grande destaque para o hidroavião da II Guerra Mundial, o “Short Sunderland MR5” onde podemos entrar e explorar o seu interior. Os amantes da aviação necessitarão de passar aqui alguns dias, e tirarão certamente bem mais partido do que eu, pois apenas aqui passei 2 horas.  A entrada é gratuita, mas convém marcar online atempadamente.

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

Museu da Força Aérea Real, Londres

 

VATICANO

 

MUSEU DO VATICANO

 

O Vaticano é a nação mais pequena do Mundo, mas é das mais ricas. O Museu do Vaticano é um dos maiores do Mundo e encontra-se entre os 5 mais visitados. O objetivo principal dos visitantes que percorrem aqueles enormes corredores em passo acelerado, é acederem à Capela Sistina, cujos tetos pintados por Michelangelo, “O juízo final”, que representam a sua visão do Juízo Final a que a Bíblia se refere, são o ponto alto da visita.
A Capela Sistina é um local único à face da Terra, ao pé dela tudo o que possamos ver no Museu é o parente pobre e nenhum visitante está minimamente motivado para isso, dada a grandeza e o carisma da mesma, ao lado tudo é ofuscado. Ali é realizado o “conclave”, um ritual com cerca de 8 séculos, que acontece após a renúncia ou a morte de um Papa, na Igreja Católica Apostólica Romana. O Colégio dos Cardeais reúne-se ali dentro para uma votação secreta, e assim escolher o novo líder. No final da votação, não chegando a um acordo, os votos são queimados juntamente com determinados produtos químicos, e através de uma chaminé lá colocada, é emitido fumo negro para a Praça de São Pedro. Quando chegam a um acordo, é emitido fumo branco e é proclamado “Habemus Papam” sendo assim eleito o novo líder que irá em seguida dirigir-se à multidão espalhada pela Praça de São Pedro para dar a sua primeira bênção.
O museu é famoso pelos seus tetos de ouro e pelos seus enormes corredores. Diego Maradona , em tempos, foi recebido pelo Papa João Paulo II e referiu-se a esses tetos de ouro, que o Papa os vendesse e com o dinheiro matasse a fome às crianças pelo Mundo fora, que nas suas pregações papais citava recorrentemente a sua enorme preocupação e tristeza.

O Museu do Vaticano, abriga uma enorme e valiosa coleção de arte e antiguidades, pintura e escultura dos “4 cantos do Mundo” colecionadas ao longo dos séculos pela Igreja Católica. Quer queiramos, quer não, a “Igreja” é o maior negócio da História da Humanidade.

Museu do Vaticano, Capela Sistina com o Juizo final pintado no teto

 

Museu do Vaticano-famosos corredores

 

Museu do Vaticano-famosos corredores

 

Museu do Vaticano

Museu do Vaticano

 

ESPANHA

 

Museu do Prado – Madrid – Espanha 

 

Devido às suas praias, Espanha tem sido um dos países mais visitados do Mundo. Madrid há cerca de 25 anos era o “parente pobre”. O facto de se situar longe do mar, fê-la viver “na sombra” de Barcelona, a outra grande cidade. Madrid, é hoje uma das cidades mais visitadas da Europa, com muitos turistas durante todo o ano. Possui uma enorme oferta cultural, com museus, catedrais, palácios, ópera, tourada, futebol e espetáculos musicais ao estilo da Broadway. A série “La casa de papel” colocou em definitivo Madrid na ribalta.

O Museu do Prado é um dos maiores e mais importantes museus do Mundo. É um museu de arte, possui a coleção de pintura Espanhola mais completa dos séculos XI ao XVIII, e muitas das obras primas de grandes pintores, nomeadamente El Greco, Velázquez, Goya, El Bosco, Ticiano, Van Dyck ou Rembrandt.

A tauromaquia não deixa de estar representada em muitas obras expostas. Um espetáculo amado por uns, odiado por outros, mas que suscitou inspiração a muitos artistas de renome. Afinal, Goya e Picasso eram grandes aficionados!

Tive oportunidade de o visitar em 1997 mas numa próxima visita a Madrid terei de lá passar algumas horas.

 

Madrid- Espanha

Museu do Prado – Madrid

 

Museu do Prado, Madrid, entrada

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia – Madrid – Espanha 

 

O Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia faz parte do “Triângulo de Ouro da Arte de Madrid” que inclui também o Museu do Prado e o Museu Thyssen-Bornemisza. Trata-se de um museu de arte moderna. No seu interior, o quadro “Guernica” de Pablo Picasso, é o mais procurado. A obra do artista nascido em Málaga, é uma pintura a óleo com 3,49 m de altura por 7,76 m de comprimento. Executada em 1937 em pleno período de conflitos e onde os Governos Fascistas imperavam na Europa. Picasso fora escolhido pelo Governo Espanhol para representar o país na Exposição Internacional de Artes e Técnicas, em Paris. Nessa altura ocorre um massacre na cidade Basca de Guernica, um bombardeio aéreo feito pelos Alemães a mando do ditador Francisco Franco. Foi esse o tema escolhido para esta pintura.  Uma mensagem de paz, em plena Guerra civil Espanhola e numa altura em que o Mundo iria enfrentar a II Guerra Mundial.
Além de obras de Pablo Picasso, existem outras de Salvador Dalí, Juan Miró e Eduardo Chillida que também podem ser apreciadas.

Se visitar Madrid, aconselho a pesquisar os dias e horas em que os Museus têm entrada livre. No meu caso, aproveitei para visitar gratuitamente este museu, ao final de uma sexta feira, aproveitando a estada em Madrid para visitar uma feira de climatização.

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, entrada

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, pintura, Guernica de Pablo Picasso

 

Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, pintura, Mulher sentada apoiada sobre os cotovelos de Pablo Picasso

 

GRÉCIA

 

Museu da Acrópole – Atenas – Grécia

 

A Grécia é um país que muitos ensinamentos deu ao Mundo. Atenas, a sua capital, é dominada pela Acrópole. Não sendo o ponto mais alto da cidade, nem tão pouco o que melhor vista proporciona sobre a sua imensidão branca, este título é para a Colina Licabeto, a Acrópole é o ponto mais importante da cidade! No seu alto, localiza-se o Parthenon, um templo, ou melhor, as suas ruínas. O complexo da Acrópole, à medida que subimos vamos encontrando locais de culto, como por exemplo o Odeão de Herodes Ático e o Teatro de Dionísio.

No início da subida à Acrópole, ao lado esquerdo, o Museu da Acrópole ocupa um edifício que foi inaugurado em 2009, construído em aço, cristal e cimento cujo design foi estudado para aproveitar ao máximo a luz natural, e também desfrutar da vista para a Acrópole do seu interior. Alberga uma coleção de peças pertencentes aos diferentes monumentos da Acrópole, pelo que é obrigatório visitar complementando assim um passeio pelo complexo da Acrópole.

Museu da Acrópole, Atenas

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

Museu da Acrópole, Atenas, interior

 

SUÉCIA

 

Museu Vasa – Estocolmo – Suécia 

 

Trata-se do museu mais visitado da Escandinávia. Localizado em Estocolmo, na Ilha de Djurgården, o museu é centrado no  Vasa que foi um navio de Guerra Sueco, e no início do século XVII, se afundou  na sua primeira viagem, a poucas milhas do porto. Passou 333 anos debaixo de água. Foi recuperado e ali se encontra exposto para visita desde 1990. A quantidade de material bélico que possuía bem como a vontade “política” de o dotar de grandes mastros e velas, para ser o mais grandioso, numa altura em que a Suécia estava em guerra com a Polónia foi uma das consequências desse naufrágio. Grande parte do material foi recuperado e a decoração do casco ainda é visível.

Museu Vasa, Estocolmo, exterior

 

Museu Vasa-Estocolmo-pormenor do navio

 

Museu Vasa, Estocolmo – Suécia

 

ALEMANHA

 

Deutsches Museum – Munique – Alemanha

 
Munique é conhecida por ser a capital Mundial da cerveja, mas tem muito mais que umas litradas para oferecer.
Junto a o Rio Izar, que banha a cidade, localiza-se este museu que é um hino à ciência e à tecnologia e à engenharia. Possui mais de 18.000 objetos expostos e uma biblioteca com cerca de 850.000 livros com enorme valor histórico e cultural. As cerca de 50 seções, expõem conteúdos sobre a extração do minério, diversos ramos da física, como por exemplo a eletricidade, o eletromagnetismo e a física nuclear, o meio ambiente, a indústria têxtil, o fabrico do papel, instrumentos musicais, meios de transporte, como por exemplo comboios e aviões, onde os motores e turborreatores não faltam, a indústria petrolífera, a indústria vidreira, a indústria metalomecânica, a indústria cerâmica e até mesmo uma área dedicada à matemática. O museu é centrado na tecnologia atual e não somente do ponto de vista histórico.
Um museu para “graúdos”, mas podemos ver muitos “miúdos” pela mão dos seus progenitores a visitarem com entusiasmo o museu. A Alemanha é a pátria da tecnologia, da indústria, da maquinaria pesada, algo que é intrínseco naquele povo desde a tenra idade. Um país altamente industrializado que exporta para todo o Mundo. “Made in Germany” é garantia de qualidade das marcas.

 

Deutsches Museum -Munique – entrada

 

Munique-Deutsches Museum- Interior-Aviões-fuselagem e turborreator

 

BÉLGICA

 

DIVA – Museu de diamantes – Antuérpia – Bélgica 

 

A Bélgica é conhecida pelos chocolates, pelos gaufres e pela batata frita. A sua cidade de Antuérpia é a Capital Mundial dos diamantes.  Saindo da Estação central, que tem uma beleza monumental, as ruas circundantes, envolvem uma zona com cerca de 1 Km², onde estão concentrados cerca de 80% de todos os diamantes transacionados no Mundo.
O DIVA, foi inaugurado em 2018, englobando o espólio do antigo Museu do Diamante de Antuérpia e do Museu de prata de Sterckshof numa única instituição. É um museu dedicado a estas preciosidades da natureza, sobretudo aos diamantes, onde podemos obter muita informação sobre os mesmos e conhecer a sua história. A exposição apresenta uma infinidade de objetos de valor incalculável que com eles poderemos posar.

 

DIVA – Museu de diamantes, Antuérpia, entrada

 

DIVA – Museu de diamantes, Antuerpia, exposição

 

Antuérpia-Museu DIVA

 

MALTA

 

Museu de Aviação de Malta – Ta’Qali – Malta 

 

Os amantes de aviões encontram aqui o seu habitat predileto. O Museu de Aviação de Malta. Localiza-se numa parte do que foi o antigo aeródromo de Ta’Qali, tendo até 1968 funcionado como uma base aérea da Royal Air Force.
A História de Malta está ligada a batalhas aéreas. Malta foi uma das áreas mais bombardeadas da II Guerra Mundial. A Batalha de Malta, a disputa do território Maltês estrategicamente importante, entre as Forças aéreas e navais da Itália Fascista e Alemanha Nazista, as “Potências do Eixo”, contra a Força Aérea e a Marinha Real Britânica, os “Aliados”.  No pós-guerra, muitos artefatos e material bélico foram encontrados em território Maltês, nos campos, nas praias e no mar. Uma parte encontra-se exposta neste museu. A exposição é distribuída por três hangares, sendo um deles um memorial à Batalha de Malta.

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

Museu de Aviação de Malta, Ta’Qali, interior

 

LUXEMBURGO

 

Museu Nacional de História Militar – Dikrech – Luxemburgo

 

O Luxemburgo é um pequeno país, um Grão Ducado, mais propriamente, mas não deixa de possuir um museu grandioso. Localizado em Diekirch, uma cidade a cerca de 20Km da capital, acessível de comboio.

A Benelux foi uma região que esteve envolvida nas duas Guerras Mundiais. O Luxemburgo tinha uma posição geográfica estratégica nesses conflitos. Por aqueles lados foram travadas duas Batalhas das Ardenas, uma em cada conflito.
Sobretudo dedicado à Batalha das Ardenas que ocorreu na II Guerra Mundial, este museu tem uma enorme coleção de material bélico e é tido como um dos melhores museus militares da Europa. Contém perfeitas reconstituições de cenas em contexto de guerra.
O museu mostra também a História do Exército Luxemburguês, desde a fundação do Estado Luxemburguês até aos nossos dias. Ambas as Grandes Guerras Mundiais, bem como a Guerra da Coreia e missões militares das Nações Unidas estão também referenciadas.

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, entrada

 

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, cenários de guerra

 

Museu Nacional de História Militar, Luxemburgo, material bélico

 

UCRÂNIA

 

Museu Nacional de Chernobyl – Kiev – Ucrânia 

 

Chernobyl fica a cerca de 150 km de Kiev. Devido à série da HBO, as visitas ao local cresceram exponencialmente, sendo atualmente o local mais visitado da Ucrânia. Os preços a pagar por um tour de um dia, desde Kiev, ao local onde, segundo muitos historiadores, a URSS teve o princípio do seu fim, são elevados e são a única forma de poder aceder a essas áreas cercadas pelo exército. Desconhece-se ainda que essa experiência não tenha malefícios para a saúde a longo prazo pois ainda existe carga radioativa por lá.

Em Kiev existe o Museu Nacional de Chernobyl. Visitá-lo é bem mais económico e seguro que uma ida a Chernobyl. A visita é acompanhada por audioguia e explica como tudo aconteceu.  Podemos ver diversos objetos provenientes daquelas localidades que para sempre desapareceram do mapa e o modelo de uma central nuclear, o mesmo que foi utilizado nas filmagens dessa série. Ficamos a saber que o engenheiro projetista daquela central, afirmava que a mesma era de um nível de modernidade, o supra sumo da tecnologia, e com segurança absoluta poderia ser colocada sem problemas, em funcionamento na Praça Vermelha em Moscovo!

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, entrada, veículos dos bombeiros, os primeiros a chegar à zona da tragédia

 

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, interior

 

Museu Nacional de Chernobyl, Kiev, modelo da central nuclear usada na série da HBO

 

IRLANDA

 

Guiness storehouse – Dublin – Irlanda 

 

Museus sobre cerveja há vários espalhados pelo Mundo. Há países que produzem milhares de marcas de cerveja, mas provavelmente nenhuma é tão famosa como a Guinness.
A Guinness Storehouse, é a sua a sede e o local mais visitado em Dublin. A cerveja ali produzida, é quase única e exclusivamente com matéria-prima da região: a água do Rio Liffey, das suas nascentes nas Montanhas Wicklow, o malte e a levedura. Apenas o lúpulo é importado da República Checa.
Ali funciona a fábrica, mas a visita não é às instalações industriais. É um edifício adjacente, onde ao longo dos vários pisos aprendemos imensas coisas sobre o fabrico daquela cerveja, a sua história, a temperatura a que deve ser armazenada (9ºc) e a temperatura que deve ser servida (6ºc). A visita termina no topo do edifício onde existe um bar, o Gravity Bar, onde nos é oferecido um “pint” que podemos saboreá-lo desfrutando da vista panorâmica sobre a cidade. “Cheers”!!!!!

Guiness storehouse-Dublin-entrada

 

Guiness storehouse-Dublin-entrada

 

CROÁCIA

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Um dos museus mais estranhos do Mundo. Relações amorosas quebradas todos nós temos para contar e objetos também existem. Coisas caricatas e estranhas. Até obras em casa dos sogros ou moradias construídas no terreno deles tem acontecido a muitos. Pensava eu, na minha inocência que iria visitar um museu divertido. Encontrei um museu com algumas coisas horríveis. Relações quebradas entre namorados ou cônjuges também existem, muitas vezes até são engraçadas. Mas pior que isso são relações quebradas entre pais e filhos nomeadamente com a morte destes últimos. Um objeto que me marcou muito foi uma porta. E também um vestido de noiva de um casamento que nunca veio a acontecer devido a um ato terrorista. Visitar este museu é também uma enorme lição de vida. Concluí que na minha família até existiu um objeto e uma carta associada ao mesmo. Uma história que mete fantasmas. Acerca de um pijama do meu avô que a minha mãe deu ao meu pai e, que ele devolveu, e bem sabe porquê. Muitas pessoas próximas de mim sabem essa história, que me fez arrepiar quando contei à rececionista. Se algum dia encontrar algum desses dois objetos irei enviá-los para aqui.

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croacia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

Museu das relações quebradas, Zagreb, Croácia

 

SUIÇA

 

MUSEU FIFA – ZURIQUE – SUÍÇA

 

O nome FIFA dispensa apresentações, a autoridade máxima que regula o futebol mundial. Qualquer adepto do maior espetáculo do mundo, sentir-se-á no paraíso ao entrar num museu desta natureza. Dos mais de mil objetos expostos destaca-se a Taça do Mundo, e todos cremos que é mesmo a original. O tal que veio substituir a Taça Jules Rimet que se encontra uma réplica exposta em Manchester, no Museu Nacional do Futebol, pois o troféu original foi roubado no Brasil em 1983 e nunca foi recuperado. Assim a FIFA tem enormes medidas de segurança em relação ao atual troféu, constando-se mesmo que no Qatar, Messi ergueu uma réplica quando em dezembro de 2022 festejava a conquista do título de campeão do mundo pelo seu país.

O resto da exposição trata da evolução do futebol, desde os seus primórdios, as regras que se foram adaptando e modificando, note-se que o jogo de hoje nada tem a ver com o que se jogava no século XIX.  Possui várias relíquias que deixam qualquer adepto de futebol pasmado. Por exemplo, o cartão amarelo que foi mostrado a Paul Gascoigne em 1990 e que o fez chorar, o cartaz de agradecimento ao país, que a seleção do Japão deixou em 2018 no balneário depois de o limpar, diversos equipamentos e bolas utilizadas nesses jogos, vários troféus de competições internacionais de clubes e seleções.

Na altura estava presente uma exposição temporária sobre Paolo Rossi, recentemente desaparecido. Avançado Italiano, melhor marcador do Mundial de 1982, até então desconhecido, tinha estado suspenso durante muito tempo devido a envolvimento em manipulação de resultados. Foi ele que destruiu o Escrete, a seleção brasileira cheia de estrelas que jogava imenso, com 3 golos marcados. Assistir a esse momento como se estivesse no estádio, usando um capacete de realidade, e posar com as suas botas que mudaram para sempre a história, foi dos momentos mais altos ali passados.

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça, botas de Paolo Rossi que derrotaram o Brasil em 1982

 

Museu FIFA, Zurique, Suíça

 

NORUEGA

 

MUSEU NORUEGUÊS DO PETRÓLEO – STAVANGER – NORUEGA 

 

A Noruega é um dos países produtores de petróleo, porém a sua exploração só se iniciou na segunda metade do século passado. Os noruegueses foram pioneiros na sua exploração em alto mar. Atualmente a Noruega é um dos países mais ricos do mundo, tendo no petróleo uma enorme fonte de riqueza. O país tem tido enorme desenvolvimento, sendo a construção civil um dos seus indicadores, Oslo é um exemplo disso. Dizem que a Noruega tem problemas em decidir como investir os lucros provenientes do petróleo, uma indústria que representa 14% do PIB do país, mais de 40% das suas exportações e gera mais de 160 mil postos de trabalho. Os seus gasodutos existentes no Mar do Norte alimentam as Ilhas Britânicas e também os países da Benelux. Stavanger é conhecida como a capital do petróleo, não só porque ali perto se deu início à sua exploração, mas também por decisões políticas, pois na cidade estão sediadas as grandes empresas petrolíferas, muitas delas estatais, estando assim este setor da economia descentralizado da capital.

Este museu foi criado em 1999, localiza-se na zona portuária da cidade, só pelo seu edifício é uma atração turística, com uma arquitetura inspirada numa plataforma petrolífera. A visita ao seu interior permite-nos obter conhecimentos sobre este mineral  existente no interior das rochas sedimentares, formado há milhões de anos, sobre a história da exploração petrolífera do país e também observar muitos objetos impressionantes como as brocas para perfuração dos poços, uma delas com 90 cm de diâmetro e 1700 Kg de peso, modelos de sinos de mergulho e embarcações de segurança usados para o trabalho no fundo do mar. É possível escorregar por uma réplica de um tubo de evacuação de uma plataforma petrolífera e sentir um pouco da adrenalina do que é a vida desses trabalhadores, assim como experimentar os seus fatos especiais.
Destaque para a área dedicada ao terrível acidente de 27 de março de 1980 no campo petrolífero de Ekofisk no Mar do Norte. A plataforma semi-submersível Alexander Kielland virou repentinamente durante uma tempestade, após o rompimento de uma de suas cinco colunas verticais que a suportavam, tendo essa falha sido atribuída a uma soldadura defeituosa. Das 212 pessoas a bordo, 123 morreram.

Visitar um museu desta natureza é também uma lição de engenharia. Importante para todos pois são os engenheiros que fazem a ponte entre a ciência e a tecnologia, colocando-a ao serviço da nossa evolução e melhoria da nossa qualidade de vida.

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

Museu Noruegês do Petróleo, Stavanger, Noruega

 

MUSEU NACIONAL – OSLO – NORUEGA 

 

Oslo é uma cidade que não nos cativa pela sua beleza, porém tem uma excelente oferta cultural. Este museu possui a maior coleção de arte da Escandinávia, com mais de 6500 peças, onde se destaca a famosa pintura “O Grito” de Edvard Munch, famoso pintor norueguês. Ir a Oslo e não ver o “Grito” é como ir a Paris e não ver a Mona Lisa! A pintura representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero. O plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo ao pôr do sol. Trata-se de uma série de 4 pinturas, estando as outras 3 expostas no Museu Munch. A pintura inclusivamente serviu de inspiração à personagem da famosa série de filmes de terror “Scream”.

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega. O Grito!!!

 

Museu Nacional, Oslo, Noruega

 

POLÓNIA

 

Raclawice Panorama – Wrocław 

 

Este edifício que alberga uma apenas com um quadro, entra neste rol, sobretudo pelo seu simbolismo. Trata-se de pintura de 360º, medindo 15 m de altura e 120 m de comprimento e retrata cenas da Batalha de Racławice, levada a cabo perto da aldeia de Racławice, em 4 de abril de 1794. Um exército de milícias populares, constituído por camponeses e comandado por Tadeusz Kosciuszko derrotou o todo-poderoso Exército Vermelho, tempos em que a Rússia já disputava territórios noutros países e impunha neles o seu domínio. A pintura foi idealizada por Jan Styka, que nasceu em Lviv (atualmente uma cidade da Ucrânia) e pintada em conjunto com Wojciech Kossak ao longo de 9 meses. A obra foi pintada em Lviv, tendo sido permanentemente movida para Wrocław após a II Guerra Mundial. Foi durante o domínio Soviético considerado um objeto sob censura, logo encontrava-se vedado o acesso de público, o que só deixou de acontecer em 1985. Dada a obra se encontrar dentro de uma estrutura circular, permite ser observada do centro e apresenta diferentes cenas que são visíveis de diferentes ângulos, sendo a visita acompanhada por áudio guia em diversas línguas. O edifício possui um centro interpretativo com uma exposição interativa sobre a Batalha de Racławice e sobre a obra de Jan Styka. É provavelmente a pintura mais importante do país e que evidencia o orgulho nacional do povo polaco!

 

Racławice Panorama, Wrocław

 

Racławice Panorama, Wrocław

 

 

to be continued….I hope!!!!!!!

 

 

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- CONTINENTE AMERICANO

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – CONTINENTE AMERICANO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Estátua da Liberdade – Nova Iorque – EUA

 

Nova Iorque é uma selva de pedra, mas é também uma cidade encantadora com uma atmosfera única. Vemo-la no cinema recorrentemente. Visitarmos aquela que Frank Sinatra imortalizou numa das suas músicas, como a “Cidade que nunca dorme”, percorrermos esses cenários dos filmes da nossa imaginação é um sonho tornado realidade. Nova Iorque é uma megalópole, com pouca História, moderna, com grandes avenidas e arranha-céus de arquitetura retilínea e mesmo assim consegue ostentar um dos monumentos mais importantes do Mundo.

Da Ilha da Estátua da Liberdade, onde acedemos em tours, podemos observar ao longe as vistas sobre a “Big Apple” e ao perto um dos maiores símbolos do poder Americano.  Foi uma oferta da França aos EUA, em 1876 para comemorar o centenário da sua Independência do Reino Unido. Foi construída em solo Francês pelo escultor Frederic-Auguste Bartholdi sobre uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Gustave Eiffel. Consta-se que o rosto da mulher representada na estátua foi inspirado na mãe do escultor. A obra foi concluída em 1884. Foi posteriormente desmontada em 350 peças e embalada em 214 caixas, tendo sido transportada para os EUA pela fragata Francesa “Isere”, onde a sua montagem no pedestal durou cerca de 4 meses. Foi inaugurada em 1886 pelo Presidente Grover Cleveland.
Pesa 225 toneladas e mede 47 m de altura, alcançando com o pedestal os 93 m. O fogo da tocha erguida pela mulher representa a liberdade do povo. Na sua coroa existem 25 janelas, que simbolizam as jóias encontradas naquelas terras, e 7 raios  que representam os 7 continentes e os 7 mares do Mundo. Na mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrito em numeração Romana a data de “4 de Julho de 1776”.
Existem várias Estátuas da Liberdade pelo Mundo fora, inclusive em Paris. Essa, foram os Americanos que “devolveram a gentileza” aos Franceses. Para comemorar os 100 anos da Revolução Francesa, a comunidade Estadunidense em Paris ofereceu à cidade uma réplica em bronze, de 22 m de altura, da famosa estátua Nova Iorquina. Mas como é óbvio é apenas uma réplica como as demais…

Parte do dia do meu 41º aniversário passado pela Ilha da Estátua da Liberdade, tendo a revista do Sport Lisboa e Benfica, “Mística”, na secção “Benfiquistas pelo Mundo” publicado uma foto minha em grande comemoração!

 

Estátua da Liberdade, Nova Iorque, EUA

 

Estátua da Liberdade, Nova Iorque, EUA

 

 

Empire State Building e Rockfeller Center

– Nova Iorque – EUA

 

Longe de serem considerados grandes monumentos, pois não carregam História, como os que existem no Velho Continente, ir a Nova Iorque e subir a estes prédios emblemáticos para desfrutar da vista sobre a imensidão da “Big Apple” é obrigatório.

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Empire State Building, Nova Iorque, EUA. vista para a cidade

 

Rockfeller Center, Nova Iorque, EUA, vista para o Central Park

 

Rockfeller Center, Nova Iorque, EUA, vista para o Central Park

 

 

One World Trade Center e Memorial às vítimas do 11/9

– Nova Iorque – EUA

 

O dia 11/9/2001 foi uma data que mudou para sempre o mundo. Um ataque terrorista sem precedentes destruiu o antigo World Trade Center. Dois aviões comerciais, numa missão suicida, embateram nas torres. As televisões mostraram tudo!

No local onde outrora existiam as famosas “Twin towers”, um ícone de Nova Iorque, existe agora um museu, um memorial às vítimas e um edifício, o WT1, One World Trade Center, que se tornou um icone da cidade.

A zona pode ser visitada ao perto, e o edifício pode ser visto de vários pontos da cidade, com destaque para o DUMBO, em Brooklyn.

 

Memorial às vítimas do 11 Set, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

One World Trade Center, Nova Iorque, EUA

 

Cristo Redentor – Rio de Janeiro – Brasil 

 

O Rio de Janeiro não é a capital do Brasil, mas é a “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil”. O Cristo Redentor é o monumento mais emblemático da cidade e do Brasil. A estátua encontra-se situada no Morro do Corcovado a 709 metros de altura. O local, que também é um santuário, proporciona vistas panorâmicas de sonho, sobre o Rio de Janeiro, sobre a Baía de Guanabara, sobre Niterói e também sobre o Oceano Atlântico. Nos muitos países que visitei, ainda não encontrei um local tão belo como este, facto que colocou o Brasil no meu “top 10”.

O monumento é procurado sobretudo pela vista que proporciona, mas o Cristo Redentor, que no alto do seu pedestal abraça a cidade, é uma enorme obra de arte, tendo já sido considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno.  A estátua do Cristo Redentor do Rio de Janeiro foi inaugurada em 1931, possui 30 m de altura, cada braço tem uma área de 88 m² e o pé mede 1,35 m. Só a cabeça pesa 30 toneladas.
Os criadores da obra são o engenheiro Heitor da Silva Costa, o pintor Carlos Oswald e o escultor Maximilian Paul Landowski, que esculpiu a cabeça e as mãos. A estátua que está preparada para resistir a rajadas de vento até 250 km/h, foi construída no Brasil, à exceção da cabeça e das mãos, que foram moldadas em Paris. O corpo foi feito em pedra de talco cortada em milhares de triângulos, que foram colados à mão sobre um tecido e posteriormente aplicados na estátua.

O interior da estátua, que não é visitável, é composto por vários patamares ligados por escadarias, formando andares que se abrem nos braços e na cabeça. Ele contém o coração do Cristo Redentor, que mede 1,30 m.

 

Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil

 

 

Cerro San Cristobal – Santiago – Chile

 

Se no Brasil existe o Cristo Redentor, no Chile existe o Santuário da Imaculada Conceição de onde no alto do Cerro San Cristóbal, a Virgem da imaculada Conceição abraça a cidade de Santiago, podendo “de grosso modo” considerar-se a versão feminina do Corcovado do Rio de Janeiro. Não poderemos fazer comparações, mas as vistas que proporciona sobre Santiago são espetaculares. Fica localizado no Parque Metropolitano sendo possível aceder por funicular ou teleférico.

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

Cerro San Cristobal, Santiago , Chile

 

 

Obelisco – Buenos Aires – Argentina

 

Inaugurado em 23/5/1936 como uma homenagem ao quarto centenário da primeira fundação de Buenos Aires, este monumento foi erguido no mesmo local onde foi hasteada pela primeira vez a bandeira nacional na cidade. É o maior símbolo da capital da Argentina.

Localiza-se no cruzamento da Av. 9 de Julho, que se encontra entre as mais largas do mundo, o “Champs Elysées” de Buenos Aires com a Av. Corrientes.

 

Obelisco, Buenos Aires, Argentina

 

Obelisco, Buenos Aires, Argentina

 

CN Tower – Toronto – Canadá 

 

A moderníssima cidade de Toronto tem aqui o seu local mais emblemático, o seu maior símbolo, sendo também considerado como o edifício mais icónico do Canadá! Trata-se de uma torre de comunicações que se encontra entre os mais altos edifícios do mundo, onde é possível subir e desfrutar das vistas maravilhosas da cidade e do Lago Ontário.

 

CN Tower, Toronto, Canada, Lago Ontário visto do alto

 

CN Tower, Toronto, Canada

 

 

Praça da Revolução – Havana – Cuba

 

Quem procura estes destinos fá-los sobretudo pelas praias. Cuba foi o país onde comemorei os 30 anos e tem muito mais que as praias do Caribe ou do Atlântico, sejam na ilha principal ou nas ilhas circundantes (Cayos). Obrigatório para quem visita Havana, a capital, lindíssima cidade, a passagem por este local que nos provoca medo cénico. Ali Fidel Castro fazia discursos de largas horas! Independentemente da ideologia política de cada um, visitar Cuba é uma lição de vida.

Trata-se de um enorme descampado, com edifícios cujo mais fotografado é o do Ministério das Informações, o tal que contém o busto de Ché Guevara. O monumento a José Martí, é tido como o mais importante, uma torre com 109 m de altura, feito de mármore cinza, representando uma estrela de cinco pontas.

 

Praça da Revolução, Havana, Ministério das Informações, Cuba

 

 

to be continued…

 

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- ÁSIA

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO- CONTINENTE ASIÁTICO

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Praça Tiananmen – Pequim – China

 

Esta praça é o epicentro da China que juntamente com a Praça Vermelha de Moscovo, são as praças mais importantes e mais poderosas do Mundo. A sua História foi escrita com sangue, e por isso é tão conhecida no Ocidente. A 4 de Junho de 1989, o exército abriu fogo perante manifestantes, que se mobilizavam de forma pacífica contra a repressão e corrupção do Regime. Muitos deles eram jovens estudantes, que foram assassinados às mãos do Governo Comunista, que por lá se vai mantendo e desrespeitando os Direitos Humanos.

As suas dimensões, tornam-na como uma das maiores praças do Mundo. Tal como a Praça Vermelha, o seu tamanho e arquitetura soviética provocam medo cénico ao visitante. Patrulhada por um grande aparato de polícias e militares, todos eles com cerca de 1,90m de altura, com ar sisudo, alguns munidos de extintores, pois as autoimolações são uma forma de protesto comum na China, sobretudo os Tibetanos. A entrada na Praça de Tiananmen está sujeita a controlo de identidade e revista de segurança. Abre portas ao nascer, e fecha ao pôr do sol. A cerimónia, consoante se trate, do hastear ou do arriar da bandeira da China, para o qual os visitantes se juntam a observar, é uma manifestação de orgulho Nacional, em frente da foto, no extremo Norte, de Mao Tsé Tung, fundador da República Popular da China. O seu corpo está colocado num mausoléu, um edifício enorme que é possível visitar. A visita não dura mais de dois minutos, mas são certamente os dois minutos mais intensos de qualquer viagem à China, pois assistir aos visitantes fazendo vénias à sua estátua na entrada e depositando nela flores, antes de se dirigirem em passo acelerado sem paragens por um corredor de onde se avista uma sala pouco iluminada, cercada por vidros, onde se encontra o caixão, junto com guardas em sentido, causa arrepios.

No lado Oeste da praça, encontra-se o Museu Nacional da China é um dos maiores e mais visitados do Mundo. Do lado Este, o Grande Salão do Povo, onde ocorrem as reuniões do Partido, do Governo por conseguinte, mas não é aberto ao público.  No centro da praça, existe o  “Monumento dos heróis do povo” que possui 38 metros de altura e também está cercado de forças de segurança. No extremo Sul, o Portão de Qianmen que fez parte da muralha da cidade. Saindo do perímetro da praça, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro de Mao Tse Tung e desde aí é possível observar a vista panorâmica.

 

Praça de Tiananmen, Pequim, China

 

Cidade Proibida – Pequim – China 

 

Na China qualquer coisa por lá é tida como “a maior do Mundo”…
A Cidade Proibida é uma cidade dentro de outra cidade. O nome de Cidade Proibida surgiu pelo facto de apenas o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar lá dentro.

Saindo da Praça Tiananmen, onde a grande parte dos nossos dias em Pequim são passados, atravessando a Avenida Chang’an pela passagem inferior, chegamos à Porta de Tiananmen onde se encontra o quadro do Grande Líder, Mao Tse Tung. Largos metros à frente, pela Portão Meridian chegamos à Cidade Proíbida.
É o maior palácio do Mundo. Possui cerca de 1000 edifícios que ocupam 720 mil m² de área. Julga-se que (eu não as contei…) possui 9999 divisões, entre quartos e salas, dado o número 9 ser o número da sorte para os Chineses. A sua construção levou 14 anos e foi ordenada pelo imperador Chengzu da dinastia Ming em 1406.
O Último Imperador, Pu Yi, retratado no cinema por Bernardo Bertolucci, foi ali rodado. É um encanto, é inesquecível visitar a Cidade Proibida. A Sala do Trono, onde o filme tem a comovente cena final, é o local mais fotografado, onde a multidão se amontoa para conseguir de longe, do lado de fora, a melhor selfie. Dizem eles que os tijolos do soalho são mais caros que o ouro. Com a Revolução, Pu Yi acabou os seus dias como jardineiro, possivelmente pelos jardins Imperiais, mesmo ali ao lado.

 

Foto de Mao Tsé Tung em frente à Praça de Tiananmen, Pequim, China

 

Grande Muralha da China – Jinshanling  – China 

 

Na China tudo é grande, e claro, a Grande Muralha é mais monumento à sua imagem.
Existe há cerca de 2200 anos, possui mais de 21 mil km e é visível do Espaço.  Um conjunto de séries de fortificações feitas de pedra, tijolo, terra compactada, madeira ou outros materiais, com 8 m de altura e 4 m de largura. A sua construção custou a vida a mais de 300 mil trabalhadores, ao longo de centenas de anos que durou. Os Chineses afirmam que é o maior cemitério do Mundo!  Foi erigida com objetivo proteger o país dos invasores, mas também ocupar prisioneiros e soldados que com o fim das guerras ficavam sem trabalho.

Jinshanling é uma das 3 localidades acessíveis de Pequim, a mais distante, a cerca de 150Km, para visitar a Grande Muralha. É tida como a mais pitoresca. É acessível através de tour organizado de um dia, com saída pelas 6 horas da manhã, pois mais tarde para sair da cidade, o trânsito é caótico. O caminho de ida e volta é feito em autoestrada e sujeito a vários checkpoints policiais.
Os visitantes fazem uma caminhada com cerca de 5Km subindo e descendo a mesma e desfrutando da paisagem. Aquele troço separa a China da antiga Manchúria. Se tiverem sorte e apanharem céu limpo, e em alturas como o Ano Novo Chinês, em que muitos Chineses deixam as grandes cidades rumando às suas terras de origem, poderão tirar belíssimas fotografias e quando regressarem dirão que tiveram a Muralha da China só para vocês.

 

Grande Muralha da China, Jinshanling , China

 

Grande Muralha da China, Jinshanling , China

 

Grande Buda (Tian Tan) – Ngong Ping – Hong Kong

 

Hong Kong até hoje é o local do continente Asiático que mais me encantou. É considerada a cidade com maior número de arranha céus do Mundo. Até 1997 pertenceu ao Reino Unido, hoje tem o estatuto de “Região Administrativa Especial” tal como Macau, o que não lhe confere a Independência da China (continental) apesar de possuir por exemplo Governo próprio, moeda própria, hino, bandeira e leis próprias por exemplo sem aplicação da pena de morte. A China é um país com dois sistemas, Comunismo e Capitalismo, e em Hong Kong o último que impera em larga escala. Quando subimos ao Pico Victoria e observamos a vista panorâmica sobre a cidade, e ao cair da noite as luzes dos edifícios, lá em baixo, a acenderem alternadamente ficamos deslumbrados.
Em Ngong Ping, um planalto no ponto mais alto da Ilha de Lantau, a cerca de 50 km do centro financeiro de Hong Kong, encontra-se o Buda Tian Tan na posição sentado. Uma estátua de bronze, formada por 202 peças, com 34 m de altura e pesando 250 toneladas, sendo considerada a maior estátua do Mundo de um Buda sentado. Foi inaugurada em finais de 1993 e simboliza a relação harmoniosa entre o Homem e a natureza, as pessoas e a Religião. A base da estátua, que tem a forma de uma folha de lótus, encontra-se rodeada, ao longo da plataforma onde se acede, por pequenas estátuas de Deuses que representam a Imortalidade. Aceder a essa plataforma, subindo uma escadaria com 268 degraus, e desfrutar dessa vista panorâmica, juntamente com a visita ao Pico Vitória são os momentos supremos de uma viagem a Hong Kong.

O Grande Buda faz parte do Mosteiro “Po Lin” (cá em baixo da escadaria) que é o principal centro de Budismo em Hong Kong. O mosteiro foi fundado por três monges em 1906. Inicialmente foi chamado “The Big Hut” mas em 1924 passou a chamar-se “Po Lin”, que significa Lótus Precioso. O complexo do mosteiro contém um templo, as casas dos monges, um restaurante vegetariano e várias lojas que vendem incenso para usar nos rituais, e até os turistas, não sendo budistas, também praticam. No templo encontram-se três estátuas de Buda que representam o passado, o presente e o futuro, e diversas inscrições Budistas. Por lá também circulam livremente vacas. A minha primeira reação foi medo, mas depois verifiquei que são animais dóceis e afáveis…
É possível aceder ao local de teleférico ou de autocarro. Infelizmente não tive escolha, o teleférico encontrava-se parado para manutenção. Um dia que regressar a Hong Kong terei de voltar a Ngong Ping e fazer essa viagem de teleférico. Dura cerca de 25 minutos a avaliar pelo cenário envolvente, deve ser encantadora…

 

Grande Buda (Tian Tan), Ngong Ping, Hong Kong

 

Grande Buda (Tian Tan), Ngong Ping, Hong Kong

 

Ruínas de S. Paulo – Macau 

 

Tal como Hong Kong, Macau é outro território com estatuto de Região Administrativa Especial da China. Foi território Português até 1999. Nos últimos anos transformou-se numa meca dos jogos de azar, recebendo os seus casinos mais visitantes que os de Las Vegas. Normalmente os turistas Portugueses visitam Macau em um dia num bate volta desde Hong Kong. Em 2017 de Catamarã a viagem durava cerca de 1 hora. É necessário apresentar o passaporte e preencher o formulário de emigração, tanto na chegada a Macau como a Hong Kong no regresso. Macau, tem os seus encantos, sobretudo para nós Portugueses. Existem diversos Monumentos e Igrejas espalhados pelo Centro Histórico, percorrido por turistas Chineses ávidos de conhecer a Europa, que afinal por ali existe uma pequena amostra do seu sul. Mesmo sem encontrar por aqueles lados quem fale a língua de Camões, quando percorremos aquelas ruas, algumas com calçada Portuguesa e com indicações em Língua Portuguesa, sentimos que chegamos a uma pequena cidade em Portugal, quando na realidade nos encontramos a milhares de quilómetros e num fuso horário bem diferente. Fora do Centro Histórico, na Ilha de Taipa, encontram-se os Casinos.

Como viajante orgulho-me de ter juntado Macau ao meu rol de países visitados, apesar de não ser dos locais que mais me encantou. Muitas vezes digo a brincar que comparar Macau com Hong Kong, é como comparar Lisboa com Loures…
As Ruínas de São Paulo são o ex-libris de Macau. Estão inscritas como Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Trata-se das ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e do Colégio de S. Paulo, importante complexo do século XVI destruído por um incêndio em 1835. Foram construídas pelos Jesuítas, sendo o lugar alcunhado como a “Acrópole de Macau”. A fachada de granito, daquela que foi a maior e a mais bela das igrejas de Macau, e a sua escadaria monumental de 68 degraus é o que podemos observar. E mesmo ali ao lado vendem-se bifanas e pastéis de nata, como se diz por lá, “pork chop bon” e “Portuguese egg tart”, o que nos faz sentir em casa!
Em Lisboa, no ano de 1998 ocorreu uma Exposição Universal, a “Expo´98”. O Pavilhão de Macau possuía entrada uma réplica deste monumento que fez imenso sucesso. Desde 2004 o mesmo foi transferido para o Parque da Cidade de Loures e hoje é considerado o ex-libris da cidade de Loures.

 

Ruinas de S Paulo, Macau

 

Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado) – Quioto – Japão 

 

O Japão é um país que nos encanta, mas em beleza perde para a China. As cidades gigantescas de Tóquio e Osaka cansam-nos de tão modernas que são, com arranha céus, com milhares de pessoas pelas ruas, com uma organização e um conceito de cidadania como não há igual no Mundo. No Japão até uma casa de banho pode ser considerada uma lição de tecnologia, de vida e de boas maneiras. Casas de banho no Japão, não são monumentos, mas são monumentais!

Quando chegamos a Quioto sentimos um enorme alívio pois “finalmente” encontramos uma cidade “bonita”, com cultura ancestral e histórica, ou não se trate de uma antiga capital do Japão. Foi esse facto que em 1945 a salvou da bomba nuclear.
Quioto, a cidade das gueishas, possui cerca de 3000 templos e santuários budistas e xintoístas, sendo 16 registrados como Património da Humanidade pela UNESCO. O Templo do Pavilhão Dourado, o “Kinkaku-ji”, é o mais importante e provavelmente o edifício mais procurado do Japão. Faz jus ao nome, grande parte é forrado a folha dourada. Um templo com muita História e de uma beleza sem igual.  Possui no telhado uma “fenghuang” (Fénix Chinesa) dourada. Fica localizado no meio de um lago espelhado (Kyōko-chi), dentro de um complexo constituído por um jardim. A vista de qualquer lado é impressionante e cada imagem vale mesmo por mil palavras.

 

Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado), Quioto, Japão

 

Parque Memorial da Paz – Hiroshima – Japão 

 

Nos tempos que correm, o apelo à paz deve ser uma constante. Assim, introduzir este memorial neste rol é obrigatório. Visitar Hiroshima é dedicar parte do nosso tempo a refletir sobre a paz.  As armas nucleares foram utilizadas pelo Homem contra o seu semelhante por duas vezes. Em 1945, Hiroshima foi a primeira cidade do Mundo a sofrer um ataque nuclear, Nagasaki foi a outra. Só em Hiroshima, a bomba matou instantaneamente mais de 70.000 pessoas e outras tantas morreram devido a ferimentos graves e à radiação, e ainda hoje muita gente sofre as consequências físicas e mentais.

O Parque Memorial da Paz é um parque urbano que contém diversos memoriais, para que as consequências da Guerra Nuclear em Hiroshima nunca sejam esquecidas e sejam sempre lembradas, apelando assim a uma reflexão profunda de todos os visitantes.  Ao percorrê-lo encontramos por exemplo, o Sino da paz, que somos convidados a tocar para que seja ouvido por toda a gente em todo o Mundo e para que armas nucleares não voltem a ser usadas pelo Homem contra o seu semelhante. De todos estes memoriais e monumentos presentes, o mais famoso é o Monumento em Memória das Vítimas Coreanas da Bomba Atómica, que além destas também homenageia as vítimas do colonialismo Nipónico. Um local onde as homenagens protocolares são anualmente realizadas e começam com um minuto de silêncio à hora exata em que a bomba atómica foi lançada pelos Estados Unidos. Dada a sua forma em “U” invertido, através dele, consegue-se ver a Chama da paz que está permanentemente acesa e o “Genbaku”. O “Gembaku” é o local que mais chama a atenção. São as ruínas de um edifício construído para a promoção industrial da cidade. Foi mantido assim como forma de homenagear as vítimas desta tragédia. A bomba explodiu a cerca de 150 metros do mesmo.

Junto ao Parque Memorial da Paz, existe o Museu Memorial da Paz que é obrigatório visitar.

 

Parque Memorial da Paz, Hiroshima, Japão

 

Parque Memorial da Paz, Gembaku, Hiroshima, Japão

 

Taj Mahal – Agra – Índia 

 

Cada viajante tem o direito a ter a sua opinião, os outros só terão que aceitar. Puxando pelos “meus galões”, com mais de 50 países estrangeiros que visitei e com dezenas de crónicas de viagem que tenho escrito, tenho estatuto para afirmar que viajar para a Índia só se justifica para visitar Goa, Mumbai e o Taj Mahal, pois o resto é muito sofrível. A cidade de Agra, onde o Taj Mahal se encontra, pouco mais possui que interesse visitar. É uma cidade superpovoada, escura, suja e poluída. Nas imediações do monumento não é permitida a circulação de veículos que não sejam de tração elétrica. Muitas vezes são colocados andaimes nos minaretes do Taj Mahal para se proceder a limpezas, pois devido à poluição, os mesmos ficam com tonalidade amarela. Tive sorte pois encontrei o monumento intacto.

 

O Taj Mahal normalmente é visitado ao nascer do Sol e é local para passarmos no mínimo uma manhã. Ali o tempo passa muito rápido. Quando pela primeira vez vemos o monumento, construído em mármore branco, a aparecer perante nós no meio da neblina matinal, sentimos que todos os “sofrimentos” para ali chegar valeram a pena!  Existe também a possibilidade de visitar em noite de Lua cheia. Dizem que é um sonho…
A visita ao Taj Mahal dispensa apresentações, mas o seu interior, onde curiosamente não deixam fotografar, não tem interesse algum, pois além do mausoléu, a decoração nada nos diz e o espólio é inexistente.

Trata-se de um monumento ao amor! Embora para nós esse “amor” seja difícil de entender…Mandado construir pelo Imperador Shah Jahan em memória de sua (leiam bem ) esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal . Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna. A obra foi efetuada entre 1632 e 1653 com a mão de obra de 20 mil homens trazidos de várias cidades do Oriente.
A Índia é um país mormente Indu, mas em Agra reina o Islamismo. Inclusivamente o monumento possui nas fachadas, diversas inscrições em Árabe, retiradas do Alcorão.

Taj Mahal, Agra, Índia

 

Palácio Real – Banguecoque – Tailândia 

 

Em língua Tailandesa é chamado de “Phra Borom Maha Ratcha Wang”, aquele que é certamente o local mais importante de Banguecoque. Um conto de fadas ao estilo Oriental dado a arquitetura dos edifícios presentes, à sua decoração, à cor amarela dourada predominante e também aos Templos Budistas, sendo o Esmeralda (Wat Phra Kaeo) o de maior destaque. Um complexo gigantesco carregado de magia onde se inclui o “Phra Maha Monthienm”, um grupo de edifícios onde ficava a residência do Rei, a “Phra Thinang Amarin Winit chai”, onde se localiza a sala do trono e o “Phra Thinang Chakri Maha Prasat”, um salão real construído por um arquiteto Inglês, que mistura os estilos Europeu e Tailandês. O Museu e o templo do Buda Esmeralda, com dois andares, que guarda artefatos dos anos de construção e ocupação do Grande Palácio, assim como esculturas e outros objetos artísticos, e o Pavilhão de Regalia, onde se encontra parte do Tesouro Nacional. Na Tailândia o Rei tem uma adoração extrema e qualquer forma de crítica ou sátira à sua figura é um considerado um crime grave e severamente punido.
Um local que marca a minha história de vida e de viajante, ali passei parte do dia do meu 40º aniversário. O “país dos sorrisos” foi o primeiro país do continente Asiático que visitei.

 

Palácio Real, Banguecoque, Tailândia

 

Palácio Real, Banguecoque, Tailândia

 

Mesquita do Sheikh Zayed – Abu-Dhabi – EAU 

 

Os Emirados Árabes Unidos, país que há cerca de 40 anos era constituído por pequenas aldeias de pescadores e pelo Deserto, são nos dias de hoje conhecidos pelo Dubai, a sua maior cidade, pelas suas extravagâncias que desafiam a natureza. A sua capital é Abu-Dhabi, que é outra selva de pedra. No entanto, o país tem uma História e uma cultura bastante interessante e que vai muito além das suas grandes cidades que cresceram desmesuradamente na orla marítima do Golfo Pérsico à custa do “petrodolar”.
A visita a Abu-Dhabi, a cerca de 140 Km do Dubai, vale sobretudo pela Mesquita do Sheikh Zayed. Estamos num país Muçulmano, que recebe bem quem o visita. Assim, devemos respeitar a lei, os costumes e as regras de etiqueta. Uma mesquita é um local de oração e devemos ter isso em conta. É uma benesse ser permitido a um turista visitar gratuitamente um local desta natureza e com esta grandeza, pois pelo Mundo fora há locais deste nível, em Meca na Arábia Saudita por exemplo, que por motivos religiosos são vedados ao turismo.

Inaugurada em finais de 2007, é uma das mesquitas mais impressionantes do Mundo, pelas suas dimensões e pela sua beleza. Rodeada de jardins, possui 4 minaretes com mais de 100 m de altura, 80 cúpulas de mármore que se elevam sobre um teto suportado por 1000 pilares. Para a construção foram necessárias cerca de 90 mil toneladas de mármore branco, no qual se realizaram vários desenhos florais com incrustações de pedras semipreciosas.

A obra é uma mescla de estilos arquitetónicos: Mameluco, Otomano, Mourisco, Indo-islâmico e Fatímida. No salão principal, sobressaem os enormes candeeiros de cristal “Swarovski” decorados com ouro de 24 quilates, o maior possui 40 quilos de ouro e pesa 11 toneladas. O tapete que cobre a sala principal é o maior do Mundo e para o fabricar foram necessários 1200 artesãos que durante dois anos, teceram bilhões de nós com os melhores algodões trazidos do Irão e da Nova Zelândia.

Guardo as memórias para a posteridade e a minha foto com um turbante e a Mesquita do Sheikh Zayed como pano de fundo.

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

Mesquita do Sheikh Zayed, Abu-Dhabi, EAU

 

to be continued…

 

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ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – EUROPA

 

ALGUNS DOS MAIS IMPORTANTES MONUMENTOS PELO MUNDO – EUROPA

Texto & Fotos de Mário Menezes

 

Tal como os museus, os monumentos são alguns dos ex-libris das cidades, dos países, dos continentes, até mesmo do Mundo, pois alguns são considerados Património da Humanidade. São por isso locais bastante procurados e de romaria de milhões viajantes à escala global. Quem os visita fá-lo independentemente de ser ou não perito em arte, arquitetura ou em qualquer outra área científica ou artística. Fá-lo muitas vezes para desfrutar de uma vista panorâmica. Posar junto dos monumentos, tirar selfies com eles também é um ritual de qualquer viajante. Publicar nas redes sociais, também é tradição. Muitos monumentos acabam por ser também museus, tanto pelo seu exterior como pelo seu interior. Muitos albergam obras de arte, algumas inamovíveis, mas com valor incalculável.
Grandiosos monumentos existem pelo Mundo fora. Uns mais antigos, outros mais recentes. Não devemos esquecer que muitos foram erigidos com recurso a trabalho de escravatura, sacrificando diversas vidas humanas. Desde os tempos dos faraós aos tempos da televisão a cores.

Dos mais de 50 países em que estive, tive a oportunidade e o privilégio de ter visitado alguns dos mais famosos monumentos que escreveram História e que são ex-libris de vários países, cidades ou continentes. Seria impensável mencionar todos.
Aqui segue uma lista dos que considero como os mais importantes.

 

Torre Eiffel – Paris – França 

 

Um ex-libris de Paris, de França, da Europa também. Consta-se que é o monumento mais visitado em todo o Mundo.

Medindo cerca de 324 metros de altura, é o edifício mais alto da cidade, tendo sido até 1930 o edifício mais alto do Mundo. Foi construída para a Exposição Universal de 1889, que iria comemorar o centenário da Revolução Francesa. É uma obra de arquitetura, mas também de engenharia e acima de tudo é considerada uma obra de arte, que herdou o nome do seu autor, o Engº Gustave Eiffel. Nós Portugueses temos orgulho de possuir no nosso país obras projetadas por Gustave Eiffel, sendo a Ponte de D. Maria Pia no Porto a mais famosa, e por um dos seus discípulos, como é o caso do Elevador de Santa Justa em Lisboa.

A sua iluminação é considerada como uma obra de arte e encontra-se protegida por direitos de autor, sendo por isso proibido tirar fotos à Torre Eiffel de noite, e sobretudo divulgar essas imagens para fins não privados.

Ao chegar ao cimo da Torre Eiffel e desfrutar da vista panorâmica sobre Paris, com o Rio Sena, as suas pontes, os jardins, as avenidas e os edifícios famosos como por exemplo o do Museu do Louvre, cidade imortalizada no romantismo do cinema e da música, o viajante sente que atingiu um dos patamares mais supremos a que poderia ambicionar.

Na primeira vez que visitei Paris, não foi possível subir ao cimo da Torre Eiffel, tive de ficar pelo 2º piso. Uma lacuna que durou mais de 30 anos e mais de 30 países estrangeiros visitados.

Era um menino e regressei a Paris já homem, com tantas voltas dadas nas viagens da vida, tantos objetivos concluídos e finalmente cheguei ao cimo da Torre Eiffel. Sublime!

 

Torre Eiffel, Paris, França

 

Arco de Triunfo – Paris – França 

 

Muitas cidades possuem um monumento semelhante, em Lisboa por exemplo existe um na Rua Augusta, mas o Arco de Triunfo em Paris, no centro da Praça Charles de Gaulle é o mais importante. Inaugurado em 1836 em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, contém os nomes de 128 batalhas e de 558 generais gravados. Na sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, um local existente em vários monumentos patrióticos para honrar os soldados que morreram em tempo de guerra sem que os seus corpos tenham sido identificados.

A Praça Charles de Gaulle, também chamada Praça “de l’Étoile”, é talvez a rotunda mais célebre em todo o Mundo. Ali confluem 12 avenidas, razão pela qual foi, originalmente chamada “L’Étoile” (Estrela). Uma das avenidas são os famosos Champs Élysées, uma avenida única e que é replicada em muitas cidades pelo Mundo fora.
O Arco de Triunfo é o segundo monumento mais representativo de Paris. É possível visitar o seu interior onde existe um centro interpretativo sobre a sua construção, e subir ao topo. Fi-lo em 1983. Numa das vezes que regressei a Paris, limitei-me a tirar uma foto junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, onde teria estado cerca de 36 anos antes. Subir ao topo é um dos próximos objetivos, pois Paris é também uma passagem para viagens a destinos mais longínquos.

 

Arco de Triunfo, Paris, França

 

Notre Dame – Paris – França

 

Existem diversas igrejas chamadas de “Notre Dame”, com arquitetura muito semelhante, espalhadas por diversas cidades Francesas, mas a Notre Dame de Paris é a mais importante.
Situa-se no famoso bairro de “Saint-Michel” numa ilha, a “Île de la Cité”, que é o lugar onde se fundou Paris.
Construída entre 1163 e 1245 é uma das catedrais Góticas mais antigas do Mundo. O nome da catedral é dedicado à Virgem Maria. Com 8 séculos de História, foi local de importantes acontecimentos, como por exemplo, a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana D’Arc e a coroação de Henrique VI da Inglaterra.
Em Abril de 2019, sofreu um grave incêndio que provocou danos significativos no telhado e derrubou a agulha da torre principal.  Era possível visitar o interior onde os vitrais se destacam, os seus jardins, onde se encontra uma estátua de Joana D’Arc e do Papa João Paulo II e subir às torres, desfrutando da vista sobre o bairro de “Saint-Michel”.
De momento encontra-se encerrada. O Mundo espera ansiosamente pelo regresso Notre Dame de Paris ao caminho dos viajantes!

 

Paris, Notre Dame, França

 

Palácio de Versailhes – Versailhes – França 

 

“À grande e à Francesa” e “Se não têm pão comam brioches” são duas célebres frases que nos ajudam a compreender a História de França. Expressões indissociáveis de Versalhes.
Há no Mundo Palácios mais impressionantes e grandiosos que Versalhes, por exemplo em São Petersburgo na Rússia, os próprios Franceses reconhecem isso. Mas Versalhes é provavelmente o palácio mais visitado do Mundo!

O Palácio de Versalhes situa-se como o nome indica, em Versalhes, uma antiga aldeia rural, atualmente uma cidade nos arredores de Paris.

Em tempos foi um pavilhão de caça, tornou-se o centro do “Antigo Regime”, onde residiam os Monarcas Absolutistas. Ali eles podiam viver de forma abastada, resguardados e bem longe de Paris, onde os tumultos e doenças de uma cidade apinhada eram recorrentes. A grandeza da sua construção fala por si: 2153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1250 lareiras e 700 hectares de parque.
Na visita ao Palácio de Versalhes percorremos diversas salas e corredores enormes, onde se destaca a Capela e os Grandes Aposentos do Rei e da Rainha, cuja decoração sobressai. A Galeria dos Espelhos, é outro dos locais de destaque, com os seus 73 m de comprimento, possuindo 375 espelhos, foi o lugar onde em 1919 foi assinado o Tratado de Versalhes, que pôs fim à I Guerra Mundial. Os seus jardins, os “Jardins de Versalhes” são famosos em todo o Mundo. A sua construção durou cerca de 40 anos. O local era ocupado por bosques e terreno pantanoso, tendo sido necessários milhares de homens para transportar terra e todo o tipo de árvores. Nos Jardins de Versalhes, destaca-se o “Grand Trianon”, um pequeno palácio de mármore rosa, local onde Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, os monarcas depostos pela Revolução Francesa, desfrutava de uma vida simples e campestre. De Abril a Outubro é possível assistir a espetáculos em que a água das fontes se movimenta ao ritmo da música.

 

Palácio de Versailhes, França

 

Palácio de Versailhes, França

 

Abadia do Monte de Saint Michel – Monte Saint Michel – França 

 

Situada na região da Normandia, numa localidade chamada de Monte de Saint Michel, é o monumento mais visitado em França, fora de Paris. Trata-se de um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel (Michel em Francês).

Tudo começou no ano de 709 quando o Bispo Aubert, de Avranches teve um sonho. Nesse sonho, o Arcanjo Miguel apareceu-lhe e pediu-lhe que construísse uma ali uma abadia. O sonho repetiu-se e o Bispo Aubert voltou a não lhe dar importância. Pela terceira vez, o Bispo voltou a sonhar com o Arcanjo Miguel e desta vez, o Arcanjo deve ter perdido a paciência, e fez-lhe um buraco na testa com o dedo. Então o Bispo Aubert percebeu que não se tratava de um simples sonho e ordenou ali a construção de uma igreja numa rocha que se encontrava abandonada. Em 966, o duque da Normandia ali estabeleceu uma comunidade de monges beneditinos. Estes, desde o ano 1000 foram construindo uma abadia pré-romana e uma pequena vila ao seu redor. A abadia sofreu várias ampliações ao longo dos séculos, sendo protegida por muralhas durante a Guerra dos Cem Anos, tornando-se uma fortaleza inexpugnável que resistiu a todas as tentativas dos Ingleses de tomá-la, e constitui-se assim num símbolo de identidade nacional. Durante a Revolução Francesa a abadia foi utilizada como uma prisão para dissidentes políticos. Era um local horrível de onde fugir era impossível! Em 1863 devido à pressão da opinião pública, nomeadamente de diversos intelectuais, entre os quais, o escritor Victor Hugo, a prisão foi desativada. Ao longo dos anos tem sido um local de peregrinação, pois acima de tudo é um local religioso que inspira espiritualidade.
A visita ao seu interior inclui os acessos, a igreja românica lá no alto com estátua em ouro do Arcanjo Miguel que fica situada a 156 metros de altura, abençoando aquele local. O interior da Igreja, o refeitório, os claustros, os jardins e a sala dos Cavaleiros são alguns dos seus pontos altos.

A vista panorâmica do alto dos 80 m da plataforma, para o Canal da Mancha, para as duas regiões, Normandia e Bretanha e para as areias movediças que cercam a ilha que podem ser observadas com a maré vazia, são soberbas.  Conseguimos também observar várias pessoas caminhando por aquelas areias movediças em grupos organizados.

 

Monte Saint-Michel, deck de madeira e estrada de acesso à ilha

 

Castelo de Neuschwanstein – Füssen – Alemanha 

 

Na Baviera, cuja capital é Munique, lindíssima cidade, também considerada a capital Mundial da Cerveja, Fussen, que se localiza a cerca de 130Km, famosa pelos castelos de Hohenschwangau e de Neuschwanstein é o destino mais belo da Alemanha. Os visitantes visitam ambos os castelos, mas a beleza do Neuschwanstein, ofusca qualquer outro. Trata-se do edifício mais fotografado da Alemanha. A zona com o enquadramento dos castelos, lagos e montanhas, é carregada de magia, talvez por isso o Castelo da Cinderela, figura de ficção da Walt Disney, presente em todos os parques assim chamados, nele se inspira.

No século XIX a Baviera era um reino. O Castelo de Hohenschwangau foi residência oficial de Verão, e aqueles lados, zona de caça, do Rei Maximiliano, da sua esposa Maria, e dos seus dois filhos: Ludwig que mais tarde se tornou o Rei Ludwig II e Otto que mais tarde se tornou o Rei Otto. Ambos tinham distúrbios mentais graves. Foi pela admiração que sentia por Richard Wagner, que Ludwig mandou construir o Castelo Neuschwanstein. No fundo é uma história de amor, segundo se consta, apenas espiritual e não físico, entre dois homens que tão bem é explicada, com muitos eufemismos, nos audioguias, durante a visita ao interior, à medida que percorremos as salas. A visita é impressionante, e tem o seu ponto mais alto quando entramos na Sala de trono. No interior do Castelo de Neuschwanstein é proibido tirar fotos. Talvez para fazer a vontade ao Rei Ludwig, que expressou o desejo de que o seu castelo, onde tão pouco tempo viveu, não fosse visitado por curiosos.

 

Castelo de Neuschwanstein-Füssen – Alemanha

 

Palácio do Parlamento – Bucareste – Roménia

 

Para quem tem hoje mais de 45 anos, Nicolae Ceaușescu é um nome que nunca esqueceu.
Estávamos em 1989, no dia de Natal, o execrável ditador era executado por crimes contra o povo. A Roménia foi o único país do Leste Europeu, onde o Regime Comunista terminou com sangue.

No coração de Bucareste sobressai o enorme Palácio do Parlamento, o segundo maior edifício do Mundo. A obra que Ceaușescu mandou erguer, à custa do sacrifício do seu povo, à fome, a privações e humilhações, para satisfazer os seus caprichos. Ceauşescu chamou-lhe Casa da República, mas muitos Romenos chamaram-lhe Casa do Povo.
Atualmente ali funciona a Câmara dos Deputados e o Senado. Dada a enormidade do edifício, as diversas galerias e salões são usados para conferências e outros eventos.
A visita guiada ao seu interior que dura cerca de 2 horas é apenas a uma pequena parte do mesmo. Nem os próprios guias conhecem a totalidade do edifício com mais de 1000 salas, cada uma com a sua decoração própria,12 pisos de altura e 8 subterrâneos (4 ficaram por concluir) e uma arquitetura exterior inspirada em Palácios que o ditador visitou quando se deslocou à China e à Coreia do Norte. Construído exclusivamente por materiais oriundos da Roménia (país com enormes recursos) e com os serviços dos melhores arquitetos e engenheiros nacionais e internacionais ligados ao Partido Comunista Romeno e a mão de obra em regime de escravatura do povo, trabalhando até socumbir. Uma das salas interiores, não possui janelas, para que Ceaușescu pudesse ali dentro escutar bem alto aqueles que lhe batiam palmas. Possui também várias salas de teatro que eram frequentadas pelos cabecilhas do Partido, onde assistiam a grandiosos e exclusivos espetáculos. Possui escadarias inspiradas no Palácio do Hermitage de São Petersburgo e corredores ao estilo do Museu do Louvre de Paris. A varanda com vista para a célebre “Boulevard Unirii”, a avenida feita à imagem dos Champs Elysées onde dois factos marcaram a história: Um foi o dia que Ceaușescu ali chegou e disse que aquela avenida era pequena e que deveria ser prolongada até perder de vista. Foram então expropriadas ainda mais habitações e várias igrejas foram transladadas, uma delas a “Mihai Voda” que foi movida para 285 metros do seu local de origem. O outro, foi em 1992 quando Michael Jackson visitou a Roménia e dali do alto se dirigiu aos fans dizendo “Hello Budapest!”, confundindo a capital da Roménia com a da Hungria.

A visita ao interior coloca-nos com um sentimento de estupefação e revolta que vai aumentando à medida que se percorrem as diversas salas. É de facto muito difícil imaginar os limites da natureza humana. O egoísmo, a presunção e a maldade!
Quando Ceaușescu foi executado, menos de 80% da obra estava concluída. Não foi demolido após a queda do regime pelo facto da sua demolição ser mais onerosa que mantê-lo erguido ao longo dos anos.

 

Palácio do Parlamento, Bucareste, Roménia

 

Palácio do Parlamento, Bucareste, Roménia

 

SAN MARINO e ITALIA

 

Três Torres – San Marino

 

Visitar a República de San Marino foi uma belíssima surpresa. Este microestado é um enclave em território italiano e localiza-se no Monte Titano, a cerca de 10 Km do Mar Adriático, acessível desde Rimini, a mais conhecida estância balnear italiana. O centro histórico da capital, a Cidade de San Marino que é uma cidade amuralhada, contém essas 3 fortificações localizadas cada uma num cume: a Torre Guaita, a mais antiga, a Torre Cesta, localizada no cume mais alto e a Torre Montale, localizada no cume mais baixo. São os principais símbolos do país estando inclusivamente desenhados na sua bandeira nacional. Caminhando pelo centro histórico, através de passadiços e trilhos acedemos a ambas, de onde desfrutamos de vistas soberbas sobre os territórios dos dois países, Costa Adriática incluída.

 

Torre Cesta, San Marino

 

Vistas desde o alto do Monte Titan, percorrendo o caminho entre as Três Torres, San Marino

 

 

Ruínas de Pompeia Ercolano – Itália 

 

No ano de 79 uma erupção do Vesúvio resultou na destruição destas cidades romanas: Pompeia e Herculano.

Trabalhos arqueológicos levados no durante o século XVIII permitiram emergir das cinzas estas ruínas, sendo hoje visitáveis. O grau de destruição de Pompeia e Ercolano foi diferente, por conseguinte, as visitas complementam-se.

 

Pompeia é maior, possui inclusivamente um coliseu romano, onde os Pink Floyd no ano de 1972 deram um concerto que deu origem a um filme, “Pink Floyd: Live at Pompeii”. Visitando o Antiquário podemos observar os famosos corpos petrificados, construídos em gesso, cujo molde foi criado a partir dos corpos das vítimas quando morreram.

 

Ruínas de Pompeia, Antiquário, Itália, corpos petrificados

 

Ruínas de Pompeia, Coliseu Itália

 

Ruínas de Pompeia, Itália

 

Em Ercolano podemos observar os antigos armazéns do porto, onde foram encontrados os fósseis das pessoas que aí se refugiaram e foram atingidas pela nuvem piroclástica proveniente da erupção vulcânica.

Os amantes de História terão de passar aqui vários dias, para o “comum dos mortais” são necessárias algumas horas. Leia-se horas! Sobre Pompeia existem várias séries, documentários e filmes, além de uma infinidade de compêndios históricos, o que prova a sua importância para a História da Humanidade.

 

Ruínas de Ercolano, antigos armazéns do porto, Itália

 

Ruínas de Ercolano, Itália

 

Ruínas de Ercolano, Itália

 

Convento de Santa Maria das Graças – Milão – Itália 

 

Milão, não sendo propriamente uma cidade bonita, pois é sempre escura e os habitantes são sisudos, consegue atrair-nos pelo seu charme. É a capital Mundial da moda, possui um nível de vida alto, com as ruas mais caras do Mundo vendendo artigos de luxo, como é o caso da Via Monte Napoleone, onde as lojas de roupa de marcas de costureiros famosos dominam. Também a Ópera, que por sinal nasceu em Itália, é património da cidade, estando o “Teatro alla Scala” entre as 5 mais importantes salas de ópera do Mundo. É uma das capitais do futebol Mundial, o dois grandes clubes da cidade, a Associazione Calcio Milan e o Football Club Internazionale Milan, disputam os seus jogos no bairro de San Siro, numa das catedrais do futebol. Catedral de Milão é o Duomo, uma das catedrais de estilo Gótico mais famosas do Mundo, localizada bem no centro da cidade.

Mas em Milão destaco o Convento de Santa Maria das Graças que a muitos visitantes não lhes ocorre visitar. Trata-se de uma igreja e convento dominicano que se encontra incluída na lista dos Patrimónios Mundiais da UNESCO. O convento alberga a segunda obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, o “Cenacolo Vinciano”, conhecida no Mundo como “A última ceia”. A obra foi pintada na parede do antigo refeitório sendo por isso inamovível. Presume-se tenha sido iniciada em 1495 ou 1496 no âmbito de um plano de reformas na igreja e no convento, encomendadas por Ludovico Sforza, duque de Milão. A obra representa o episódio bíblico da Última Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos antes de ser preso e crucificado, retratando o momento exato em que Jesus Cristo informa que um dos Apóstolos o irá trair. Judas encontra-se destacado por ser pintado de negro, tendo a sua imagem sido baseada num monge recalcitrante que permanentemente perguntava a Leonardo quando a obra estaria pronta!
A obra sofreu diversas agressões ao longo do tempo, como por exemplo a abertura de uma porta pelos padres e os bombardeamentos da II Guerra Mundial.
Só para ver o “Cenacolo Vinciano” é obrigatório visitar Milão, mas fica o aviso, marquem a visitar com antecedência, pois as listas de espera chegam a ter alguns meses!
Visitar esta obra num importante dia da minha vida, aquele em que vi nevar pela primeira vez.

 

Convento de Santa Maria das Graças-Milão-Itália

 

Convento de Santa Maria das Graças-Milão-Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália 

 

Roma, a “Cidade Eterna” é um museu ao ar livre. Uma das cidades mais antigas do Mundo e em tempos capital do Império Romano que se estendia pela Bacia do Mar Mediterrâneo, ocupando parte da Europa, do Médio Oriente e do Norte de África.
O principal símbolo da cidade, o Coliseu Romano, foi construído sob o lema “panis et circenses”, traduzindo do Latim, “pão e circo”, pois segundo os Imperadores, o povo Romano se andasse entretido e distraído, ficaria feliz e não contestaria o Governo, nem tão pouco se revoltaria contra as injustiças sociais, desigualdades, esbanjamento de dinheiros públicos ou aumento de impostos. Lema ainda hoje aplicado pelos governantes e que os vai mantendo no poder. Há que entreter a povo com festas e futebol e com isso ninguém se lembra, por exemplo que a gasolina aumentou…
A obra começou a ser construída no ano de 72 no mandato do Imperador Vespasiano e terminou no ano de 80 durante o mandato do Imperador Tito. Tornou-se no maior anfiteatro Romano, com 188 m de comprimento, 156 m de largura e 57 m de altura. Tinha capacidade para mais de 80 mil espetadores, podendo ser coberto com um teto de lona para os proteger do sol. Tinha uma capacidade de evacuação de público em caso de emergência, que em nenhum estádio de futebol ou qualquer outro recinto semelhante, construído nos dias de hoje, conseguiu ser igualada.

O Coliseu permaneceu ativo durante mais de 500 anos. A partir do século VI, sofreu saques, terramotos e até bombardeamentos durante a II Guerra Mundial.  Inicialmente chamado de “Anfiteatro Flaviano” foi substituído por “Coliseu” devido à grande estátua de Nero que se encontrava na entrada da Domus Aurea, um grande palácio construído sob as ordens deste depois do Incêndio de Roma. Nos seus tempos áureos, ali eram realizados diversos espetáculos sangrentos, perante as bancadas lotadas de espetadores ávidos de presenciar violência e morte. E com isso exultavam. Lutas de gladiadores até à morte, execuções de Cristãos perante feras, que eram lançadas para a arena através de um sistema de elevadores, desde as jaulas que se encontravam no subsolo. Presume-se que também se realizavam representações de batalhas navais, com a arena a transformar-se num lago, enchendo-se de água. Nos dias de hoje, em diversos países latinos, existe a tourada, uma espécie de luta até à morte entre um ser humano e um touro bravo enraivecido, onde nem sempre ganha o primeiro, que poderá ter reminiscências nestes espetáculos sangrentos. A natureza humana não mudou, apesar da sociedade ir evoluindo. A necessidade do ser humano, presenciar espetáculos sangrentos, ou ir ao futebol insultar o árbitro ou os adeptos dos outros clubes, segundo os entendidos em psicologia, são formas de catarse e deste modo canaliza-se a agressividade para outras coisas, evitando-se por exemplo, bater no cônjuge, nos filhos, no polícia, no professor, no chefe ou no patrão…

O edifício encontra-se em ruínas, sendo continuamente recuperado. É um local de enorme romaria de visitantes de todo o Mundo. Na visita ao seu interior é possível observar as bancadas, a arena e os lugares VIP onde apenas o Imperador poderia aceder.
Junto ao Coliseu existe o Arco de Constantino, um arco de triunfo construído por ordem do Senado Romano para comemorar a vitória do Imperador Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvia no ano de 312. Nas imediações do Coliseu encontra-se a Via Sacra, celebérrima rua de Roma desde a antiguidade, que dá acesso ao Fórum Romano e ao Palatino, o centro do Império Romano.

Diz o povo que, “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, Roma é grandiosa e o Coliseu é apenas uma pequena parte do que tem para nos oferecer, e também “em Roma, sê Romano”, pois em Roma há muito para ver e viver, e claro, “todos os caminhos vão dar a Roma” e “quem tem boca vai a Roma” e a qualquer parte do Mundo também!

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Coliseu Romano – Roma – Itália

 

Basílica de S. Pedro – Vaticano 

 

Pelo Mundo fora há basílicas para todos os gostos, mas esta do Vaticano é a mais importante. O Vaticano é a sede da Igreja Católica, o Estado independente mais pequeno do Mundo e um dos mais ricos. Independente das suas crenças religiosas, quem visita Roma, visitar o Vaticano, um enclave único no Mundo, é obrigatório e constitui um dos pontos mais altos do currículo de qualquer viajante. Numa estada em Roma, pelo menos um dia é destinado para visitar o grandioso Museu do Vaticano por onde se acede ao interior da Capela Sistina, a Praça de S. Pedro e Basílica de S. Pedro. Há um provérbio popular “é como ir a Roma e não ver o Papa”…a mim aplica-se. Não vi, mas como manda a tradição, atirei a moeda na Fonte de Trevi, assim é suposto um dia lá voltar e cumprir essa tradição! Não vi o Papa (na altura era o Bento XVI) mas visitei o Vaticano. O Papa tem dias e hora para ser visto. É de uma janela, do alto dos seus sumptuosos aposentos, no edifício onde se encontra a Capela Sistina, que ele se dirige à multidão com a sua benção!
A Basílica de São Pedro, cujo nome se deve ao primeiro Papa da História, São Pedro, abriga em seu interior a Santa Sé, sendo a igreja onde o Papa realiza as liturgias mais importantes. As celebrações de Ano Novo e a Missa do Galo na noite de Natal ou a Homilia Pascal são dali transmitidas para todo o Mundo! A sua construção começou em 1506 e terminou em 1626. Nela participaram diversos arquitetos, entre os quais Bramante, Michelangelo ou Carlo Maderno. Possui capacidade para albergar cerca de 200 mil pessoas. Mede 190 m de comprimento e a nave central tem 46 m de altura. A cúpula alcança uma altura de 136 m.

Entre as obras de arte que podem ser encontradas no seu interior destaca-se o “Baldaquino” de Bernini, “La Pietà” de Michelangelo e a estátua de S. Pedro no seu trono.  “La Pietà”, uma estátua que representa Jesus morto nos braços de sua mãe, sofreu uma tentativa de destruição pelo que se encontra protegida por um vidro. Os túmulos dos diversos Papas também são locais de romaria, onde o de São Pedro se destaca pela opulência da sua decoração. A cúpula, cuja construção foi iniciada por Michelangelo, continuada depois por Giacomo Della Porta e finalizada por Carlo Maderno em 1614, a sua arquitetura serviu de inspiração para outras obras como a Catedral de S. Paulo de Londres e o Capitólio de Washington. Subindo ao cimo desfrutamos de uma vista maravilhosa sobre o Vaticano, a Praça de S. Pedro com o Obelisco do Vaticano ao centro, trazido do Egipto pelo Imperador Romano Calígula, e sobre Roma, com o Rio Tibre e o seu famoso bairro “Trastevere”, o Castelo St. Ângelo, onde a Ópera “Tosca” tem o seu final dramático e o Monumento a Vítor Emanuel II da Itália, o “Altar da pátria”, alcunhado pelos Italianos como “Máquina de Escrever”.

 

Praça de S. Pedro-Vaticano

 

Basílica de S. Pedro-vista desde a Cúpula-Vaticano

 

Parthenon – Atenas – Grécia 

 

Localiza-se na Acrópole, este antigo templo Grego, o Parthenon, ou melhor, as ruínas do que ele foi ocupando lá no alto um lugar de destaque, sendo visível de qualquer ponto da cidade. Das colunas Gregas ainda existentes sobressaem os seus estilos que nas aulas de História nos ensinaram. Há capitéis espalhados pelo chão, e muitas pedras de elevado valor arqueológico, dizem os entendidos que “elas falam”, mas que para o comum visitante ao fim de pouco tempo já começa a ser mais do mesmo. O complexo da Acrópole, à medida que subimos vamos encontrando locais de culto, como por exemplo o Odeão de Herodes Ático e o Teatro de Dionísio que foi o mais importante dos teatros da Grécia Antiga, e é considerado o berço do Teatro ocidental e da Tragédia Grega.
O Parthenon foi um templo dedicado à Deusa grega Atena, construído por iniciativa de Péricles, governante da cidade. Foi projetado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos.  É um ex-libris Ateniense e também Helénico. No entanto, nem a Acrópole, apesar das vistas sobre Atenas serem esplêndidas, é o ponto mais alto da cidade, este situa-se na Colina Licabeto, nem o Parthenon é o maior templo, esse é lugar é ocupado pelo Templo de Zeus Olímpico, que é tido como aquele que foi o maior templo Grego do Mundo, porém atualmente só existem as ruínas do pouco que resta dele.

 

Parthenon, Atenas, Grécia


Catedral de S. Basílio, Kremlin e Praça Vermelha – Moscovo – Rússia

 

A capital da Rússia é uma cidade gigantesca, a perder de vista, certamente das 5 maiores do Mundo em área, com avenidas largas, edifícios volumosos de arquitetura Soviética, com uma rede de metropolitano, grande parte a circular a mais de 90 m de profundidade, cujas estações são autênticos palácios. Ali tudo é longe, mesmo o outro lado da rua, autênticas auto estradas no meio da cidade, para lá chegar é preciso andar muito pois só se acede através de passagens subterrâneas. Em Moscovo qualquer viajante por muitos locais que tenha andado, sente-se um provinciano. Além de se sentir literalmente “engolido” pela cidade, muitos dos seus habitantes não falam línguas estrangeiras e tratam os visitantes, mesmo do próprio país, com desprezo e rudez.
A grandiosa Praça Vermelha é o coração de Moscovo. O centro do Império Soviético e da Guerra Fria. Sempre engalanada no dia Dia da Vitória, 9 de Maio, celebrando a Vitória da União Soviética contra a Alemanha Nazista em 1945, com desfiles militares de caravanas com material bélico numa manifestação de poder e orgulho nacional Russo. Apesar do vermelho dos edifícios ser a cor predominante, ela deve o seu nome à palavra de língua Russa “krasnaya” que significa além de vermelha, bonita. Um local que no tempo da Guerra Fria, só o nome causava arrepios no Ocidente. Um local que provoca medo cénico ao visitante internacional que ali chega pela primeira vez. Esperemos que a Praça Vermelha volte a ser um local de sonho e não de pesadelo…
O conjunto de Monumentos que contém são o ex-libris da Rússia. O Kremlin, apesar de ali apenas se encontrarem os muros, o Mausoléu de Lenine e a Catedral de S. Basílio. O Museu de História Nacional e o GUM, um shopping de luxo, instalado no edifício que em tempos foi o mercado do povo, completam o quadro.  No GUM, o preço do m² é dos mais caros da Europa, superando por exemplo, os Champs-Élysées.

 

Muros do Kremlin, Catedral de S. Baílio e Praça Vermelha, Moscovo, Rússia

 

A Catedral de S. Basílio é o edifício mais emblemático de Moscovo, localizando-se no seu centro geométrico. Faz lembrar um “bolo colorido” a forma das suas belas cúpulas com diferentes cores e formatos que são um regalo para a vista, tanto de dia como de noite quando são iluminadas. Porém, a visita ao seu interior é uma desilusão. Reduzidas dimensões, constituindo um labirinto formado por nove capelas decoradas entre as quais está uma torre central que se eleva como se fosse um campanário. Este templo Ortodoxo foi mandado construir pelo Grão-Príncipe de Moscovo, Ivan IV, também conhecido por “O Terrível”, entre 1555 e 1561 para comemorar a captura de Kazan e Astracã.  Postnik Yakovlev foi o arquiteto da obra e diz a lenda que Ivan “O Terrível” o mandou cegar, para evitar que construísse algo mais magnífico para mais alguém. Saindo do lado contrário, chegando ao tabuleiro da Ponte Bolshoy Moskvoretsky a vista para a grandiosidade do complexo do Kremlin deixa-nos perplexos. Kremlin, que significa cidade fortificada, mas a visita restringe-se às catedrais e ao Palácio do Arsenal, onde existe um museu que expõe peças de joalharia, armas históricas, armaduras e carruagens.

 

Rússia-Moscovo-Catedral de S. Basílio


Igreja do Sangue Derramado – São Petersburgo – Rússia 

 

São Petersburgo é a mais bela cidade da Europa. A seguir a Lisboa…
A cidade é rica em museus, palácios, monumentos e catedrais.  Além disso possui canais, imensas pontes, belíssimas avenidas e edifícios emblemáticos. Foi a antiga capital da Rússia Czarista e assistiu de perto a guerras, cercos e revoluções. Hitler e Napoleão por aqui não conseguiram passar! O “General Inverno” residia por estes lados, que juntamente com a resiliência da sua população, ajudaram a salvar a Humanidade do domínio Nazi. São Petersburgo que já se chamou Leninegrado é terra natal de Vladimir Putin, e assim esperemos que estas coisas horríveis não se repitam…
Dos muitos monumentos da cidade, a Igreja do Sangue Derramado destaca-se. O nome oficial é “Igreja da Ressurreição do Salvador” mas internacionalmente é conhecida como “do Sangue Derramado” por ter sido construída no local onde o Czar Alexandre II foi assassinado. No interior, o mausoléu que fica no lado oposto ao altar ainda preserva algumas pedras com marcas de sangue. É confundida com a Catedral de S. Basílio de Moscovo, dadas as suas semelhanças arquitetónicas. Ao contrário da Catedral Moscovita, na qual foi inspirada, esta não se localiza numa gigantesca Praça, mas junto a um dos vários canais que banham a cidade, nas proximidades da celebérrima avenida “Nevsky Prospekt”. Apesar de não aparentar, pois as suas cores são menos garridas, consegue ser maior, mais rica em detalhes e o seu interior bem mais requintado, sendo um verdadeiro museu de arte. À semelhança das Igrejas tradicionais Russas, não possui esculturas, sendo totalmente decorado com mosaicos que usam pedaços de pedras semipreciosas de diferentes cores.

Visitar o interior de uma catedral Ortodoxa é um encanto e transmite paz. Sempre que o faço não desperdiço a oportunidade de efetuar o ritual de colocar velinhas aos santos, pelas pessoas que me são chegadas e pelas amizades que possuo sobretudo nesses países do Leste Europeu.

 

Igreja do Sangue Derramado, São Petersburgo, Rússia

 

Catedral Santa Sofia e Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas  Kiev – Ucrânia

 

Numa altura em que a Ucrânia se encontra em guerra, seria uma injustiça não incluir um dos seus monumentos neste artigo de viagens, desejando que a paz volte rápido a essa lindíssima nação. Desconhecemos o que nos tempos mais próximos vai suceder à Ucrânia, ao seu património e ao seu povo, e que repercussões terão na Europa e no Mundo.
A Catedral de Santa Sofia e o Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas são os maiores símbolos de Kiev, tal como a Catedral de S. Basílio o é para Moscovo. Localizam-se na Colina Volodymyrska, local acessível de funicular e de onde é possível observar a vista para o Rio Dniepre que banha a cidade. A Catedral Santa Sofia é a mais antiga catedral da cidade. Destaca-se pela cor verde no exterior e as suas cúpulas douradas. O seu interior é coberto de mosaicos e pinturas de mestres bizantinos do século XI. Trata-se do primeiro monumento Ucraniano reconhecido como Património da Humanidade pela UNESCO.

O Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas distingue-se pela cor azul no seu exterior e como é óbvio, pelas suas cúpulas douradas. Construído na Idade Média pelo Grão-príncipe Esvetopolco II, este mosteiro é composto pela catedral, pelo refeitório de São João “O Divino” construído em 1713, pela Porta Económica construída em 1760 e pelo campanário que foi acrescentado entre 1716 e 1719. O exterior foi reconstruído no século XVIII em estilo Barroco Ucraniano, enquanto o interior continua com o seu Estilo Bizantino original A catedral foi destruída na década de 1930 pelos Soviéticos sendo reconstruída após a independência da Ucrânia em finais do século XX.

 

Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas, Kiev, Ucrânia

 

Catedral Santa Sofia, Kiev, Ucrânia

 

Mesquita Azul – Istambul – Turquia 

 

Istambul é um local mágico que nos conquista desde o primeiro momento. Possui muitas parecenças com Lisboa, apesar de ser no mínimo umas 10 vezes maior. A cidade distribui-se por várias colinas e é banhada pelo Bósforo, com várias pontes a atravessá-lo. Foi por esse motivo que Calouste Gulbenkian, um Arménio, que ali nasceu, escolheu Lisboa para viver. Possui uma excelente oferta de monumentos, nomeadamente palácios, onde o Topkapi e o Dolmabahçe se destacam, e mesquitas, cerca de 3000, na Turquia a religião predominante é a Muçulmana.

A Mesquita Azul é o cartão postal de Istambul. Oficialmente chamada de Mesquita Sultão Ahmed (Sultanahmet Camii). Construída em estilo Clássico Otomano, possui 43 m de altura e destaca-se pelos seus seis minaretes. O seu interior, com os 20 mil azulejos azuis que adornam a cúpula e a parte superior da mesquita, tal como os mais de 200 vitrais e lustres pendurados no teto que o iluminam, é impressionante
A mesquita ocupa uma parte da área outrora ocupada pelo Grande Palácio de Constantinopla, a residência dos Imperadores Bizantinos entre 330 e 1081. Em 1606 o Sultão Ahmed quis construir uma mesquita maior, mais imponente e mais bonita do que a Santa Sofia.

A Mesquita Azul encontra-se no centro nevrálgico de Istambul, por onde os turistas passam grande parte dos dias. Dali facilmente se acedem a muitas das principais atrações turísticas da cidade, como por exemplo o Grande Bazar, a Santa Sofia e o Palácio Topkapi onde as suas varandas nos proporcionam vistas soberbas sobre as partes da cidade nos dois continentes, Europa e Ásia separados pelo Bósforo.
Em Istambul o pôr do sol tem mais encanto, sobretudo com a Mesquita Azul no horizonte.

 

Mesquita Azul, Istambul, Turquia

 

Mesquita Azul, Istambul, Turquia

 

Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento – Londres – Inglaterra 

 

Seria imperdoável não incluir o que quer que fosse, de Londres, onde recentemente tive oportunidade de regressar ao fim de quase 24 anos, nesta lista de monumentos.

O maior símbolo da cidade, o relógio mais famoso do Mundo, o edifício que por todo o lado tem servido de modelo a outros, a Elizabeth Tower, assim se passou a chamar em 2012 para marcar o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. A torre contém o maior relógio de 4 lados do Mundo. Big Ben, apesar de ser assim erradamente chamada a torre, é de facto o nome dado ao seu enorme sino com quase 14 toneladas, cuja melodia que emite dando horas, é famosa em todo o lado. Todos os anos assistimos nas televisões, à entrada no ano novo em Londres, o mesmo horário de Lisboa, marcado pelo toque do Big Ben, na altura em que meio mundo já se encontrava no ano seguinte.

Junto à torre (Big Ben) localizam-se as Casas do Parlamento, onde estão instaladas as duas Câmaras do Parlamento do Reino Unido: a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. Atravessar a Ponte de Westminster, uma das várias que atravessa o Rio Tamisa, e contemplar este monumento e o seu enquadramento na paisagem é o momento mais marcante de uma viagem a Londres.

 

Tower Bridge – Londres – Inglaterra

 

E por falar em pontes sobre o Tamisa, seria imperdoável não referir a mais famosa. Aquela que é a ponte mais famosa em todo o Mundo. Uma ponte basculante, construída em 1894. O seu enquadramento paisagístico é extraordinário, com a famosa e antiga Torre de Londres, contrastando com a modernidade dos edifícios do centro financeiro, a “city of London” e dos outros localizados na margem contrária. Sugiro uma ida ao Sky Garden, que é gratuito (mas convém marcar online) e do lá alto, do 35º andar, observar toda esta zona envolvente e deste modo tornarão a vossa estada em Londres como inesquecível.

 

Catedral de São Paulo – Londres – Inglaterra 

 

O facto de Londres não possuir arranha céus em grande parte da cidade, é a vista das zonas históricas para a Catedral de São Paulo não ser obstruída. Localizada próxima do centro financeiro, esta Catedral Anglicana foi construída em 1710 no local onde sempre existiram templos religiosos. Ali existiu um dólmen e posteriormente um templo Grego. Este templo foi substituído pela igreja mais antiga da Inglaterra, construída no ano 604. Dada a sua construção em madeira, foi um dos diversos edifícios afetados pelo incêndio de 1666. Reconstruída em diferentes ocasiões acabou por se tornar no enorme edifício atual. A sua arquitetura destaca-se pela enorme cúpula visível a larga distância.
Ali foram levadas a cabo as cerimónias do casamento do Príncipe Carlos com a Princesa Diana, e do funeral de Winston Churchill.

 

Catedral de São Paulo e Ponte do Milénio, Londres, Inglaterra

 

Catedral de São Paulo vista desde o Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Catedral de São Paulo, Londres, Inglaterra

 

Elizabeth Tower (Big Ben) e Casas do Parlamento, Londres, Inglaterra

 

Elizabeth Tower (Big Ben), Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge vista do Sky Garden, Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge, Londres, Inglaterra

 

Tower Bridge, Londres, Inglaterra

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia 

 

Apesar dos preços exorbitantes atualmente pedidos para visitar esta atração turística, dei por bem empregue o tempo e o dinheiro despendidos. Somente percorrendo os seus cerca de 2 Km conseguimos ter a real perceção do que é aquela que é chamada a Pérola do Adriático. A cidade recentemente, e as suas muralhas, entraram na ribalta devido às filmagens da série “Game of Thrones”, daí o número de visitantes ter subido em flecha. Mas a História destas muralhas, com cerca de 25 metros de altura, é bem mais antiga. Remonta ao século XIII, altura em que foram construídas para proteger a cidade de ataques, que viriam a acontecer em poucos anos. A República de Veneza conquistou Dubrovnik. A História da cidade, que já foi chamada de Ragusa, remonta ao século VII, com a formação da República de Ragusa. Ao longo dos séculos, disputas de territórios não faltaram. Eslavos, Otomanos e até mesmo Napoleão Bonaparte escreveram o seu nome na História de Dubrovnik, conseguindo este último a proeza de as suas tropas transporem estas muralhas. Já no século XX, Dubrovnik livrou-se dos ataques das duas Guerras Mundiais, mas não escapou aos bombardeamentos da Guerra da Jugoslávia. Sérvios e Montenegrinos não aceitaram a declaração de independência Croata. Os bombardeamentos de Dubrovnik de 1991 foram o pior ataque que a cidade sofreu, tendo sido destruídos edifícios históricos e mortos civis durante os 8 meses que durou o cerco. Mas as muralhas resistiram!

É um enorme prazer percorrer as muralhas e desfrutar do seu alto, das vistas para a cidade e sobre a sua costa banhada pelo mar Adriático. As muralhas bem como toda a perspetiva da cidade também podem ser observadas do alto do Forte Imperial. No Mundo não existe mais nenhuma cidade que conserve umas muralhas desta magnitude em perfeito estado.

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Muralhas de Dubrovnik – Croácia

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

O antigo Imperador Romano, Diocleciano, ordenou a sua construção para ali gozar a sua “reforma dourada”, após a sua abdicação voluntária no ano 305. Ali viveu os últimos anos da sua vida. Atualmente as suas ruínas são a principal atração da cidade de Split e que coincide com o seu o centro histórico. Passeando por estas ruas, podemos visitar a catedral, o Templo de Júpiter e as partes subterrâneas, que serviam para armazenar mantimentos, e em uma dessas alas foram filmadas partes da série “Game of Thrones”. Passear pelo interior do Palácio de Diocleciano quando visitamos a cidade, transporta-nos vários séculos no tempo.

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

Palácio de Diocleciano – Split – Croácia

 

Sagrada Família – Barcelona – Espanha 

 

Antoni Gaudí é um nome que qualquer pessoa culta conhece no imediato. Quem visita Barcelona jamais o esquecerá. A Sagrada Família é a sua obra mais emblemática. Ainda se encontra em construção seguindo o projeto original, que se iniciou em 1822, prevendo-se a sua conclusão para o ano 2026, quando passarem 100 anos desde a sua trágica morte, tornar-se-á no maior templo religioso do mundo. Na Cripta Gaudí descansa em paz. A visita ao seu interior tem preços exorbitantes, pelo que deixarei isso para mais tarde, a Barcelona é sempre um prazer regressar. Desta vez foi só a cripta onde que consegui visitar de forma gratuita.

Para descrever esta obra maravilhosa são necessárias muitas palavras e para a entender é necessário ler muita coisa. O edifício é uma lição de arquitetura e conta a vida de Cristo: A Natividade, a Paixão e a Glória.

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha, túmulo de Gaudí

 

Sagrada Família, Barcelona, Espanha

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração – Barcelona – Espanha 

 

Localizado no Monte Tibidabo, onde se acede de funicular e de autocarro, trata-se de um templo que combina elementos neobizantinos, neorromânicos e neogóticos. Acede-se de elevador à estátua do Cristo Redentor, que considero proporcionar a vista mais pitoresca e bela da Cidade Condal e dos seus arredores e também das montanhas que protegem a cidade do frio dos Pirenéus. Arrisco-me a dizer que esta é das 5 vistas panorâmicas mais espetaculares da Europa.

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração, Barcelona, Espanha, vista panorâmica

 

Templo Expiatório do Sagrado Coração, Barcelona

 

Praça de Espanha – Sevilha – Espanha  

 

Conheço muitos locais em Espanha e confesso que considerava a cidade de Sevilha como enfadonha, até decidir lá passar um fim de semana no Outono. As temperaturas elevadas no Verão, o vento quente e as poucas sombras existentes, não nos permitem desfrutar da cidade de forma confortável. Essas ideias negativas que a colocaram na cauda da tabela, desapareceram!

A Praça de Espanha, que é uma verdadeira sala de visitas da cidade, foi construída em 1928 para a Exposição Ibero-Americana de 1929. A sua construção demorou cerca de 15 anos e teve recurso a cerca de 1000 trabalhadores. Ela é um exemplo do Regionalismo na Arquitetura, pois mistura elementos do Neo Renascimento, Mouriscos e Espanhóis. São estas misturas de estilos arquitetónicos que nos fazem sentir fascinados por Sevilha. Esta monumental praça, de forma elíptica, onde se dispõem vários edifícios governamentais, faz parte do Parque Maria Luisa, o mais famoso da cidade. Destaco o piso em azulejo ao longo das paredes invocando cada província do país. Na entrada podemos observar a estátua de Aníbal González Álvarez-Ossorio, o arquiteto desta magnífica obra!

Os filmes “Lawrence da Arábia”, “O Ditador” e “Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones” passaram por lá!

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Praça de Espanha, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar – Sevilha – Espanha 

Sevilha é uma cidade encantadora, e a visita ao Alcázar, no seu coração, é obrigatória. Trata-se do palácio em uso mais antigo da Europa. A Espanha é uma monarquia, contestada por muitos e cheia de escândalos, mas que nós saibamos, o regime republicano não lhes deixou saudades. Este é um dos palácios usados pela família real, nomeadamente quando visita a capital da Andaluzia. O termo “Alcázar” é uma palavra árabe, traduzida como “castelo” ou “palácio”. O mesmo foi construído sob o domínio mouro, durante o início da década de 900. Atualmente é considerado Património Mundial da UNESCO. Passou por cerca de 500 modificações e renovações. Trata-se de um complexo de edifícios que combinam várias formas arquitetónicas: islâmica, gótica e renascentista, por exemplo. A visita ao seu interior, engloba jardins, pátios e salas e é um verdadeiro conto das “mil e uma noites”! A Sala das Tapeçarias, a Sala Gótica, os Quartos Reais, são alguns dos pontos mais altos da visita que necessita no mínimo de 3 horas.

A série “War of Thrones” e os filmes “Lawrence da Arábia”, “1492: Conquest of Paradise” e “Knight and Day ” tiveram ali passagens.

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Real Alcázar, Sevilha, Espanha

 

Calton Hill – Edimburgo – Escócia

 

É a razão de Edimburgo ser alcunhada de “Atenas do Norte”. Trata-se de uma colina que possui diversos monumentos, nomeadamente o Monumento Nacional da Escócia, semelhante ao Parthenon, um memorial aos soldados e marinheiros escoceses mortos nas Guerras Napoleónicas, o Monumento de Dugald Stewart, um memorial ao filósofo escocês Dugald Stewart e o Monumento de Nelson, uma torre comemorativa em homenagem ao vice-almirante Horatio Nelson, que perdeu a vida na Batalha de Trafalgar, derrotando Napoleão Bonaparte, impedindo a sua ofensiva na conquista do Reino Unido.

O local vale sobretudo pelas vistas magníficas sobre a cidade, sobre o mar e seus arredores, sendo aquele que considero local o mais pitoresco de Edimburgo, muito superior ao Castelo de Edimburgo com a vantagem de Canton Hill ser de acesso gratuito.

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, Monumento Nacional da Escócia

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, vista panorâmica junto do Monumento de Dugald Stewart

 

Calton Hill, Edimburgo, Escócia, vista panorâmica

 

Calton Hill, Edimburgo, Monumento de Nelson e Monumento Nacional da Escócia

 

 

to be continued…

 

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PELA ENCANTADORA TRANSILVÂNIA (ROMÉNIA), SINAIA, BRASOV E CASTELO BRAN

 

Pela encantadora Transilvânia (Roménia), Sinaia, Brasov e castelo Bran

Texto & Fotos de António Ribeiro

 

Já tinha visitado a Roménia em 2017, onde estive apenas em Bucareste, a sua capital, fui desta vez a uma das zonas mais turísticas e talvez a mais bonita deste país, a Transilvânia.

Embora tenha gostado bastante da capital Romena, ao ler um pouco mais sobre este país de leste (que é peculiar pois é o único nesta região cuja língua é de origem Latina); fiquei com enorme vontade de conhecer a região da Transilvânia; rodeada por montanhas, que dão a esta zona uma harmonia e beleza enorme, uma vez que fui em Fevereiro ( pelo que tinha lido previamente sobre a média de temperaturas e tempo em geral, sabia o que me ia esperar), fui numa altura de neve, pelo que vi bastante neve nesta região montanhosa, ficando boa parte dela pintada de branco, o que sem dúvida acrescenta um beleza extra à região da Transilvânia; a viagem de comboio entre Sinaia e Brasov,  foi uma delícia, pois ao passar pelos meios menos povoados e por entre as montanhas com as árvores cheias de neve, foi uma ótima experiência. Acredito que provavelmente no Outono com todas as árvores com as folhas de várias cores será igualmente uma excelente altura para conhecer.

 

Sinaia, Roménia

 

Sinaia

 

Acabei por ficar aqui duas noites, embora a cidade muito sinceramente não tenha muito para oferecer além do seu Mosteiro, Castelo de Peles e do Castelo Pelisor, é, contudo, agradável caminhar por estas encostas e não perder a subida pela Telecabine ou pela Gôndola, estas sobem pelas encostas numa elevação até 1400mt ou ao topo máximo de 2000mt.

Acho que um dia inteiro será suficiente, podendo por exemplo depois de jantar ir dormir em Brasov, que tem mais oferta hoteleira, eu devido à hora de chegada e para não ter de andar depois com as malas, acabei por aqui ficar duas noites, seguindo de manhã cedo para Brasov, embora pelo que li, podem guardar as malas na estação de comboios, podendo conhecer a cidade, seguindo depois de comboio para Brasov.

Podemos desbravar um pouco da cidade, e além de ver casas muito peculiares e todo este cenário muito encantador, podemos ver por exemplo o Museu Orasului Sinaia (Castelo Strirbey) (bilhetes 20 Lei), o Casino de Sinaia, passear pelo parque Dimitrie Ghica, onde ainda temos no parque o Museu Natural Bucegi entre outros.

Como já disse, algo de interesse para fazer é sem dúvida subir na telecabine ou na gôndola ( sobretudo nesta altura com neve, em que várias pessoas vêm para aqui fazer ski e outras atividades relacionadas com a neve) é muito bom, eu fiz a subida descida até aos 1400 mt, custou 60 lei ( cerca de 12€), a subida e descida até aos 2000 mt penso que era mais caro, mas como as empresas se juntaram recentemente, creio que o site ainda está a ser atualizado, pois dava me o mesmo valor, deixo aqui o site para verem os preços.

A telecabine fica mais no centro da cidade, junto do Museu Orasului Sinaia (Castelo Strirbey), gôndola que é mais recente (ambas pertencem à mesma empresa e o bilhete dá para as duas) pára mais afastado da cidade; na cota de 1400 metros param no mesmo local seguindo depois próximas para a cota máxima de 2000 metros.

 

Telecabina Sinaia, altitude 1400 metros (com neve)

 

A joia da coroa de Sinaia é sem dúvida o Castelo de Peles o castelo de estilo neorrenascentista (na sua maioria), que foi a residência de verão da família real, do Rei Carlos da Roménia (Carol I de Hohenzollern), foi construído entre 1873 e 1914, tendo sido inaugurado em 1883; abriu como museu ao público posteriormente em 1990. Passou por mais que um arquiteto, mas o que foi considerado principal na sua construção, foi Karel Liman.

Tem um total de cerca de 160 quartos, 30 casas de banho, além de enormes salas e uma biblioteca espetacular; é o segundo museu mais visitado no país, logo após o castelo de Bran.

Foi dos castelos, se não o mais bonito que já visitei, desde a sua envolvência rodeado de árvores e montanhas, assim como o rio, além claro da beleza da sua fachada em madeira e pedra, criando um verdadeiro cartão-postal; no seu interior, os trabalhos em madeira são absolutamente deslumbrantes, salas enormes, imponentes e lindíssimas; um delícia conhecer o interior deste castelo, além da sua fachada e local de envolvência, um local sem dúvida a visitar.

Os preços são:  50 Lei (10€), para visitar o piso térreo; 100 lei ( 20€) o tour 1, que inclui subida ao primeiro piso; e 150€lei (30€), o tour 2, com subida ao primeiro e segundo andar. Eu fiz apenas a visita ao andar térreo (que na verdade é como que um primeiro andar pois é mais elevado), e é simplesmente magnifico, caso possam provavelmente ir aos outros pisos será soberbo.

Aconselho a comprar online, para evitar filas, indo assim direto para a visita, é um local muito visitado, o castelo está fechado às segundas.

 

Castelo Peles, Sinaia

 

Castelo Peles, Sinaia

 

Interior do castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

Interior Castelo Peles, Sinaia

 

castelo Pelisor é também outro local de visita obrigatória, embora não seja tão imponente como o de Peles, é sem dúvida muito bonito, fica a poucos metros do castelo de Peles e era a residência dos herdeiros da coroa romena, o príncipe Ferdinand e a princesa Marie.

Foi construído entre 1899 e 1902, é de estilo neorrenascentista (alemão).

Os bilhetes custam  30 lei (cerca de 6€), podem comprar online ou na porta( aqui já é mais fácil comprar na porta, pois tem menos pessoas) e tal como o castelo Peles encontra-se encerrado à segunda-feira, o site de informações e compra de bilhetes é o mesmo do castelo Peles, deixo aqui o link direto de compra de bilhetes.

 

Castelo Pelisor, Sinaia

 

Interior castelo Pelisor, Sinaia

 

Mosteiro de Sinaia que tem visita gratuita é também um local de uma beleza extraordinária, fica entre o centro da cidade e o castelo de Peles, tem uma parte adjacente com uma capela lindíssima (a antiga igreja), com umas pinturas num excelente estado de conservação.

O Mosteiro e a igreja, foram construídos em 1695 pelo príncipe Mihai Cantacuzino, é sem dúvida um belo local, dos mais antigos e de enorme importância nesta região, que por certo vos irá encantar.

Nota ainda para a Casa / memorial de George Enescu, um famoso Músico, compositor, maestro e professor Romeno, que aqui tem uma homenagem com esta bonita casa, deixo aqui o link com as informações e um pouco da sua história, confesso que foi um pouco à descoberta que descobri a casa, e gostei bastante.

A entrada custa (salvo erro) 20 lei, cerca de 4€, está aberta de terça a domingo das 9-16h; fica ligeiramente mais afastado do centro, a cerca de 2km da estação de comboios, podem apanhar um bolt, que custa cerca de 15 lei ( em torno de 3€).

 

Mosteiro Sinaia

 

Interior Mosteiro Sinaia

 

pintura da igreja antiga Mosteiro Sinaia

 

casa George Enesceu, Sinaia

 

Antiga igreja Mosteiro Sinaia

 

Brasov

 

O local mais famoso de Brasov, é o Castelo de Bran (vulgarmente chamado como castelo Drácula), que na verdade fica numa povoação que se chama Bran, ficando a cerca de 29 km de Brasov.

O castelo de Bran, que fica entre a fronteira da região da Transilvânia, com a da Valáquia; ficou muito popular pois serviu de cenário do “Drácula”, do escritor Bram Stoker.

O castelo foi construído entre 1377 e 1388, é um castelo imponente e embora tenha achado mais bonito o castelo de Peles, o cenário e até mesmo pela mística, que criou ao se acreditar que aqui tenha vivido o príncipe Vlad Tepes, é um cenário envolvente e muito bonito, acredito que irão gostar.

O bilhete de adulto custa 55 lei (cerca de 11€),recomendo que comprem online, pois evitam filas para a compra dos mesmos, é um local que junta muita gente, pelo que irá evitar perder tempo, deixo aqui o link direto para comprar no site oficial.

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

Castelo de Bran

 

interior Castelo Bran

 

Interior catelo Bran

 

interior Castelo Bran

 

interior Castelo Bran

 

A cidade de Brasov é bem mais bonita e também maior que Sinaia, embora não tenha muitos pontos turísticos em si, é uma cidade muito “aconchegante”, com um centro histórico bonito; tem uma torre numa parte mais elevada, a “torre branca” (de onde se tem um bela vista sobre a cidade), esta é também uma zona verde, como que um parque que serpenteia pela encosta, tendo depois um escadaria da torre até ao “Graft-Bástya”, que faz parte da fortaleza da cidade, junto de um pequeno ribeiro, que passa pela parte de fora das muralhas, passei aqui já pela noite, mas é uma zona bonita.

Na praça principal da cidade (na parte histórica), fica a praça do concelho, “council Square” (“Piata Sfatului” em romeno), aqui  na praça ficam o Museu da Civilização Urbana; onde no centro se destaca o Museu de História de Brasov, que é a antiga casa do concelho (informações no site oficial), temos ainda junto da praça a Catedral  Adormirea Maicii Domnului, uma igreja ortodoxa também bastante bonita e o Museu de Civilização  Urbana de Brasov que são alguns dos locais de maior interesse junto da praça.

 

Interior Igreja Negra, Brasov

 

Centro histórico Brasov

 

Centro histórico Brasov

 

Praça município Brasov

 

Praça município Brasov

 

Muito próximo, da praça do concelho, fica um dos locais mais emblemáticos da cidade, a “Black Church” (Biserica Neagra em romeno).

A entrada é comprada numa loja em frente a esta, e custa 20 lei (por volta de 4€); é uma igreja de estilo gótico, gostei muito do seu interior, sendo uma igreja grande, com uma beleza acima da média, é sem dúvida um marco histórico da cidade, e que merece uma visita.

Desde a praça, sobressaem numa encosta as letras com o nome da cidade, as letras “Brasov” em branco, creio que dão um toque especial à cidade; temos um teleférico

que sobe até esta parte mais elevada, a tele gôndola Brasov; os preços (subida + descida) são entre 25 lei ( 5€) para a elevação “Tâmpa” e 50 Lei (10€), para “Capra Neagrã”; mais informações aqui.

 

Além percorrer esta zona histórica da cidade, que é muito bonita, além estes locais já referidos, destaco algumas outras das atrações na cidade: uma famosa rua, pois é das mais estreitas da europa ( e claro a mais estreita da cidade), a “Srada Sofori”, é uma rua engraçada, com alguns grafites, tendo pouco mais de 1 metro de largura, entre 111 e 135 cm; A Igreja de S. Nicolau; O (Museu) primeira escola Roemena “First Romanian School Museu” (o bilhete custa 20 lei); o parque Nicolae Titulescu; o Museu Etnográfico; o Museu de Arte de Brasov; o Museu “Tales of Communism”; contemplar os edifícios como da Câmara Municipal de Brasov , ou dos correios, entre outros belos edifícios espalhados pela cidade, são apenas algumas sugestões; um dia inteiro para descobrir a cidade ( sem contar a visita ao castelo de Bran), acho ser o ideal, desfrutem e façam uma visita mais profunda a esta região da Transilvânia, acho mais enriquecedor, que simplesmente um tour desde Bucareste de apenas um dia, pois assim temos uma experiência mais completa desta bela região Romena.

 

Viagens Felizes

 

Srada Sofori, Brasov

 

Srada Sofori, Brasov

 

Dicas e notas

 

Embora tenhamos as cidades de Sibiu ou Cluj-Napoca com aeroportos internacionais, na região da Transilvânia, creio que a melhor forma de chegar ao coração da Transilvânia é pelo aeroporto da Capital Romena, Bucareste, pois tem mais ligações e com mais destinos próximos.

Temos voos diretos para Bucareste, desde Lisboa, pela companhia aérea low-cost Wizzair; uma outra opção é voar desde Madrid, uma vez que além de voos serem mais baratos comparativamente com Lisboa, ou com o Porto, temos ainda muito mais voos diários; para chegar a Madrid, temos várias ofertas de ligações de Bus com várias cidades Portuguesas, no meu caso, desde Viseu, a viagem leva cerca de 6h , tendo ofertas pelas companhias Rede expressos, que tem uma parceria com a espanhola Alsa, ambas operam estas ligações em simultâneo, os bilhetes com algum tempo de antecedência custam cerca de 25€ o bus é confortável e tem tablet com entretenimento, Wi-fi e portas USB; a outra operadora é a Flixbus, ainda não fui com esta, mas pelo menos Wi-fi e portas USB sei que tem. Uma outra operadora mais recente é a Gipsyy, que oferece desde Lisboa (passando em Cascais e Sintra) e do Porto (este penso que inicia em breve), está também a oferecer preços desde os 10€.

Além de ser fácil chegar a Madrid, temos a vantagem de ter voos diários para Bucareste, temos voos diretos pela Wizzair (esta opera diariamente); RyanairAir EuropaTarom (companhia aérea de bandeira Romena).

 

White tower, Brasov

 

Brasov, by nigh

 

Desde o aeroporto de Bucareste temos shuttles diretos para Brasov ou Sinaia, outra opção será ir até á cidade de Bucareste (gare du nord) e daqui ir de comboio; no site Auto Gari podem consultar os horários, preços e as ofertas de transporte, quer seja bus, shuttle ou comboio, tendo também as localizações das paragens, links das operadoras e podem em algumas delas comprar os bilhetes no site, o site é muito bom; eu do aeroporto para Sinaia e no regresso ao aeroporto (já desde Brasov) fui pela operadora Transfer low cost, muito profissionais, bom preço e viaturas novas.

 

Em Sinaia está praticamente tudo relativamente perto da estação central de comboios, podemos fazer tudo a pé (o transfer para aí também e claro daqui podem seguir depois de comboio para Brasov).

Brasov é já uma cidade maior, a estação de comboio, fica a pouco mais de 3km do centro da cidade, podemos ir de bus (nº 4), que para em frente da estação e vai para a para a paragem “Livada Postei”, que é umas das principais junto do centro (embora passe mais em outros locais no centro); no regresso, embora tecnicamente pare “rapid”, o bus vai dar a volta e faz o regresso desde aí, junto da estação (ou seja pára na estação); o site de transportes é RATVBaqui fica o horário da linha de bus 4.

Junto da estação de comboio fica a Autogara 1 (estação de bus), mas a mais importante será provavelmente a Autogara 2, que é daqui que sai o bus para Bran, pára mesmo em frente ao castelo, a viagem dura cerca de 40 minutos (passando ainda por Rasnov, uma cidade que fica numa encosta que pareceu-me merecer uma visita caso tenham tempo), o bus é aproximadamente a cada hora a operadora é a Transcodreanu, os bilhetes custam 15 lei ( 3€) por trajeto, e compra-se diretamente no motorista, no bus tem a placa com as paragens e tem “Bran”; a Autogara 2, fica a cerca de 2.5km do centro no hostel disseram-me que acabava por ser mais rápido a pé, mas pelo que vi o bus 41 faz esse trajeto desde “livada Postei”, fica aqui os horários desta rota.

 

Brasov

 

Entre Sinaia e Brasov, creio que a melhor forma e mais prática é de comboio, a viagem demora cerca de 1h e temos várias frequências ao longo do dia, podem facilmente comprar o bilhete na estação, ou no site dos comboios da Roménia CFR calatori,  eu paguei pela viagem 21 lei, pouco mais de 4€

 

A moeda na Roménia é o Leu romeno (RON), 1€ – 4.9 Lei, embora a língua oficial seja o romeno, nesta região é muito fácil comunicar em inglês e vi várias indicações em inglês, o indicativo telefónico e +40 e o domínio de internet é .ro

 

Ambas as cidades (bem como a povoação de Bran), são muito seguras e tranquilas, notei aliás uma calma e harmonia fantástica nesta região montanhosa; os preços creio são ao nível de uma cidade média em Portugal (nota para que achei o alojamento em Sinaia mais caro que em Brasov).

 

 

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